terça-feira, 24 de maio de 2022

JOHN WELSON | Toyen: “A Sombra em frente à Sombra”

 


Ter-me hás e não me terás, em vigília, um abajur à espreita nas profundidades das capelas do Eros que varrem o campo, exibindo até onde os olhos alcançam, apenas para ti, o abdome das mariposas felpudas. E em direção a ti saídos da cama, pântano pálido, teus queridos, cujo sangue circulou uma vez apenas, descreverão em vão mil glifos em convulsão, quanto a mim, precisarei apenas me esgueirar para fazer brotar em teu coração as sementes fúcsia e as bolhas de Fuseli. É por ti que minha cabeça planta bananeira abaixo do radar elevado da colmeia. Avanço entre a luz e as trevas para te encontrar: faz de mim o que quer que não queiras. Se a barra de meu véu se encobrir de cristais de gelo na encruzilhada, não a ergas sob circunstância alguma, isto custaria as sombras de tua memória, mas beija meu sapatinho vermelho-cereja.

ANDRÉ BRETON

 

A obra toda de Toyen não tem objetivo que não corrigir o mundo exterior segundo um desejo que se alimenta da própria satisfação e nela cresce.

BENJAMIN PÉRET

 

Toyen, uma figura central, encarnação elegíaca do orgulho e da nobreza livre de presunção. Ela falava pouco, não escrevia, sua contribuição teórica é impalpável, ela deixa para trás apenas uma produção pictórica imensa, mas sua presença carregava um peso emocional difícil de imaginar.

ROBERT BENAYOUN

 

No começo dos anos 1970, Petr Kral estava em visita a Conroy Maddox em Londres e fui convidado para um jantar no apartamento de Maddox. Petr Kral falou de Toyen: “ela se cerca dos poetas e da poesia mais aguçados, André Breton, Paul Éluard, Benjamin Péret, Jindrich Strysky, Jindrich Heisler, Radovan Ivsic, Annie Le Brun, Georges Goldfayn, todos são bons estimulantes e parceiros para sua capacidade”.

JOHN WELSON

 

Em meados dos anos 1970, conversei com Vincent Bounoure em Paris sobre sexualidade e gênero e ele disse de Toyen: “Em algum momento futuro, todos iremos chegar onde Toyen está agora, onde já está há um bom tempo”.

JOHN WELSON

 

Selvagem, solitária, secreta, Toyen incorporava paradoxalmente uma das mais belas imagens da amizade surrealista, tanto na França quanto na Tchecoslováquia.

RADOVAN IVSIC

 

Presume-se que o nome “Toyen” seja derivado da palavra francesa “citoyen”, que significa cidadão.

Toyen foi fundadora do grupo surrealista da Tchecoslováquia, em 1934, e uma força e uma energia significativas em Paris de 1947 até sua morte. Ao longo de meio século de criação, produziu um volume muito considerável de obras, entre pinturas, colagens, desenhos e ilustrações. Foi excepcionalmente prolífica, produzindo uma vasta obra em diferentes estilos ao longo de sua carreira. O conteúdo e a intenção da obra também evoluíram ao longo dos anos, mas no cerne de seu trabalho permanece uma qualidade altamente competente e confiante de desenhista, misturada e fundida com uma imaginação sem limites. Na base formativa de sua carreira, ganhou a vida produzindo ilustrações comerciais para livros, em diferentes estilos e tendências, de livros de histórias infantis a obras traduzidas de autores tão diferentes quanto H. G. Wells e Kafka. Continuou a ilustrar livros por toda a vida. Essas ilustrações eram normalmente produzidas como contornos, mas ela também utilizava a colagem como meio para atingir seu objetivo. Seu interesse nesse meio informou as imagens por ela pintadas por toda a vida, mas também se sustenta por mérito próprio como importante meio de expressão pessoal.

