O
surrealismo francês, pela afeição particular de Breton ao modelo, foi um
criador de revistas. O movimento nasceu numa revista dadaísta, La Littérature (1919-1924) e, mal
nasceu, deu de imediato lugar a uma nova revista, La Révolution Surréaliste (1924-29), que se transformou depois na SASDLR (Surréalisme au Service de la Révolution; 1930-33). E a partir dessa
data, na década de trinta, o surrealismo francês fez com o editor suíço Albert
Skira a revista Minotauro (1933-38),
que só desaparece já quase no início da guerra. Em Janeiro de 1939 ainda
apareceu a revista boletim Clé, órgão
da F.I.A.R.I., que a guerra não deixou continuar e que (apenas) tirou dois
números. No exílio, em Nova Iorque, Breton concebe no momento de chegada uma
outra revista, que aparece em Junho de 1942, VVV, o triplo v da vitória e que dura quase até ao fecho do exílio
(1944); entretanto, em Paris, na ausência de Breton, o surrealismo, dissidente
este, cria um órgão clandestino, La Main
à Plume (1941-44). Com o regresso de Breton a França em 1946, as revistas
sucedem-se, Néon (1948-49), Médium (1953-54), Le Surréalisme Même (1956-59) e por fim La Brèche-action surréaliste (1961-65). Esta vocação do surrealismo
francês se fazer através de revistas não pertenceu em exclusivo a André Breton,
mesmo aceitando o que lhe deve, e muito é, pois depois da sua morte, em 1966, o
movimento continuou a respirar por meio de revistas, como essa Supérieur Inconnu, fundada por Sarane
Alexandrian (1927-2009), e que ainda em 2011, mesmo depois da morte do
fundador, publicou um número. E não se pode falar das publicações do
surrealismo francês, sem falar da revista Phases
(1954-1975), fundada por Edouard Jaguer, um dos colaboradores de La Main à Plume, e na qual Mário
Cesariny colaborou em 1973 com texto, “Para uma Cronologia do Surrealismo em
Português”, vertido ao francês por Isabel Meyrelles.
Ao contrário do que se passa com o caso francês, o
surrealismo português não tem revistas. Os diálogos entre O’Neill e Cesariny,
ou entre António Maria Lisboa e Alves dos Santos, ou ainda entre Oom e Risques
Pereira, ou mesmo entre António Dacosta e António Pedro, andaram por outros
meios de expressão, que não as publicações periódicas. Cartas pessoais e
públicas, livros colectivos e individuais, panfletos e bilhetes, antologias e
cadáveres esquisitos, foram os meios usados, e por vezes com uma certeza e uma
acutilância que em nada os secundariza. Embora a agitação surrealista tenha
aparecido entre nós na década de 40, e se tenha feito sentir em Lisboa com
certa largueza, se quisermos encontrar uma revista surrealista portuguesa nessa
década, não damos com ela. Mário Cesariny nunca editou uma revista; Cruzeiro
Seixas e António Maria Lisboa também não; Pedro Oom igual. Luiz Pacheco é a
excepção; deu à luz Contraponto (cadernos
de crítica e arte), que publicou dois números (1950; 1952), mas não se pode
dizer que a folha possa ser tida como surrealista, embora pela atenção dada no
segundo número à poesia de Cesariny tenha dado voz a parcela dele, surrealismo.
É preciso esperar pelo final da década de cinquenta para em português encontrar
uma revista surrealista assumida, Pirâmide
(1959-1960). Chega isto para fazer dela um caso merecedor de atenção;
congratulamo-nos pois com o texto que Manuel G. Simões publica neste número de A Ideia e glosamos ou acrescentamos aqui
mais uns tantos elementos.
