1. Introdução
Talvez uma bênção recaia sobre quem empresta seus ouvidos
a um contador tradicional de histórias africanas. E quem conta de alguma forma abençoa
seus ouvintes. Asperge sobre a audiência essa gotícula do mar sem fim das histórias.
CELSO SISTO SILVA
Uma das matrizes
que representam a tradição oral brasileira, diz respeito às influências dos povos
africanos que aqui chegaram. Esses povos, historicamente, foram responsáveis, por
meio da tradição oral, por recriar a memória dos seus antepassados, ressignificando
a vida deles nesse novo lugar a que foram trazidos. Ao contar suas histórias, através
da oralidade, o povo africano perpetuava seus costumes, afirmava sua identidade
e mantinha viva a memória de seus ancestrais, apesar de toda a sorte de violências
e resistências a que a escravidão lhes lançava.
Este artigo
tem a intenção de promover uma reflexão acerca da importância da contação de histórias
de matrizes africanas para a manutenção, reconhecimento e fortalecimento da identidade
afro-brasileira, tomando como referência as histórias contadas pela mestre griô
e contadora de histórias Nancy de Souza, ou simplesmente, vovó Cici, como é notoriamente
conhecida por aqueles que escutam as suas narrativas e aprendem com cada mito africano
descrito por ela, em sua ritualística, que se repete semanalmente no pátio da casa
onde viveu o fotógrafo, etnólogo Pierre Verger, local que hoje se abriga a Fundação
Pierre Verger, na cidade de Salvador.
2. O contador de Histórias de matriz africana: seus ritmos, mitos
e rituais na valorização da ancestralidade
O conceito de
griot ou griotes (feminino) vem da África, e refere-se aos sábios e sábias que desempenham
um papel importante na oralidade, que é o de transmitir e guardar a memória cultural
da sua comunidade. Armazenando conhecimentos de seus costumes, crenças, lendas e
lições de vida, eles transmitem seus ensinamentos às gerações futuras, por meio
de suas memórias e vivências.
No Brasil,
o conceito de griô foi, como outros conhecimentos e costumes, herdado dos povos
da diáspora que aqui chegaram. E hoje, poderia se afirmar que o papel de griô brasileiro
equivale em importância, ao griot africano, dado o valor do seu trabalho na transmissão
e preservação dos conhecimentos de origem africana e afro-brasileira. Sobre a importância
do griô contemporâneo, Hale afirma que:
Uma das ideias principais que atravessa
a função de um griô contemporâneo é a de “ponte entre os tempos”. Não só entre passado
e presente, mas também no sentido prospectivo. As palavras que saem da boca de um
griô podem afetar o futuro de quem lhe ouve, podem servir de modelo. (2007)
Ao contar
suas histórias, o narrador propõe a reafirmação da importância e a permanência da
tradição oral, atualizando conceitos e transmitindo os conhecimentos da sua cultura,
que muitas vezes não estão em nenhum livro. Mas essa não foi tarefa fácil no caso
específico do Brasil pois, a preservação dos conteúdos das culturas de origem africana
enfrentou séculos e séculos de resistência, lutas e escravidão, o que dificultava
a profusão das crenças, mitos, costumes e o estabelecimento de sua cultura, encontrando
na oralidade seu principal meio de resistência e transmissão histórica.
Para Laraia
(2001) o conceito de cultura perpassa pela linguagem e pela capacidade de produzir
e transmitir conhecimentos e valores que diferenciam e representam os seres humanos
como pertencentes a uma sociedade. Acrescido disso, Paul Zumthor afirma a importância
das representações e dos discursos na formação da cultura, quando afirma que:
Do ponto de vista do uso, uma cultura surge como a faculdade, entre todos
os membros do grupo, de produzir signos, de identificá-los e interpretá-los da mesma
maneira; ela constitui, assim, o fator de unificação das atividades sociais e individuais,
o lugar possível para que os interessados tomem as rédeas do seu destino coletivo.