Em 1919, Toyen começou a estudar na Academia de Artes de Praga – UMPRUM. Demonstrou talento e aptidão consideráveis para pintura e desenho e isso lhe proporcionou “boas bases”. Também era dotada de uma mente curiosa e os alunos da UMPRUM, assim como a cidade de Praga como um todo, serviram de trampolim e fonte para aqueles que desejassem aprofundar sua compreensão das artes. Também havia muitas oportunidades de intercâmbio intelectual e cultural e, para uma mente decidida a desabrochar, ambientes assim são essenciais. Foi ali que ela conheceu Jindrich Styrsky, poeta, pintor, escritor, teórico, um homem com uma fome insaciável por aquilo que Jose Pierre chamou de “lucidez cruel”. Strysky e Toyen se tornaram “parceiros de aventuras”: ambos eram curiosos e inquisidores, nutrindo um ao outro em seus caminhos de investigação. Praga era um coração pulsante de trocas intelectuais, um centro que atraía discurso, intercâmbio e fermentação culturais, tanto para o s círculos Tchecos quanto além.


Strysky e Toyen uniram-se ao grupo vanguardista multidisciplinar Devetsil em 1923. Os fundadores e principais forças motrizes do grupo foram Karel Teige e Viteslav Nezval, ambos os quais posteriormente representariam papéis significativos como animadores e teóricos do grupo surrealista de Praga, formado em 1934.

Strysky e Toyen partiram em busca de novos ares no final de 1925, ambos atraídos por Paris. Ali, formaram o próprio grupo de apenas dois membros chamado “Artificialismo”. Não estavam convencidos, naquela altura, da “aventura surrealista”. Decerta a conheciam e sem dúvida foram por ela informados. Produziram o próprio manifesto, desposando as teorias do “artificialismo” e, em paralelo com sua ocupação formal como ilustradores comerciais, praticaram novas formas artísticas, obras semi-abstratas, formas e contornos fluidos compostos de tinta espessa e materiais como areia. As obras compartilham das aventuras empreendidas por André Masson em alguns de seus trabalhos. Surrealistas como Miró eram entusiastas da criação de superfícies tridimensionais em lugar das pinturas bidimensionais. Pinturas como “Midi”, de 1929, são tanto livres quanto semi-abstratas, mas, ao mesmo tempo, há nela olhos claramente perceptíveis e um quadro por trás do qual se pode ver um “fantasma erguido”, uma figura cara a Toyen por toda a sua carreira. José Pierre escreveu: “ela se sentia especialmente atraída por cascas de árvore, muros velhos e detritos trazidos pela maré. Mas a lição ‘paranoica’ transmitida através de Leonardo da Vinci, Ernst e Dalí assumiu em sua obra um aspecto inimitavelmente invocador, como se ela procurasse arrancar dessas superfícies fascinantes seres nelas aprisionados. Daquela época em diante, por meio de modificações variáveis de seu idioma, Toyen permaneceu fiel a essa técnica mágica do “fantasma erguido”. Decerto, sua motivação básica para pintar era evocar esses espectros, arrancá-los de sua cômoda invisibilidade, e trazê-los para a luz do dia para que pudessem emprestar um elemento inesperado à vida rotineira”. Nezvel os descreveu como “objetos espectrais”, ou “objetos alucinatório-espectrais”.

Os “fantasmas erguidos” surgem regularmente nas pinturas de Toyen; “Fantasma Rosa” e “Fantasma Amarelo”, ambos de 1934, trazem figuras inferidas, quase como se emergissem do fundo e se metamorfoseassem em personagens que Toyen escolheu capturar nesse estado de transformação. Alternativamente, podemos imaginar que já eram figuras sólidas e estão no processo de fundir-se novamente com o fundo. Essas personagens podem muito bem ser uma declaração de Toyen a respeito da interpretação que escolheu para si, uma vez que sempre optou por se retirar de situações públicas. Benayoun fez referência a essa característica da artista e refletiu que ela conferia a Toyen uma aura enigmática.

