quinta-feira, 3 de agosto de 2017

FLORIANO MARTINS | Enquete sobre Erotismo e Sexualidade [Parte 1]


Em 1928 o grupo surrealista francês realizou uma série de encontros destinada ao registro de ideias em torno da sexualidade. Sob a regência de André Breton, dela participaram poetas como Pierre Naville, Benjamín Péret, Jacques Prévert, Man Ray, Raymond Queneau, Louis Aragón, entre outros. Há dois aspectos que apequenam a importância ideal dessa enquete ao vivo: a ausência de mulheres e a restrição temática que contemplava apenas as preferências sexuais, tais como gênero, posições, ausência ou presença de orgasmo etc. Louis Aragón chega inclusive a reclamar dessa induzida contenção de temas. A partir de sua leitura me pareceram necessárias medidas de ajuste na configuração do encontro. Sem me preocupar com o fato de que a inversão de polaridade pudesse refletir uma espécie de revanche, considero indispensável criar aqui um ambiente para a avaliação das mulheres acerca parcialmente daqueles temas discutidos em 1928, tratando de ampliar o quadro temático, dando a ele uma maior profundidade. Também tratei de buscar a opinião de mulheres não apenas poetas ou mesmo necessariamente surrealistas. Mesclei idades, profissões e países. Ao conversar com uma das convidadas, a poeta Leila Ferraz, que optou por não responder ao questionário, sua justificativa resulta em valioso depoimento, que trato aqui de reproduzir:

LEILA FERRAZ | Boa parte dessas indagações invade o local mágico onde nascem todos os mistérios que se transformam no meu ato de criar. De certa forma, é o oculto de meu ser alquímico. O meu andrógino primordial desvelado. As minhas bocas do desejo que estão além do meu corpo. Parte na memória não circunscrita ao Sexo. Masculino ou feminino. Minhas memórias da sexualidade e do erotismo se fundem. E os rituais do amor, fossem estritamente sexuais ou mentais, sempre foram abençoados por Eros. Se eu me permitisse responder a perguntas tão objetivas, em minha idade, hoje, estaria fechando os olhos para o sagrado. O intangível. Perderia as fontes úmidas que se derramam em meus versos.

Outra observação enriquecedora veio da artista plástica Susana Wald:

SUSANA WALD | A mi entender el amor incluye, pero también excede lo sexual. En castellano tenemos dos palabras para definir lo amoroso: amar y querer. Para mí el querer se refiere a lo pasional, a lo sexual. Es también algo en que la persona se refiere a sí mismo en, o incluido en lo amoroso. El amor, en mi léxico tiene que ver con un acto en que se da, sin distinción de si se recibe o no algo en cambio.

Os leitores da presente Enquete sobre Erotismo e Sexualidade, notarão que a expressão do feminino possui um radical de maior sensualidade, sentido de doação e comunhão, assim como uma compreensão mais humana e abrangente de todos os temas. Não se trata, no entanto, de um manifesto contra a expressão do masculino. Embora a ideia desta aventura tenha partido de algumas discordâncias minhas em relação aos encontros do grupo surrealista francês, em 1928, reafirmo que eu procurei dar mais profundidade e sensibilidade a cada questão evocada. Vamos ao resultado, que, por sua extensão, se encontra dividido em três partes.

FM | ¿Cuál es tu primera recordación de algo en tu vida relacionado con la sexualidad?

AMIRAH GAZEL | El placer que siempre me aportaron los lápices de color y su olor fue mi primera relación sexual, no obstante, recuerdo que de manera consciente, a mis seis años, en un juego inocente conmigo misma, encontrando sensaciones descubrí –te preguntarás Floriano, que era un poco temprano, pero no creas las nenas somos muy despiertas–, un lugar secreto en mi cuerpo que liberaba un torrente de energía mágica y me daba tranquilidad, alegría y armonía. Curiosidad traviesa que con el tiempo aprendí que era el lado escondido de la historia sexual. Lo íntimo, lo prohibido para las mujeres: el placer.
Hoy una gran parte de nosotras nos vemos fascinadas por dos imágenes extremas de nosotras mismas: la reina y la salvaje, aunque pocas nos autorizamos de reconocer las múltiples facetas de la feminidad que nos habitan. Lo que más nos interesa, actualmente, es la conquista de la libertad, nuestro amor propio.
La reina “reina” sobre ella misma y no agacha la cabeza ante la dominación de los demás. Ella lleva su vida como lo desea, sin compararse con otros, de manera totalmente autónoma. Ella es reina en su reino.
Mientras que la mujer salvaje no se deja definir por su exterior. Ella vive desde su interior. Ella no se somete a las normas que se le imponen, pero vive su vida bajo sus propias reglas y posee el sentido de lo que conduce hacia la vida y de lo que le impide de existir. Unas lobas, como nos describe tan bien, Clarissa Pinkola Estés, la naturaleza instintiva de la mujer en su libro “Mujeres que corren con los lobos”.
¿Cómo funciona la mente femenina? Con las mentes de nosotras puede pasar cualquier cosa… El que una mujer sienta excitación no significa que vaya a montarse en: “Un tranvía llamado deseo”. Esa naturaleza compleja de la sexualidad femenina hace interesante el amarnos y convivir con nosotras.
Grandes cantidades de textos, manuales y volúmenes escritos por psicólogos, sexólogos y toda clase de intelectuales, tratan de explicarnos cómo actúa la mente femenina, como funciona su sexualidad, algunos de ellos consiguen encerrar conceptos tan complejos como marcos estadísticos, en números, modelos y legislaciones reduccionistas, frente a ese particular encuentro con lo real, lo imaginario, lo simbólico, lo mágico e inexplicable que es la experiencia amorosa con el otro o con uno mismo.
Me atrevo a decir amigo que no tengo la información necesaria para hablar de sexualidad femenina, pero si te puedo decir que tengo la certeza, tal vez la única, de haber amado desde siempre loca y apasionadamente.

