segunda-feira, 14 de agosto de 2017

JACOB KLINTOWITZ | Inos Corradin: o ilusionista na estrada


Em Inos Corradin todo mar é lua e toda lua é sonho.
Todas as coisas querem ser preservadas até a eternidade. Aliás, se a eternidade existe, tudo é eternidade, inclusive o que deseja se tornar eternidade. É tão persistente a sobrevivência de certas técnicas, como a pintura, e de algumas formas artísticas, que penso que elas fazem parte deste duplo, o desejo de ser eterno e o oceano de eternidade.
Em apoio à complexidade do seu personagem principal, a alma manifesta do trabalho de Inos Corradin, aquele que o acompanha desde sempre, o Ilusionista, o mágico, este artista da transformação e das aparências, existem relatos ancestrais, narrativas míticas de sua onipresença, pois o Ilusionista é um ser especial e sagrado. A primeira carta do Tarô é o Ilusionista. É ele que oficia o diálogo entre o céu e a terra. O Ilusionista canaliza o fluxo luminoso entre o Homem e o Divino.
Talvez Inos Corradin pertença ao grupo restrito de profetas, aqueles que denunciam os poderosos e as práticas convencionais e amortecedoras e preveem as desgraças futuras.
Ou, talvez, seja só um pintor poeta, e esteja entre aqueles cuja obra pretende traçar um mapa do labirinto incompreensível e indecifrável onde estamos: a nossa vida neste universo constituído de formas que englobam formas e de presenças que não vemos e só deduzimos. Este universo que ora nos parece sem sentido, ora nos parece fruto de um plano perfeito. Um mapa poderia nos indicar o sentido ou, com menor ambição, ao menos, a saída do labirinto. E este guia que nunca será concluído pelo artista, e o seu impossível desejo de criar a cartografia terrena e a cartografia cósmica, pode ser o seu segredo maior.
“À noite, desenho. De dia, pinto o desenho”, costuma declarar o artista Inos Corradin.
Longe do ateliê, distante de obrigações, prazos, auto exigências, projetos e metas, visitas de colecionadores, divulgação de seu trabalho, respostas às contínuas solicitações de amigos, organização temática de exposições, dificuldades cotidianas, Inos Corradin fica entregue aos seus solilóquios, à lembrança de sua pregressa vida aventurosa, à leitura de ficção e história, e ao desenrolar espontâneo dos seus pensamentos. Inos filosofa. É neste momento que ele desenha e planeja a sua pintura do dia que virá. À noite, o raciocínio, o discernimento, a capacidade de estabelecer os limites, o contorno dos objetos, das paisagens, dos personagens. A cada noite a sua meditação. De dia, a emoção de colorir o mundo, de dar vida ao pensamento, de permitir que a emoção aflore, que o amor domine tudo e o que pensou, o que desenhou, se torne pintura e sensação do mundo. A cada alvorecer, o sentimento do universo.
É fascinante observar como os fios que o pintor Inos Corradin urdiu criaram personagens tão vivos, atuais e dotados do encantamento lírico que os últimos quinhentos anos de história da arte agregaram ao nosso psiquismo. Os seus mágicos, equilibristas, músicos, cantores, mímicos – ilusionistas - artistas itinerantes, seres sem pouso certo e que percorrem estradas apenas pressentidas, são quase os mesmos que no século XV percorriam o interior da Itália e divertiam e deslumbravam as pessoas com a sua arte encantatória e que criaram a lendária Commedia d’ella Arte.
Hoje estes artistas ambulantes e a sua arte  fundada no improviso e no humor rascante são o emblema da cultura antiacadêmica e o antípoda do naturalismo. O mundo contemporâneo ama e anseia por esta ação artística filha do eterno presente.
Muitas das atuais atividades culturais, consideradas renovadoras ou revolucionárias, tais como a performance nas artes visuais, os programas humorísticos televisos, o teatro que convida a participação do público, alguns programas de auditórios,  guardam estreita ligação com o espirito da Commedia d’ella Arte.
A afinidade temática e principalmente o espirito impregnado e subjacente na obra de Inos Corradin nos faz recordar, apenas para exemplificar, inúmeros artistas e obras, como a “Família de saltimbancos”, do espanhol Pablo Picasso, pintada em 1905. Esta pintura é emblemática dos artistas nômades, da calma integração entre eles, da cumplicidade que emerge do exercício da criatividade e da fantasia característica de suas roupas mesmo quando estão em repouso.
Ou o casal de artistas itinerantes, na sua carroça – transporte, residência e palco numa unidade espaço-temporal – no filme “Sétimo Selo”, do sueco Ingmar Bergman. É neste tosco e sublime continuum que se dá o confronto com a morte, como destino inelutável, e a consciência da fugacidade da vida, como identificação com o fluir da natureza. E é nesta aventura nômade e errática, aparentemente sem destino certo, que o destino de manifesta concretamente e o jovem casal de atores se torna o símbolo da continuidade e o seu bebê é como o marco do renascimento do ser e memória pastoril do paraíso.
Neste contexto, é significativo citar o filme “La Strada”, do italiano Federico Fellini, de 1954, centrado num artista circense ambulante, protagonista da mais bruta encenação que é a de quebrar correntes amarradas ao corpo; e, como outra polaridade, na mais doce e evanescente musa inventada pela arte cinematográfica, Gelsomina- Giulietta Masina. É a equação mais comovedora já filmada: a brutalidade do artista rompedor de correntes, Zampanó-Anthony Quinn, o sonho lírico de Gelsomina e o palco na rua para um público atraído pelo acaso, numa cena artística sem prévia existência e sem ponto de referência, salvo a de apresentar uma rude manifestação da força bruta sem elaboração.
Ou o mito americano, tão presente, do horizonte distante e libertário, núcleo do épico no cinema do faroeste e raiz da literatura on the road. É tão forte este mito com a saga da aventura e o movimento em direção ao desconhecido que o cinema americano criou uma das mais importantes narrações épicas do século vinte.
A literatura americana tem muitos relatos do homem sem raiz, cujo destino se realiza no movimento. O movimento em direção ao desconhecido é símbolo americano da liberdade do ser, da vida que se faz ao experimentar. Talvez, já que citamos alguns filmes, possamos elencar o filme Easy Rider, de 1969, escrito por Peter Fonda e Denis Hopper, dirigido por Hopper, que narra o percurso de dois motociclistas pelo sul e sudoeste americano, como marco da contracultura. Os americanos têm a sabedoria artística de narrar uma aventurosa história cotidiana, sem solenidade, que poderia ser banal, ou ridicularmente obsessiva, e que, no entanto, é capaz de contar sobre a vida humana e social de forma única.
O cineasta alemão Werner Herzog empreendeu uma extraordinária caminhada de Paris a Munich em favor da recuperação da saúde da historiadora Lotte Eisner. Esta caminhada na neve foi registrada em seu livro “Walking on ice”. Um caminhar votivo para influenciar os deuses a salvar a vida da amiga Lotte.
O seminal escultor romeno Constantin Brancusi empreendeu uma caminhada de sua terra natal até Paris. Neste caso, a julgar pela genialidade da sua obra, os deuses atenderam ao mudo apelo do artista.
O poeta Arthur Rimbaud, o mais jovem gênio literário – dezessete anos! - que a humanidade conheceu até hoje, caminhava entre cidades. Uma maneira de pensar sem amarras. Ele chegou a desenvolver certa metodologia sobre o caminhar onde fica explicito que considerava caminhar um exercício de liberação criativa.
O escritor armênio William Saroyan, nos Estados Unidos, escreveu um conto famoso, “O alegre rapaz do trapézio”, no qual narra uma viagem interior, um sonhar acordado, de um jovem escritor que morria de fome. O imaginário ato do trapézio é provavelmente o último gesto do ilusionista que habita nele.
Acredito que valha a pena lembrar os poetas japoneses do Hai Ku do século XVII e XVIII, Bashô, Buson, Issa, Moritake, Ryota, entre tantos outros. Eram errantes, improvisadores e mestres do zen-budismo. Eram iluminados e nos iluminaram. A sua poesia essencial, não racionalista e dedutiva, fundada em relações intuitivas e perceptivas sobre a natureza e o ser, sobre o transitório e o eterno, no seu período áureo constituída de 5,7 e 5 silabas, hoje têm grande influência na nossa literatura.
Esses e centenas de outros artistas buscaram os fios no mesmo tear que alimentou Inos Corradin.