Depois de quatro anos, Strysky e Toyen retornaram a Praga. Ela sentia uma maior afinidade com o surrealismo e sua obra se aproximou cada vez mais dele. Em 1932, Toyen ilustrou a tradução tchecoslovaca de Justine, de Sade, publicada pela Editions 69, de Strysky, que publicou diversas obras eróticas, com Toyen responsável por ilustrar algumas delas. Toyen e Strysky tinham interesse em imagens eróticas e essa área permaneceria uma linha de inspiração durante toda a vida criativa da artista.

É interessante observar como todas as fases iniciais de desenvolvimento de Toyen informam sua obra posterior. Ela parecia reticente, hesitante, ou talvez tenha optado deliberadamente por não escrever sobre si, sobre seu processo criativo, ou sobre os fatores de motivação e inspiração de sua obra. Assim, cabe ao espectador deduzir e buscar por pistas na obra em si. Cada fase cronológica, a de inspiração cubista, a Devetsil, a naive, a das Editions 69/Erotika Revue, a artificialista, contém expressões individuais poderosas de realização criativa, mas é relevante que todas carregam uma aura embrionária, uma sensação de que um “todo” mais focado irá emanar dessas energias quando elas forem reunidas. É como se fossem fios de pulsão, partes de um todo que irá desabrochar em uma direção investigativa coerente. Como analogia, as costelas existem como entidades em separado, mas, quando fixadas à coluna vertebral, tornam-se a caixa torácica.

Depois de uma exposição em Praga em 1932, houve um claro posicionamento em direção ao surrealismo e, por fim, Nezval viajou a Paris em 1934 para se encontrar com André Breton e informar a formação de um grupo surrealista em Praga. O lançamento bem-sucedido do grupo e suas atividades foram o bastante para justificar, pouco tempo depois, a ida de André Breton e Paul Éluard a Praga, onde ofereceram palestras. Ao longo de todo esse período, Toyen se envolveu dedicadamente em todas as atividades do grupo. Expôs com os surrealistas em grandes mostras em Londres (1936) e Paris (1938), e continuou a participar de exposições surrealistas por toda a vida, compartilhando sua visão e conquistando o profundo respeito de todos que viam sua obra. Suas pinturas se deslocaram mais enfaticamente no sentido da utilização da iconografia surrealista como meio de transmissão de sua mensagem. A pintura “The Sleeper”, de 1938, mostra uma figura feminina de costas para o observador, o casaco longo aberto na parte de trás, revelando a ausência de torso, um “receptáculo vazio”; a figura traz na mão uma rede de caçar borboletas e parece fitar uma paisagem vazia e estéril. Toyen se tornou a voz da inquietude, montando calmamente uma cena e criando o enigmático por ingerência, sempre permeada de inquietude e desconforto. Este seria seu forte ao longo do restante de sua vida criativa, com imagem após imagem criando cenas calmas com um pulsar de inquietude suficiente para perturbar a montagem.


Durante a Segunda Guerra Mundial, Toyen permaneceu em Praga e travou uma amizade sólida com Jindrich Heisler, membro do grupo de Praga e um poeta dotado de uma mente poética particularmente aguçada, ciente da relação entre a palavra escrita e a imagem visual. Heisler também produziu muitas imagens nesse período, inventando diversos métodos fotográficos que criavam efeitos maravilhosos. Produziu uma edição intitulada “De la meme farine”, de imagens que permitem ao observador apreciar que o espírito aventureiro compartilhado surgido no período deve ter nutrido o vocabulário imaginativo tanto de Heisler quanto de Toyen, informando a produção dos dois nessa fase e ampliando suas perspectivas futuras.

