Não é fácil apresentar La Cohée du Lamentin, um dos últimos ensaios de Édouard Glissant. Melhor: o seu último ensaio, o de número V, se considerarmos apenas a série intitulada Poétique. [1]
O livro, publicado em 2005,
foi traduzido para o italiano em 2008 com o título Il pensiero del tremore. [2] No momento atual, ao vertê-lo
para o português, as tradutoras brasileiras, Enilce Albergaria Rocha e Lucy Magalhães,
resolveram juntar, com muita razão e alguma astúcia, o título quase transparente
O pensamento do tremor, ao título original,
intraduzível: este é um verdadeiro enigma até para um leitor francês de França,
como diria outro poeta antilhano, Léon-Gontran Damas.
O ensaio foi escrito por um
grande poeta francófono já na sua velhice: Édouard Glissant. Nascido na Martinica
a 21 de setembro de 1928, Glissant, aos 77 anos, retoma e repisa incansavelmente
as suas idéias mestras de forma, por vezes, alegórica ou alusiva, sem preocupação
agora de datas nem de bibliografia. O livro é ao mesmo tempo uma súmula poética
e uma coda barroca ao conjunto da sua
obra ensaística.
Para entender La Cohée du Lamentin, a sua poética e o seu
alcance, seria necessário inicialmente retornar ao título original – intraduzível,
repetimos – e tentar perceber não só o que significa mas sobretudo o que sugere:
Cohée, Lamentin e, unindo subterraneamente
os dois topônimos estranhos, um terceiro elemento, forçosamente implícito e vibrando
sem cessar no não-dito do texto, La Lézarde.
Esta palavra feminina “cria”
literalmente os outros dois topônimos, Cohée
e Lamentin: é o nome do maior curso de
água da ilha natal, curso de água muito pouco “rio” para brasileiros ou para os
parâmetros de um país continental como o nosso com vários cursos caudalosos de água
com mais de 1000 km. Com a extensão total de apenas 33 km (tamanho que não mereceria
entre nós a denominação de rio, quando muito de ribeirão ou ribeira), La Lézarde atravessa a comuna do Lamentin, [3] no centro-oeste de
uma das pequenas Antilhas. Foi no Lamentin
que nasceu Glissant, não exatamente na planície de aluvião, mas num dos seus morros.
Hoje, para quem chega à ilha, é a região onde se situa o aeroporto internacional,
denominado Aimé Césaire, como o Galeão que passou a chamar-se aeroporto Antônio
Carlos Jobim, no Rio de Janeiro. Quem chega pela primeira vez à Martinica não vê
quase nada de diferente, ou de exótico, e atravessa de táxi uma baixada que se assemelha
à primeira vista, do ponto de vista da paisagem, à Baixada Fluminense ou à Baixada
Santista.
La Lézarde – palavra que retoma lézard (“lagarto”, em francês) e o verbo
lézarder (“deitar-se imóvel ao sol como
um lagarto” ou então “rasgar algo provocando uma fissura”) – evoca o curso sinuoso
de um ribeirão que corta as terras baixas do Centro-Oeste da Martinica, [4] até jogar-se no mar
do Caribe (ou das Caraíbas) num delta. O mar do Caribe a Oeste da Martinica é totalmente
diferente da fúria do Oceano a Leste. E o delta, outrora, estava coberto de mangues
(mangrove, outra palavra encantatória
na poesia das Antilhas francesas), hoje quase invisíveis a quem chega de fora. [5]
O primeiro romance de Glissant,
de 1958, chamava-se La Lézarde: [6] a narrativa, ponto
de partida de uma grande saga romanesca com várias linhagens negras e brancas que
vão se cruzando, progressivamente em inúmeras narrativas, cada vez mais intrincadas
no espaço e no tempo, recebeu no momento do seu lançamento, na França, o prêmio
Renaudot. A ação de La Lézarde, romance,
se passa nas semanas seguintes ao fim da II Guerra Mundial em torno de uma cidadezinha
denominada Lambrianne (nome inventado
pelos jovens protagonistas da narrativa que juntam Lamentin e Marianne, nome
este que encarna, como se sabe, a República francesa). Lambrianne, cidadezinha ficcional
como tantas outras, como a célebre cidade de Duas Pontes no centro obscuro da obra
de Autran Dourado, lembra Lamentin onde
o autor passou a sua juventude.