ANA MENDOZA | No tengo un recuerdo preciso como decir: “la primera vez que fui a la playa” o “La primera vez que tuve un paraguas fucsia” de estos hechos tengo recuerdos. No creo que se pueda tener algún recuerdo de un hecho natural de la vida, es la sexualidad parte nuestra naturaleza humana, así como el deseo. No puedo hablar sobre la primera vez que respiré, y si existe un recuerdo de este hecho tal vez lo sea de manera subconsciente, algo que es parte de mí, uno solo siente no cuestiona el por qué ni el cuándo.
No debemos hablar de deseo sexual y de sexualidad sin referirnos a conocimientos previos de en lo que se fundamenta cada cultura. ¿Cuál es la verdad entonces? Si solo tenemos recuerdos sensoriales, si el mito de la sexualidad, y del impulso sexual se remontan a las civilizaciones griega y romana y cada generación vive como vivían sus padres.
Mi recuerdo más vago de índole sexual puede ser el pudor de las mujeres en ocultar sus cuerpos desnudos de las miradas y de los ojos de los demás. Esto me causaba gran curiosidad el tabú de los adultos. En casa solía ser algo natural la desnudez, esto nunca se mezcló con lo sexual, solo era el cuerpo sin ropa.
Mientras que para el resto ocultar, reprimir e incluso hablar era un hecho de misterio. He pensado que ló hacían más por pudor, por miedo a la crítica y a la opinión, miedo de no cumplir normas de belleza y estereotipos marcados por tendencias preestablecidas que pudieran afectar sus estados de ánimo y de aceptación dentro de la sociedad y la cultura actual.
La sexualidad como proceso de conocimiento es un acto de descubrimiento, de exploración, de reconocimiento, de sensibilización del cuerpo sexuado.

ANA MIRANDA | Menina, fugindo dos olhos de um homem, ruborizada, me joguei na piscina.

BEATRIZ HAUSNER | En Chile, tendría como diez años, recuerdo que me gustaba leer (a escondidas) unas revistas de historias de amor, tipo banda cómica, pero a base de fotografías. No tenían nada grafico de por sí; más bien era un sugerirse de situaciones posiblemente sexuales.

BETTY VIDIGAL | É difícil separar vida de sexualidade. Quem, como eu, tem irmãos e irmãs, sabe muito bem que há meninos e meninas no mundo. Isso já é uma percepção da sexualidade?
Um dia uma prima me contou como um homem e uma mulher fazem um bebê. A ideia não pareceu muito atraente, naquele momento. E, por alguma razão, ela disse para a mãe dela que tinha sido o contrário: que eu é que contei isso a ela... Acho que teve medo de que eu a acusasse de ter me revelado esse grande segredo... E a mãe dela foi tirar satisfações com a minha, num jantar de família. Gerou uma pequena comoção.
A primeira revelação de erotismo veio de encontrar um catecismo de Carlos Zéfiro, pertencente a um tio solteiro. Comecei a ler pensando que fossem quadrinhos românticos, a estória começava com uma festa de debutantes... E então – surpresa!

ELIANE ROBERT MORAES | Não sei se consigo demarcar esse momento inaugural... Creio que a tomada de consciência da sexualidade é um processo que se faz aos poucos, devagar e silenciosamente, sem que a gente se aperceba, e – de repente – ela está lá! A bem da verdade, ela nasce conosco e, inclusive, nos antecede já que repousa na nossa origem.

ESTER FRIDMAN | Minha mais remota recordação ligada à sexualidade é de uma ocasião na qual eu tinha por volta de três ou quatro anos de idade. Minha mãe conversava com uma amiga que estava acompanhada de seu filho da mesma idade que eu. As duas conversavam em pé, enquanto eu e o menino, também em pé, nos olhávamos. Nossas alturas eram a de seus vestidos, entre seus joelhos e quadris. Não me lembro de quem foi o primeiro, se eu ou ele, a abaixar as calças, mas os dois abaixaram. No primeiro momento, notamos que éramos diferentes. Em seguida encostamos os bumbuns um no outro, acho que porque neles encontramos uma identificação, uma igualdade (risos). Nossas mães, entretidas em seus assuntos, nada perceberam. Não me recordo da fisionomia do menino, apenas da sensação.

GISELDA LEIRNER | Tinha dez anos quando minhas primas mais velhas desvendaram o que seria para mim o mistério até o meu casamento.

MARIA ESTELA GUEDES | Não tenho recordações de infância, a menos que recorra uma fotografia muito sugestiva dos meus 6-7 anos, em que estou ao fundo de uma escadaria e um adulto me dá a mão para me ajudar a subir. Na minha imaginação, esse adulto, que não sei quem é, ter-me-á pedido que tirasse as calcinhas para ele ver. Havia um “se”: “Se fizeres isso, dou-te…” Pode ser tudo imaginação adulta estimulada pela fotografia.

