JAL Comencemos por el poeta Floriano Martins, un cosmopolita
en su Aldeota, Fortaleza, donde reside para dispararse incesante al mundo de los
cibernautas. En esa perspectiva,
¿qué significa novedad para Floriano?
FM A novidade é uma colheita, ou seja, há que
plantá-la. Mas é também uma colheita do espanto, pois o que mais me atrai nela é
sua capacidade de surpreender. Para tanto, é preciso estar conectado ao mundo com
todos os sentidos, entregue a essa permuta de alta voltagem do espírito que a vida
nos ensina a viver. Curioso é que a mídia, que mais afirma interesse na novidade,
esteja sempre amparada no estabelecido. Inclusive o que ali se apresenta como novo,
é sempre uma diluição, do ponto de vista estético, sempre um retrocesso, uma máscara,
uma fraude. Evidente que a viagem pela Internet permite o encontro com inúmeras
formas da novidade. Mas há que saber navegar, sempre. Há que saber navegar…
JAL Reconoces en tu escritura poética el embelezo por el
discurso surrealista en lo que a la estética se refiere. Muchos poetas influenciados
por ese ismo han negado su participación e influencia, incluso el haber pisado
alguna vez sus terrenos. Tú no sólo recorres dicho territorio sino que exploras
su subsuelo en América Latina. ¿Puede
decirse que insistes en cultivarlo? ¿por qué?
FM Incontáveis motivos: as imagens cortantes,
vertiginosas, estimulantes; o caráter da escrita; a atenção pelos grandes abismos
da realidade; a percepção intensa de um sentido de recusa; a incessante aventura
exploratória dos mistérios que definem a existência humana; o diálogo audacioso
com os lugares comuns… Evidente que a relação com o Surrealismo não pode se restringir
ao ingresso em uma formação grupal. Eu já vivi uma experiência de grupo e ela foi
algo desastrosa, porque há filamentos da ortodoxia que se enredam na prática das
relações. Mas observemos como certa indeterminação, no que diz respeito à afinidade
de alguns poetas e artistas com o surrealismo, esteja ligada mais a um sentido de
oportunismo do que propriamente a um questionamento adequado. O que em muitos casos
poderia ser uma crítica consistente em relação às falhas eventuais – e sabemos que
elas são inúmeras –, acaba por se transformar em um jogo desqualificado de egos
indomáveis. A percepção do Surrealismo no continente americano tomou um caminho
algo distinto, sobretudo considerando o fato de que a estadia dos franceses (sempre
capitaneados por Breton) nos Estados Unidos e no México esteve pautada pela formação
de um gueto, uma espécie de colônia europeia, onde o francês era mantido como língua
única. Uma contradição com a ideia de Artaud ao considerar o surrealismo como uma
“nova espécie de magia”, ou da esperança – que acabou sendo frustrada – de César
Moro, de que se tratasse de uma “cita de las tormentas portadoras del rayo y de
la lluvia de fuego”.
JAL Empleas la imagen del espejo para indicar la insensatez
del hombre ¿Qué ves ven esas criaturas? ¿Su engañosa figura endiosada o su camino
inevitable hacia la muerte?
FM O que o espelho reflete de cada um de nós
nem sempre está visível em nosso próprio entendimento do ser. Se as relações humanas
foram se tornando um quase inquebrantável jogo de aparências, isto se deve ao fato
do homem haver tecido um abismo entre imagem e identidade. Para reconhecer a si
mesmo é preciso agora deformar espelhos? Mas quem diabos é esta criatura que a todo
instante se evita e cobra identidade apenas nos demais da espécie? Estas são leituras
clássicas da poesia em todos os tempos. Mas quem garante que o homem em nossos dias
esteja interessado em refletir (sobre) sua humanidade? O fato de havê-la perdido,
já nos dá a resposta. Por outro lado, o que tem feito a arte – quando o faz seriamente
–, senão põe o homem diante de um espelho? Talvez o homem mereça mesmo o estado
em que chegou, e não esteja mesmo interessado em quem se preocupe com essa humanidade
perdida, cuja relevância jamais percebeu.
JAL ¿Qué le preocupa al poeta Floriano: la muerte o la palabra
muerte?
FM Preocupa-me esta separação que tua pergunta
sugere, como se acaso uma coisa fosse a experiência de vida e outra a linguagem.