Quase 50 anos (1958-2005) separam
esse primeiro romance e o último ensaio, que é, mais uma vez, um retorno ao lugar
primordial. Como o poema de Césaire, Cahier d’un retour au pays natal. [7]
Mas ainda não se explorou tudo
do título enigmático. Lamentin é ainda,
para leitores de literatura africana, um animal mítico porque retorna sempre à origem,
à fonte primeira de onde veio. Para explicá-lo, é preciso tomar um Desvio (Détour, em francês e sempre com maiúscula),
como diria o próprio Glissant. O nome erudito do animal, nos dicionários de ciências,
é: Trichechus. [8] Faz parte da ordem
dos Sirênios. Se o leitor quiser sonhar,
esse grande animal “aquático” é parente imaginário das sereias. O lamentin corresponde, no fundo, ao peixe-boi
ou boto amazônico, ou seja, um tipo de grande mamífero herbívoro, de corpo afunilado,
vivendo em águas pouco profundas, nos iguarapés, na foz de rios ou nos pântanos
costeiros da zona tropical do Atlântico. São também chamados em português manatins. Exatamente como no caso do boto, [9] seu parente próximo,
sobre essas criaturas estranhas, les lamentins,
criaram-se muitas lendas. Uma dessas lendas data da primeira expedição de Colombo
à América, em 1492: o descobridor anota no seu livro de bordo referindo-se aos lamentins, “três sereias”. Assim, uma baixada
da Martinica em torno do delta de um ribeirão que serpenteia como um lagarto, recebeu
esse nome Lamentin porque, segundo os
cronistas antigos, outrora os lamentins frequentavam
os seus mangues. Com a urbanização e os aterros, desapareceram animais e desapareceram
quase totalmente os mangues. Mas a memória de um posfácio célebre de Senghor, de
1954, no seu ensaio Liberté I – “Comme les lamentins vont boire à la source”
(literalmente: como os botos ou manatins vão beber à fonte) – anuncia a lembrança
quase apagada de uma busca de identidade.
Resta-nos ainda uma palavra,
a primeira do título, talvez a mais obscura: Cohée. Inútil procurá-la nos dicionários ou mesmo na internet. O seu
significado, vamos achá-lo num outro ensaio de Glissant: “camps et morne et ravine, monts et cohées! […] Une source en prison, un delta
tout en boue” [10] (campos
e morro e ravina, montes e cohées ...
Uma fonte
aprisionada, um delta de lama). Cohée
é assim uma pequena zona meio lamacenta, à beira-mar, intermédia entre terra e água,
entre água salgada do mar com suas marés e água doce do rio que transborda no momento
das chuvas, com uma vegetação em forma labirinto e árvores de raízes altas mergulhando
no mangue.
Esse título, ininteligível
para quem não conhece a Martinica, remete a um lugar bem preciso do país natal.
Eis como o autor tenta justificar a palavra da qual ignora inclusive a etimologia:
Cohée: só se encontra nessa
baía dos Flamingos, ao longo do mangue: a Cohée
du Lamentin. A palavra vem da língua crioula ou da língua francesa? Talvez de
accorer? (p. 39)
O leitor respira enfim aliviado.
Accorer: o verbo pode ser encontrado num
dicionário. O dicionário da Academia francesa de 1835 registra:
ACCORER. Terme de Marine. Étayer, soutenir avec des accores un objet quelconque. Accorer un navire échoué. ACCORÉ, ÉE. Participe.
Ou seja: não só o verbo accorer é raro, como pertence à língua especial da Marinha à vela. Se
alguém quiser, no terreno de aluvião, incerto e mole da Cohée, escorar um navio com estacas para repará-lo, esse barco só pode
ser muito pequeno, barco de pescador.
O leitor, sem querer, ao procurar solucionar o enigma do
título, reencontra uma alusão (indireta) à piroga dos últimos movimentos do Cahier d’un retour au pays natal, de Césaire,
que afronta o oceano em fúria a Leste. Uma primeira clivagem se faz, quase invisível:
Basse Pointe, o burgo natal de Aimé Césaire,
está situado a Nordeste da ilha, em face do oceano indômito numa costa escarpada
que contradiz o topônimo (a costa é selvagem e a montanha próxima coberta de mata
fechada); o Lamentin corresponde a um
outro espaço, terra de aluvião e de sedimentação no tempo da longa duração. No Lamentin, os traços a ler estão ainda mais
apagados com o desaparecimento dos mangues.