SUSANA WALD | Cuando era niña muy pequeña me impidieron dejar mis manos bajo la cubierta de la cobija de la cama. Tenía que tenerlas al lado de mi cara "como angelito". No se debía tener las manos junto al sexo.

VANESSA DROZ | No fue algo directo o concreto, es decir, no fue con el cuerpo. Consistió más bien de un descubrimiento lleno de sorpresa y aprehensión. Estudié en un colegio católico de monjas españolas muy conservador. Durante uno de los “retiros espirituales” (yo tendría unos 9 o 10 años), uno de los sacerdotes a cargo nos dio un consejo: que, al despertar, nos levantáramos inmediatamente de la cama, que nunca nos quedáramos mucho tiempo en ella porque “la cama conduce al pecado”. Si el sacerdote lo prohibía, tenía que ver con sexo (no necesariamente con sexualidad), esa “cosa” que no sabíamos qué era, pero sí que estaba envuelta en misterio. A mis breves años, comencé a mirar la cama con recelo, pero también con curiosidad. Después vino lo demás.

FM | ¿El ambiente de realización sexual debe restringirse sólo en busca de posiciones variando o renovando el placer?

AMIRAH GAZEL | El espíritu aspira a ser libre. La creatividad, la imaginación y la espontaneidad en el encuentro sexual ayudan a acoplar la experiencia de alegría. Este aspecto en el maravilloso encuentro de la unión sexual, nos permite de experimentar pulsiones sexuales que abren las puertas al cosmos, haciéndonos sentir la unión entre lo finito y lo infinito. A través del inagotable placer.
Si hablamos de posiciones, “Posiciones” es una palabra que me transporta por supuesto, directamente al “Kama Sutra”, libro hindú del amor y el sexo por excelencia. El acto sexual es un honor. Los gestos eróticos o las posiciones extravagantes, variadas, acrobáticas o no, son solo el resultado de un clima de un verdadero desfile amoroso, en donde los ojos, las manos, los perfumes, los colores, las joyas, los poemas, las flores, la música, los rumores y numerosos signos hablan, expresan todos los matices de sentimientos, todas las tonalidades del deseo.

ANA MENDOZA | No, no hay reglas solo varía según las necesidades de un ser a otro, me preocupa más la intensidad como se vive, la sociedad de consumo, y lo que funciona a nivel cinematográfico, o estadísticamente visual nada tiene que ver con las necesidades individuales. El cuerpo el sexo y la mujer que pasan a ser un espectáculo que se “ofrece” al espectador nada tiene que ver con la realidad en la que se desarrolla el acto sexual. La intimidad, la sensualidad, el erotismo le da un toque mágico a cada experiencia entre los amantes que viene a ser única.

ANA MIRANDA | Não deve haver nenhuma restrição, nem mesmo a procura de novas posições, um casal pode perfeitamente ter mais prazer com a repetição do que com a variação. O ambiente de realização sexual é estar bem consigo mesmo.

BEATRIZ HAUSNER | Considero que la realización sexual se puede dar en la repetición de posiciones conocidas, donde el placer puede ir cambiando y dándose en forma distinta cada vez. También sucede que se da espontáneamente la invención de posiciones hasta entonces no probadas. El placer va cambiando en su intensidad en su proyección según la situación.

BETTY VIDIGAL | Como se restringir a alguma coisa? Não é algo que permeia tudo e é permeado por tudo?

ELIANE ROBERT MORAES | Decididamente, não! O erotismo não se limita a uma pragmática, como quer nos fazer crer o repertório sempre renovado – mas também sempre limitado – do mercado pornô. Os caminhos da procura do prazer sexual não se encontram em um só mapa.

ESTER FRIDMAN | Mais do que as posições, o que dá prazer é quando as energias batem. Quando isso acontece, nem sequer percebemos se estamos de ponta cabeça, no chão ou na nuvem.

GISELDA LEIRNER | O ambiente sexual pode ser qualquer um quando existe a relação amorosa.

MARIA ESTELA GUEDES | O ambiente é importante, se por tal entendermos a casa, o campo ou a praia, distintos de um recanto numa ruela escura. Quanto às posições extraordinárias, só interessa procurá-las se as normais, as mais confortáveis, não funcionarem por qualquer anomalia física. De outro modo, as posições do Kamasutra só não são ridículas, se praticadas por contorcionistas. Mudanças de posição desconcentram, desviam os corpos dos pontos de fricção, por isso interrompem o fluxo que leva o prazer até ao clímax. Essencial, para estimular o corpo, são as carícias, quer localizadas quer não. É bom que as carícias sejam ténues, porque há zonas acariciáveis hipersensíveis, em que o demasiado entusiasmo provoca dor, caso dos mamilos, caso do clítoris, e depois a situação não é propícia a proibições: “Não faças isso!”. E como a mulher não tem coragem de falar, tudo se estragou para ela ainda antes do prefácio.

SUSANA WALD | El ambiente en que se realiza lo sexual no se puede ni debe restringirse. No se trata sólo de posiciones en la cama o en otros lugares. El placer puede ser renovado de muchas maneras.

