Em 1928 o grupo surrealista francês realizou
uma série de encontros destinada ao registro de ideias em torno da sexualidade.
Sob a regência de André Breton, dela participaram poetas como Pierre Naville, Benjamín
Péret, Jacques Prévert, Man Ray, Raymond Queneau, Louis Aragón, entre outros. Há
dois aspectos que apequenam a importância ideal dessa enquete ao vivo: a ausência
de mulheres e a restrição temática que contemplava apenas as preferências sexuais,
tais como gênero, posições, ausência ou presença de orgasmo etc. Louis Aragón chega
inclusive a reclamar dessa induzida contenção de temas. A partir de sua leitura
me pareceram necessárias medidas de ajuste na configuração do encontro. Sem me preocupar
com o fato de que a inversão de polaridade pudesse refletir uma espécie de revanche,
considero indispensável criar aqui um ambiente para a avaliação das mulheres acerca
parcialmente daqueles temas discutidos em 1928, tratando de ampliar o quadro temático,
dando a ele uma maior profundidade. Também tratei de buscar a opinião de mulheres
não apenas poetas ou mesmo necessariamente surrealistas. Mesclei idades, profissões
e países. Ao conversar com uma das convidadas, a poeta Leila Ferraz, que optou por
não responder ao questionário, sua justificativa resulta em valioso depoimento,
que trato aqui de reproduzir:
LEILA FERRAZ | Boa parte dessas indagações invade o local mágico onde nascem todos
os mistérios que se transformam no meu ato de criar. De certa forma, é o oculto
de meu ser alquímico. O meu andrógino primordial desvelado. As minhas bocas do desejo
que estão além do meu corpo. Parte na memória não circunscrita ao Sexo. Masculino
ou feminino. Minhas memórias da sexualidade e do erotismo se fundem. E os rituais do amor,
fossem estritamente sexuais ou mentais, sempre foram abençoados por Eros. Se eu me permitisse responder a perguntas tão objetivas, em minha idade,
hoje, estaria fechando os olhos para o sagrado. O intangível. Perderia as fontes
úmidas que se derramam em meus versos.
Outra
observação enriquecedora veio da artista plástica Susana Wald:
SUSANA WALD | A mi entender el
amor incluye, pero también excede lo sexual. En castellano tenemos dos palabras
para definir lo amoroso: amar y querer. Para mí el querer se refiere a lo pasional,
a lo sexual. Es también algo en que la persona se refiere a sí mismo en, o incluido
en lo amoroso. El amor, en mi léxico tiene que ver con un acto en que se da, sin
distinción de si se recibe o no algo en cambio.
Os leitores da presente Enquete sobre Erotismo
e Sexualidade, notarão que a expressão do feminino possui um radical de maior sensualidade,
sentido de doação e comunhão, assim como uma compreensão mais humana e abrangente
de todos os temas. Não se trata, no entanto, de um manifesto contra a expressão
do masculino. Embora a ideia desta aventura tenha partido de algumas discordâncias
minhas em relação aos encontros do grupo surrealista francês, em 1928, reafirmo
que eu procurei dar mais profundidade e sensibilidade a cada questão evocada. Vamos
ao resultado, que, por sua extensão, se encontra dividido em três partes.
FM | ¿Cuál es tu primera recordación de algo en tu vida relacionado
con la sexualidad?
AMIRAH GAZEL | El placer que siempre me aportaron los lápices de color
y su olor fue mi primera relación sexual, no obstante, recuerdo que de manera consciente,
a mis seis años, en un juego inocente conmigo misma, encontrando sensaciones descubrí
–te preguntarás Floriano, que era un poco temprano, pero no creas las nenas somos
muy despiertas–, un lugar secreto en mi cuerpo que liberaba un torrente de energía
mágica y me daba tranquilidad, alegría y armonía. Curiosidad traviesa que con el
tiempo aprendí que era el lado escondido de la historia sexual. Lo íntimo, lo prohibido
para las mujeres: el placer.
Hoy una
gran parte de nosotras nos vemos fascinadas por dos imágenes extremas de nosotras
mismas: la reina y la salvaje, aunque pocas nos autorizamos de reconocer las múltiples
facetas de la feminidad que nos habitan. Lo que más nos interesa, actualmente, es
la conquista de la libertad, nuestro amor propio.
La reina
“reina” sobre ella misma y no agacha la cabeza ante la dominación de los demás.
Ella lleva su vida como lo desea, sin compararse con otros, de manera totalmente
autónoma. Ella es reina en su reino.
Mientras
que la mujer salvaje no se deja definir por su exterior. Ella vive desde su interior.
Ella no se somete a las normas que se le imponen, pero vive su vida bajo sus propias
reglas y posee el sentido de lo que conduce hacia la vida y de lo que le impide
de existir. Unas lobas, como nos describe tan bien, Clarissa Pinkola Estés, la naturaleza instintiva de la mujer en su libro “Mujeres
que corren con los lobos”.
¿Cómo funciona
la mente femenina? Con las mentes de nosotras puede pasar cualquier cosa… El que
una mujer sienta excitación no significa que vaya a montarse en: “Un tranvía llamado
deseo”. Esa naturaleza compleja de la sexualidad femenina hace interesante el amarnos
y convivir con nosotras.
