1 Planos de foco:
Sean Scully (a propósito de Wall of light. Sean Scully. Centro de Arte Helio Oiticica. Rio de Janeiro.
Setembro de 2002.)
Estou a pensar sobre perspectivas de leituras. Anotações sensíveis sobre o
que nos chega de um momento a outro. Leio no Jornal do Brasil de
uma terça-feira de agosto de 2002 uma entrevista com o artista irlandês Sean
Scully, onde ele fala em "transformação da pintura". Dias depois fui
com uma amiga, Mirian de Carvalho, à exposição dele no Centro de Arte Helio
Oiticica, no Rio de Janeiro. Não vi ali transformação alguma, mas antes uma
confirmação de nossa aceitação tácita de tudo quanto vem não propriamente do
exterior mas sim de algumas praças que adotamos como fornecedoras de uma
vanguarda perene para nosso pobre mercado carente de princípios os mais
básicos. Scully fala no irredutível, alheio ao fato de que nos apresenta uma
obra esteticamente desgastada pelo tempo, não pelo que ele chama ingenuamente
de "poder destrutivo e seletivo do tempo", mas pela impossibilidade
de ir além do que mesmo antes da pop art já se havia proposto.
O que me chama a atenção é que a jornalista tenha informado, na matéria,
que Scully "encheu os olhos e o espírito dos visitantes que zanzaram pela
25ª Bienal de São Paulo sedentos por alguma pintura entre
tantos vídeos e instalações". A jornalista se chama Cleusa Maria. Se
escrevesse menos levianamente sobre mais uma das notórias falhas de curadoria
da Bienal de São Paulo, este seria um bom começo. Mas não. Apenas opõe o
artista irlandês ao que ouviu pelos corredores da redação como sendo
questionável ali. A exemplo da maioria quase absoluta dos jornalistas
brasileiros, não sabe bem do que fala. Impressiona ver que na entrevista Mr.
Scully se mostra como um conservador austero: "pintar é uma árvore de
raízes de 800 anos de profundidade", esbravejando contra o vídeo, como se
a consistência estética estivesse ligada ao recurso técnico ou equivalentes.
Mas este não é o maior detalhe de nosso equívoco? Já não fazemos isto aqui
mesmo entre nós? Para que buscar reforço em um artista irlandês? A arte não
está propriamente tomada por um formalismo excessivo. Me parece que, em nome do
formalismo, ela mostra uma faceta inócua, de quase nenhuma expressividade no
diálogo com um ambiente contemporâneo que não tem necessariamente que ser
aceito, mas antes questionado.
Não entendo como um artista pode simplesmente aceitar seu tempo,
adequar-se a ele. Isto não é arte. Isto é mercado. É preciso esclarecer bem o
assunto. Arte é negação do tempo em que se dá. Não existe outra razão de ser.
Arte é afirmação de um conflito. O conflito é irrepetível em si mesmo. Não
posso amanhã apresentar como conflitante algo que hoje já foi absorvido por um
sistema conceitual qualquer. Arte não se repete. No entanto, estamos a expor a
repetição como arte. É uma forma conservadora de apresentar a vanguarda. Uma
determinação da vanguarda em seu aspecto histórico, digamos, mas com ares de
atualidade. Anacronismo sistemático que naturalmente confunde aqueles artistas
jovens que estão a tentar livrar-se de influências pegajosas. É uma tática de
mercado, sim, mas igualmente uma estratégia política de desnorteamento do que
eventualmente possa surgir como novo. E isto não se passa somente no âmbito das
artes plásticas. Há uma leitura sistemática de propagação desse engodo entre
uma afirmação estética e sua mera repetição. A exposição de Sean Scully nos
mostra isso bem claramente, seja no Rio ou em São Paulo.