VANESSA DROZ | Renovando.

FM | ¿Qué entiende por alquimia sexual?

AMIRAH GAZEL | Cito alguno de los conceptos de alquimia que en su variedad y erotismo se unen y nos enseñan lo mismo: en la alquimia china lo masculino es el fuego y lo femenino es el agua, se unen para crear una armonía a través de la cual su condición original es restituida y consiguen entrar en la unión de la pureza y claridad llamada “Tao”.
Cada una (o) de nosotras (os) tenemos presente la energía masculina y la energía femenina más allá de nuestra condición genital. Estas energías canalizadas nos permiten un equilibrio entre cuerpo y alma.
Nuestros cuerpos segregan líquidos que poéticamente los podemos llamar de miles maneras, digamos “aguas celestes” que al mezclarse encienden meridianos permitiéndonos experimentar en conjunto el despertar del “kundalini” o energía cósmica que duerme en cada uno de nosotros (as).
La alquimia es el arte de transmutar esa energía bruta en energía afectuosa relacionada con el amor incondicional y luego en energía espiritual. Hacer el amor es un arte, la sexualidad es sustancia de vida.

ANA MIRANDA | Alquimia sexual talvez seja a Pedra Filosofal, a panaceia da comunhão perfeita entre dois corpos e suas almas.

BEATRIZ HAUSNER | Para mí la alquimia sexual es el vivir una situación donde dos seres se aman en tal medida que pueden entregarse el uno al otro sin ningún temor, sin ninguna reserva. Cuando es así se da ese verterse del uno en el otro, cual vasos comunicantes, en el que una persona renueva a la otra y a sí misma, en un movimiento sin fin.

BETTY VIDIGAL | Certamente existe algo que torna uma pessoa cobiçável e única. Felizmente, esse “algo” não é o mesmo para todos, cada um é atraído por características diferentes. Devemos chamar de alquimia ao encontro dos desejos e dos dotes desejados? Fala-se em “uma coisa de pele”. E se for “uma coisa de cérebro”? Certamente se manifesta através da pele, mas será realmente “da” pele? Fala-se em “química”, creio mais em “física”. Eletromagnetismo.

ELIANE ROBERT MORAES | Para mim, é o ponto de encontro entre o amor e o sexo.

ESTER FRIDMAN | A alquimia se dá quando as energias são compatíveis. É um encontro de almas, pois estas tem a ver com o emocional, que por sua vez, está totalmente ligado ao corpo. Muita gente confunde alma com espírito, mas este não precisa dos prazeres terrenos, quem precisa é a alma e o corpo. Não é preciso gostar da pessoa para que ocorra uma alquimia. É um encontro sexual, não de vidas ou de personalidades. Estas podem ser incompatíveis, e isso não impede de haver alquimia, desde que a mente não bloqueie.

GISELDA LEIRNER | Segundo Anais Nin, “O único transformador, o único alquimista que muda tudo em ouro, é o amor. O único antídoto contra a morte, a idade, a vida vulgar, é o amor.”

MARIA ESTELA GUEDES | Alquimia sexual é um princípio da psicanálise jungiana. Eu precisaria fazer pesquisa para responder.

SUSANA WALD | Como la alquimia busca los cambios profundos del ser humano y en éstos se incluye lo sexual, supongo que se puede mencionar lo sexual en conexión con la alquimia.

VANESSA DROZ | La alquimia sexual es esa agitación entre dos seres humanos, independientemente de quienes componen la pareja, como resultado de la exaltación de los órganos sexuales de cada uno/una antes y durante el acto sexual. Parecería restringirse al ámbito de la genitalia/acto de penetración. Preferiría hablar de alquimia erótica. Ésta, aunque incluye el enardecimiento de la genitalia, no está sujeta exclusivamente a ésta y cuenta con todo el cuerpo.

FM | De acuerdo con el tantrismo, el acto sexual mágico tiene por satisfacción máxima el placer de saborear el zumo de un fruto y la gran emoción de la pasión concentrada en el más alto grado de energía. En este sentido sería menor el papel desempeñado por el orgasmo. ¿Cuál es tu opinión al respecto?

AMIRAH GAZEL | Lo exquisito en el arte de la sexualidad es disfrutar del placer en toda su esencia. Deleitarse del gozo del otro es un juego precioso, saborear los frutos jugosos, de naturaleza suculenta. La fruición se enciende entonces y se enciende, hasta hacernos perder la consciencia e iniciar el viaje cósmico de escalofríos, temblores, estremecimientos, subidas y bajadas de energía en fuego hasta morir en el orgasmo. No olvidemos que la satisfacción es un factor importante de nuestra salud sexual.
Hay tres clases de tantrismo: El Tantrismo blanco, el Tantrismo negro y el Tantrismo gris.
El fuego trascendente se desarrolla únicamente con el Tantrismo blanco. En él no existe el orgasmo ni la eyaculación del semen. Con este tantrismo se despierta el “Kundalini”, es decir, el Fuego del Espíritu Sagrado. El propósito de esta unión es la creación de los Cuerpos Existenciales del Ser. Retirarse o terminar la práctica de Sexo sin derramar la Energía Creadora Sexual, es decir sin eyacular ni llegar al orgasmo.
Esta práctica debe darse siempre entre un hombre y una mujer, falo dentro del yoni, y no incluye fornicación. Siempre debe estar presidida por el Amor. Con esto no quiero decir que no exista el Amor entre dos personas del mismo sexo.
Los otros dos tantrismos el negro y el gris no buscan transcender por lo tanto el orgasmo es lo deseado, estas dos prácticas no son obligatoriamente antecedidas por el amor.
Es un libre albedrío, eyacular en exceso envejece al hombre, en el semen se pierde mucho zinc, retener en extremo el semen también puede ser perjudicial físicamente por la presión sanguínea. Como todo, la llave es la moderación, el orgasmo juega también un papel físico mental importante. Lo relevante es que la práctica sexual es sagrada, es nuestra energía creadora que bien canalizada nos brinda felicidad, bienestar, salud y mucha potencia creativa en otros aspectos de la vida.
El orgasmo es el momento de mayor elevación y placer dentro de la vivencia del amor sagrado.
La energía vital es una, pero puede manifestarse en muchas direcciones. El sexo es una de ellas. Cuando la energía de vida se transforma en biológica, se vuelve energía sexual. El sexo no es más que una aplicación de esa energía vital.