(ZUMTHOR, 2010, p. 66)
Por essa
perspectiva, o contador de histórias africanas estaria, nessa perspectiva, a serviço
da perpetuação da memória histórica de um povo. E para isso, através da sua ritualística
peculiar, promoveria no seu ouvinte, não apenas um resgate a essa historicidade
latente, como também um encantamento poético-simbólico que o remeteria, de algum
modo, a percepções sensoriais do lugar de onde vinham. Reavivando a memória corporal
coletiva de seus ancestrais.
Sobre essa
ancestralidade pulsante do contador, Silva reflete:
Na contação
de histórias de origem africana, sejam narradas por um mestre griô, sejam descritas
por um contador contemporâneo, os mitos são verdadeiramente o elo principal que
une e fundamenta sua ritualística. Nesse sentido, “os mitos são as ‘histórias sociais’
que curam”, como afirma Ford (1999):
Os mitos nos deixam harmonizados com
os eternos mistérios do ser, nos ajudam a lidar com as inevitáveis transições da
vida e fornecem modelos para o nosso relacionamento com as sociedades em que vivemos
e para o relacionamento dessas sociedades com o mundo que partilhamos com todas
as formas de vida. (FORD, 1999)
Por meio
das histórias, lendas africanas e dos mitos dos orixás, são explicadas as teorias
de origem do mundo, da criação dos seres humanos, da representação da natureza divina,
entre outras reflexões simbólicas, a partir de uma perspectiva diferente do que
se costuma contar através de contos e histórias de outros povos. Este modo de narrar,
que muito têm a ver com a construção de uma identidade, visão de mundo e religiosidade
mais próximas às noções de ancestralidade africana, nos ajuda a compreender a nossa
identidade afro-brasileira.
Isso se revela
por meio das histórias, e sobretudo, pelo viés da performance de quem as conta,
traz consigo outros elementos para além do texto escrito ou falado, que remetem
e remontam a um tempo-espaço simbólico a que aquele conto ou história oral está
inserido. Sobre isso, Zumthor (2000) faz uma análise acerca da performance da narração.
Nessa análise, na contação de histórias, a performance assume uma forma mais completa,
pois oferece elementos que permitem aos participantes uma interação com a história
em si ou com o contador.
Na condição
específica das histórias de matrizes africanas, sabe-se que a narração traz consigo
a importância da oralidade, além de cantos, toques e danças relacionados a essas
histórias. Esses conhecimentos ancestrais trazidos dos conteúdos africanos também
são transmitidos nesse processo e se definem como aspectos lúdicos e psicomotores
pertinentes às origens africanas. Os ritmos e maneiras como essas histórias são
narradas, aproximam-se de elementos ritualísticos, dando pistas de cantos e símbolos
relacionados a elas, enfatizando e encantando os ouvintes mais atentos com seus
elementos não orais que ali aparecem.
A despeito de uma performance oral e cênica, o contador de histórias tradicional
africano (...) é um narrador surgido da práxis e, na maior parte das vezes, herdeiro
direto de uma tradição familiar. Tem um repertório variado, formado ao longo do
tempo e atualizado com frequência. Está, sobretudo, “mergulhado” no que poderíamos
chamar de comunidade narrativa. (SILVA, 2013)
À luz dessa
reflexão sobre o papel da contadora de histórias de matrizes africanas no fortalecimento
da identidade cultural afro-brasileira, o próximo tópico buscará, de forma sucinta,
reconhecer quais os caminhos traçados na biografia de vovó Cici, seu contato com
a religiosidade de matriz africana, suas vivências junto ao pesquisador, etnólogo
e Babalaô, Pierre Verger e sua trajetória de vida favoreceram seu trabalho como
contadora de histórias e como essas vivências a constituíram como griô.
3. Dona Cici: vovó
ou mestra griô e seu trabalho como contadora de Histórias afro-brasileiras
Um breve contato
com a biografia da contadora de Histórias, Dona Cici, carioca, erradicada na Bahia
desde os anos 1970, já é suficiente para compreender a sua ligação intrínseca com
a religiosidade de matriz africana. Essa religiosidade, somada à relação profissional
e pessoal com o babalaô, fotógrafo e etnólogo Pierre Verger, nos anos 1980, é a
mistura da receita que a constituiu como uma das principais contadoras de histórias
afro-brasileiras no país.