Estamos a viver uma ressaca conceitual. Que o mercado apresente uma
visão distorcida do que seja a vanguarda, é de se entender. Curioso é que os
críticos mais balizados do país embarquem na mesma canoa. E muitos se tornam
curadores de mostras bem questionáveis. O padrão estético foi convertido, decerto,
em padrão monetário. Não resta lá muita dúvida. Aqueles que discordam de mim
serão bem vindos a uma mesa aberta de diálogo. Coloquemos as coisas da maneira
mais claro possível: acho natural que um artista medíocre queira se passar por
gênio inovador. Aceito que um galerista qualquer descubra nele uma fórmula
rentável. Até pode ser compreensível que na imprensa, nos deslocamentos de
gente de áreas de economia para cultura e variantes, se possa encontrar alguém
que não entenda bem do riscado. A pobre vítima será sempre o público, não resta
dúvida.
Agora, o mediador ainda se chama crítico e pesa sobre seus ombros uma
mínima isenção que me anima a dizer: mesmo com toda essa dilatada prancha de
equívocos, podemos confiar no crítico, que nos alertará sobre essas
malandragens estéticas, esses conluios éticos etc. Penso que sim. Espero não
estar enganado, pois estamos aqui todos reunidos em torno do que se afirma como
Associação Brasileira de Críticos de Arte. É o que chamei inicialmente de
perspectivas de leitura. Abrimos uma página de jornal ao acaso e nos deparamos
com algo que nos chama a atenção. Tornemos saudável essa prática, de buscar
discussão aberta a respeito de nosso ambiente de trabalho. Quem sabe estas
minhas apressadas observações não nos conduzem a uma discussão mais detida
acerca da própria razão de ser da entidade. É o que pretendo.
Uma simples
pergunta: a obsessão da arte em explicar-se como arte não a teria tornado uma
negação de si mesma? A partir do instante em que o artista situa como central a
discussão em torno de suportes, ateliês, elementos, espaços urbanos,
interferências ou efemeridade, para onde escoa a arte que deixa escapar de suas
mãos? Ao deslocar o essencial, substituindo-o pelo acessório, vamos perdendo a
noção de um papel humanístico que possui a arte em sua raiz.
Recordo aqui algumas palavras de Francis Bacon: "Acho que estamos
numa posição muito curiosa hoje, porque não existe qualquer tradição, o que
existe são dois extremos opostos. Há o depoimento direto que é muito parecido
com um relatório de polícia. E há a tentativa de se buscar uma arte maior. Mas
a chamada arte, que realmente é de meio-termo, numa época como a atual não
existe."
O desafio radical da solidão, do isolamento, do recolhimento, é algo que
o artista em nosso tempo necessita aprender a enfrentar. A vaidade estaria a
roubá-lo da própria arte, é o que parece nos dizer esse culto à personalidade,
os spots da mídia constantemente lançados sobre uma hipotética
genialidade, e as teorizações acadêmicas em torno do que é ou não artístico.
Tais parâmetros se parecem contraditórios ou dispersos entre si, mas não são
senão mais uma tática ilusória.
Duchamp descria de qualquer importância social que sua obra pudesse vir
a alcançar, dizendo-se mergulhado apenas em "uma espécie de euforia
constante". Rigorosamente tal alcance é imprevisível, somente constatado
quando o artista já não pode interferir em mais nada. Contudo, crítica e
mercado persuadem os menos atentos com sopros de devaneio. E sentem-se uns
tantos geniais a crer que a arte se encontra nos chamados componentes materiais
da linguagem. Divertem-se a converter truques em poética. E adoram o jogo de
conceitos esfuziantes, como no dizer, por exemplo, de Vik Munir, que se
considera não um ilusionista, mas "um realista distorcido".
A recorrência a materiais perecíveis ou rejeitos neste artista em muito
se aproxima dos assim designados trabalhos aromáticos de um outro brasileiro,
Ernesto Neto. Convenhamos que o importante nas composições de John Cage não é
propriamente que ele tenha preparado as teclas de seu piano,
nem que Hermeto Paschoal esteja a soprar chaleiras ou apertar pescoço de gansos
no palco. Bacon defendia que somente por vias insuspeitas ou indiretas é que o
artista consegue expressar a semelhança.