Apareceram três números (Fevereiro de 1959; Junho de 1959;
Dezembro de 1960), sob a responsabilidade de Carlos Loures e de Máximo Lisboa
(no segundo número Sena Camacho associou-se ao duo). O texto de abertura do
primeiro número é de Mário Cesariny (“Mensagem e Ilusão do Acontecimento
Surrealista”, pp. 1-2); a importância do texto dá destaque à revista no quadro
dum surrealismo quase sem revistas. O nome Pirâmide foi sugerido –
informação de Carlos Loures em depoimento recente (v. Daniel Pires, Dicionário
da Imprensa Periódica Literária Portuguesa, 1999, p. 361-62) – por Mário Cesariny. Nenhum espanto, conhecendo os versos
finais do Discurso sobre a Reabilitação
do Real Quotidiano (1952), em que o poeta mago afirma, peremptório, sim
meu amor a pirâmide existe. O verso – ou versos, porque todo o final do
poema vai por aí – está no “Poema podendo servir de Posfácio”, dedicado (na
primeira edição do Discurso) a Eduardo de Oliveira (filho do médico
Vasco de Oliveira), a mão que levou Mário Cesariny, pela primeira vez, em 1950,
à casa de Pascoaes.
Máximo Lisboa andou à volta desses versos na nota de
abertura do terceiro número da revista,
chamada “Iconoclasia”; é talvez o único texto programático assinado por
um dos responsáveis da publicação. Nenhum outro lhe disputa essa condição – a
não ser porventura, no mesmo número, o de Carlos Loures, “Aos Ladrões de Fogo –
Poesia, Surrealismo, Controle”. O texto de Máximo tem como ponto de partida
poema de Jean Louis Bédouin. Cito o final, onde se retoma o título da revista e
onde se sentem respirar os versos de Cesariny que baptizaram a revista: A
Pirâmide é Fé, a Fé que trazemos, trouxemos, hoje, ontem. Em todos os tempos,
os colaboradores da Pirâmide – a Pirâmide cósmica, reduto
instransponível do Amor. E esta é Aquilo que chamaremos o Farol do Mundo, a
Religião do Conhecimento – Homero, Dante, Holderlin – perante a qual somos
religiosos professos, os únicos crentes, e nós, tradicionalistas, porque a
tradição é o Espírito. (Pirâmide, nº 3, Dezembro, 1960, pp. 41-3)
Façamos uma rápida descrição dos 3 números da
revista. O primeiro número de Pirâmide (Fevereiro, 1959) tem a colaboração de Mário Cesariny
(“Mensagem e Ilusão do Acontecimento Surrealista” (pp. 1-2), de Pedro Oom (“Um
Ontem Cão”), de Raul Leal (“Psaume”, p. 10), de António Maria Lisboa (“Aviso a
Tempo por Causa do Tempo” p. 12), de Luiz Pacheco (“Surrealismo e Sátira” pp.
13-4), um fragmento de Mário Sá-Carneiro (1913) e uma tradução de Ernesto
Sampaio (Artaud). A capa pertenceu a Marcelo de Sousa e a organização a Carlos
Loures e Máximo Lisboa. A revista que se apresenta em subtítulo como antologia, também se toma no
frontispício por cadernos de publicação
não periódica. O número é apresentado por uma notícia, em cinco parágrafos, não assinados, mas em cujo estilo se
reconhece a mão jovem dos dois organizadores.
O segundo número de Pirâmide (Junho, 1959), cujos subtítulos continuam os mesmos, antologia e cadernos de publicação não periódica, junta um terceiro nome aos
organizadores, Sena Camacho, que desaparecerá de novo no terceiro número;
Marcelo de Sousa mantém-se no grafismo e capa. Apresenta colaboração de Máximo
Lisboa [“Causas do Determinismo Antropolírico”
(com epígrafes de António Maria Lisboa, de Ernesto Sampaio, de João Gaspar
Simões), pp. 17-8], Herberto Helder
(“Poema”), José Carlos Gonzalez, Sena Camacho, Virgílio Martinho (“A propósito
do movimento 57”), Carlos Loures (“Poema-Colagem”), Saldanha da Gama,
Manuel de Castro (“Poema”), António José Forte (“Quase 3 Discursos – Quase
Veementes”), Ernesto Sampaio (“Carta ao Diário Popular”), José Sebag
(“Letra para uma Música em Voga”), Luiz Pacheco (“A Pirâmide & a
Crítica”); tem ainda duas colaborações plásticas, Amadeo de Souza-Cardoso
(Farol Bretão – Estudo) e D’Assumpção (Génesis). Apresenta no frontispício,
como no primeiro número, sem assinatura, notícia
de apresentação, desta vez em três parágrafos. Tem página final, porventura da
autoria de Mário Cesariny, com os volumes publicados da colecção “A Antologia
em 1958 (Mário Cesariny, António Maria, Virgílio Martinho, Luiz Pacheco,
Natália Correia) e a publicar (O Cadáver
Esquisito na sua Breve Passagem pela Cidade), antecedidos por um “Aviso aos
Distraídos”, que parece uma brincadeira poema de Cesariny (onde se anuncia o
reaparecimento de Tempo Presente e se
aconselha a sua leitura a três dezenas de escritores).
