Agulha Revista de Cultura: NOSSA ESTIMA # 01

∞ editorial | As páginas abertas da amizade

01 | Este número especial abre uma série que dedicaremos àqueles espíritos íntegros e valiosos responsáveis pela realização de experiências editoriais e de criação que fortalecem a cultura de cada país onde atuam. A todos eles tornamos pública a nossa estima, a mais alta consideração por tudo o que representam. Começaremos com a revista Altazor, da Fundação Vicente Huidobro, no Chile, cuja direção se encontra a cargo do poeta Mario Meléndez. Como ele próprio trata de nos informar, a revista foi criada com o objetivo de divulgar o melhor da poesia latino-americana e universal. Mas também ser um ponto de encontro para novos criadores em vários idiomas. Até o momento, conta com 15 autores estrangeiros de destaque e 5 autores chilenos que têm uma seção permanente na revista. 15 tradutores em dez idiomas. Poemas, artigos, ensaios, entrevistas com ganhadores do Prêmio Nobel, Cervantes, Reina Sofía, Pulitzer. Antologias de poetas de países europeus, asiáticos, africanos, latino-americanos e dos Estados Unidos. Conta também com um notável acervo literário proveniente de importantes instituições, universidades, editoras, revistas e festivais de diversas partes do mundo. Ele também possui diversas seções e é utilizado em diversas universidades da América Latina e Europa como material de estudo. O lançamento oficial na web e nas redes sociais ocorreu em 1º de julho de 2019. Desde sua criação, a revista ultrapassou três milhões de visitas, mais de 6.000 postagens publicadas e leitores de mais de cem países interagiram em suas páginas, pelo que nos sentimos muito honrados e gratos. Como sempre fazemos em cada uma de nossas edições, destacamos a presença de um artista convidado. Desta vez teremos o português Manoel d’Almeida e Sousa (1947). Poeta e artista visual. Sua obra possui um acento valioso na esfera do humor. Fazedor de coisas (simples) e criador de canídeos. Passou por vários sítios incluindo a Escola Superior de Teatro e Cinema. É fundador do projeto associativo Mandrágora onde encenou e atuou como figurante. Já pintou, desenhou e fez revistas – entre elas a Bicicleta. A seu respeito escreveu Nicolau Saião: Almeida e Sousa acentua mais ou menos conscientemente o contraste entre a reposição parcial da antiga legibilidade e o exterior atmosférico a que usa chamar-se passado. É, obviamente, um exilado da tal pintura de tradição. Os seus quadros assemelham-se a violentas sacudidelas na sua vida de pessoa que intervém mediante os materiais, os traços, a cor ou a ausência de cor, na sequência do quotidiano. É o acaso que o motiva ou, pelo contrário, é uma deliberada atenção a tudo o que o rodeia? Que possui bons olhos de pintor e independência de espírito – e de razão conceptual – não sofre dúvida. Ele subverte – e nas suas colagens isso é muito perceptível – muito do tempo presente. Mas isso é evidentemente uma busca lúcida do futuro.