Todos os comentários até o momento me surgem a propósito de uma
exposição no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, no Ceará (Brasil),
julho/Agosto de 2002, do artista Vik Muniz (São Paulo, 1961). Há um certo
excesso de crítica, uma mal disfarçada comoção de certo setor da crítica, ao
tratar de uma perspectiva que se insere muito bem no que observei até então. Um
artista como Fernando Casás, galego residente no Brasil nos anos 80, não foi
devidamente percebido por um detalhe bastante sutil, que explico: mesmo
trabalhando com a recolha do que se poderia chamar deready-mades, Casás
era um homem entregue à contemplação. Mesmo sua apropriação de elementos
naturais se dava como uma entrega. Seguia a rigor o que dissera José Ángel
Valente a respeito de Antoni Tàpies: "Criar traz consigo o signo da
feminilidade. Não é ato de penetração na matéria e sim paixão de ser por ela
penetrado."
Pois bem, essa disponibilidade para o vazio entra verticalmente em
choque com aquela premeditação do vazio que vamos encontrar nos ilusionistas ou
realistas distorcidos da chamada arte contemporânea. Talvez uma carência do
mercado brasileiro de termos representantes que se aproximem a
experiências-limite, como no caso de Duchamp ou do cultuado grupo Fluxus, tenha
levado o crítico Carlos von Schmidt a traçar paralelos entre Vik Muniz e Andy
Wharol. E decerto a necessidade de interação entre arte e espectador seja mais
do mercado do que propriamente da arte.
Duchamp dizia que a família força o artista "a abandonar suas ideias
reais para trocá-las por coisas aceitas por ela, pela sociedade e todo o
resto!". O que resta saber hoje é quem o artista considera sua família.
Creio que a arte já não trata da permanência da imagem nas memórias coletivas,
mas sim do permanente questionamento dos métodos empregados no usufruto dessas
memórias.
Não estou aqui a discutir a obra plástica de Vik Muniz, o que poderá ser
feito em outra ocasião, mas antes me atenho à geratriz de um apressado
entendimento de que sua arte tem algo de audacioso e original. Não tem, em
definitivo. E expressa um desgaste conceitual em torno da própria ideia de arte
como interferência direta no tecido social. Reitero que essa relação tornou-se
uma obsessão de mercado. Caberá unicamente ao artista, no entanto, romper com
uma dilaceração que o torna quando muito um fantoche, um desses bonecos
articulados que ele próprio sempre buscou manipular.
Trata-se de um novo conceito de família, recorrendo ao que sabiamente
aludira Duchamp. Ángel Valente dizia que "a única coisa que o artista por
acaso cria é o espaço da criação". Artistas brasileiros menos cultuados
pela mídia ou programados pelo mercado, já haviam compreendido essa assertiva
essencial. No mesmo Dragão do Mar onde encontramos uma exposição de Vik Muniz é
possível visitar o breve acervo do Museu de Arte Contemporânea no que diz
respeito à obra de Antonio Bandeira. A maneira como Bandeira soube subverter
conceitos como paisagismo, abstracionismo e figurativismo o situa como um
artista além de seu tempo. Todo o resto, já o dizia Verlaine há mais de um
século, é literatura.
A ideia de
multiplicação e diversidade de polos culturais é sempre simpática, pelo que
permite às artes e ao cidadão mais liberdade de ação e compreensão mútua,
livrando-se assim, ainda que parcialmente, de algumas restrições estabelecidas
pela hegemonia dos chamados eixos dominantes. Outra ideia bastante simpática é
a de recuperação de centros históricos, considerando a necessidade de atrelar
desenvolvimento urbano e memória cultural.