Grandes
cantidades de textos, manuales y volúmenes escritos por psicólogos, sexólogos y
toda clase de intelectuales, tratan de explicarnos cómo actúa la mente femenina,
como funciona su sexualidad, algunos de ellos consiguen encerrar conceptos tan complejos
como marcos estadísticos, en números, modelos y legislaciones reduccionistas, frente
a ese particular encuentro con lo real, lo imaginario, lo simbólico, lo mágico e
inexplicable que es la experiencia amorosa con el otro o con uno mismo.
Me atrevo
a decir amigo que no tengo la información necesaria para hablar de sexualidad femenina,
pero si te puedo decir que tengo la certeza, tal vez la única, de haber amado desde
siempre loca y apasionadamente.
ANA MENDOZA | No tengo un recuerdo preciso como decir: “la primera vez que fui a la playa” o “La primera vez que tuve un paraguas fucsia”
de estos hechos tengo recuerdos. No creo que se pueda tener algún recuerdo de un
hecho natural de la vida, es la sexualidad parte nuestra naturaleza humana, así
como el deseo. No puedo hablar sobre la primera vez que respiré, y si existe un
recuerdo de este hecho tal vez lo sea de manera subconsciente, algo que es parte
de mí, uno solo siente no cuestiona el por qué ni el cuándo.
No debemos hablar de deseo sexual y de sexualidad sin referirnos a conocimientos
previos de en lo que se fundamenta cada cultura. ¿Cuál es la verdad entonces? Si
solo tenemos recuerdos sensoriales, si el mito de la sexualidad, y del impulso sexual
se remontan a las civilizaciones griega y romana y cada generación vive como vivían
sus padres.
Mi recuerdo más vago de índole sexual puede ser el pudor de las mujeres en ocultar
sus cuerpos desnudos de las miradas y de los ojos de los demás. Esto me causaba
gran curiosidad el tabú de los adultos. En casa solía ser algo natural la desnudez,
esto nunca se mezcló con lo sexual, solo era el cuerpo sin ropa.
Mientras que para el resto ocultar, reprimir e incluso hablar era un hecho de
misterio. He pensado que ló hacían más por pudor, por miedo a la crítica y a la
opinión, miedo de no cumplir normas de belleza y estereotipos marcados por tendencias
preestablecidas que pudieran afectar sus estados de ánimo y de aceptación dentro
de la sociedad y la cultura actual.
La sexualidad como proceso de conocimiento es un acto de descubrimiento, de
exploración, de reconocimiento, de sensibilización del cuerpo sexuado.
ANA
MIRANDA | Menina, fugindo
dos olhos de um homem, ruborizada, me joguei na piscina.
BEATRIZ HAUSNER
| En Chile,
tendría como diez años, recuerdo que me gustaba leer (a escondidas) unas revistas
de historias de amor, tipo banda cómica, pero a base de fotografías. No tenían nada
grafico de por sí; más bien era un sugerirse de situaciones posiblemente sexuales.
BETTY
VIDIGAL | É difícil separar
vida de sexualidade. Quem, como eu, tem irmãos e irmãs, sabe muito bem que há meninos
e meninas no mundo. Isso já é uma percepção da sexualidade?
Um dia uma prima me contou como um homem e
uma mulher fazem um bebê. A ideia não pareceu muito atraente, naquele momento. E,
por alguma razão, ela disse para a mãe dela que tinha sido o contrário: que eu é
que contei isso a ela... Acho que teve medo de que eu a acusasse de ter me revelado
esse grande segredo... E a mãe dela foi tirar satisfações com a minha, num jantar
de família. Gerou uma pequena comoção.
A primeira revelação de erotismo veio de encontrar
um catecismo de Carlos Zéfiro, pertencente a um tio solteiro. Comecei a ler pensando
que fossem quadrinhos românticos, a estória começava com uma festa de debutantes...
E então – surpresa!
ELIANE
ROBERT MORAES | Não sei se
consigo demarcar esse momento inaugural... Creio que a tomada de consciência da
sexualidade é um processo que se faz aos poucos, devagar e silenciosamente, sem
que a gente se aperceba, e – de repente – ela está lá! A bem da verdade, ela nasce
conosco e, inclusive, nos antecede já que repousa na nossa origem.
ESTER
FRIDMAN | Minha mais remota
recordação ligada à sexualidade é de uma ocasião na qual eu tinha por volta de três
ou quatro anos de idade. Minha mãe conversava com uma amiga que estava acompanhada
de seu filho da mesma idade que eu. As duas conversavam em pé, enquanto eu e o menino,
também em pé, nos olhávamos. Nossas alturas eram a de seus vestidos, entre seus
joelhos e quadris. Não me lembro de quem foi o primeiro, se eu ou ele, a abaixar
as calças, mas os dois abaixaram. No primeiro momento, notamos que éramos diferentes.
Em seguida encostamos os bumbuns um no outro, acho que porque neles encontramos
uma identificação, uma igualdade (risos). Nossas mães, entretidas em seus assuntos,
nada perceberam. Não me recordo da fisionomia do menino, apenas da sensação.
GISELDA
LEIRNER | Tinha dez anos
quando minhas primas mais velhas desvendaram o que seria para mim o mistério até
o meu casamento.
MARIA ESTELA GUEDES | Não tenho recordações
de infância, a menos que recorra uma fotografia muito sugestiva dos meus 6-7 anos,
em que estou ao fundo de uma escadaria e um adulto me dá a mão para me ajudar a
subir. Na minha imaginação, esse adulto, que não sei quem é, ter-me-á pedido que
tirasse as calcinhas para ele ver. Havia um “se”: “Se fizeres isso, dou-te…” Pode
ser tudo imaginação adulta estimulada pela fotografia.