ANA MENDOZA | El tantra o el hecho de un acto sexual ya debe ser mágico por excelencia sino, no creo que pudiéramos darle más importancia de la que requiere, todo acto sexual viene marcado por la atracción y la expectativa, por concentrarse en el hecho de que toda la fuerza esta puesta en el clímax y el placer de complacer y complacerse, leí una vez “el abismo donde toda diferencia se extravía”, no siendo la meta el orgasmo si no todo el recorrido para llegar a un estado donde hay la unión de lo simbólico y espiritual de las almas, el resultado físico viene a ser la respuesta de una serie de hechos que nos conectan para sacudirnos de la inercia y llevarnos a la libertad sin escapatoria.

ANA MIRANDA | Diz um escritor que o orgasmo é apenas um acidente. Uns dizem que é um desperdício de energia. Reich dizia que o orgasmo tem uma função terapêutica. Mas há realmente formas de prazer sem ser o orgasmo. De todo modo, o orgasmo é algo muito delicioso, para ser desprezado.

BEATRIZ HAUSNER | Ciertamente, el orgasmo no es la única expresión del éxtasis mágico. Hay en la represión del orgasmo un cúmulo de energía imposible de comparar con otras energías. El desahogo que significa el orgasmo le da término a esa acumulación de energía.

BETTY VIDIGAL | As correntes de pensamento orientais me dizem muito pouco, embora eu tenha poemas que falam em mantras e universo tântrico. E tenho muitos que falam em magia, mas sempre do ponto de vista da cética – mesmo que seja a cética apaixonada pelo mago.
Já “a grande emoção da paixão concentrada no mais elevado grau de energia” – isso me interessa. Mas não precisamos do tantrismo para isso, precisamos?

ELIANE ROBERT MORAES | Minha opinião? Viva o tantrismo, que erotiza a vida em todos os seus aspectos!

ESTER FRIDMAN | O sexo tântrico prolonga o ato, pois seu propósito não é o orgasmo físico, mas a transcendência. A energia sexual é a mais potente energia que temos, e o orgasmo interrompe essa potência energética. O intuito é justamnte fazer com que essa energia toda seja direcionada para outro propósito, que não o orgasmo. Acho isso fantástico.

GISELDA LEIRNER | O orgasmo não é mais do que o resultado deste ato sexual mágico fruto do mais alto grau de energia prazerosa. Não é menor o papel desempenhado pelo orgasmo.

MARIA ESTELA GUEDES | Sei, em teoria, de técnicas de suspensão do orgasmo, mas, segundo a minha experiência não-oriental, sempre que o meu orgasmo ficou suspenso foi por performance de pior qualidade do parceiro. Isso é mais frequente do que o desejável e causa tremenda frustração.

SUSANA WALD | Por lo que sé, que es muy poco, en el tantrismo se retiene lo más posible la excitación sexual, sin dejarse llegar al orgasmo, para poder usar la lucidez mental que se produce y poder proyectar la energía sexual. En ese estado mental cualquier otro estímulo, como el ejemplo del zumo de la fruta, puede ser especial. La energía misma, la pasión concentrada en el más alto grado, me parece que se proyecta con el orgasmo.

VANESSA DROZ | Me refiero a mi respuesta a la pregunta anterior.

FM | ¿Qué papel desempeña el ambiente (luz, objetos, música etc.) en la plena realización del acto sexual?

AMIRAH GAZEL | Dejar fluir la imaginación es una puerta abierta al infinito. El femenino exige excelencia en todas sus áreas, el sexo se trata de conexión como de clímax. La intimidad emocional que resulta de sentirse conectada con su pareja es para la mujer un componente primario del buen sexo.
Podría manifestarse que nuestra intimidad sexual, la manera en la que percibimos la sexualidad, la forma en que nos vemos atraídas eróticamente por otra persona, está directamente relacionada con la relación en vez del comportamiento sexual propiamente dicho.
La sexualidad femenina es un fenómeno complejo, pero un buen “partenaire” puede dirigir nuestra mirada hacia el tapiz de nuestro ser sexual y estimular la curiosidad aumentando la consciencia mutua.
Claro que los objetos sexuales y las atmósferas escarlatas púrpuras juegan un rol importante en la complicidad de la relación, sin que sean indispensables.
Cuando decidimos integrar los “Toy’s” sexuales en nuestra vida íntima y las atmósferas voluptuosas, comenzamos a disfrutar de relaciones sexuales más divertidas y abiertas, e iniciamos a conocer de manera diferente nuestro cuerpo y el de la pareja.