Como se deu nos projetos em colaboração com Strysky, as aventuras com Heisler foram projetos de mão-dupla, há entre eles uma simbiose palpável, foram colaborações em que ambos ofereciam e recebiam, respondendo e reagindo. “Specters of the Desert” foi publicado em 1939. “War, Hide Away” e “The Shooting Gallery” estão entre as mais impressionantes colaborações entre Heisler e Toyen; embora os poemas sejam de Heisler e os desenhos de Toyen, o diálogo entre os dois é tal que a energia parece ser de uma só pessoa. As imagens de Toyen utilizam o motivo de um pássaro em muitos dos desenhos, mas também incluem a evolução continuada dos “fantasmas erguidos”, frequentemente duplicados como imagens refletidas, o “fantasma” mirando-se no espelho. A ilustração de textos foi um componente importante dos anos de guerra. Após o armistício, surgem pinturas como “The Myth of Light”, de 1946, que retrata uma silhueta de Heisler por trás de uma porta de vidro, segurando um vaso de flores que cresceram através da porta; defronte, um par de mãos enluvadas lançando sombras na forma de um lobo; e “At the Chateau La Coste”, do mesmo ano, e também mostrando uma raposa emergindo da parede enquanto dá o bote em um pombo. Ambas são pinturas poderosas, obra de uma artista confiante no meio e na mensagem. Elas trazem uma marca e uma identidade pessoal, são pinturas de “Toyen”, têm a atmosfera de Toyen, a realidade enquanto realidade, mas com uma pequena alteração ou transformação, algo que afeta a aparência da imagem e nossa percepção dela e, novamente, um eco de inquietude que surge para o espectador.

Em 1947, Heisler e Toyen mudaram-se para Paris um ano antes de a Tchecoslováquia cair perante o comunismo. Toyen teve uma mostra individual em Paris e foi lá que se estabeleceu pelo restante da vida. Ali, fez parte do grupo surrealista parisiense, frequentando suas reuniões. De 1948 até sua morte, em 1980, representou um pulso de energia e criatividade que perpassou gerações, formando relacionamentos criativos e amizades com aqueles de cuja imaginação se sentia parte. Quando, depois do falecimento de Breton, a natureza e o formato do grupo e da atividade coletiva se transformaram, ela optou por se relacionar com um círculo íntimo de amigos surrealistas em “solidão compartilhada”. A amizade e a afinidade espiritual de Toyen com André Breton e com Benjamin Peret eram constantes e, em 1948, numa estadia na Bretanha com Breton, Peret e Heisler, ela começou a trabalhar em “Neither Wings nor Stones: Wings and Stones”. A obra refletia sobre os novos horizontes e direções do surrealismo e – importante – oferecia ainda outra encarnação dos “fantasmas erguidos”, uma vez que os protagonistas das gravuras pareciam deslizar sobre o palco de ação, esvoaçando uns sobre os outros, compartilhando sua energia em uma transação de carícias fragmentadas. Era como se algumas transmutações alquímicas entremeassem caminhos entre pena, bico e ondulações.

O período entre o fim da década de 1950 e o fim da década de 1970 testemunhou a continuidade da evolução e do desenvolvimento da abordagem de Toyen, cuja visão evoluía e se desenvolvia constantemente. Sua obra e a percepção que a informou sempre foram de origem orgânica, crescendo em milhares de maneiras e direções, as formas se tornando difusas, quase nebulosas, silhuetas e sombras, uma fluidez formal. Annie Le Brun, amiga e colaboradora poética durante essa fase, disse de Toyen naquele período: “Não há, na verdade, qualquer pintura dos anos 1950 e 1960 em que o fundo não ganhe vida, como algum tipo de tecido orgânico, numa espécie de mil-e-uma-noites de interação. Mesmo em uma olhada rápida, podemos ver que cada aparição é induzida pelas texturas em constante mutação da autora”.

O encontro com Radovan Ivsic em meados da década de 1950 induziu ainda outro surto de trocas poéticas, “Le Puits dans le tour”, uma colaboração de alguns anos depois que reúne doze desenhos. Toyen se referia a eles como “os resquícios de sonhos” aos quais Ivsic oferece a poesia do voo alado.