Nancy de
Souza trabalhou junto a Pierre Verger nos anos de 1980, realizando a descrição e
legenda de fotografias que ele fazia de cultos africanos. Nesse processo, ela comparava
e descrevia essas cerimônias em que ele havia participado em diferentes países africanos
e agregava a isso a experiência que ela tinha sobre as mesmas cerimônias vivenciadas
em festas religiosas afro-brasileiras. Nesse contato, ao seu repertório pessoal
de histórias africanas e afro-brasileiras, foram sendo acrescidas as histórias de
mitos e lendas africanos, trazidos da África pelo próprio Pierre Verger em suas
andanças pelo mundo. (Bouler 2002; Lühning, 2011; et ali).
O primeiro
encontro pessoal entre Dona Cici e Pierre Verger se deu posteriormente, após a mudança
dela para a Bahia. Esses breves contatos aconteceram em ocasião de alguma cerimônia
religiosa, em que muitas vezes não era possível uma aproximação maior, por questões
peculiares dos cultos. No entanto, ela narra, como iniciou seu trabalho com o babalaô
explicando a importância disso para a sua trajetória de vida e profissional:
O meu primeiro encontro com ele foi através dos livros. No Rio eu fui com
um amigo a um sebo e vi, sem capa, um livro chamado Dieux d'Afrique. E o interessante
é que o livro tinha fotos coloridas e ele fez poucas fotos coloridas. Compramos
o livro e começamos a estudar. E eu acompanhei toda a história dele depois de adulta,
as idas e vindas, as viagens. (GRAVINA e BARADEL, 2015)
O destino fez com que eu viesse para
a Bahia. Fiz meu orixá e disseram que a minha vida estava aqui. Não podia ir falar
com ele ainda e quando ele Ia na roça era o maior respeito. Lá, às vezes, ele ia
falar comigo. Ele normalmente estava acompanhado de duas mulheres, Rina Argulo e
Arlete Soares. Mas eu trabalhava de cobradora de ônibus aqui na Avenida Vasco da
Gama, bem aqui embaixo. Ele quando descia a ladeira, entrava no ônibus, pagava a
passagem e deixava o troco pra mim.
(...)
Eu vim trabalhar com ele no final
dos anos 80, quando eu deixei de ser cobradora de ônibus. O trabalho era com fotos
de cerimônias de orixás. Eu comecei com as primeiras fotos de África, as da Caixa
1 – Arrivèe.
Ele pegava as fotos do Benin, em Nigéria,
e a gente fazia comparação. Ele perguntava se eu sabia o que era e eu dizia: “No
Brasil é isso, isso e isso”. Ele dizia: “Lá também”. As cerimônias que eu conhecia,
eu escrevia e o que eu não sabia ele anotava com a letra dele e me explicava. Eu
aprendi muito!
Eu usava lentes para ver todos os
detalhes. Cê sabe pra quê? Eu olhava rosto, eu olhava corpo, eu olhava roupa, olhava
tudo que a foto dele tinha. Era pra aprender, porque eu não ia aprender nada disso
na universidade. Minha universidade era as fotos e ele. (GRAVINA e BARADEL, 2015)
Foi a partir
da construção do que hoje é o Espaço Cultural da Fundação Pierre Verger, em 2005,
que Nancy de Souza se constituiu como vovó Cici, notória contadora de histórias.
Hoje ela atua na pesquisa e na contação de histórias, junto às crianças do bairro
do Engenho Velho de Brotas, na cidade de Salvador. Além disso, a griô participa
de palestras, eventos, atividades nacionais e internacionais, transmitindo e difundindo
as histórias de origem afro-brasileiras, tendo se constituído uma referência na
área de contação de histórias afro-brasileiras e recebendo o título de griô, através
de diversas ações ligadas a projetos, a exemplo de ação griô do Ministério da Cultura.