O terceiro e último número (Dezembro, 1960), com os mesmos subtítulos, e idêntica notícia no frontispício em três
parágrafos, tem colaboração de Máximo Lisboa (“Iconoclasia”, pp. 41-3, já comentado), de Edmundo de
Bettencourt (p. 44 – com antologia de seis poemas), de Alfredo Margarido (“Nota
sobre os poemas surdos”, p. 45), de
Renato Ribeiro, de Jacques-Henry Lévesque (“Alfred Jarry”, pp.46-7; tradução
não assinada), de Rodolfo Afonso, de Henrique Lima Freire, de Manuel de Castro
(“Notas para Poesia”, pp. 49), de Ángel Crespo (“Voíme Yendo”, p. 50); de
LLorenç Vidal, (com tradução portuguesa de Manuel de Seabra, p. 50), de Carlos Loures [“Aos
Ladrões de Fogo – Poesia, Surrealismo, Controle” (cita Mário Cesariny;
declaração de fé no surrealismo: cremos ser a Revolução Surrealista um ímpar
brado de alerta, chamando-nos a lutar pela salvação do pouco que ainda há para
salvar) pp. 51-2], que
fecha o número. Tem dois apartes, um “2.º Aviso aos Distraídos”, desta vez fora
da alçada de Cesariny, e uma nota, em três linhas, sobre Luiz (então Luís)
Pacheco e António Maria Lisboa. Na notícia
do frontispício anuncia-se a saída para breve dum quarto número, que nunca
chegou a aparecer, com colaboração de Vieira da Silva, Maria Rosa Colaço,
Natália Correia, António José Forte, José Manuel Simões e Isidore Ducasse.
Olhando os colaboradores da revista percebe-se que A Pirâmide é uma revista feita por gente
nova, a do Café Gelo (o terceiro número juntou o Café Restauração), que recebe
no seu seio os mais velhos, aqueles que na década anterior haviam feito a
agitação surrealista, Cesariny, Lisboa, Oom, Pacheco. Parte importante da
geração que fez o café Gelo colabora na revista ou com poemas ou com textos
reflexivos ou com desenhos e isso é suficiente para se dar a melhor atenção a
essa segunda vaga do surrealismo português. Na verdade só essa geração parece
ter sido capaz de criar uma publicação colectiva, que apesar de ter tido curta
vida tem uma importância indiscutível. Estão lá alquimistas da forma ou da cor
como D’Assumpção, poetas como Herberto Helder, António José Forte, Ernesto
Sampaio e Manuel de Castro, críticos como Luiz Pacheco e Alfredo Margarido. Só
esta plêiade chegava para fazer da publicação a mais importante revista poética
do tempo e até dos arredores dele. Pouco estimada para o valor que tem, Pirâmide é afinal uma revista que, além
do interesse geral relativo ao surrealismo, tem uma importância geracional
enorme, apontada de resto por Gaspar Simões, que a quis comparar à Presença – fazendo dela para a geração
de Lisboa, Cesariny e Seixas o que a revista coimbrã fora para a de
Sá-Carneiro, Pessoa e Almada. Ficaram porém de fora da revista outros da
geração do Gelo como João Rodrigues, Helder Macedo, José Manuel Pressler,
Saldanha da Gama, Benjamim Marques, António Salvado, Manuel Rodrigues ou
António Barahona. É possível ver nos dois números de Zero – cadernos de convívio,
crítica e controvérsia, lançados por Afonso Cautela (1958), onde se atacou
o neo-realismo, se diagnosticou o envelhecimento da revista Vértice e se elogiou a acção do
surrealismo, um antecedente directo para o aparecimento de Pirâmide. Tal como não custa ver uma ligação, posto que
descomprometida, entre os cadernos de
crítica e arte que Luiz Pacheco publicou no início da década de 50 e os que
Cautela deu a lume no final dessa mesma década – onde Cesariny vai buscar de
resto o texto de abertura da antologia Surreal-Abjeccion-ismo
(1963) Não se esqueçam ainda, se bem que de forma só parcelar, os quatro
números de Folhas de Poesia
(1957-59), saídos da mesma apaixonada e fria atmosfera, a do café Gelo, aqui
pela mão de António Salvado (com a ajuda pontual de Herberto Helder e Helder
Macedo) e que não podendo ser, como Pirâmide
é e será, dada a diversidade de colaboradores e de interesses, uma publicação
surrealista mostra ainda assim, ao menos naquela parte que reabilitou poetas
marcantes mas marginais como Edmundo Bettencourt, Ângelo de Lima ou Teixeira de
Pascoaes, afinidade forte com alguns dos seus caminhos.
