Praticamente não existe gênero cinematográfico que tenha resistido a
tentação de incluir referências homossexuais: desde os filmes de suspense
até a comédia sofisticada, desde os filmes de terror até o western mais rude. É
precisamente este último gênero, tão norte-americano e machista, que bate
recorde de bilheteria e ganha os principais prêmios deste ano com uma sensível
história de amor entre cowboys: O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback
Mountain, 2005), [1] de Ang Lee.
Antes, ficara evidente a união secreta de Walter Huston e Jack Beutel no
maldito O Proscrito (The Outlaw, 1943), os
diálogos insinuantes entre John Ireland e Montgomery Clift em Rio
Vermelho (Red River, 1948), a ambiguidade do ódio de
Mercedes McCambride por Joan Crawford no clássico Johnny Guitar (1954)
e uma Doris Day masculinizada em Ardida como Pimenta (Calamity
Jane, 1953). Mas nada tão explicito como o mais recente filme do taiwanês
Ang Lee.
Fiel adaptação de um conto de Annie Proulx, O Segredo de
Brokeback Mountain, nos relata a história de Ennis Del Mar
(Heath Ledger) e Jack Twist (Jake Gyllenhall), dois cowboys. Uma relação
clandestina de toda uma vida, marcada pelo amor e pelo medo dos
comentários de uma sociedade repressora. As cenas de sexo praticamente não
existem, as interpretações são assentes na linguagem física e no uso do olhar.
A obra é comandada pelo laconismo - emocional, verbal, dramático - pelo não
dito, pelo sugerido numa pose, numa expressão e num gesto, pela justeza de
expressão, e por muito pudor. Um belo filme que está dando o que falar e que
põe em evidência a cinematografia homossexual.
Mas até que ponto pode-se falar da filmografia de temática gay e
lésbica como se de um movimento cinematográfico se tratasse? Seria correto
afirmar que a produção de filmes e a popularidade desse “gênero” são
crescentes, com proliferação de mais de cem festivais em todo o mundo e
êxitos como As Horas (The Hours, 2002), em que são
lésbicas as protagonistas (Meryl Streep, Julianne Moore e Nicole Kidman) das
três histórias em torno de uma novela de Virginia Woolf; Longe do
Paraíso (Far From Heaven, 2002), um retrato de “desejos
proibidos” em tom aparentemente lúdico, desmontando velhos totens e tabus
sexuais, e o espanhol Má Educação (La Mala Educación,
2004), do irreverente Pedro Almodóvar, com Gael Garcia Bernal travestido de
Sarita Montiel. É um boom de formato e qualidade muito variada, com alguns
filmes nada ambiciosos e aborrecidos, e outros honestos e sensíveis, desenhando
personagens humanos, com defeitos e virtudes, sem caricatura, diferente dos
primeiros passos homossexuais na história do cinema.
Vivemos um momento em que esperneios ou manifestos
estão desvalorizados, e que não se leva muito a sério figuras gays
trágicas, desesperadas, decadentes, vilãs ou frustradas, propondo novos
horizontes e fronteiras para o universo dos sexualmente diferentes nas
preferências e inclinações. Anos-luz do passado em que personagens gays
enfocados de forma depreciativa e estereotipada tinham destino punitivo para
resolver a problemática homossexual. É imponente a quantidade de produções
cinematográficas que incluem alguma trama ou personagem gay entre seus
principais atributos ou aquelas que resultam explicitamente gays. O
surpreendente é que soterrem preconceitos, arrecadem fortunas e recebam
prêmios importantes. Em Tudo Sobre Minha Mãe (Todo Sobre
mi Madre, 1999), Oscar de melhor filme estrangeiro, travestis e lésbicas
são fundamentais para a força da narrativa. Outros filmes recentes com
personagens gays protagonistas da história sacodem o marasmo: o japonês Tabu (Gohatto,
2000), o argentino Plata Quemada (2000) e o italiano Um
Amor Quase Perfeito (Le Fate Ignoranti, 2001), por exemplo. Ao
que parece, os gays deixaram de lado o papel ridículo que culturalmente foram
forçados a aceitar e finalmente reivindicam sua cota de legitimidade social,
amparados por seu poder de consumo.