A palavra Cohée – com a sua carga de gestos perdidos (quem escora um barco hoje para repará-lo numa ilha que se tornou um oximoro, ou seja, uma colônia de consumo e de férias?), lugar prenhe ainda de fantasmas, de histórias e de conotações quase esquecidas – só existe na toponímia local. Glissant ao retomar essa palavra perdida, totalmente opaca, como título do seu ensaio, resgata-a com a sua memória que se esvai.
Primeira consequência dessa longa conversa não-vadia em
torno de um título enigma para a grande maioria dos leitores, até mesmo para os
que têm o francês como língua materna: a paisagem é fundamental na poética de Glissant.
Começamos a frequentar as
paisagens não mais unicamente como puros cenários que consentem, propícios ou não,
mas como verdadeiras máquinas de induzir, muito complexas e às vezes inextrincáveis.
Elas nos conduzem para além de nós mesmos e nos fazem conhecer o que está em nós.
São solidárias com as nossas fatalidades. Vivem e morrem em nós e conosco.
Desse ponto de vista, La Cohée du Lamentin
prolonga o primeiro ensaio do autor, Soleil de la conscience (Sol
da consciência), no qual Glissant meditava, em 1956, antes do seu primeiro romance,
sobre o seu primeiro encontro com a paisagem da França – ao mesmo tempo próxima
e longínqua, conhecida e nova -, que o fez descobrir sua identidade antilhana. Ou
melhor: o confronto com a paisagem francesa fez o escritor perceber a sua dupla
e problemática identidade de antilhano, nascido nas Américas negras e descendente
de escravos, e de francês, nascido numa ilha, hoje juridicamente um DOM (Département
d’Outre-mer, ou seja, Departamento francês de Além-Mar).
Esse retorno ao país natal,
ao microcosmo de uma pequena região da sua ilha natal, serve de pretexto a Glissant
para revisitar e repisar alguns temas que lhe são caros: a digênese que se opõe
à gênese, o pensamento arquipélico que se opõe ao pensamento de sistema, a identidade-relação
que se opõe à raiz única, a totalidade à unidade, as Américas à América, a mundialidade
à mondialização etc, etc.
No momento atual, cresce no
Brasil o interesse em torno da obra ensaística de Glissant como instrumento de análise
do nosso entorno americano. Mas é preciso lê-lo criticamente.
Não é difícil, de certa maneira,
apontar, nos numerosos ensaios de Glissant, erros de datas, imprecisões, a sua menor
familiaridade com a produção “americana” de língua portuguesa e até mesmo de língua
espanhola, ou ainda a ausência de qualquer referência clara às diferentes temporalidades
das literaturas do continente. [11] Já assinei alguns textos sobre
o assunto [12]
mas é inegável que Glissant permanece um contemporâneo incontornável e a sua obra
pode ser um fermento estimulante para novas abordagens.
O que se defende aqui é a necessária
articulação das ideias de Glissant com outros modelos críticos das Américas: a antropofagia
cultural brasileira mas igualmente a noção de aculturação de Fernando Ortiz ou a
tradição da ruptura de Octávio Paz. Nenhum critico que pretenda trabalhar a partir
das ideias de Glissant sobre “L’Autre Amérique” deveria deixar de considerar
o belíssimo texto de Octávio Paz, escrito para o London Times Literray Supplement
intitulado simplesmente “Poesia latino-americana”. [13]
Um dos seus conceitos, a meu
ver, mais ricos e promissores é aquele que distingue, poéticas naturais e contra-poéticas,
estas ligadas a culturas que se exprimem e produzem em regime de diglossia. Por
outras palavras: há culturas – é o caso evidente das ilhas francesas, Martinica
e Guadalupe, e da Guiana francesa, território que pertence ao continente – que vivem
entre duas línguas, hierarquizadas, situação problemática de divisão coletiva entre
coração e mente, imaginário e ascensão social. A diglossia, que não é simples bilinguismo,
provoca o aparecimento de estratégias de “marronnage” poético com referências
(ocultas) à “outra” língua.