Todos estes aspectos se encontram na pauta de construção de um complexo
sociocultural, por parte do governo do Estado do Ceará, na região central de
sua capital, Fortaleza. Como o projeto parte sobretudo da criação de uma
estação central de linha metroviária, teríamos aí uma conexão entre as duas
bandas míticas que configuram a paisagem cultural desta cidade: o mar e o
sertão – nexo que se expande à infinitude se pensarmos em termos de uma
polaridade clássica: dentro e fora.
Um primeiro marco dessa conexão foi a criação do Centro Dragão do Mar de
Arte e Cultura. Tal projeto, se não provocou ainda uma mais substanciosa
interação entre as duas bandas referidas, isto se explica parcialmente pelo
fato de que requer a completude do complexo imaginado. A razão complementar
mescla inexperiência administrativa com um sedimentado perfil oligárquico que
trava certo desdobramento cultural da região.
Em meio às obras de construção do metrô, ao final do ano passado, foi
dado um passo fundamental em busca dessa ligação: a inauguração de uma I Bienal
Ceará América, a priori uma terceira tentativa de romper com a
hegemonia da Bienal de São Paulo, realizada desde 1951. A primeira delas foi
uma experiência única e logo abortada, a I Bienal Latino-americana, em 1978.
Seguida da Bienal do Mercosul, que não é propriamente brasileira. O Ceará tinha
então uma grande responsabilidade em suas mãos, que mesclava chances valiosas:
atender a seus interesses internos – não em termos de politicagem cultural,
mas de abertura para uma futura consolidação cultural da região –; estabelecer
diálogos em termos de mercado e cultura com as diversas regiões brasileiras e
também com o continente americano em sua totalidade; tornar visível, em plano
nacional e internacional, uma tradição artística que só não é perceptível
graças a picuinhas locais que confirmam a feição oligárquica antes referida.
Assim instalou-se em Fortaleza a I Bienal Ceará América, com um
subtítulo que buscava espelhar as intenções da curadoria: “de ponta-cabeça”,
amparado em um desenho do uruguaio Torres García já largamente conhecido. As
explicações fornecidas à imprensa pela assessoria da Bienal, aliadas à
imaginação ainda mais fértil dos plantonistas de redação, evocaram mudanças
demográficas e culturais, traçaram um mapa existencial de Fortaleza baseado no
deus Janus da mitologia grega e situaram a capital cearense como megalópole
dotada de um patrimônio cultural importante. Há excessos de toda ordem, que não
ajudam em nada.
A parte majoritária da exposição foi distribuída pelas salas do Museu de
Arte Contemporânea, cuja direção então estava nas mãos de um artista, José
Guedes, e hoje tem à frente uma curadora, Luisa Interlenghi, empossada no
decorrer da exposição. Fazendo um levantamento da situação que ela encontrou no
MAC, declarou à imprensa a necessidade de criar uma base “para construir depois
um museu que atenda à comunidade e traga alguma coisa de nova para ela”.
Evidente que este é aspecto central e inquestionável. O que cabe perguntar aqui
é que base se planejava construir ao convidar para a curadoria de uma Bienal
com tamanhas pretensões um curador absolutamente alheio à realidade cultural do
continente americano.
O belga Jan Hoet não é propriamente um conhecedor de arte americana, mas
sim alguém que domina um formato padrão de montagem de bienais que desconhece
por completo a realidade da paisagem humana onde deve cumprir seu contrato. Seu
fiel escudeiro indicado para desenhar o mapa americano da Bienal em Fortaleza,
o jovem Philippe van Cauteren, por alguma razão até aqui não questionada deixou
de fora o Canadá e toda a região da América Central e Caribe – exceto por Cuba
e Panamá –, sem falar na absolutamente inexpressiva representatividade do Ceará
na exposição.