O cinema acatou, ao longo de décadas, códigos rígidos e controle sobre a
identidade e o comportamento de seus personagens. Mas a homossexualidade está
presente desde a sua invenção, expressando-se inicialmente de forma tímida e
dissimulada. Na Suécia, o diretor Mauritz Stiller narrou a atração de um
escultor por um jovem que adota como filho em Vingarne (1916).
Na Alemanha, cuja capital fora, até a ascensão de Hitler, tratada como
Metrópole Gay da Europa e sede da primeira organização do mundo a combater a
intolerância sexual, Richard Oswald dirigiuDiferente dos Outros (Anders
als Difer Anderen, 1919), com Conrad Veidt interpretando um violonista gay
que acaba se matando. A época de seu lançamento, o filme ocupou um dos maiores
cinemas de Berlim; mereceu ampla cobertura da imprensa, com críticas em geral
favoráveis e foi um sucesso de público. Da obra original só foram
preservados 20 a 30 minutos de projeção numa cópia de má qualidade. Ainda nos
primórdios do cinema mudo o homossexualismo pode ser visto em A
Boneca do Amor (Die Puppe, 1919), de Ernest Lubitsch;
em Sodoma e Gomorra (Sodom und Gomorrha - Die Legende von
Sünde und Strafe,1922), de Mihaly Kertesz; A Caixa de Pandora (Die
Buchse der Pandora, 1928), de G. W. Pabst, com Alice Roberts como a
condessa Geschwitz que ama a Lulu da mítica Louise Brooks (um dos maiores
ícones homossexuais do cinema); eAsfalto (Asphalt, 1928/9),
de Joe May.
Nos anos 30, Marlene Dietrich, vestida de fraque e cartola, atira uma
flor para uma mulher da platéia e, em seguida, a beija nos lábios, durante um
número musical em Marrocos (Morocco, 1930); Mae West,
depois de uma bebedeira, acorda na cama de outra senhora em Noite após
Noite (Night After Night, 1932); Greta Garbo interpretou uma
monarca masculinizada em Rainha Cristina (Queen Christina,
1933), de Rouben Mamoulian. Na mesma época realizou-se o considerado primeiro
filme gay norte-americano, Lot in Sodom (1933), de
James Sibley Watson e Melville Webber, do qual hoje só existem fragmentos.
Mas eram exceções, pois a censura, de fato, reprimiu o cinema impondo códigos
de ética adotados pelos grandes estúdios de Hollywood meses depois da quebra da
bolsa de Nova York, em 1929. Até 1969, zelando uma suposta moral, o Código
Hayes proibiu questionamentos “não humorísticos” sobre gays e lésbicas em
qualquer filme norte-americano.
O controle moral nas telas foi ainda mais maniqueísta durante e o
pós-Segunda Guerra Mundial, quando a tradição familiar tornou-se intocável.
Diretores gays poderosos não ousavam abordar o tema, e quando o fizeram, caso
de Vincente Minnelli em Chá e Simpatia (Tea and Simpathy,
1956), que enfatiza o sentimento de compaixão para com o seu protagonista, não
se atreviam o suficiente. O mestre Alfred Hitchcock mostraria outro personagem
com tendências gays em Pacto Sinistro (Strangers on a Train,
1951), numa atuação soberana de Robert Walker como Bruno Anthony. Camuflada, a
tensão homoerótica aparece latente em De Repente no Último Verão (Suddenly
last Summer, 1959),Spartacus (1960) e Lawrence da
Arábia (Lawrence of Arábia, 1962). Personagens ambíguos
destacam-se na pele de um Sal Mineo em Juventude Transviada (Rebel
Without a Cause, 1955) e Paul Newman em Gata em Teto de Zinco
Quente (Cat on a Hot Tin Roof, 1958) - baseado em obra teatral
de Tennessee Williams, Newman faz um ex-atleta que não tem interesse sexual na
bela esposa Elizabeth Taylor - ou Stephen Boyd em Ben-Hur (1959).