Nessa caminhada,
Nancy de Souza foi acumulando significativa bagagem, enriquecida pelas memórias
das histórias vividas por ela, em sua trajetória profissional, somada às experiências
da vida religiosa, suas viagens por diferentes países – alguns em continente africano
– por conta do trabalho realizado com a contação de histórias e a pesquisa sobre
os estudos afro-brasileiros. Assim, foi sendo desenhada a trajetória dessa contadora
de histórias afro-brasileiras, ora definida como a vovó, ora sendo descrita como
a griô. O ponto consensual do seu fazer narrativo, se refere à forma como essas
histórias são transmitidas.
Em sua maioria,
o repertório é baseado em histórias orais, oriundas dos saberes de matrizes africanas,
mas não se restringem a elas. Em sua narrativa podem ser escutadas histórias tradicionais
brasileiras, histórias de origem indígena e outros contos. No entanto, a ênfase
recai sobre os contos de lendas e mitos dos Orixás e as histórias de origem afro-brasileiras.
A importância
e o diferencial desse repertório difundido por ela se dão pelo fato de que as lendas
e mitos dos Orixás tem, no Brasil, uma possibilidade de perpetuação, através dos
contadores de histórias afro-brasileiras, no fortalecimento e contato com uma ancestralidade
oriunda de saberes silenciados ao decorrer dos anos, mas de fundamental importância
simbólica e rico de historicidade sobre a cultura brasileira.
Sobre os
mitos africanos, a despeito de outros mitos tradicionais da História, Ford compara:
A sabedoria mítica da África abrange
um campo amplo. Aí se encontram epopeias tão grandiosas quanto Gilgamesh, heróis
tão intrépidos quanto Hércules, heroínas tão perturbadoras quanto Vênus, aventureiros
tão notáveis quanto Ulisses e deuses e deusas tão prolíferos quanto os panteões
da Índia e da Grécia antiga. (1999)
Assim, de
uma forma não esperada, ela pode trazer aos ouvintes ao final das histórias, alguma
música associada ao Orixá representado no mito por ela narrado. Em outros momentos,
ela pode dançar o toque que faz soar o instrumento, ou até mesmo descrever e traduzir
expressões em iorubá, implícitas no texto narrado. Desse modo, em uma espécie de
narrativa intratextual, vai criando sua própria narrativa, recheada de estética
e uma sutil performance pode ser apreciada e apreendida pelos ouvintes mais atentos.
Entre as
atividades exercidas pela contadora, pode-se destacar o projeto cozinhando histórias,
que deu origem ao livro homônimo - que descreve como o trabalho é realizado por
ela, junto a outras oficinas do Espaço Cultural, como a oficina de culinária.
Nesse projeto,
as crianças ouvem as histórias das lendas relacionadas aos alimentos dos Orixás
africanos e reproduzem suas receitas na oficina de culinária. Esse projeto deu origem
ao livro “Cozinhando Histórias: receitas, histórias e mitos de pratos afro-brasileiros”,
com fotografias de Pierre Verger. (FREGONESE, COSTA e SILVA, 2015), escrito por
ela em conjunto com as outras duas colaboradoras, uma delas, a professora de culinária,
que replica com as crianças, os pratos referidos nas histórias.
Além disso,
entre suas viagens pelo mundo, tem participado de eventos, palestras e feiras literárias,
difundindo as histórias afro-brasileiras ao redor do mundo. Em uma dessas viagens,
ao Benin, recebeu menção de griote de autoridades religiosas do país. No
entanto, quando perguntada sobre qual a maneira gostaria mais de ser reconhecida,
se como vovó, mestre de tradição ou griô, com a humildade que é peculiar a ela e
aos grandes nomes da literatura oral brasileira, ela explica que o seu grande objetivo
é que as suas histórias cheguem às crianças e ao maior número de pessoas possível.