SUSANA WALD | Cuando era niña
muy pequeña me impidieron dejar mis manos bajo la cubierta de la cobija de la cama.
Tenía que tenerlas al lado de mi cara "como angelito". No se debía tener
las manos junto al sexo.
VANESSA DROZ | No fue algo directo o concreto, es decir, no fue con el cuerpo. Consistió más
bien de un descubrimiento lleno de sorpresa y aprehensión. Estudié en un colegio
católico de monjas españolas muy conservador. Durante uno de los “retiros espirituales”
(yo tendría unos 9 o 10 años), uno de los sacerdotes a cargo nos dio un consejo:
que, al despertar, nos levantáramos inmediatamente de la cama, que nunca nos quedáramos
mucho tiempo en ella porque “la cama conduce al pecado”. Si el sacerdote lo prohibía,
tenía que ver con sexo (no necesariamente con sexualidad), esa “cosa” que no sabíamos
qué era, pero sí que estaba envuelta en misterio. A mis breves años, comencé a mirar
la cama con recelo, pero también con curiosidad. Después vino lo demás.
FM | ¿El ambiente de realización sexual
debe restringirse sólo en busca de posiciones variando o renovando el placer?
AMIRAH GAZEL | El espíritu aspira a ser libre. La creatividad, la imaginación
y la espontaneidad en el encuentro sexual ayudan a acoplar la experiencia de alegría.
Este aspecto en el maravilloso encuentro de la unión sexual, nos permite de experimentar
pulsiones sexuales que abren las puertas al cosmos, haciéndonos sentir la unión
entre lo finito y lo infinito. A través del inagotable placer.
Si hablamos
de posiciones, “Posiciones” es una palabra que me transporta por supuesto, directamente
al “Kama Sutra”, libro hindú del amor y el sexo por excelencia. El acto sexual es
un honor. Los gestos eróticos o las posiciones extravagantes, variadas, acrobáticas
o no, son solo el resultado de un clima de un verdadero desfile amoroso, en donde
los ojos, las manos, los perfumes, los colores, las joyas, los poemas, las flores,
la música, los rumores y numerosos signos hablan, expresan todos los matices de
sentimientos, todas las tonalidades del deseo.
ANA MENDOZA | No, no hay reglas solo varía según las necesidades de un ser a otro,
me preocupa más la intensidad como se vive, la sociedad de consumo, y lo que funciona
a nivel cinematográfico, o estadísticamente visual nada tiene que ver con las necesidades
individuales. El cuerpo el sexo y la mujer que pasan a ser un espectáculo que se
“ofrece” al espectador nada tiene que ver con la realidad en la que se desarrolla
el acto sexual. La intimidad, la sensualidad, el erotismo le da un toque mágico
a cada experiencia entre los amantes que viene a ser única.
ANA
MIRANDA | Não deve haver
nenhuma restrição, nem mesmo a procura de novas posições, um casal pode perfeitamente
ter mais prazer com a repetição do que com a variação. O ambiente de realização
sexual é estar bem consigo mesmo.
BEATRIZ HAUSNER
| Considero
que la realización sexual se puede dar en la repetición de posiciones conocidas,
donde el placer puede ir cambiando y dándose en forma distinta cada vez. También
sucede que se da espontáneamente la invención de posiciones hasta entonces no probadas.
El placer va cambiando en su intensidad en su proyección según la situación.
BETTY
VIDIGAL | Como se restringir
a alguma coisa? Não é algo que permeia tudo e é permeado por tudo?
ELIANE
ROBERT MORAES | Decididamente,
não! O erotismo não se limita a uma pragmática, como quer nos fazer crer o repertório
sempre renovado – mas também sempre limitado – do mercado pornô. Os caminhos da
procura do prazer sexual não se encontram em um só mapa.
ESTER
FRIDMAN | Mais do que as
posições, o que dá prazer é quando as energias batem. Quando isso acontece, nem
sequer percebemos se estamos de ponta cabeça, no chão ou na nuvem.
GISELDA
LEIRNER | O ambiente sexual
pode ser qualquer um quando existe a relação amorosa.
MARIA ESTELA GUEDES | O ambiente é importante,
se por tal entendermos a casa, o campo ou a praia, distintos de um recanto numa
ruela escura. Quanto às posições extraordinárias, só interessa procurá-las se as
normais, as mais confortáveis, não funcionarem por qualquer anomalia física. De
outro modo, as posições do Kamasutra só não são ridículas, se praticadas por contorcionistas.
Mudanças de posição desconcentram, desviam os corpos dos pontos de fricção, por
isso interrompem o fluxo que leva o prazer até ao clímax. Essencial, para estimular
o corpo, são as carícias, quer localizadas quer não. É bom que as carícias sejam
ténues, porque há zonas acariciáveis hipersensíveis, em que o demasiado entusiasmo
provoca dor, caso dos mamilos, caso do clítoris, e depois a situação não é propícia
a proibições: “Não faças isso!”. E como a mulher não tem coragem de falar, tudo
se estragou para ela ainda antes do prefácio.
SUSANA WALD | El ambiente en
que se realiza lo sexual no se puede ni debe restringirse. No se trata sólo de posiciones
en la cama o en otros lugares. El placer puede ser renovado de muchas maneras.
VANESSA DROZ | Renovando.
FM | ¿Qué entiende por alquimia sexual?