Ruína ou pesar, essa entidade é parte de nossa vida no momento mesmo em que a iniciamos.
Consciente ou não, está presente em nós. As crianças não têm consciência da morte
nem da linguagem. Qual dos dois choques de consciência será mais determinante na
vida delas? Não será um único abismo? Os poetas desafiam a morte ou a palavra morte?
E por onde se alastra o conceito de morte? Considerando certa primazia do
domínio da linguagem, descartando sua relação intensa com o viver, eu diria que
estamos nos afastando tanto da morte que um dia ela não será mais do que uma palavra.
Então já estaremos demasiado mortos para perceber o equívoco em que nos metemos.
Por outro lado, o que tem feito o homem em prol da palavra no sentido de que a mesma
o salve de si mesmo? São questões filosóficas, no geral. No livro de registros de
uma delegacia de polícia a situação é outra. A rigor o homem chegou a uma dicotomia
grosseira: autor e vítima do mesmo crime. A criminalidade tornou-se um dado assustador
e determinante de nossas vidas – não me refiro simplesmente ao jogo passional dos
disparos, mas a uma sofisticação que envolve tanto corrupção quanto pedofilia. Nada
mais débil hoje em dia do que a ideia de um transgressor. Evocar a transgressão
é não conhecer os códigos em que essa linguagem atua. Como é possível dizer:
ah tudo o que eu queria era um poema de amor? Então não distingo uma coisa da
outra, porque posso estar vivo ou morto pela palavra, e isto não fazer sentido algum.
JAL ¿Qué papel desempeñan en tu poesía la plástica y la
música, ¿Cómo las incorporas o las refieres?
FM Talvez eu pudesse dizer que se trata de uma
questão de oportunidade, considerando o fato de que meus pais ouviam muita música
e que era igualmente intenso o acesso a edições de obras plásticas. Mas o que havia
de mais impressionante em casa, para uma criança, era a quantidade de livros da
biblioteca de meu pai. Então eu presumo que a diversidade com que as coisas se apresentavam
diante de mim tenha sido determinante. Mas claro que tudo isso se encaixava em certa
natureza insaciável, algo que segue caracterizando tudo o que faço. O fato é que
o mundo não nos absorve através do que lemos, mas antes através do que ouvimos,
vemos, tocamos, cheiramos, degustamos. A leitura – compreendida em seu aspecto habitual
– não é um dos sentidos humanos, mas sim a consequência da atuação plena desses
sentidos. Em grande parte a fixação dos intelectuais pela leitura vem de seu temor
de misturar-se à matéria queimante da existência. Quando escrevo – e nisto é preciso
que se diga que não penso senão raramente
em um poema em isolado – estou sempre imaginando toda uma plasticidade, dinâmica,
argumento etc. É como se me sentisse mais um dramaturgo do que propriamente um poeta.
Imagino o poema-livro como algo que aja tridimensionalmente.
JAL Entre una poesía del lenguaje y una poesía inquieta aún
por el hecho mismo de la vida, más preocupada por conmover, tocar al lector, es
que advierto se mueve tu poesía. Quiero decir que no es experimental hasta sus últimas
consecuencias, no pretende el balbuceo, el juego fonético o la segmentación semántica,
sino que se desliza por una lógica más o menos incluyente. ¿Qué opinaría un surrealista de ello?
FM Muitos surrealistas diziam – dizem ainda –
que a poesia está em outro lugar. Mas qual seria este outro lugar? Quantas vezes
o estado de verdade imediata, defendido por Tristan Tzara, foi além das obras
de circunstâncias a que se referia André Breton? O primeiro leitor que um poeta
deve arriscar-se a tocar é ele próprio. É impressionante a quantidade de poetas
que andam pela vida sem se deixar tocar pela poesia. Apesar do surrealismo a poesia
continua sendo percebida como um jogo de palavras, apenas. Para mim, o experimental
não dissocia instrumento e sensação. Quando digo que o que nos impressiona se imprime
em nosso espírito isto não é de todo apenas um jogo de linguagem. Mas é necessário
que haja uma verdade nisto. Caso contrário, a comoção torna-se panfleto, regra.
O instrumento é um recurso. Entendemos bem quando o assunto é um piano. Ah sim,
trata-se de música… Mas quando o verbo está em questão… É a minha vida que supera
a escrita e nunca o contrário, por mais que eu tenha pleno domínio da linguagem.