A produção de Inos Corradin, aos 85 anos é esfuziante e certamente ele é um exemplar extremo do artista que cria por prazer. Não há angústia na sua pintura. O seu domínio do ofício é também raro, pois ele pinta à semelhança dos velhos mestres. Aliás, é curiosa uma época na qual temos que destacar como virtude o que parece a obrigação mínima de qualquer profissional.
A iconografia do artista está centrada na paisagem e na figura humana quando travestida na sua função poética de propiciadora de lirismo, o que explica a quantidade de atores, músicos, malabaristas, trajes característicos, instrumentos musicais, cenas teatrais. Ele também, o artista Inos Corradin, está próximo de Eros e Orfeu e os cultua, pois ao pintar cria cenas e personagens vitais, uma espécie de embriaguez sagrada permanente. Inos elabora uma teia vital. E esta vida criada é a do mito, da narração do percurso, da descrição do caminho e do amor ao caminhante.
A partir desta proposta essencial, o artista se detém nas vilas e casarios e nas paisagens e nelas, antes de tudo, temos o espaço aéreo, o céu, como personagem. De certa maneira, o conceito de elevação simbolizado pela ação artística, pelos artistas, pelos emblemas populares como as bandeiras, os pequenos núcleos de moradia, a paisagem dominada pelo céu, é o que determina a pintura e a escultura de Inos Corradin. Refinamento pela poética da ação artística e o espaço celeste marcante como ascensão.
É possível que a pintura de Inos Corradin, como parte da melhor arte da nossa época, possa ser entendida como um momento anárquico de rejeição de padrões institucionais marmóreos e estáticos e, neste caso, é igualmente a rejeição do que hoje é institucionalmente aceito como arte. Mas é, antes de qualquer outra coisa, um gesto pessoal de fidelidade à arte como poética e a certeza de que a humanização do ser humano não pode prescindir da vivência estética.
Todas as coisas querem ser preservadas até a eternidade. Aliás, se a eternidade existe tudo é eternidade, inclusive o que deseja se tornar eternidade. É tão persistente a sobrevivência de certas técnicas, como a pintura, e de algumas formas artísticas, que penso que elas fazem parte deste duplo, o desejo de ser eterno e o oceano de eternidade.