Já de algum tempo se discute o desgaste da concepção de curadorias de
bienais. O evento está ligado não tanto a uma obsessão pela expressão viva da
contemporaneidade, mas por interesses em mantê-la esvaziada de sentido. Vem daí
o empenho dos curadores por incluir em suas pautas jovens artistas emergentes,
primando por um padrão estético que acaba por evidenciar um
completo alheamento cultural. As linhas de defesa da Bienal Ceará observam que
a cidade de Fortaleza viria a indicar os percursos a serem pavimentados pelos
artistas. É difícil aceitar isto quando o traçado urbano já estava definido e
igualmente o pacote Bienal adquirido.
Por três meses – dezembro de 2002 a fevereiro de 2003 – foi possível
circular não somente pelos espaços destinados à Bienal mas também compreender a
necessidade de articulação urbana entre dois bairros colados um ao outro e
curiosamente desconexos. A exposição ocupou três espaços, o MAC e dois galpões
da rede ferroviária que está sendo desativada em função da criação do metrô. A
reconstrução de todo o espaço urbano é necessária, não resta dúvida.
Inadvertido é que se tenha dado àquela condição de reconstrução um espaço à
arte contemporânea. A I Bienal Ceará América nada tem de ponta-cabeça. Ela é a
afirmação de um modelo gasto, e gasto não somente no âmbito das artes
plásticas. E gasto por natureza.
Em primeiro lugar, há uma distinção entre arte e negócio. A arte
contemporânea – espécie de rescaldo das últimas 4 décadas, segundo alguns
curadores – tem uma capacidade extraordinária de exibir-se como ruptura
desconhecendo a tradição. Mas como romper sem tomar nada como referência? E o
que fazer com a simples falta de talento diante dessa radiante consciência?
Enrolar uma ponte com sacos plásticos de supermercado ou amontoar preservativos
em um galinheiro? A arte ainda tem um papel essencial de despertar consciência.
Não pode suscitar pena ou aquela enganosa ideia do: “ah isso eu também faço”.
Não. Ela deve enfiar-se no mais extremo/intenso de uma pessoa. Dali, se couber
ser feita por todos, enfim, será sua conquista. O que não pode ser é a
enganação de tudo.
Com três meses de Bienal estreante, Fortaleza decerto se indaga: o que
pode haver de tão fundamental na arte contemporânea que descarte as formas
tradicionais de se fazer arte? Onde estão as nossas gravuras e pinturas e
esculturas? Há dois planos para o entendimento dessa situação. Em primeiro
lugar, a falsa ideia de uma ruptura que não se baseie na tradição. Em segundo
termo, a ausência de questionamento. De uma forma ou de outra, todos lucram, em
exposições, cargos, viagens, afinal, como alguém pode considerar o dia de
amanhã no estágio atual em que vivemos todos? Vamos rir por dois segundos.
Pronto. Não é assim que se trata de assunto algum.
A verdade é que se montou de forma quando menos irresponsável uma Bienal
no Ceará, que uma cúpula administrativa ateve-se ao habitual desprezo por
qualquer forma de diálogo, sem, contudo, encontrar reação externa alguma, isto
porque todas as peças não envolvidas sonham apenas com sua inserção em futuras
tramas, e as mais decisivas peças já contavam com seus lugares garantidos na
definição de um complexo cultural que é sobretudo de cunho turístico. Eis o
desenho invisível. Os dilemas internos ficarão para ser resolvidos depois. A
indagação da hora é se uma vez mais não nos convencemos da exaustão do modelo
Bienal. Estamos, em diversas partes do mundo, alimentando falsários, como Mr.
Hoet, que defendem que a arte é o que não serve para mais nada exceto para
engordar-lhes a conta bancária. Discutir a função da arte em meio ao descalabro
social que conseguimos atingir nas diversas modalidades da sociedade humana é
uma coisa, o que difere radicalmente da idiotização proposta pelo padrão Bienal
e seus desdobramentos em todo o mundo.
*****
Floriano Martins (Fortaleza, 1957). Poeta, ensaísta
e tradutor. Página
ilustrada com obras de Iván Tovar (República Dominicana). Agulha Revista de Cultura
# 35. Agosto de 2003.
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