AMIRAH GAZEL | Cito alguno de los conceptos de alquimia
que en su variedad y erotismo se unen y nos enseñan lo mismo: en la alquimia china lo masculino
es el fuego y lo femenino es el agua, se unen para crear una armonía a través de
la cual su condición original es restituida y consiguen entrar en la unión de la
pureza y claridad llamada “Tao”.
Cada una (o) de nosotras (os) tenemos presente
la energía masculina y la energía femenina más allá de nuestra condición genital.
Estas energías canalizadas nos permiten un equilibrio entre cuerpo y alma.
Nuestros cuerpos segregan líquidos que poéticamente
los podemos llamar de miles maneras, digamos “aguas celestes” que al mezclarse encienden
meridianos permitiéndonos experimentar en conjunto el despertar del “kundalini”
o energía cósmica que duerme en cada uno de nosotros (as).
La alquimia es el arte de transmutar esa energía
bruta en energía afectuosa relacionada con el amor incondicional y luego en energía
espiritual. Hacer el amor es un arte, la sexualidad es sustancia de vida.
ANA
MIRANDA | Alquimia sexual
talvez seja a Pedra Filosofal, a panaceia da comunhão perfeita entre dois corpos
e suas almas.
BEATRIZ HAUSNER
| Para mí la
alquimia sexual es el vivir una situación donde dos seres se aman en tal medida
que pueden entregarse el uno al otro sin ningún temor, sin ninguna reserva. Cuando
es así se da ese verterse del uno en el otro, cual vasos comunicantes, en el que
una persona renueva a la otra y a sí misma, en un movimiento sin fin.
BETTY
VIDIGAL | Certamente existe
algo que torna uma pessoa cobiçável e única. Felizmente, esse “algo” não é o mesmo
para todos, cada um é atraído por características diferentes. Devemos chamar de
alquimia ao encontro dos desejos e dos dotes desejados? Fala-se em “uma coisa de
pele”. E se for “uma coisa de cérebro”? Certamente se manifesta através da pele,
mas será realmente “da” pele? Fala-se em “química”, creio mais em “física”. Eletromagnetismo.
ELIANE
ROBERT MORAES | Para mim,
é o ponto de encontro entre o amor e o sexo.
ESTER
FRIDMAN | A alquimia se dá
quando as energias são compatíveis. É um encontro de almas, pois estas tem a ver
com o emocional, que por sua vez, está totalmente ligado ao corpo. Muita gente confunde
alma com espírito, mas este não precisa dos prazeres terrenos, quem precisa é a
alma e o corpo. Não é preciso gostar da pessoa para que ocorra uma alquimia. É um
encontro sexual, não de vidas ou de personalidades. Estas podem ser incompatíveis,
e isso não impede de haver alquimia, desde que a mente não bloqueie.
GISELDA LEIRNER | Segundo Anais Nin,
“O único transformador, o único alquimista que muda tudo em ouro, é o amor. O único
antídoto contra a morte, a idade, a vida vulgar, é o amor.”
MARIA ESTELA GUEDES | Alquimia sexual é um
princípio da psicanálise jungiana. Eu precisaria fazer pesquisa para responder.
SUSANA WALD | Como la alquimia
busca los cambios profundos del ser humano y en éstos se incluye lo sexual, supongo
que se puede mencionar lo sexual en conexión con la alquimia.
VANESSA DROZ | La alquimia sexual es esa agitación entre dos seres humanos, independientemente
de quienes componen la pareja, como resultado de la exaltación de los órganos sexuales
de cada uno/una antes y durante el acto sexual. Parecería restringirse al ámbito
de la genitalia/acto de penetración. Preferiría hablar de alquimia erótica. Ésta,
aunque incluye el enardecimiento de la genitalia, no está sujeta exclusivamente
a ésta y cuenta con todo el cuerpo.
FM | De acuerdo con el tantrismo, el acto sexual mágico tiene
por satisfacción máxima el placer de saborear el zumo de un fruto y la gran emoción
de la pasión concentrada en el más alto grado de energía. En este sentido sería
menor el papel desempeñado por el orgasmo. ¿Cuál es tu opinión al respecto?
AMIRAH GAZEL | Lo exquisito en el arte de la sexualidad
es disfrutar del placer en toda su esencia. Deleitarse del gozo del otro es un juego
precioso, saborear los frutos jugosos, de naturaleza suculenta. La fruición se enciende
entonces y se enciende, hasta hacernos perder la consciencia e iniciar el viaje
cósmico de escalofríos, temblores, estremecimientos, subidas y bajadas de energía
en fuego hasta morir en el orgasmo. No olvidemos que la satisfacción es un factor
importante de nuestra salud sexual.
Hay tres clases de tantrismo: El Tantrismo blanco, el Tantrismo
negro y el Tantrismo gris.
El fuego trascendente
se desarrolla únicamente con el Tantrismo blanco. En él no existe el orgasmo ni
la eyaculación del semen. Con este tantrismo se despierta el “Kundalini”, es decir,
el Fuego del Espíritu Sagrado. El propósito de esta unión es la creación de los
Cuerpos Existenciales del Ser. Retirarse o terminar la práctica de Sexo sin derramar
la Energía Creadora Sexual, es decir sin eyacular ni llegar al orgasmo.
Esta práctica debe darse
siempre entre un hombre y una mujer, falo dentro del yoni, y no incluye fornicación.
Siempre debe estar presidida por el Amor. Con esto no quiero decir que no exista
el Amor entre dos personas del mismo sexo.
Los otros dos tantrismos el negro y el gris no buscan transcender
por lo tanto el orgasmo es lo deseado, estas dos prácticas no son obligatoriamente
antecedidas por el amor.