ANA MENDOZA | El estímulo de los sentidos a través de las sensaciones que pueden crear ciertos ambientes son de suma importancia, no deben ser el hecho primordial para que pueda gestarse acto que nos asegura el placer sin fin, pero si son un alto recurso afrodisíaco de experiencias que nos impulsan a una vida sexual más placentera. Espacios cálidos, ciertos tonos de luz, horas del día, texturas, colores, sonidos. Un ambiente agradable, íntimo, cargado de aromas exóticos, el rostro del placer de la pareja es el mayor modo de concebir un hecho creativo sugerente y cargado de estímulos racionales y fantásticos.

ANA MIRANDA | Depende da sensibilidade da pessoa. Mas o grande estimulante é o amor, a paixão, é estar com a pessoa amada e não outra.

BEATRIZ HAUSNER | No es imprescindible, pero un ambiente bello enriquece la experiencia amorosa. Luz suave, y silencio es lo ideal.

BETTY VIDIGAL | Suponho que esses acessórios sejam importantes para algumas pessoas. Para mim, são irrelevantes. Se o ambiente é lindo, ótimo. Se não é, perfeito também. Luz, objetos, perfumes e melodias vão ser importantes depois, para evocar momentos.

ELIANE ROBERT MORAES | Tudo e nada... Eros pode, por vezes, desfrutar dos estímulos que lhe oferece um décor elaborado, embora por outras lhe baste a simples presença dos corpos.

ESTER FRIDMAN | Nenhum se você está com uma pessoa que você sente uma atração enorme e é correspondido. Quanto menor a atração ou a compatibilidade energética, mais recursos externos você precisa, seja de luz, objetos, música ou o que for. Mas tem algumas pessoas que, independentemente do grau de atração que sentem, gostam de fetiches e fantasias. A música sempre interfere. Se está tocando algo que a pessoa não gosta, melhor desligar.

GISELDA LEIRNER | Totalmente irrelevante.

MARIA ESTELA GUEDES | Tudo isso tem importância nos preliminares, aliás, na fase de cortejamento. Entrados no ato sexual, há grande concentração no processo corporal e no objetivo, por isso são indesejáveis todos os fatores de distração.

SUSANA WALD | Todo depende del momento. Si el acto sexual es puramente eso, una urgencia física impostergable, no me parece que haya problemas con qué elementos tiene el entorno. En cambio, en el caso de la seducción, en los juegos que preceden al acto sexual entre dos seres que se aman, me parece que la música, la luz, los objetos, toman un significado especial porque ayudan a aumentar la excitación.

VANESSA DROZ | Durante el desenvolvimiento de la alquimia erótica, muchísimo. Es fundamental. Durante el desarrollo y culminación de la alquimia sexual, no tanto.

FM | ¿Cuál relación debe existir entre el acto sexual y la religiosidad?

AMIRAH GAZEL | Sexualidad y religión, podríamos creer que no se complementan bien. Pero no es así, la religiosidad influye en la sexualidad, y la sexualidad puede modificar las ideas religiosas.
La sexualidad, sin la idea del pecado original, puede ser una manera de llegar a lo sagrado. Esta suposición está muy presente en los círculos ocultos. Estos siempre consideraron el órgano sexual con un doble rol, el inferior de la procreación y el superior que es el medio por el cual se entra en contacto con el estado divino. Este segundo hace de la sexualidad una iniciación.
Numerosos estudios han sido realizados sobre este sujeto y las estadísticas sorprenden, algunos de los resultados obtenidos a pesar de la diversidad de contextos religiosos de los que procedían, revelaron que la mayoría de los jóvenes analizados generaban una ética sexual para sus vidas, influida por su fe religiosa.
Estamos construyendo un yo moderno. Sin embargo, cuando pienso en el tema de los escándalos de abusos sexuales sobre menores cometidos por religiosos…, no puedo dejar de creer que a las religiones les gusta acumular negaciones. Hoy en día la religiosidad se identifica como un mecanismo positivo o negativo para enfrentar las adversidades de la vida.
Espiritualidad y sexualidad… En fin esta pregunta la Ilustro con la frase de William Blake en “América, una profecía”: "Porque todo lo que vive es santo, la vida se deleita en la vida".

ANA MENDOZA | Una relación dual, que muestra dos extremos, la muerte y la salvación, el pecado, la culpa, la redención, la expresión de la carne como expresión maléfica de rechazo, la sexualidad como obstáculo, la mezcla del bien y el mal dividiendo, separa el amor del sexo. La relación que debería existir es el obviar el discurso de la doble moral, la cultura afectiva apegada a los huesos de los amantes, apegada al universo afectivo, emocional, cognitivo, impregnado de deseo.

ANA MIRANDA | Considero o ato sexual sagrado, e coberto de aspectos divinos.

BEATRIZ HAUSNER | Hay un aspecto ritual en el acto amoroso, al que se suma una profunda emoción, que enaltece y lo conecta a lo sagrado.