Resta-nos uma última questão
para terminar: a quê linhagem de pensamento poderíamos relacionar a obra ensaística
de Édouard Glissant? Ela não se prende evidentemente à linhagem de tendência generalizante,
do universal abstrato e transcendente, nem àquela dos que crêem na essência e na
unicidade do Ser e do Mundo, mas à antiga linhagem dos Pré-Socráticos ou do relativismo
de Montaigne e de Diderot. Glissant coloca-se a favor de um universal [14] enraizado na carne
desejante do universo; afirma a especificidade das Antilhas – como a de cada um
dos inumeráveis lugares e recantos do mundo – na sua diversidade de línguas e histórias,
e sobretudo reivindica o direito, para cada comunidade humana, à opacidade contra
a transparência ofuscante e redutora do Ocidente, defendendo a necessidade imperiosa
da exploração do passado coletivo, rasurado pela História oficial e imposta pela
lógica do mais forte, passado não-perdido mas disperso e esgarçado a ser reencontrado
numa busca órfica da qual os poetas indicam o caminho, criando, por assim dizer,
a memória do futuro.
Não sou nem de Atenas nem de Corinto, sou cidadão do mundo.
Sócrates
Quero ser chamado
Cidadão do Mundo.
Erasmo de Roterdam
Muitas homenagens recentes a Edouard Glissant,
no momento da sua morte em Paris (a 3 de fevereiro de 2011) o apresentam como “cidadão
do mundo”, como se esse título “allait de
soi” àquele que defendeu a Relação, o
Caos-Mundo e sobretudo o direito à opacidade.
Atribui-se muitas vezes a Sócrates a expressão
de “cidadão do mundo”: ela está aliás impressa num painel de azulejos de uma das
estações do Metrô em Lisboa, a da Cidade Universitária. A frase seria, afirmam outros,
de Diógenes de Sínope, o Cínico, que possuía o talento do insulto e da derrisão.
Representa-se tradicionalmente Diógenes acompanhado de alguns pobres objetos: o
cajado, a tijela, a lanterna, a jarra. [15]
A filosofia estóica é sem ambiguidade a esse respeito.
Segundo ela, o homem é por nascimento (não se torna) um cidadão do mundo e um filho,
uma parcela do Deus-Mundo. Esse tema diretamente saído do estoicismo antigo reaparece
(implicitamente) em Spinoza e sobretudo no pensamento moderno (Russel).
Na verdade, pouco importa a quem pertence a revendicação
de ser cidadão do mundo, aos Cínicos, aos Estóicos ou unicamente a Sócrates. Erasmo
no alvorecer dos tempos modernos na Europa também o revendicou. Mas a reivindicação só era possível no mundo coerente
e denso da grande bacia do Mediterrâneo e talvez um pouco mais. Era então mais fácil
imaginar-se cidadão do mundo. E para os cidadãos do mundo, haveria uma literatura
Todo-Mundo (Tout-Monde) em que os textos
se juntam, se reencontram, se articulam entre si, se entrecruzam ou se contradizem,
em novas e imprevistas combinações.
Mas os textos às vezes resitem, lançam raízes muito profundas
na terra de uma língua. Porque não seguir a lição do próprio Glissant, no seu grande
ensaio Le discours antillais (O discurso antilhano, de 1981) [16]
sobre os perigos da busca incansável do Outro que desemboca às vezes no Mesmo?
Glissant, mais do que um teórico da literatura ou o defensor
da crioulização, é um grande escritor. Creio que seria bom proceder a uma espécie
de inversão. Fala-se demais do teórico ou do autor de uma antologia, e não o suficiente
do criador, do romancista e do poeta. Pode-se contestar o teórico a partir de certas
afirmações ou de algumas das suas traduções, [17] mas que riqueza a explorar do ponto de vista da narrativa e da poesia!
A partir da sua obra pode-se tomar a sua prática poética como instrumento de análise
para explorar a memória do escrito e do oral assim como a metamorfose do escrito
e do oral. Assim fazendo-o, o leitor joga Glissant contra Glissant dogmático. Melhor:
contra Glissant, tornado dogma por aqueles que o lêm ao pé da letra.
NOTAS
1. Soleil de la conscience
(Poétique I, 1956); L’Intention poétique (Poétique II, 1969); Poétique de la relation (Poétique
III, 1990); Traité du Tout-Mone (Poétique IV, 1997).
2.
Il pensiero del tremore. Traduttore Restori
E. Libri Scheiwiller. Collana L’Arte e le arti. Settembre 2008. ISBN: 887644579X.
3.