Já que, segundo ela: “Uma coisa que tenho muito amor, é a nossa ancestralidade,
é não esquecer os nossos saberes, porque um povo sem memória, não tem alma”. [2]
4. Considerações
finais
A notoriedade
da importância do trabalho de contação de histórias de vovó Cici, deu origem a diversas
pesquisas acadêmicas na área de literatura, artes, cultura e educação, tendo se
tornado objeto de estudo das autoras desse artigo, mestranda e orientadora. Pretende-se
durante o decorrer do referido estudo de mestrado em Literatura, perceber a importância
do contar histórias afro-brasileiras para a valorização da memória cultural do país.
Tendo como
referência a trajetória de vida e profissional de vovó Cici, o presente estudo buscará
construir registros acerca das histórias contadas por ela, inicialmente tendo o
objetivo de criação de acervo dessas histórias. Além disso, a parte inicial dessa
pesquisa, está focada na criação de um estado da arte sobre a contadora, com ênfase
nos trabalhos acadêmicos já escritos sobre ela, tendo encontrado referências desses
estudos em áreas como artes, antropologia, literatura, educação e antropologia.
Acredita-se que essa pesquisa seja de fundamental
importância para o campo da literatura, uma vez que trará contribuições para a área
em duas perspectivas principais: a primeira seja a da criação de um acervo de histórias
afro-brasileiras, especificamente trabalhadas pela griô vovó Cici, tomando como
referência o vasto repertório narrado por ela. E a segunda no sentido de contribuir
para a preservação de estudos sobre os mestres da tradição, contadores de história
oral, ampliando a visibilidade sobre eles e reconhecimento por meio de estudos biográficos,
objetivando a preservação da memória viva sobre esses mestres e mestras.
NOTAS
1. Fatumbi
significa renascido para Ifá ou aquele que renasce para Ifá.
2. Entrevista
ao site do museu da pessoa.
Referências
BARZANO, Marco
A. L. Griôs: dobras e avessos de uma ONG. Feira de Santana: UEFS editora, 2013.
BOULER, Jean Pierre Le. Pierre Fatumbi Verger:
um homem livre. Fundação Pierre
verger, 2002.
FORD, Clyde. O herói
com rosto africano: mitos da África. Tradução Carlos Mendes Rosa. São
Paulo: Summus, 1999.
FREGONEZE, Josmara;
SILVA, Nancy de Souza e; COSTA, Marlene Jesus da. Cozinhando Histórias:
Receitas, Histórias e Mitos de pratos afro-brasileiros. Ed. Fundação Pierre Verger,
Salvador, 2015.
GRAVINA, Roberta
e BARADEL, Alex. Sua História. Entrevista com Dona Cici realizada em 19 de agosto
de 2015. Disponível em: http://www.pierreverger.org/br/pierre-fatumbi-verger/textos-e-entrevistas-online/verger-pelos-olhos-de/dona-cici-agosto-2015/sua-historia.html. Acessado em: 06 mar.
2020.
HALE, Thomas A. Griots and Griottes: masteres of words
and music. Bloomington: Indiana
University Press, 2007.
LARAIA, Roque de
Barros. Cultura, um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
14ª ed. 2001.
LÜHNNING, Ângela.
Fotografando
Verger. Col. Memória e História. Companhia das letras. 2011.
SILVA, Celso Sisto.
Do griô ao vovô: o contador de estórias tradicional africano e suas representações
na literatura infantil. Dossiê voz e interculturalidade. Nau
literária: crítica e teoria de literaturas. Porto Alegre, vol. 9jan/jun de 2013.
ZUMTHOR, Paul.
Performance,
recepção, leitura. São Paulo: EDUC, 2000.
___. Introdução à poesia oral. Belo Horizonte: UFMG, 2010.
LANA LULA AMORIM.
Mestranda em Literatura pelo PROGEL/UEFS. E-mail: lana_lula@yahoo.com.br.
LUCIENE SOUZA
SANTOS. Doutora em Educação pela UFBA, professora adjunta da UEFS. E-mail:
lucienesantoz@gmail.com.
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Número 190 | dezembro de 2021
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