BETTY VIDIGAL | Se existe uma relação entre essas duas coisas, jamais percebi, jamais me atingiu. Sou ateu tardia, demorei a ver a Luz, pois a religião é muito sedutora. Acreditar na existência de deuses é confortável. Mas, mesmo no tempo em que era beatificamente crédula, jamais enxerguei nada de religioso no ato sexual. A paixão pode ser tão intensa e absorvente que nos parece sobrenatural, transcendental, predestinada. Nada disso se liga ao “re-ligare” dos religiosos.
(digo ateu e não ateia, porque, afinal, trata-se de saber que não há nenhum “deus” e não “deusa”)

ELIANE ROBERT MORAES | Sexo e religião dizem respeito aos grandes mistérios que nos constituem, remetendo, ambos, à nossa origem. São caminhos paralelos que por vezes se tocam, abrindo frestas para o vislumbre de inesperadas revelações.

ESTER FRIDMAN | O ato sexual é religiosidade pura, no sentido etimológico da palavra religião, que vem de religare, ou seja, nos religar com o divino. O corpo é sagrado, é nosso templo, e entregar-se de corpo e alma é a consagração e integração dos opostos - o hierogamos ou casamento sagrado Nesse sentido, o ato sexual é um caminho, um meio para a integração psíquica de cada um dos envolvidos, se estes estiverem dispostos a fazer essa integração dentro de si mesmos. Evidente que não falo aqui do ato sexual como mera masturbação a dois, mas do mais alto grau de vivência da união sexual.

GISELDA LEIRNER | No meu livro Naufrágios, tenho um conto que responde exatamente a esta pergunta, “O sacrifício”:

Ao amanhecer teve um sonho curto e violento. Sua mulher o olhava e ria. Um riso luciferino. Subiu em seu corpo e, ainda rindo, cavalgou sobre ele e fez com que a penetrasse. Quando olhou para o rosto da mulher, eram as duas cabeças das gêmeas, assim como Janus, viradas para lados opostos. Acordou com seu próprio grito de terror.

Foi até a cama e, com inusitada selvageria possuiu, primeiro uma, depois a outra, e assim continuou até chegar ao ponto de exaustão, quando adormeceu pesadamente.

As duas virgens deitadas, silenciosas, se abraçaram em um longo e amoroso encontro. Beijavam-se, encontrando uma o corpo da outra, quando o prazer surgiu pela primeira vez. E o amor era tão grande, e tamanha a doçura de suas carícias, que, sem falar, planejaram juntas, em pensamento, o que sucedeu depois.

Na literatura encontramos vários exemplos desta relação.

MARIA ESTELA GUEDES | Infelizmente, só uma élite culta encara o ato sexual com naturalidade, a maioria das pessoas está sujeita ao peso da cultura, e nessa cultura domina a moral religiosa. De outra parte, nem sempre a mulher é mais forte do que a moral religiosa, para se proteger de doenças e maternidades indesejadas. Outro tipo de situações, corrente na poesia e no mito, como o caso da prostituição sagrada, deve ser evitado na vida prática e corrente, pois arrisca-se o sacerdote a ir parar à prisão por abuso de menores que tenha à sua guarda. Casos de clímax devidos à contemplação de imagens sagradas podem ocorrer, claro, como aconteceu com Yukio Mishima, que teve o seu primeiro orgasmo diante de uma imagem de S. Sebastião, mas tais práticas “religiosas” parecem mais literárias do que reais e a excitação que despertam – em mim – fica próxima de zero. Também é conhecido o ensaio de Lacan sobre os êxtases de Santa Teresa. Em países de cultura católica, mesmo entre ateus, e mesmo quando existem figurinhas obscenas no recinto sagrado, o elemento religioso coloca o erotismo dentro de uma arca frigorífica. Aliás não é só o religioso, é também a opinião pública, o bom senso.

SUSANA WALD | Para mí si no hay religiosidad, no tiene interés el acto sexual. No se trata de religiones establecidas y jerarquizadas, sino de religión que se entiende como trascendencia. El acto sexual, para mí, necesita ser trascendente.

VANESSA DROZ | Ninguna. Sí debe haberla entre el acto sexual (de nuevo: prefiero la actividad erótica) y la espiritualidad, que es otra cosa que religiosidad; la espiritualidad del cerebro con el cuerpo cuando están en sincronía.

FM | ¿Es posible hacer el amor con un compañero invisible?

AMIRAH GAZEL | Recuerdas el juego que solíamos jugar cuando éramos niños: “Mi amigo invisible”, una proyección de nuestros deseos, temores, sueños, dar regalos al o la que te correspondía en el sorteo… Porque no jugar a un compañero sexual invisible esto le pone “picante” a la relación sorpresiva, suena erótico. Aunque la religiosidad para volver al tema… jajajaja…
También podemos llamar a ese amigo invisible: La masturbación que al contrario de lo que solemos pensar, el orgasmo obtenido en solitario es, salvo en escasas excepciones, más intenso que el procurado en una relación sexual en pareja. Le damos una alegría al cuerpo. Libera tensiones, sana enfermedades patológicas, refuerza el sistema inmunológico al liberar el cortisol y las endorfinas soltadas en el torrente sanguíneo disminuyen la depresión.