Es un libre albedrío, eyacular en exceso envejece al hombre,
en el semen se pierde mucho zinc, retener en extremo el semen también puede ser
perjudicial físicamente por la presión sanguínea. Como todo, la llave es la moderación,
el orgasmo juega también un papel físico mental importante. Lo relevante es que
la práctica sexual es sagrada, es nuestra energía creadora que bien canalizada nos
brinda felicidad, bienestar, salud y mucha potencia creativa en otros aspectos de
la vida.
El orgasmo es el momento de mayor elevación y placer dentro
de la vivencia del amor sagrado.
La energía
vital es una, pero puede manifestarse en muchas direcciones. El sexo es una de ellas.
Cuando la energía de vida se transforma en biológica, se vuelve energía sexual.
El sexo no es más que una aplicación de esa energía vital.
ANA MENDOZA | El tantra o el hecho de un acto sexual ya debe ser mágico por excelencia sino,
no creo que pudiéramos darle más importancia de la que requiere, todo acto sexual
viene marcado por la atracción y la expectativa, por concentrarse en el hecho de
que toda la fuerza esta puesta en el clímax y el placer de complacer y complacerse,
leí una vez “el abismo donde toda diferencia
se extravía”, no siendo la meta el orgasmo si no todo el recorrido para llegar
a un estado donde hay la unión de lo simbólico y espiritual de las almas, el resultado
físico viene a ser la respuesta de una serie de hechos que nos conectan para sacudirnos
de la inercia y llevarnos a la libertad sin escapatoria.
ANA
MIRANDA | Diz um escritor
que o orgasmo é apenas um acidente. Uns dizem que é um desperdício de energia. Reich
dizia que o orgasmo tem uma função terapêutica. Mas há realmente formas de prazer
sem ser o orgasmo. De todo modo, o orgasmo é algo muito delicioso, para ser desprezado.
BEATRIZ HAUSNER
| Ciertamente,
el orgasmo no es la única expresión del éxtasis mágico. Hay en la represión del
orgasmo un cúmulo de energía imposible de comparar con otras energías. El desahogo
que significa el orgasmo le da término a esa acumulación de energía.
BETTY
VIDIGAL | As correntes de
pensamento orientais me dizem muito pouco, embora eu tenha poemas que falam em mantras
e universo tântrico. E tenho muitos que falam em magia, mas sempre do ponto de vista
da cética – mesmo que seja a cética apaixonada pelo mago.
Já “a grande emoção da paixão concentrada
no mais elevado grau de energia” – isso me interessa. Mas não precisamos do tantrismo
para isso, precisamos?
ELIANE
ROBERT MORAES | Minha opinião?
Viva o tantrismo, que erotiza a vida em todos os seus aspectos!
ESTER
FRIDMAN | O sexo tântrico
prolonga o ato, pois seu propósito não é o orgasmo físico, mas a transcendência.
A energia sexual é a mais potente energia que temos, e o orgasmo interrompe essa
potência energética. O intuito é justamnte fazer com que essa energia toda seja
direcionada para outro propósito, que não o orgasmo. Acho isso fantástico.
GISELDA
LEIRNER | O orgasmo não é
mais do que o resultado deste ato sexual mágico fruto do mais alto grau de energia
prazerosa. Não é menor o papel desempenhado pelo orgasmo.
MARIA ESTELA GUEDES | Sei, em teoria, de
técnicas de suspensão do orgasmo, mas, segundo a minha experiência não-oriental,
sempre que o meu orgasmo ficou suspenso foi por performance de pior qualidade do
parceiro. Isso é mais frequente do que o desejável e causa tremenda frustração.
SUSANA WALD | Por lo que sé,
que es muy poco, en el tantrismo se retiene lo más posible la excitación sexual,
sin dejarse llegar al orgasmo, para poder usar la lucidez mental que se produce
y poder proyectar la energía sexual. En ese estado mental cualquier otro estímulo,
como el ejemplo del zumo de la fruta, puede ser especial. La energía misma, la pasión
concentrada en el más alto grado, me parece que se proyecta con el orgasmo.
VANESSA DROZ | Me refiero a mi respuesta a la pregunta anterior.
FM | ¿Qué papel desempeña el ambiente
(luz, objetos, música etc.) en la plena realización del acto sexual?
AMIRAH GAZEL | Dejar fluir la imaginación es una puerta
abierta al infinito. El femenino exige excelencia en todas sus áreas, el sexo se
trata de conexión como de clímax. La intimidad emocional que resulta de sentirse
conectada con su pareja es para la mujer un componente primario del buen sexo.
Podría manifestarse que
nuestra intimidad sexual, la manera en la que percibimos la sexualidad, la forma
en que nos vemos atraídas eróticamente por otra persona, está directamente relacionada
con la relación en vez del comportamiento sexual propiamente dicho.
La sexualidad femenina
es un fenómeno complejo, pero un buen “partenaire” puede dirigir nuestra mirada
hacia el tapiz de nuestro ser sexual y estimular la curiosidad aumentando la consciencia
mutua.
Claro que los objetos
sexuales y las atmósferas escarlatas púrpuras juegan un rol importante en la complicidad
de la relación, sin que sean indispensables.
Cuando decidimos integrar los “Toy’s” sexuales
en nuestra vida íntima y las atmósferas voluptuosas, comenzamos a disfrutar de relaciones
sexuales más divertidas y abiertas, e iniciamos a conocer de manera diferente nuestro
cuerpo y el de la pareja.