02 | Este número especial abre una serie que dedicaremos a aquellos espíritus honestos y valiosos responsables de llevar adelante experiencias editoriales y creativas que fortalezcan la cultura de cada país donde actúan. A todos ellos expresamos nuestro aprecio, nuestra más alta consideración por todo lo que representan. Comenzaremos con la revista Altazor, de la Fundación Vicente Huidobro, en Chile, cuya dirección está en manos del poeta Mario Meléndez. Según él mismo nos cuenta, la revista nace con la finalidad de difundir lo mejor de la poesía latinoamericana y universal. Pero también ser un punto de encuentro de los nuevos creadores en las diversas lenguas. Cuenta a la fecha con 15 destacados autores extranjeros y 5 chilenos que tienen una sección permanente en la revista. 15 traductores en diez idiomas. Poemas, artículos, ensayos, entrevistas de premios Nobel, Cervantes, Reina Sofía, Pulitzer. Antologías de poetas provenientes de países europeos, asiáticos, africanos, Hispanoamérica y Estados Unidos. También dispone de un notable acervo literario cedido por importantes instituciones, universidades, editoriales, revistas y festivales provenientes de diversas partes del mundo. Cuenta, además, con diversas secciones y es utilizada en varias universidades de Latinoamérica y Europa como material de estudio. El lanzamiento oficial en la web y redes sociales tuvo lugar el 01 de julio de 2019. Desde su creación, la revista ha superado los tres millones de visitas, más de 6.000 posts publicados y lectores de más de cien países han interactuado en sus páginas, por lo cual nos sentimos muy honrados y agradecidos. Como siempre hacemos en cada una de nuestras ediciones, destacamos la presencia de un artista invitado. En esta ocasión contaremos con el portugués Manoel d’Almeida e Sousa (1947). Poeta y artista visual. Su obra tiene un valioso énfasis en el humor. Creador de cosas (simples) y creador de caninos. Trabajó en varios lugares entre ellos la Escuela Superior de Teatro y Cine. Es fundador del proyecto asociativo Mandrágora, donde dirigió y actuó como extra. Ha pintado, dibujado y creado revistas, entre ellas Bicicleta. Nicolau Saião escribió sobre él: Almeida e Sousa acentúa más o menos conscientemente el contraste entre la restauración parcial de la antigua legibilidad y el exterior atmosférico que él llama el pasado. Es, obviamente, un exiliado de la llamada pintura tradicional. Sus pinturas semejan sacudidas violentas en su vida de persona que interviene a través de los materiales, las líneas, el color o la ausencia de color, en la secuencia de la vida cotidiana. ¿Es el azar lo que motiva el artista o, por el contrario, es una atención deliberada a todo lo que le rodea? Que tiene buen ojo de pintor e independencia de espíritu –y de razón conceptual– está fuera de toda duda. Subvierte –y esto se nota mucho en sus collages– gran parte del tiempo presente. Pero ésta es evidentemente una búsqueda lúcida del futuro.

03 | This special issue opens a series that we will dedicate to those honest and valuable spirits responsible for carrying out editorial and creative experiences that strengthen the culture of each country where they operate. To all of them we express our appreciation, our highest consideration for everything they represent. We will begin with the magazine Altazor, from the Vicente Huidobro Foundation, in Chile, whose direction is in the hands of the poet Mario Meléndez. According to him, the magazine was born with the objective of promoting the best of Latin American and universal poetry. But also to be a meeting point for new creators in multiple languages. To date, it has 15 outstanding foreign authors and 5 Chilean authors who have a permanent section in the magazine. 15 translators in ten languages. Poems, articles, essays, interviews with Nobel Prize winners, Cervantes, Reina Sofía, Pulitzer. Anthologies of poets from European, Asian, African, Latin American countries and the United States. It also has a notable literary collection from important institutions, universities, publishers, magazines and festivals from different parts of the world. It also has several sections and is used in several universities in Latin America and Europe as study material. The official launch on the web and social networks took place on July 1, 2019. Since its creation, the magazine has exceeded three million visits, more than 6,000 posts published and readers from more than one hundred countries have interacted on its pages, for which we feel very honored and grateful. As we always do in each of our editions, we highlight the presence of a guest artist. On this occasion we will have the portuguese Manoel d’Almeida e Sousa (1947). Poet and visual artist. His work has a valuable emphasis on humor. Creator of (simple) things and creator of canines. He worked in several places including the Higher School of Theater and Cinema. He is the founder of the associative project Mandrágora, where he directed and acted as an extra. He has painted, drawn and created magazines, including Bicicleta. Nicolau Saião wrote about him: Almeida e Sousa more or less consciously accentuates the contrast between the partial restoration of the old legibility and the atmospheric exterior that he calls the past. He is obviously an exile from so-called traditional painting. His paintings resemble violent shocks in his life as a person who intervenes through materials, lines, colour or the absence of colour, in the sequence of everyday life. Is it chance that motivates him or, on the contrary, is it a deliberate attention to everything around himself? That he has a good painter’s eye and independence of spirit – and of conceptual reason – is beyond doubt. He subverts – and this is very noticeable in his collages – a large part of the present time. But this is evidently a lucid search for the future.

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