O que não impediu Jack Lemmon travestido em Quanto mais Quente Melhor (Some
Like it Hot, 1959) partir o coração de Joe E. Brown, que na cena final,
quando descobre que deseja um homem, pouco se importa e diz a célebre frase:
“Nem tudo é perfeito”.
Os atrevimentos e a quebra de tabus morais ficaram por conta de
pioneiros europeus, como por exemplo, o escritor e dramaturgo maldito Jean
Genet que assinou Chant d’Amour (1950), cuja distribuição
comercial nunca autorizou. Roger Vadim enfatizou uma atração lésbica e
vampírica entre as sedutoras Elza Martinelli e Annette Stroyberg em Rosas
de Sangue (Et Mourir de Plaisir, 1961), talvez o seu melhor
filme. A partir dos anos 60 iniciou-se uma complexa leitura psicológica do
homossexualismo pelas mãos do sueco Ingmar Bergman no clássico O
Silêncio (Tystnaden, 1963), onde são incontroláveis os ciúmes
de uma escritora solteira (Ingrid Thulin) por sua irmã divorciada (Gunnel
Lindblom) de desenfreada vida sexual. Joseph Losey (O Criado/The
Servant, 1963), Pier Paolo Pasolini (Teorema, 1968) e Luchino
Visconti (O Crepúsculo dos Deuses/La caduta degli dei, 1969)
são outros mestres que abordaram sensivelmente a temática gay. O
irreverente norte-americano Kenneth Anger causou polêmica comScorpio
Rising (1963) e The Inauguration of the Pleasure Dome (1966),
o mesmo acontecendo com as obras experimentais e iconoclastas de Andy Warhol e
Paul Morrisey. Os Estados Unidos da América trataram o tema discretamente
em Infâmia (The Children's Hour, 1961), de William
Wyler, uma releitura da peça de Lillian Hellman contando os efeitos
devastadores dos mexericos e rumores escandalosos sobre duas professoras
(Audrey Hepburn e Shirley MacLaine) num colégio interno de garotas, e Tempestade
sobre Washington (Advise and Content, 1962), de Otto
Preminger, sobre um escândalo sexual entre senhores em altas esferas políticas.
Nos final dos anos 60 e princípio dos 70, os excêntricos alemães Rainer
Werner Fassbinder, Peter Fleischmann e Rosa von Praunheim fizeram nome no
emergente movimento do novo Cinema germânico abordando a temática gay.
Fassbinder brilharia com Querelle (1982), uma adaptação da obra
de Genet. São desta época também obras impressionantes como os
viscontianos Morte em Veneza (Morte a Venezia, 1971)
e Ludwig, a Paixão de um Rei (Ludwig, 1973); e Um
Dia Muito Especial (Una Giornata Particolare, 1978), de Ettore
Scola, com Marcello Mastroianni fazendo um radialista homossexual perseguido em
plena Itália fascista da Segunda Guerra. Sucesso comercial, Os Rapazes
da Banda (The Boys in the Band, 1970) tem todos os
personagens centrais gays; Paixão Selvagem (Je T´Aime Moi
Non Plus, 1976), embalado pela famosa canção título, formou uma legião de
fãs em torno de Joe D’Alessandro que protagoniza um triângulo amoroso tórrido.
Outro triângulo famoso marcou um dos primeiros beijos nas telas entre dois
homens: Peter Finch e Murray Head em Domingo Maldito (Sunday
Bloody Sunday,1971). Glenda Jackson fazia a rival. Delírio de Amor (The
Music Lovers, 1971), de Ken Russell, com Richard Chamberlain e Cabaret(1972),
de Bob Fosse, Oscar de ator coadjuvante para o apresentador gay Joel Grey e
mostrando sem medos a atração entre Helmut Griem e Michael York, são obras
memoráveis.