ANA MENDOZA | El estímulo de los sentidos a través de las sensaciones que pueden crear ciertos
ambientes son de suma importancia, no deben ser el hecho primordial para que pueda
gestarse acto que nos asegura el placer sin fin, pero si son un alto recurso afrodisíaco
de experiencias que nos impulsan a una vida sexual más placentera. Espacios cálidos,
ciertos tonos de luz, horas del día, texturas, colores, sonidos. Un ambiente agradable,
íntimo, cargado de aromas exóticos, el rostro del placer de la pareja es el mayor
modo de concebir un hecho creativo sugerente y cargado de estímulos racionales y
fantásticos.
ANA
MIRANDA | Depende da sensibilidade
da pessoa. Mas o grande estimulante é o amor, a paixão, é estar com a pessoa amada
e não outra.
BEATRIZ HAUSNER
| No es imprescindible,
pero un ambiente bello enriquece la experiencia amorosa. Luz
suave, y silencio es lo ideal.
BETTY
VIDIGAL | Suponho que esses
acessórios sejam importantes para algumas pessoas. Para mim, são irrelevantes. Se
o ambiente é lindo, ótimo. Se não é, perfeito também. Luz, objetos, perfumes e melodias
vão ser importantes depois, para evocar momentos.
ELIANE
ROBERT MORAES | Tudo e nada...
Eros pode, por vezes, desfrutar dos estímulos que lhe oferece um décor elaborado, embora por outras lhe baste
a simples presença dos corpos.
ESTER
FRIDMAN | Nenhum se você
está com uma pessoa que você sente uma atração enorme e é correspondido. Quanto
menor a atração ou a compatibilidade energética, mais recursos externos você precisa,
seja de luz, objetos, música ou o que for. Mas tem algumas pessoas que, independentemente
do grau de atração que sentem, gostam de fetiches e fantasias. A música sempre interfere.
Se está tocando algo que a pessoa não gosta, melhor desligar.
MARIA ESTELA GUEDES | Tudo isso tem importância
nos preliminares, aliás, na fase de cortejamento. Entrados no ato sexual, há grande
concentração no processo corporal e no objetivo, por isso são indesejáveis todos
os fatores de distração.
SUSANA WALD | Todo depende del
momento. Si el acto sexual es puramente eso, una urgencia física impostergable,
no me parece que haya problemas con qué elementos tiene el entorno. En cambio, en
el caso de la seducción, en los juegos que preceden al acto sexual entre dos seres
que se aman, me parece que la música, la luz, los objetos, toman un significado
especial porque ayudan a aumentar la excitación.
VANESSA DROZ | Durante el desenvolvimiento de la alquimia erótica, muchísimo. Es fundamental.
Durante el desarrollo y culminación de la alquimia sexual, no tanto.
FM | ¿Cuál relación debe existir entre
el acto sexual y la religiosidad?
AMIRAH GAZEL | Sexualidad y religión, podríamos creer que no se complementan bien. Pero
no es así, la religiosidad influye en la sexualidad, y la sexualidad puede modificar
las ideas religiosas.
La sexualidad, sin la idea del pecado original,
puede ser una manera de llegar a lo sagrado. Esta suposición está muy presente en
los círculos ocultos. Estos siempre consideraron el órgano sexual con un doble rol,
el inferior de la procreación y el superior que es el medio por el cual se entra
en contacto con el estado divino. Este segundo hace de la sexualidad una iniciación.
Numerosos estudios han
sido realizados sobre este sujeto y las estadísticas sorprenden, algunos de los
resultados obtenidos a pesar de la diversidad de contextos religiosos de los que
procedían, revelaron que la mayoría de los jóvenes analizados generaban una ética
sexual para sus vidas, influida por su fe religiosa.
Estamos construyendo un
yo moderno. Sin embargo, cuando pienso en el tema de los escándalos de abusos sexuales sobre
menores cometidos por religiosos…, no puedo dejar de creer que a las religiones
les gusta acumular negaciones. Hoy en día la religiosidad se identifica como un
mecanismo positivo o negativo para enfrentar las adversidades de la vida.
Espiritualidad y sexualidad…
En fin esta pregunta la Ilustro con la frase de William Blake en “América, una profecía”: "Porque
todo lo que vive es santo, la vida se deleita en la vida".
ANA MENDOZA | Una relación dual, que muestra dos extremos, la muerte y la salvación, el pecado,
la culpa, la redención, la expresión de la carne como expresión maléfica de rechazo,
la sexualidad como obstáculo, la mezcla del bien y el mal dividiendo, separa el
amor del sexo. La relación que debería existir es el obviar el discurso de la doble
moral, la cultura afectiva apegada a los huesos de los amantes, apegada al universo
afectivo, emocional, cognitivo, impregnado de deseo.
ANA
MIRANDA | Considero o ato
sexual sagrado, e coberto de aspectos divinos.
BEATRIZ HAUSNER
| Hay un aspecto
ritual en el acto amoroso, al que se suma una profunda emoción, que enaltece y lo
conecta a lo sagrado.
BETTY
VIDIGAL | Se existe uma relação
entre essas duas coisas, jamais percebi, jamais me atingiu. Sou ateu tardia, demorei
a ver a Luz, pois a religião é muito sedutora. Acreditar na existência de deuses
é confortável. Mas, mesmo no tempo em que era beatificamente crédula, jamais enxerguei
nada de religioso no ato sexual. A paixão pode ser tão intensa e absorvente que
nos parece sobrenatural, transcendental, predestinada. Nada disso se liga ao “re-ligare”
dos religiosos.
