quarta-feira, 16 de outubro de 2024

MAMA QUILLA – TÁBUAS DA LUA



 A MamaQuilla foi fundada em 2024, por Elys Regina Zils, com o objetivo de levar aos leitores uma literatura de qualidade e com conteúdo relevante. A editora publica literatura latino-americana em todos os gêneros, incluindo poesia, contos, romances e material artístico diverso, com destaque para conteúdos com afinidade à estética vanguardista, especialmente surrealista. Como missão está a divulgação de autores e obras que contribuem para a valorização poética da vida. Como parte integrante de seu catálogo foi igualmente criada a coleção “Tábuas da Lua”, que Elys Regina Zils coordena com a ajuda de Floriano Martins, e se destina a recuperar para a versão digital livros ou coletâneas de ensaios dispersos na imprensa cujas edições impressas foram esgotadas ou apagadas pelo tempo. 


MAMA QUILLA | CATÁLOGO

 

1. O dia dos cinco orgamos, de Leila Ferraz


O dia dos cinco orgasmos é um resgate do percurso poético de Leila Ferraz. Recupera poemas das obras já esgotadas Cometas (1977) e Poemas plásticos (1980); do livro escrito a quatro mãos com Floriano Martins, A mobília violenta do ar (2020); além de apresentar poemas inéditos escritos ao longo das últimas décadas. Por fim, o livro traz o ensaio “Introdução ao pensamento mágico surrealista”, escrito por Leila e publicado na A Phala (1967).





 

2. Visões vertiginosas da criação, de/sobre Susana Wald


Susana Wald (Budapeste, 1937) cresceu na Hungria, de onde conserva algumas memórias de dias agradáveis de verão e da guerra: cadáveres, ruínas, céus iluminados por luzes de bombardeios, e uma boneca que a acompanhou ao porão onde se refugiavam. A sobrevivente da Segunda Guerra escapa da ameaça estalinista aos 12 anos ao emigrar com a família para Buenos Aires (Wald, 1983). Dedicou-se a vários meios como cerâmica, escultura, desenho, gravura, pintura de cavalete e mural. Na Argentina, concluiu o curso de cerâmica decorativa na Escuela Nacional de Cerámica de Buenos Aires. Trabalhou modelando cerâmica até 1979, produzindo peças utilitárias, esculturas e murais. Montou ateliê de cerâmica no Chile (Santiago) e no Canadá (Toronto e Ontário). Susana Wald viveu em várias cidades pelo mundo, porém, quando interrogada, afirma que sua verdadeira pátria é seu mundo interior: sua psique, seu inconsciente, morada da sua criatividade. De modo que não é de se estranhar sua relação com o surrealismo. Sua obra é surrealista pelo automatismo de sua criação, pela afinidade estética e pelo amor à poesia e à liberdade. Manteve contato com os surrealistas franceses, realizou diversas colaborações com vários artistas e, em sua caminhada aos 86 anos, ainda está com os pés firmes no surrealismo. Essa caminhada teve um companheiro por décadas: Ludwig Zeller (1927-2019).

 

3. Fragmentos de silêncio, de Elys Regina Zils


Elys Regina Zils (Brasil, 1986). Poeta, artista visual, tradutora. Doutoranda e Mestre em Estudos da Tradução pela PGET/Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui graduação em Letras-Língua Espanhola e Literaturas e Letras-Português também pela UFSC/Florianópolis, Brasil. Se dedica à Literatura Latino-americana, pesquisando principalmente Vanguardas Literárias e Artísticas com ênfase em Literatura Surrealista Latino-americana. Editora da Agulha Revista de Cultura (2023), revista criada por Floriano Martins. Tradutora, ao lado dele, de sua trilogia dedicada ao surrealismo, que inclui: Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América, 120 Noites de Eros – Mulheres surrealistas, e Viagens pelo Surrealismo. Traduziu Os elementos terrestres de Eunice Odio, pela Sol Negro Edições. Tem sido responsável, parcialmente, pelas traduções de poetas hispano-americanos para o “Atlas Lírico da América Hispânica”, da revista Acrobata

 

4. Horizonte publicado – Janela para duas revistas surrealistas [Org. Elys Regina Zils]


O Surrealismo, embora amplamente reconhecido como um dos movimentos artísticos mais influentes do século XX, teve sua presença no Brasil frequentemente desconsiderada por críticos e historiadores. Desse modo, para resgatar essa trajetória pouco explorada, esta publicação apresenta na íntegra as duas revistas publicadas pelo grupo surrealista São Paulo/Fortaleza (1990-1999), além de incluir uma nota de Floriano Martins, integrante do grupo, que oferece um relato pessoal sobre esse período.

 




5. Música Imaginária, de Floriano Martins


Este livro, como um território invisível e intangível, nos convida a atravessar o limiar entre o real e o imaginário, um convite para ouvir as melodias que nascem no silêncio da alma. Música Imaginária é muito mais do que um simples projeto artístico: é um devaneio poético, uma sinfonia de imagens gráficas que esboçam músicas que nunca existiram, e que, talvez, nunca existirão – mas que se fazem sentir em cada verso, em cada linha. Floriano Martins, incansável na arte de surpreender, apresenta um universo possível em meio ao impossível, onde a poesia, a música e as artes visuais se entrelaçam como sonoridades que ecoam de um horizonte indefinido.

 

6. O erotismo na poesia brasileira – antologia poética (Org. Elys Regina Zils & Floriano Martins)


O livro reúne uma seleção singular de poemas que desvelam as múltiplas faces do desejo, do prazer e da transcendência através da poesia erótica brasileira. Da sutileza dos versos de Gilka Machado à intensidade visceral de Hilda Hilst, passando pela ousadia de Cassandra Rios e pela delicadeza metafísica de Dora Ferreira da Silva, esta antologia transita entre séculos e estilos, capturando a essência do erotismo como expressão vital da existência.