Ao longo de toda a aventura criativa de Toyen, a colagem representou um grande papel em sua expressão. Como se deu com seus colaboradores anteriores, Strysky e Heisler, foi atraída pela natureza imediata e convulsiva de algo em um livro ou uma revista que atrai a atenção e pode ser lançado em um novo caminho de aventura. Com efeito, podemos refletir que, colocados em um novo ambiente, agem como um tipo de “fantasma erguido”, já que, nas mãos de Toyen, deixam os limites de sua existência anterior e ganham vida, renovados e revigorados pela força vital rejuvenescida que ela neles incute. Durante os anos 1960, colagens como “Through the Balmy Night”, de 1968, oferecem o mesmo encanto hipnótico que pinturas como “La Paravent”, de 1966, elementos dramáticos que surgem de fundos planos e enegrecidos, aparições da imaginação surgem e logo se vão.

A importância de Toyen persiste. Ela era fugidia. Por opção, Toyen era distante, demonstrando humildade e modéstia consideráveis. Ela julgava que a obra falava em seu nome e, assim, nos fica o enigma que é a sombra da silhueta, o segredo a um só tempo guardado e compartilhado.

 

NOTA

Tradução: Allan Vidigal.

 


JOHN WELSON | País de Gales, 1953. Poeta e artista plástico, Welson é um desses personagens admiráveis por sua incondicional obsessão pela criação. Desde a infância que se dedica à pintura, ao desenho, à cerâmica e logo dando início também à escritura poética. Resultado dessa voracidade criativa é que tem em sua agenda um registro de mais de 300 participações em galerias em vários países. Nas últimas décadas produziu um abstracionismo lírico cuja ótica central é a paisagem de seu País de Gales. A seu respeito escreveu John Richardson: Quer sejamos encantados com a poesia de John Welson, fascinados quando suas pinturas batem à porta de nosso inconsciente, ou nos encontremos iludidos por suas colagens enquanto conscientemente reordenam nossa visão de o que é e o que pode ser, é possível, acredito, discernir através do vidro as sombras, os traços e os impulsos que revelam seu compromisso com a liberdade e o surrealismo. […] Para John, a violência em tomar ou separar é apenas a primeira etapa necessária de uma grande obra de desconstrução, necessária para reconstruir e reconstruir, permitindo assim que a realidade latente da vida cotidiana, que a ideologia burguesa mascara, surja e se destaque. É dessa maneira orgânica que o Maravilhoso nos é revelado. Mais uma vez, ele nos oferece um vislumbre do que poderia ser.
 

 


ENRIQUE DE SANTIAGO | Chile, 1961. Artista visual, poeta, investigador, ensayista, editor, curador y gestor cultural. Ha dictado charlas en diversas universidades, museos y centros culturales. Estudió Licenciatura en arte en la Universidad de Chile y en el Instituto de Arte Contemporáneo (Chile). Desde el año 1984, que expone en muestras individuales y colectivas en diversos países, contando a su haber alrededor de más de 120 exhibiciones. Tiene a su haber 6 libros de poesía. Ha participado en variadas antologías de poesía, tanto en Chile como en el extranjero. Colaboró en el diario La Nación con artículos de arte de los nuevos medios, y en revistas como Derrame, Escaner Cultural y Labios Menores en Chile, Brumes Blondes en Holanda, Adamar de España, Punto Seguido de Colombia, Sonámbula de México, Agulha Revista de Cultura de Brasil, InComunidade de Portugal, Styxus de Rep. Checa, Canibaal de Valencia, España, Materika de Costa Rica y otras publicaciones impresas y digitales. www.flickr.com/photos/enriquedesantiago/

 



Agulha Revista de Cultura

Série SURREALISMO SURREALISTAS # 10

Número 209 | maio de 2022

Artista convidado: Enrique de Santiago (Chile, 1961)

Traduções: Agathi Dimitrouka, Allan Vidigal, Wolfgang Pannek

editor geral | FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com

editor assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com

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