(digo ateu e não ateia, porque, afinal, trata-se
de saber que não há nenhum “deus” e não “deusa”)
ELIANE
ROBERT MORAES | Sexo e religião
dizem respeito aos grandes mistérios que nos constituem, remetendo, ambos, à nossa
origem. São caminhos paralelos que por vezes se tocam, abrindo frestas para o vislumbre
de inesperadas revelações.
ESTER
FRIDMAN | O ato sexual é
religiosidade pura, no sentido etimológico da palavra religião, que vem de religare,
ou seja, nos religar com o divino. O corpo é sagrado, é nosso templo, e entregar-se
de corpo e alma é a consagração e integração dos opostos - o hierogamos ou casamento
sagrado Nesse sentido, o ato sexual é um caminho, um meio para a integração psíquica
de cada um dos envolvidos, se estes estiverem dispostos a fazer essa integração
dentro de si mesmos. Evidente que não falo aqui do ato sexual como mera masturbação
a dois, mas do mais alto grau de vivência da união sexual.
GISELDA
LEIRNER | No meu livro Naufrágios, tenho um conto que responde exatamente
a esta pergunta, “O sacrifício”:
Ao amanhecer teve um sonho curto e violento.
Sua mulher o olhava e ria. Um riso luciferino. Subiu em seu corpo e, ainda rindo,
cavalgou sobre ele e fez com que a penetrasse. Quando olhou para o rosto da mulher,
eram as duas cabeças das gêmeas, assim como Janus, viradas para lados opostos. Acordou
com seu próprio grito de terror.
Foi até a cama e, com inusitada selvageria
possuiu, primeiro uma, depois a outra, e assim continuou até chegar ao ponto de
exaustão, quando adormeceu pesadamente.
As duas virgens deitadas, silenciosas,
se abraçaram em um longo e amoroso encontro. Beijavam-se, encontrando uma o corpo
da outra, quando o prazer surgiu pela primeira vez. E o amor era tão grande, e tamanha
a doçura de suas carícias, que, sem falar, planejaram juntas, em pensamento, o que
sucedeu depois.
Na
literatura encontramos vários exemplos desta relação.
MARIA ESTELA GUEDES | Infelizmente, só uma
élite culta encara o ato sexual com naturalidade, a maioria das pessoas está sujeita
ao peso da cultura, e nessa cultura domina a moral religiosa. De outra parte, nem
sempre a mulher é mais forte do que a moral religiosa, para se proteger de doenças
e maternidades indesejadas. Outro tipo de situações, corrente na poesia e no mito,
como o caso da prostituição sagrada, deve ser evitado na vida prática e corrente,
pois arrisca-se o sacerdote a ir parar à prisão por abuso de menores que tenha à
sua guarda. Casos de clímax devidos à contemplação de imagens sagradas podem ocorrer,
claro, como aconteceu com Yukio Mishima, que teve o seu primeiro orgasmo diante
de uma imagem de S. Sebastião, mas tais práticas “religiosas” parecem mais literárias
do que reais e a excitação que despertam – em mim – fica próxima de zero. Também
é conhecido o ensaio de Lacan sobre os êxtases de Santa Teresa. Em países de cultura
católica, mesmo entre ateus, e mesmo quando existem figurinhas obscenas no recinto
sagrado, o elemento religioso coloca o erotismo dentro de uma arca frigorífica.
Aliás não é só o religioso, é também a opinião pública, o bom senso.
SUSANA WALD | Para mí si no
hay religiosidad, no tiene interés el acto sexual. No se trata de religiones establecidas
y jerarquizadas, sino de religión que se entiende como trascendencia. El acto sexual,
para mí, necesita ser trascendente.
VANESSA DROZ | Ninguna. Sí debe haberla entre el acto sexual (de nuevo: prefiero la actividad
erótica) y la espiritualidad, que es otra cosa que religiosidad; la espiritualidad
del cerebro con el cuerpo cuando están en sincronía.
FM | ¿Es posible hacer el amor con un
compañero invisible?
AMIRAH GAZEL | Recuerdas el juego que solíamos jugar cuando éramos niños:
“Mi amigo invisible”, una proyección de nuestros deseos, temores, sueños, dar regalos
al o la que te correspondía en el sorteo… Porque no jugar a un compañero sexual
invisible esto le pone “picante” a la relación sorpresiva, suena erótico. Aunque
la religiosidad para volver al tema… jajajaja…
También podemos llamar
a ese amigo invisible: La masturbación que al contrario de lo que solemos pensar, el orgasmo obtenido en solitario es,
salvo en escasas excepciones, más intenso que el procurado en una relación sexual
en pareja. Le damos una alegría al cuerpo. Libera tensiones, sana
enfermedades patológicas, refuerza el sistema inmunológico al liberar el cortisol
y las endorfinas soltadas en el torrente sanguíneo disminuyen la depresión.
ANA MENDOZA | De hecho solo o acompañado físicamente así debería ser, creo que no debería
depender de un ser o elemento externo el placer de nuestra sexualidad, deberíamos
tener claro que los resultados no dependen de un tercero, si no de nosotros con
nuestro interior y de nosotros con el mundo. Estoy completamente de acuerdo a la
fantasía que genera un compañero del imaginario creativo, como la fantasía de una
persona existente de nuestra vida que nos impulse y nos parezca atractiva. La fantasía
que pueda liberar y elevar, generar un estado de placer puede ser utilizada como
un recurso más de la intimidad sexual.