Os coordenadores da revista, muito novos na época – Carlos
Loures tinha 21 anos em 1959 –, trocaram na segunda metade da década de 60 o
surrealismo por outros caminhos, muito próximos, senão coincidentes, com o
materialismo dialéctico. Conheço declaração de Máximo Lisboa, “A Morte da
Literatura”, substituindo o surrealismo, em conjunto com realismo e idealismo,
pelo conhecimento legítimo e ancestral do enquadramento do homem na
sociedade (…) (Jornal de
Letras e Artes, ano V, nº 232, 9 de Março, 1966, p. 3), porventura uma
perífrase para marxismo. De Loures, que sofreu idêntica evulsão, talvez mais
estética, mas também mais explícita, conheço no mesmo jornal corte assumido com
o surrealismo, “Notas sobre Demónios do Absurdo” (nº 228, 9 de Fevereiro, 1966,
pp. 1-2) Cito: as minhas opiniões (…) no que diz respeito ao movimento
surrealista modificaram-se integralmente (…) o ainda simpatizante com as
premissas bretonianas, de há quatro anos, deu lugar a um indivíduo que,
entre coisas, não pactua com o que, hoje, sinceramente considera, para além de
algumas facetas positivas, um movimento antidialéctico, alienatório e
alienizante e mesmo, em certos aspectos, totalmente gratuito. (…) E assim
afirmo – o surrealismo, que em 1921 era poesia activa, é hoje, apenas, poesia
estética; não estará ultrapassado, mas está certamente superado, transcendido
por uma época onde já não faz sentido fora dos manuais de literatura (…).
Cesariny, habitualmente sossegado em casos destes, não se conteve e respondeu
no mesmo jornal, “Nota sobre a Nota de Carlos Loures” (nº 231, 2 de Março,
1966, pp. 1-2). Cito Cesariny (texto não colhido em livro): para muitos será
reconfortante que, vinte anos depois, a geração que está em Carlos Loures surja
disposta a puxar pela mesma corda. Mas não vê Carlos Loures, debaixo do sino,
que um som assim vai dar ao seu contrário (…). Loures, no mesmo número em
que Máximo Lisboa dá a entender a sua adesão ao materialismo dialéctico,
replica no texto, “A Propósito da Nota de Mário Cesariny” (nº 232, 9 de Março,
1966, pp. 1 e 4), a que Cesariny não deu seguimento. Mais uma vez assume a
ruptura com o surrealismo, desta vez nomeando o realismo socialista como
seu substituto. Cito: durante os tais três anos (…) tive ocasião de estudar
os mestres de Mário Cesariny; um diálogo implicaria da sua parte e como
condição prévia a leitura dos meus mestres actuais – não me parece razoável
pedir-lhe que vá a correr estudar os teóricos do realismo socialista.
Carlos Loures estreou-se com Arcano Solar
(1962), o seu único livro de assumida inspiração surrealista, publicando depois
disso uma obra espaçada mas regular quase até aos dias de hoje – o derradeiro
livro, que conheço, é de 2008, A Sinfonia
da Morte. Pronunciou-se recentemente sobre a criação da revista e a sua
chegada ao café Gelo, confessando que foi Cesariny a sugerir o título e a
organizar o primeiro número (Daniel Pires, Dicionário
da Imprensa Periódica Literária Portuguesa, vol. II, 1999, p. 361-62).