O que vimos, a partir dos anos 80, foi o cinema deixar de se reprimir e
fazer da repressão ao homossexualismo, por exemplo, um de seus motes
populares e mais atrativos, com William Hurt levando o Oscar de melhor ator
como o afetado Molina do nosso O Beijo da Mulher Aranha (1985). Sem
Regras para Amar (Making Love, 1982) ganhou espaço na
mídia como o primeiro filme heterossexual orientado positivamente para o mundo
gay. Do Reino Unido, o debochado Derek Jarman destacou-se como um dos
percussores e responsáveis por essa liberação com cinebiografias
escrachadas de Caravaggio (1986) e do rei devasso Eduardo
II (1991). A crueza das cenas homossexuais de O Homem Ferido (L'Homme
Blessé, 1982) mostrou que era preciso prestar atenção no inquieto
metteur-en-scène Patrice Chéreau. É quando a homossexualidade rompe a barreira
da repressão moral e ganha um novo status no cinema, invertendo a função de
acusado para acusador. Que Tom Hanks beijasse na boca a Antonio Banderas
em Filadélfia (Philadelphia, 1993) e ainda por cima levasse
o Oscar queria dizer simplesmente que a cultura gay se incorporava no que
os norte-americanos chamam de mainstream, a cultura popular. Logo surgiram
outros sucessos como as comédias para todos os gostos O Casamento
de Meu Melhor Amigo (My Best Friend´s Wedding, 1997) e Melhor...
é Impossível (As Good at it Gets, 1997), e os
estimulantes Garotos de Programa (My Own Private Idaho,
1991), de Gus van Sant, Traídos pelo Desejo (The Cryng Game,
1993), de Neil Jordan, contando o envolvimento de um militante do IRA com
o amante transexual de um refém, e o comovente Morango e Chocolate (Fresa
y Chocolate, 1993), um retrato desolado sobre a vida privada na ilha
comunista de Fidel Castro.
De lá pra cá, centenas de filmes com temática homossexual foram
lançados, oferecendo inclusive uma variedade considerável que mostra a
sexualidade gay e lésbica sob vários pontos de vista, desde comédias a
dramas, suspenses, policiais e até aventuras. Num dos primeiros filmes
comerciais a falar claramente do lesbianismo, Três Mulheres na
Intimidade (The killing of Sister George, 1968), uma atriz de
meia idade suspeita que a sua jovem namorada esteja tendo um caso com outra
mulher, abrindo portas para os talentosos Almas Gêmeas (Heavenly
Creatures, 1994), de Peter Jackson, em que a repressão à amizade de duas
adolescentes tem trágicas consequências; O Par Perfeito (Go-Fish,
1994), de Rose Troche, um dos melhores filmes sobre a comunidade
lésbica; Quando a Noite Cai (When Night is Falling,
1999), de Patricia Rozema, narrando o envolvimento de uma professora de
teologia com uma artista de circo; e Aymée e Jaguar (1999), de
Max Farberbock, Urso de Prata de Melhor Atriz (Juliane Kohler e Maria Schrader)
no Festival de Berlim, sensibilizando com o relacionamento entre judia e esposa
de soldado alemão em plena Segunda Guerra. O cinema asiático fortalece o tema
com novos autores elevados à categoria de mestres: Tsai Ming-liang, de
Taiwan, com O Rio (He Liu, 1997) faz a vez de Bergman
no domínio das angústias e dos silêncios; o imperdível Felizes Juntos (Happy
Together/Chun Guang Zha Xie, 1997), de Wong Kar-wai, celebra um amor
gay decadente em Buenos Aires; Banquete de Casamento (The
Wedding Banquet, 1993), colocou abaixo todos os rituais seculares de
famílias conservadoras; e outra vez da China, o onírico e
sofisticado Adeus, minha Concubina (Bawang Beiji, 1993), de
Chen Kaige, Palma de Ouro em Cannes, onde as fascinantes máscaras do Ópera
de Pequim acobertam um triângulo amoroso que sobrevive à história
conturbada do país.