JAL Tus poemas a menudo se presentan como un panteón lírico,
donde uno puede seguir puntualmente la huella de tus afectos y tus influencias,
o mejor digamos tus lecturas, no siempre vanguardistas. ¿Qué hay de cierto en lo
que digo?
FM Não cabe essa distinção. Não vejo em que circunstância a poesia não se identifique com
o lírico. Claro que não me refiro a panteão, mas antes ao simples ato da escrita.
Estamos a conversar – o poema é uma forma de diálogo, não? – com o que se passa
diante (e dentro) de nós. Tivemos uma sobrecarga no que diz respeito ao termo vanguarda
e isto por vezes gerou um mal-entendimento do que possa ser substancioso. O conceito
de vanguarda foi tanto explorado que vive hoje um desgaste excepcional. Mas há que
entender que uma coisa é o recurso, o diálogo, a caixa de Pandora, e outra a maneira
como o objeto final, saído desse diálogo, se apresenta. Da maneira como colocas
a questão, há uma distinção fundamental em termos de caráter da escrita no que diz
respeito a sua estrita relação com quem a escreve.
JAL Para darle paso a otra temática, evoco la pregunta que
te haces en un verso de tu poemario Alma en chamas (Alma en llamas):
“Qué hombre habita en mí?” ¿Tiene respuesta esa cuestión?, ¿hay alguien diferente
a Floriano que ocupa su existencia y dicta su poesía?
FM Há inúmeros. Não diria que propriamente distinto
de mim ou que dite, em isolado, o que escrevo. Não creio em voz própria que não
seja a consonância de uma multidão de vozes. Algum crítico já observou a condição
sinfônica de minha poética e devo estar de acordo. Somos, ao menos em parte, aquilo
que nos consome. E pôr em dúvida o homem que lhe habita é o mínimo que um poeta
pode exigir de si antes de pretensamente declarar-se uma antena da raça.
JAL Me has dicho, en nuestras largas conversaciones por las
calles y las playas de Fortaleza, que Brasil sólo mira a Brasil, asombrado, quizás,
por su propio gigantismo geográfico o quizás confuso por su enorme y bello mestizaje.
Tú mismo eres una muestra de que hay búsquedas para tocar y ser tocado en y por
el exterior. ¿Excepción o regla?
FM Em boa hora esta menção à mestiçagem. A rigor
sempre estivemos na alça de mira de uns obcecados pela pureza, os tementes de todo
tipo de miscigenação, racistas que buscam eliminar a fusão, o encontro, o encantamento
que somente o mergulho no outro propicia, e o fazem por incompetência, por apego
a uma condição mesquinha que nada tem a ver com o argumento de defesa de uma cultura.
O que há de mais forte na cultura brasileira está em sua mistura, o que acaba por
atropelar a muitos a quem simplesmente falta fôlego para compreender o mundo em
pleno torvelinho de experiências inesgotáveis. Não temos problema de arritmia. O
que temos é um excesso, de ritmos e deuses, cuja mescla tempestuosa por vezes atordoa.
Somos a terra plena do transbordamento. A ideia de um gigantismo tem uma
conotação dúbia: por um lado nos cega em relação às afinidades culturais evidentes
e por outro lado desperta certa inveja no tocante ao que nos é aparentemente superior.
Não é que só olhamos para nós mesmos. Muito pelo contrário: somos cegos de tudo,
inclusive de nós mesmos. Tudo o que era mais visceral e sofisticado nas imagens
poéticas de autores como Celso Luiz Paulini, Claudio Willer, Rodrigo de Haro e,
sobretudo, Roberto Piva, poetas identificados como de uma geração dos anos 1960,
por exemplo, nada foi percebido pela crítica, e isto se deu porque essa poesia rompia
com certo padrão de formalismo, sobretudo considerando então a passagem de bastão
da Geração de 45 para o Concretismo. Então não é nossa mestiçagem que suscita uma
confusão, mas sim a linha dura de um positivismo que temos entranhado em nós, cujo
beletrismo é apenas uma de suas facetas.
JAL Además de poeta, traductor, ensayista y editor electrónico
eres un fuerte crítico de la poesía en tu país, el cual hay que reconocerlo posee
una rica tradición poética ¿Qué rescatas de esa herencia?