ANA MENDOZA | De hecho solo o acompañado físicamente así debería ser, creo que no debería depender de un ser o elemento externo el placer de nuestra sexualidad, deberíamos tener claro que los resultados no dependen de un tercero, si no de nosotros con nuestro interior y de nosotros con el mundo. Estoy completamente de acuerdo a la fantasía que genera un compañero del imaginario creativo, como la fantasía de una persona existente de nuestra vida que nos impulse y nos parezca atractiva. La fantasía que pueda liberar y elevar, generar un estado de placer puede ser utilizada como un recurso más de la intimidad sexual.

ANA MIRANDA | A imaginação pode nos propiciar vivências extraordinárias e às vezes mais intensas do que a realidade.

BEATRIZ HAUSNER | Si. Sobre todo cuando el ser amado no está de cuerpo presente, uno lo visualiza y lo siente, oye su respiración y lo mira a los ojos.

BETTY VIDIGAL | Sim.

ELIANE ROBERT MORAES | Creio que sim, e talvez essa seja até uma modalidade bastante praticada no mundo contemporâneo. Pode-se fazer amor por carta, por telefone, por internet e até por transmissão de pensamento! O objeto do desejo, como sustentaram Pierre Louÿs, Louis Buñuel, Sade, Freud e tantos outros conhecedores do assunto, é sempre obscuro.

ESTER FRIDMAN | Pode-se imaginar um ato sexual e chegar ao orgasmo, pois tudo acontece em nossa mente. Mas somente com a imaginação não se consegue o circuito energético completo. Este só se dá com um parceiro visível e presente.

GISELDA LEIRNER | Não.

MARIA ESTELA GUEDES | Ah, sim, é perfeitamente possível e mesmo banal fazer amor com o presente a pensar no ausente.

SUSANA WALD | Si invisible se refiere a ausente, me parece que no. Si invisible es un juego de no poder ver, me parece que sí.

VANESSA DROZ | Sí.



CONVIDADAS

AMIRAH GAZEL | Artista plástica (Costa Rica, 1964) ● ANA MENDOZA | Artista plástica (Venezuela, 1974) ● ANA MIRANDA | Romancista (Brasil, 1951) ● BEATRIZ HAUSNER | Poeta (Chile, 1958) ● BETTY VIDIGAL | Poeta (Brasil) ● ELIANE ROBERT MORAES | Ensaísta (Brasil, 1951) ● ESTER FRIDMAN | Filósofa (Brasil, 1963) ● GISELDA LEIRNER | Romancista (Brasil, 1928) ● MARIA ESTELA GUEDES | Poeta e dramaturga (Portugal, 1947) ● SUSANA WALD | Artista plástica (Canadá, 1937) ● VANESSA DROZ | Poeta (Porto Rico, 1952)


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Página ilustrada com obras de Felícia Leirner (Brasil), artista convidada desta edição. Ensaio fotográfico, de Valdir Rocha.

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ÍNDICE # 100

EDITORIAL | 100 números e a dinâmica imóvel do cotidiano

AGACÍ DIMITRUCA | Tiempos griego-españoles

ALFONSO PEÑA | Conversa con Claudio Willer

ANDREA OBERHUBER | O livro surrealista como espaço transfronteiriço: Lise Deharme e Gisèle Prassinos

ANTONIO CABALLERO | Harold Alvarado Tenorio y un libro a cuchilladas

DANIEL VERGINELLI GALANTIN | Eliane Robert Moraes: perversos, amantes e outros trágicos

ELVA PENICHE MONTFORT | Fotografía y surrealismo: fetiches de Kati Horna

ESTELLE IRIZARRY | Eugene Granell: correspondencias entre creación pictórica y literaria

ESTER FRIDMAN | A linguagem simbólica no Zaratustra de Nietzsche

FLORIANO MARTINS | Enquete sobre Erotismo e Sexualidade – Parte 1

FLORIANO MARTINS | Enquete sobre Erotismo e Sexualidade – Parte 2

FLORIANO MARTINS | Enquete sobre Erotismo e Sexualidade – Parte 3

HAROLD ALVARADO TENORIO | 100 años de poesía en Colombia

ISABEL BARRAGÁN DE TURNER | La isla mágica de Rogelio Sinán

JOSÉ ÁNGEL LEYVA | Víctor Gaviria: El poeta y el cine

LUIS FERNANDO CUARTAS | La ilusión siniestra de los cuerpos y los engaños de la metamorfosis

MARIA LÚCIA DAL FARRA | Herberto Helder, sigilosamente Herberto

NICOLAU SAIÃO | Recordando uma comunicação de Mário Cesariny

RICARDO ECHÁVARRI | El poeta Arthur Cravan em México

SUSANA WALD | En el espejo retrovisor

ULISES VARSOVIA Esencia y excedencia de la poesía contemporánea

ARTISTA CONVIDADA | FELÍCIA LEIRNER | GISELDA LEIRNER | Felícia Leirner, minha mãe


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Agulha Revista de Cultura
Número 100 | Julho de 2017
editor geral | FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com
editor assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com
logo & design | FLORIANO MARTINS
revisão de textos & difusão | FLORIANO MARTINS | MÁRCIO SIMÕES
equipe de tradução
ALLAN VIDIGAL | ECLAIR ANTONIO ALMEIDA FILHO | FEDERICO RIVERO SCARANI | MILENE MORAES
os artigos assinados não refletem necessariamente o pensamento da revista
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