ANA
MIRANDA | A imaginação pode
nos propiciar vivências extraordinárias e às vezes mais intensas do que a realidade.
BEATRIZ HAUSNER
| Si. Sobre
todo cuando el ser amado no está de cuerpo presente, uno lo visualiza y lo siente,
oye su respiración y lo mira a los ojos.
BETTY
VIDIGAL | Sim.
ELIANE
ROBERT MORAES | Creio que
sim, e talvez essa seja até uma modalidade bastante praticada no mundo contemporâneo.
Pode-se fazer amor por carta, por telefone, por internet e até por transmissão de
pensamento! O objeto do desejo, como sustentaram Pierre Louÿs, Louis Buñuel, Sade,
Freud e tantos outros conhecedores do assunto, é sempre obscuro.
ESTER
FRIDMAN | Pode-se imaginar
um ato sexual e chegar ao orgasmo, pois tudo acontece em nossa mente. Mas somente
com a imaginação não se consegue o circuito energético completo. Este só se dá com
um parceiro visível e presente.
GISELDA
LEIRNER | Não.
MARIA ESTELA GUEDES | Ah, sim, é perfeitamente
possível e mesmo banal fazer amor com o presente a pensar no ausente.
SUSANA WALD | Si invisible se
refiere a ausente, me parece que no. Si invisible es un juego de no poder ver, me
parece que sí.
VANESSA DROZ | Sí.
CONVIDADAS
AMIRAH GAZEL | Artista plástica (Costa Rica, 1964) ● ANA MENDOZA |
Artista plástica (Venezuela, 1974) ● ANA MIRANDA | Romancista (Brasil, 1951) ● BEATRIZ
HAUSNER | Poeta (Chile, 1958) ● BETTY VIDIGAL | Poeta (Brasil) ● ELIANE ROBERT MORAES
| Ensaísta (Brasil, 1951) ● ESTER FRIDMAN | Filósofa (Brasil, 1963) ● GISELDA LEIRNER
| Romancista (Brasil, 1928) ● MARIA ESTELA GUEDES | Poeta e dramaturga (Portugal,
1947) ● SUSANA WALD | Artista plástica (Canadá, 1937) ● VANESSA DROZ | Poeta (Porto
Rico, 1952)
Página ilustrada com obras de Felícia Leirner (Brasil),
artista convidada desta edição. Ensaio fotográfico, de Valdir Rocha.
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● ÍNDICE # 100
EDITORIAL | 100
números e a dinâmica imóvel do cotidiano
http://arcagulharevistadecultura.blogspot.com.br/2017/08/agulha-revista-de-cultura-100-julho-de.html
AGACÍ DIMITRUCA |
Tiempos griego-españoles
ALFONSO PEÑA | Conversa con Claudio Willer
ANDREA
OBERHUBER | O livro surrealista como espaço transfronteiriço: Lise Deharme e
Gisèle Prassinos
ANTONIO CABALLERO | Harold Alvarado Tenorio y un libro a cuchilladas
DANIEL
VERGINELLI GALANTIN | Eliane Robert Moraes: perversos, amantes e outros
trágicos
ELVA PENICHE MONTFORT | Fotografía y surrealismo: fetiches de Kati Horna
ESTELLE IRIZARRY | Eugene Granell: correspondencias entre creación
pictórica y literaria
ESTER
FRIDMAN | A linguagem simbólica
no Zaratustra de Nietzsche
FLORIANO
MARTINS | Enquete sobre Erotismo e Sexualidade – Parte 1
FLORIANO
MARTINS | Enquete sobre Erotismo e Sexualidade – Parte 2
FLORIANO
MARTINS | Enquete sobre Erotismo e Sexualidade – Parte 3
HAROLD ALVARADO TENORIO | 100 años de poesía en Colombia
ISABEL BARRAGÁN DE TURNER | La isla mágica de Rogelio Sinán
JOSÉ ÁNGEL LEYVA | Víctor Gaviria: El poeta y el cine
LUIS FERNANDO CUARTAS | La ilusión siniestra de los cuerpos y los
engaños de la metamorfosis
MARIA LÚCIA
DAL FARRA | Herberto Helder, sigilosamente Herberto
NICOLAU
SAIÃO | Recordando uma comunicação de Mário Cesariny
RICARDO ECHÁVARRI | El poeta Arthur Cravan em México
SUSANA WALD | En el espejo retrovisor
ULISES VARSOVIA | Esencia y excedencia de la poesía contemporánea
ARTISTA
CONVIDADA | FELÍCIA LEIRNER | GISELDA LEIRNER | Felícia Leirner, minha mãe
Agulha Revista de Cultura
Número 100 | Julho de 2017
editor geral | FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com
editor assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com
logo & design | FLORIANO MARTINS
revisão de textos & difusão | FLORIANO MARTINS |
MÁRCIO SIMÕES
equipe de tradução
ALLAN VIDIGAL | ECLAIR ANTONIO ALMEIDA FILHO | FEDERICO RIVERO SCARANI | MILENE MORAES
ALLAN VIDIGAL | ECLAIR ANTONIO ALMEIDA FILHO | FEDERICO RIVERO SCARANI | MILENE MORAES
os artigos assinados não refletem necessariamente o
pensamento da revista
os editores não se responsabilizam pela devolução de
material não solicitado
todos os direitos reservados © triunfo produções ltda.
CNPJ 02.081.443/0001-80
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