 




 

COLEÇÃO TÁBUAS DA LUA | CATÁLOGO

 

1. Vozes do Surrealismo, de Claudio Willer (Org. Floriano Martins & Elys Regina Zils)


Este livro é uma reunião dos ensaios de Claudio Willer (1940-2023) publicados na Agulha Revista de Cultura, da qual ele foi coeditor no período de 2000 a 2009. É também nossa homenagem a um dos mais relevantes pensadores brasileiros, cuja vida foi dedicada em grande parte ao estudo do Surrealismo, não tendo, no entanto, jamais reunido seus estudos em um livro. Estendemos aqui nosso agradecimento ao Marcelo Willer, primo e herdeiro, assim como ao Roberto Bicelli, amigo, pela generosidade do contato.

 




2. Circo Cyclame, teatro Automático, de Zuca Sardan e Floriano Martins


Zuca Sardan, de Hamburgo, e Floriano Martins, de Fortaleza, uniram-se virtualmente para criar Circo Cyclame, uma peça de teatro satírica onde realidade e ficção se confundem. Combinando surrealismo, teatro do absurdo e pastiche pop, os autores, que nunca se encontraram pessoalmente, mostram uma sintonia artística única. Com humor ácido e crítica irreverente, a obra é um convite a um espetáculo literário sem limites, onde as palavras de dois poetas se fundem em uma só voz. Um deleite para quem aprecia o inesperado e o nonsense.

 



3. Lábios do abismo, de Maria Lúcia Dal Farra e Floriano Martins


Neste livro de poemas, escrito a quatro mãos, somos convidados a explorar a intrincada relação entre o passado, o presente e o futuro, revelando a fragilidade da memória e a efemeridade do instante, enquanto o futuro parece uma ideia esquecida, quase um ente fantasmagórico. Cada poema é uma viagem introspectiva que nos convida a reconhecer e a reimaginar as camadas do nosso ser, entre a luz e a sombra, a saudade e o desejo.

 




4. Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América, de Floriano Martins


Primeiro título de A bússola do acaso – Trilogia do Surrealismo, este volume percorre de modo precursor a totalidade do continente americano, desbravando suas terras, celebrando a memória, desvendando instâncias esquecidas ou desconhecidas, registrando depoimentos e entrevistas com os surrealistas vivos mais destacados, percorrendo, no tempo e no espaço, uma vastidão territorial que envolve todos os países em seus quatro idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Como destaca Marco Lucchesi em um de seus epílogos, seu autor, Floriano Martins, diante de um repertório vasto, difícil e inacabado, elaborou uma articulação ousada e bem-sucedida entre partes consideradas dispersas e intrafegáveis. Atesta ainda que o mapeamento de que se ocupa este livro é preciso e marcado de potencialidades. É plenamente possível afirmar que este livro como que inaugura a percepção do Surrealismo como um movimento que integrou, a seu modo, as diversas culturas de um continente enorme e indefinível.

 


5. 120 noites de Eros – Mulheres surrealistas, de Floriano Marins


Este segundo título de A bússola do acaso – Trilogia do Surrealismo possui a natureza singular e ousada de reunir retratos de 120 mulheres ligadas ao Surrealismo em distintas épocas e lugares do mundo. Assim como o volume que lhe antecede é outra forma de uma mesma viagem, uma cartografia delicada que cobra o valor exato que cabe às mulheres na formação e desdobramento de um movimento que também cultuou sua dose, por vezes excessiva, de antinomias e impenetrabilidades. Como tão bem considera Jacob Klintowitz no epílogo desta edição, as mulheres surrealistas, sufocadas em vida e desconsideradas por seus pares após a morte, tinham que reescrever a si mesmas, destruindo o fardo dessa existência interdita, e é precisamente este o papel que cumpre Floriano Martins – não apenas na configuração dos retratos, mas igualmente no extenso estudo introdutório – em uma abordagem criteriosa do que o mesmo crítico chama de essência de rupturas, ressurreição de linguagens vitimadas, proposição de um mundo novo após a inevitável destruição. Estamos diante de um painel múltiplo que redescobre certa pertinência perdida em um dos movimentos mais notáveis da história de humanidade.

 


6. As cartas mágicas – Viagens pelo Surrealismo, de Floriano Martins


O terceiro título de A bússola do acaso – Trilogia do Surrealismo, mais do que a finalização de uma extraordinária viagem, aponta para um horizonte inesgotável, tomando por base a efervescência de linguagens e experiências estéticas que se desdobraram ao longo de todo um século, naqueles vários países do mundo onde o Surrealismo teve notável influência. Assim como no volume anterior, o cenário é o mundo inteiro, e tanto investiga antecedentes como evoca as novas fontes de expressões do movimento, tudo isto na forma igualmente múltipla – assim como a própria circunstância compreendida – de ensaios, enquetes e diálogos, ligando as diversas visões que definem o Surrealismo. Considerando o entendimento de Breton de que certos ambientes, mesmo que não fossem surrealistas, eram como ímãs fortuitos impregnados de magia e beleza, a ponto de o Surrealismo reivindicar sua presença no movimento. E foi isto o que fez Floriano Martins, em boa parte deste livro, ao evocar indícios reveladores.

 


https://www.mamaquilla.com.br/

Elys Regina Zils: ed.mamaquilla@gmail.com e elysre@gmail.com  

 

Floriano Martins | floriano.agulha@gmail.com

Elys Regina Zils | elysre@gmail.com

 


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