Le Lamentin é a segunda comuna mais povoada da Martinica, depois da capital Fort-de-France:
tem hoje cerca de 40 mil habitantes.
4.
Há outros cursos de água no espaço francês com o mesmo nome, La Lézarde: um pequeno ribeirão do Departamento
de Seine-Maritime que se lança no estuário do Sena em Harfleur (Normandia); um riozinho
próximo da costa de Basse-Terre na Guadalupe que se lança no Atlântico perto de
Petit-Bourg.
5.
O mangue foi preservado muito melhor na Guadalupe do que na Martinica. Um passeio
marítimo em barco pequeno no interior do seu labirinto verde é inesquecível. Trajeto
semelhante poderia ser proposto aos visitantes no fundo da baía da Guanabara.
6. Paris, Seuil, 1958,
250 p.
7.
Cahier d’un retour au pays natal/Diário de
um retorno ao pais natal. Edição bilingue. Com Posfácio, bibliografia e notas
de Lilian Pestre de Almeida. EDUSP, 2012.
8.
Há diferentes tipos de Trichechus: peixe-boi-marinho,
peixe-boi-africano e peixe-boi-amazônico.
9.
O verbete sobre o boto é um dos mais extensos do monumental Dicionário do folclore brasileiro, de Câmara
Cascudo.
10. In Le Traité du Tout-Monde, p.
75
11.
Há um problema recorrente em vários críticos francófonos trabalhando sobre as Antilhas
ou sobre as Américas em geral: não levam em consideração a diferença de temporalidades,
colocando-a de certo modo entre parênteses. Suas análises pecam por vezes por falta
de perspectiva, uma vez que trabalham a partir de traduções e não a partir de obras
nas suas línguas originais. Ou então estudam um corpus limitado no tempo, ignorando
o que precede, no interior da outra cultura.
12. Ver,
por exemplo, três textos, sendo que o último pode ser consultado facilmente por
internet:
a) “L’axe américain et les littératures francophones”, in
Littératures au Sud (sous la direction
de Marc Cheymol). Paris, Agence Universitaire – Éditions des Archives, 2009, p.
113 – 120;
b) «De la ville de Christophe Colomb
au paysan piémontais. A la recherche d’une trace italienne dans l’œuvre d’Edouard
Glissant”, in Francofonia, nº 63, “Le
frémissement de la lecture: parcours littéraires d’Edouard Glissant”, numéro special
sous la direction de Carminelli Biondi et Elena Pessini. Bologna, autunno 2012,
p. 147 -166
c) “Réflexions sur les traces italiennes
pour et dans une poétique antillaise: Édouard Glissant”, in RIME – Rivista dell’Istituto di Storia dell’Europa
Mediterrânea. nº 10, giugno 2013, p. 127 – 154.
13. PAZ, Octavio. Convergências: ensaios
sobre arte e literatura. Rio de Janeiro: Rocco, 1991, p. 161 - 173: Poesia latino-americana.
14.
Glissant abandonará progressivamente o termo universal em favor do termo “totalidade-terra”.
A viragem se dá entre os seus dois mais importantes ensaios Le discours antillais (Seuil, de 1981) e
Introduction à une poétique du Divers
(Presses de l’Université de Montreal, 1995 e depois Gallimard, 1996). Neste último,
ele esboça uma articulação com outros teóricos da América Latina, o que infelizmente
não será aprofundado.
15.
No grande fresco do Vaticano A Escola de Atenas,
por Rafael (1509 - 1512), Diógenes de Sínope é aquele que está reclinado, semi-nu,
ao centro, num dos degraus da escadaria, abaixo do par central formado por Platão
e Aristóteles.
16.
Creio que os três ensaios fundamentais mais importantes de Glissant são Le Discours antillais (1981), Poétique de
la Relation (1990) e o já citado Introduction
à une poétique du Divers (1995). Este último já foi traduzido para o português
por Enilce Albegaria da Rocha com o título Introdução
a uma poética da diversidade (UFJF, 2005)
17. Ver em particular as traduções reivindicadas por Glissant de poemas em português e em espanhol na sua antologia La terre, le feu, l’eau et les vents. Une anthologie de la poésie du Tout-Monde (Galaade, 2010).
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Agulha Revista de Cultura
UMA
AGULHA NO MUNDO INTEIRO
Número
159 | outubro de 2020
Artista
convidada: Mariana Palova (México, 1990)
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