FM A ideia de uma tradição implica em transmissão,
em reconhecimento. Neste sentido, não se pode falar em tradição lírica no Brasil,
exceto se pensarmos na grande linha parnasiana que define toda a nossa trajetória
poética. Temos que pensar bem nisto. O formalismo ornamental e edulcorado seria
então a nossa tradição? Nas últimas décadas tivemos uns rapazes que retalhavam a
sintaxe, primavam pela incompreensão, simpatizantes da ruptura a todo custo, inclusive
a custo do entendimento dela própria. Ainda estão por aí alguns desses rapazes.
Não, não possuímos uma rica tradição poética. O que se passa é que em alguns casos
a poesia brasileira é melhor conhecida no exterior do que em casa. Temos uma tradição
outra, um rio subterrâneo que tem sido grosseiramente desprezado. Talvez
os mexicanos se lembrem ainda de José Santiago Naud (1935), cujo livro Piedra
Azteca teve unicamente uma edição mexicana (Papeles Privados, 1985). O próprio
Jorge de Lima, para muitos a maior expressão poética do país, é nome de pouca circulação.
Ao contrário, abundam as louvações a poetas nitidamente de segunda linha, como Mário
e Oswald de Andrade. A melhor herança a ser resgatada não é aquela que se detém
em nomes, mas sim no caráter que a determina. A
cultura brasileira está muito perigosamente contaminada – o que se acentua mais e mais nos dias de hoje – por um sentido muito particular de decomposição. Não se trata apenas dessa avalanche de corrupção que a mídia anuncia a todo instante. Trata-se de uma depravação de senso ulterior, estamos nos desfazendo por falta de acreditarmos em nós mesmos. Estamos colhendo agora o fruto de toda uma história de falta de atenção para o que verdadeiramente somos. Fazer a defesa agora de uma identidade cultural – a despeito de toda a instância retrógrada que envolve o tema – é de um cinismo, de um oportunismo descarado, coisa de gente que não quer senão seguir descarnando o cadáver dessa cultura. Até o último instante, sem drama ou carnaval, quando então se mudam todos para outro paraíso fiscal.
cultura brasileira está muito perigosamente contaminada – o que se acentua mais e mais nos dias de hoje – por um sentido muito particular de decomposição. Não se trata apenas dessa avalanche de corrupção que a mídia anuncia a todo instante. Trata-se de uma depravação de senso ulterior, estamos nos desfazendo por falta de acreditarmos em nós mesmos. Estamos colhendo agora o fruto de toda uma história de falta de atenção para o que verdadeiramente somos. Fazer a defesa agora de uma identidade cultural – a despeito de toda a instância retrógrada que envolve o tema – é de um cinismo, de um oportunismo descarado, coisa de gente que não quer senão seguir descarnando o cadáver dessa cultura. Até o último instante, sem drama ou carnaval, quando então se mudam todos para outro paraíso fiscal.
JAL ¿Cómo se conforma desde tu punto de vista la República
de las letras (de la poesía) en Brasil?
FM Toda casta intelectual se organiza sempre
no sentido de cooptação com o poder. Tal concubinato fez de nossa república das
letras uma jovem senhora muito dedicada aos prazeres da carne, relutante em considerar
a existência do espírito. A ausência de uma tradição crítica – e refiro-me não à
crítica de circunstâncias, mas àquela área da percepção interessada em evidenciar
eventuais equívocos de um texto, propondo-se a iluminar suas zonas escuras, sem
uma determinação judicial que venha a eliminar a obra em questão por discórdia estilística
ou outro mazelo existencial qualquer –, pois bem, essa ausência, já clássica entre
nós, brasileiros, contribui para a persistência pasmada nos mesmos erros, em muitos
casos os mais primários.
JAL Sin ánimo de competencia y de comparación, pero tomando
en cuenta tu trabajo editorial y tu larga experiencia como entrevistador ¿Cómo percibes
el desarrollo de la poesía en tu país con respecto al resto de Iberoamérica (incluyendo
a Portugal y a España)?
FM Creio até que seria irresponsável a comparação.