Falta-lhe fazer agora a história – por certo curiosa de ponderar – da sua
passagem pelo realismo socialista.
O
percurso dos dois coordenadores não é porém representativo do dos restantes
colaboradores de Pirâmide. Mesmo os
que se aproximaram da expressão prática do materialismo dialéctico, o partido
comunista, como Ernesto Sampaio, nunca perderam a ligação ao lastro de Breton
nem se quiseram fora da barca do surrealismo. Outros, como Forte ou Manuel de
Castro, que parecem ter voltado costas ao marxismo, ou por lá nunca passaram,
como D’Assumpção e António Barahona, mais longe ainda ficam do salto dos
coordenadores da revista.
Sem
entrar em linha de conta com os desenvolvimentos ulteriores, Pirâmide é porém, no curto período da
sua existência, uma publicação homogénea, onde convergem duas gerações
surrealistas, a da década de 40 e a da década de 50, separadas por dez anos mas
unidas no mesmo impulso filosófico e criativo. Pelos três números vindos a
lume, pela importância das colaborações em domínios tão vários como a crítica,
as ideias, a criação poética e a expressão pictórica, percebe-se que a revista
podia ter tido um papel muito mais marcante caso tivesse continuado a sair por
alguns anos mais. Como ficou, com três números e menos de dois anos de vida,
parece ainda assim ser a mais importante publicação do surrealismo português –
se não mesmo a única, já que o número único da
publicação Grifo (1970), orientado
graficamente por Vítor Silva Tavares, sugere mais um livro colectivo, de
excelente título, do que uma revista.
Pirâmide é além disso, no geral, quer dizer, no cômputo das revistas
que se publicaram na segunda metade do século XX em Portugal, uma das mais inovadoras revistas culturais do seu tempo.
Preferimo-la a qualquer outra, quer as que António Quadros animou, como 57 (1957-1962) ou Espiral, quer aquela que Alçada Baptista criou, O Tempo e o Modo (1963-67) e que tanta
fortuna teve – e isto por muito que também elas nos possam aqui ou ali
entusiasmar. Além duma revista cultural, Pirâmide
foi ainda um embrião contra-cultural, porventura o primeiro que entre nós
surgiu. Apesar de ter dado à estampa apenas três números, o legado desta revista quase única do surrealismo português é
imenso e não parece ter perdido fôlego ao longo dos anos. A sua marca foi
ficando viva no lastro dalgumas publicações ulteriores, como o magazine & Etc (1973-74) e a revista Sema (1980-84), que a perpetuaram e desenvolveram
no tempo. Até a revista em que ora escrevo, A
Ideia, na cultura que tem por válida, parece dever algo aos três números
antológicos de Pirâmide, onde surgem
alguns dos nomes – Cesariny, Herberto, D’Assumpção, Manuel de Castro ou António
José Forte – que ela tem ainda hoje por tutelares e nos quais vê a cultura
promissora do futuro.
*****
Texto
originalmente publicado em A ideia -
Revista de cultura libertária – II série – vol. 16 – n.º 71-72 – Outono de
2013, aqui reproduzido graças à autorização de seu diretor, António Cândido
Franco. Página ilustrada com obras de Nelson de Paula (Brasil).
Organização
a cargo de Floriano Martins © 2016 ARC Edições
Artista
convidado: Nelson de Paula
Agradecimentos
a António Cândido Franco, Maria Estela Guedes, Carlos Felipe Moisés e Nicolau
Saião
Imagens ©
Acervo Resto do Mundo
Esta edição integra o
projeto de séries especiais da Agulha Revista de Cultura, assim estruturado:
1 PRIMEIRA ANTOLOGIA ARC FASE I (1999-2009)
2 VIAGENS DO SURREALISMO
3 O RIO DA MEMÓRIA
A Agulha
Revista de Cultura teve em sua primeira fase a coordenação editorial de Floriano Martins e
Claudio Willer, tendo sido hospedada no portal Jornal de Poesia. No biênio
2010-2011 restringiu seu ambiente ao mundo de língua espanhola, sob o título de
Agulha Hispânica, sob a coordenação editorial apenas de Floriano Martins. Desde
2012 retoma seu projeto original, desta vez sob a coordenação editorial de
Floriano Martins e Márcio Simões.
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