O Brasil adotou a onda. Rodrigo Santoro faz o marginal travesti Lady Di
em Carandiru (2003), de Hector Babenco, e Lázaro Ramos e
Matheus Nachtergaele roubam a cena respectivamente em Madame Satã (2002),
de Karim Ainouz e Amarelo Manga (2003), de Cláudio Assis.
São filmes sem leitura moral, com o Brasil descartando o rótulo de país
artisticamente censurado durante tantas décadas. São também fortes os
personagens homossexuais de Rainha Diaba (1971),
de Antônio Carlos Fontoura; A Estrela Sobe (1974), de
Bruno Barreto; Marília e Marina (1976), de Luiz Fernando
Goulart, baseado no poema Balada das Duas Mocinhas do Botafogo, de
Vinicius de Moraes; Vera (1986), de Sérgio Toledo; Romance (1987),
de Sérgio Bianchi; Cinema de Lágrimas (1995), de Nelson
Pereira dos Santos e Jenipapo (1995), de Monique
Gardenberg. Mas deixando de lado as frescuras preconceituosas das chanchadas de
Oscarito e Grande Otelo, o cinema brasileiro já havia apostado na temática
lésbica em Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri; e gay
em O Menino e o Vento (1967), de Carlos Hugo Christensen, em
que um engenheiro de férias numa cidade cortada pelos ventos se relaciona com
um garoto; e A Casa Assassinada (1971), de Paulo César
Saraceni, com Carlos Kroeber arrebatando vários prêmios.
O crescimento do mercado consumidor gay, junto com a maior visibilidade
das pessoas que agora ousam dizer o nome do amor que praticam, favorece o
surgimento de filmes interessantes sobre a homossexualidade. A música, o
teatro, a moda, a fotografia, a literatura e o jornalismo também absorveram a
cultura homossexual. No cinema, como pode ser detectado neste artigo, o
desejo atravessa suas últimas fronteiras, evitando o círculo vicioso dos
clichês e das agressões generalizadas. A imagem do homossexual evoluiu ao longo
dos anos deixando de ser superficialmente uma vítima social, um
bufo espalhafatoso ou um degenerado agressivo, para se tornar um ser
de carne e osso como o Reinaldo Arenas de Javier Bardem em Antes
que Anoiteça (Before Night Falls, 2000). Estamos perto do
momento em que todas as máscaras serão arrancadas e a sociedade, mesmo
assim, seguirá igual com os seus vícios e virtudes, com o desejo gay e lésbico
sendo conduzido nas telas sem intolerância, como a muito já o deveria ter sido.
NOTA
1. Na premiação do Oscar, este filme ganhou nas categorias Direção,
Roteiro Adaptado e Trilha Sonora. NE
Antonio Naud Jr. (Brasil,
1970). Escritor, jornalista e aventureiro. Autor de ArtePalavra - Conversas no Velho
Mundo (2003), Um
Sentido para a Vida - Uma Biografia de Diógenes da Cunha Lima(2004), e Se um Viajante numa Espanha de
Lorca (2005). Agulha
Revista de Cultura # 50, Março de 2006.
*****
Organização
a cargo de Floriano Martins © 2016 ARC Edições
Artista
convidado: Alberto
da Veiga Guignard
Imagens ©
Acervo Resto do Mundo
Esta
edição integra o projeto de séries especiais da Agulha
Revista de Cultura, assim estruturado:
1 PRIMEIRA ANTOLOGIA ARC FASE I (1999-2009)
2 VIAGENS DO SURREALISMO
3 O RIO DA MEMÓRIA
A Agulha
Revista de Cultura teve em sua primeira fase a coordenação editorial
de Floriano Martins e Claudio Willer, tendo sido hospedada no portal Jornal de
Poesia. No biênio 2010-2011 restringiu seu ambiente ao mundo de língua espanhola,
sob o título de Agulha Hispânica, sob a coordenação editorial apenas de
Floriano Martins. Desde 2012 retoma seu projeto original, desta vez sob a
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