Uma coisa é uma seleção de grandes poetas – e isto se pode achar na Espanha, em
Portugal, no Brasil e na América Hispânica (não esquecer que aí a aventura teria
que enveredar por 19 países, com suas peculiaridades magníficas). É bem provável
que os nomes sejam desconhecidos para além de sua restrita área de atuação. Ainda
que de gerações distintas, não creio que gozem do conhecimento internacional que
merecem poetas como José Ángel Valente (Espanha), Luís Miguel Nava (Portugal), Roberto
Piva (Brasil) e Ludwig Zeller (Chile). Outra coisa é acreditar que essa resplandecente
minoria possa vir a constituir uma competência. Uma característica marcante do espírito
dos poetas brasileiros, em linhas gerais, é o provincianismo, e digo isto no sentido
de que jogam muito com as aparências – da escrita e do caráter, posto que separam
uma coisa da outra. Isto faz com que se tornem reféns de uma compulsiva novidade,
que mudem de roupa (a linguagem, ah esse garfo e faca da linguagem!) ao sabor do
convite que recebem para um evento de turno. Há os que não, sim, há os que não.
Agora me lembro que antes de iniciarmos nossa conversa eu havia me decidido a não
citar nomes. Isto causa uma confusão medonha, porque somos propensos a nos identificarmos
com os personagens errados. Imagine se digo aqui um nome, por exemplo, Hilda Hilst
(uff!, esta por sorte já morreu), e ela própria, sim, ela própria, não entende que
essa minha afirmação é uma maneira de me preocupar com algo que me é afim… Chega
de citar nomes. Todos são os brilhantes poetas que se imaginam ser.
JAL Por último. ¿Estás convencido de que el proyecto Agulha,
además de poner en contacto a los escritores de América Latina y el mundo, pueda
ser un factor de calidad y avance en nuestras letras, digamos ¿una aguja sobre el
globo de la complacencia y la endogamia?
FM Não tenho dúvida alguma quanto a isto. A leitura
conjunta dos editoriais da Agulha Revista de Cultura aponta neste
sentido, confirmando a pauta abrangente que temos propiciado em quatro anos de atuação.
Decerto que temos um número de leitores que deve ser considerado. Contudo, pertencemos
a um mundo virtual, com suas rejeições da parte de uma realidade impressa que ainda
não percebeu que fere a si mesma ao nos refutar. Evidente que o que a Internet nos
propicia possui em si a mesma carga de ambiguidade que qualquer outro instrumento.
Sempre será possível salvar ou ceifar uma vida com a mesma arma.
Entrevista
concedida a José Ángel Leyva. Originalmente publicada em La Jornada Semanal. Suplemento cultural do jornal La Jornada. México, 10/10/2004. JOSÉ ANGEL
LEYVA (México, 1958). Poeta, ensayista y editor. Director de la revista Alforja.
Ha publicado libros como: Botellas de
sed (1996), El espinazo del diablo (1998),
y La noche del jabalí (2002). Foto de FM, 2012 © Fábio Chiba.
Imagens
reproduzidas nesta página:
2011 Desejo da palavra
2011 Despedida do anjo
2011 Destino incessante
2011 Disfarce do mito
*****
Organização
a cargo de Márcio Simões e Floriano Martins © 2017 ARC Edições
Artista convidado
| Floriano Martins (ensaio fotográfico)
Imagens ©
Acervo Resto do Mundo
Esta edição
integra o projeto de séries especiais da Agulha Revista de Cultura, assim
estruturado:
1 PRIMEIRA
ANTOLOGIA ARC FASE I (1999-2009)
2 VIAGENS
DO SURREALISMO, I
3 O RIO DA
MEMÓRIA, I
4 VANGUARDAS
NO SÉCULO XX
5 VOZES POÉTICAS
6 PROJETO
EDITORIAL BANDA HISPÂNICA
7 VIAGENS
DO SURREALISMO, II
8 O RIO DA
MEMÓRIA, II
9 SEGUNDA
ANTOLOGIA ARC FASE I (1999-2009)
A Agulha
Revista de Cultura teve em sua primeira fase a coordenação editorial de Floriano
Martins e Claudio Willer, tendo sido hospedada no portal Jornal de Poesia. No biênio
2010-2011 restringiu seu ambiente ao mundo de língua espanhola, sob o título de
Agulha Hispânica, sob a coordenação editorial apenas de Floriano Martins. Desde
2012 retoma seu projeto original, desta vez sob a coordenação editorial de Floriano
Martins e Márcio Simões.
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