Spinoza entendeu que todas as coisas querem perseverar em seu ser; a pedra eternamente quer ser pedra e o tigre um tigre. Eu devo ficar em Borges, não em mim (se é eu sou alguém), mas me reconheço menos em seus livros que em muitos outros ou na elaborada vibração das cordas de uma guitarra.

[“Borges y Yo”. El hacedor. 1960. Editora Emecé.]

As coisas querem permanecer. Queremos continuar.
Da mesma maneira, o infinito, se ele existe e se nós conseguimos concebê-lo e não só falar sobre ele, o que é duvidoso, ele é tudo, o antes e o depois, e nós, os que desejamos, somos infinito. E, na arte, talvez, exista este mesmo desejo. Não apenas o escultor desejar ser lembrado até o fim dos tempos, ou o pintor ser recordado por sua grandeza pictórica. Mas a escultura quer permanecer. A pintura quer permanecer. Todas as coisas, em razão da mitificação idólatra do conceito de vanguarda, têm as suas existências sob ameaça. Existem sempre novos decretos, em forma de manifestos, que afirmam, que desejam, que fingem para si mesmo e para os outros, que as coisas morreram e devem ser substituídas por uma nova ordem. O cinema matou o teatro. A gravura matou a pintura. A impressão off set matou a gravura. A holografia matou a escultura. O cubismo matou a pintura. A performance matou o desenho. E, no entanto, todas as coisas estão vivas, continuaram a existir. O happening matou a arte. E todas as coisas mataram a paisagem e a figuração. Mas o mundo é figurativo. Até o vazio, a moldura do vazio, o pleno em torno que evidencia o vazio central, aquele momento de ausência entre presenças, um ponto. A ausência é figurativa. O ponto é o todo. E as coisas resistem, continuam a viver e até, ao contrário do prognóstico, crescem. Há hoje mais pintores do que em qualquer período anterior. O instantâneo fotográfico não matou a pintura, apenas fez com que aparecessem mais fotógrafos.
A paisagem de Inos Corradin não é a mesma vista por Adão. Ela não é a primeira paisagem vista pelo primeiro homem sobre a face da Terra.
Sob esta lua que se duplica no espelho do mar miríades de homem soluçaram ou suspiraram. O halo luminoso que a cerca está impregnado de emoções ancestrais.
A lua de Inos é branca, leitosa e feita de tantas cores é paradoxalmente dourada.
Na sua paisagem é comum o espelhamento, a duplicação, o enigma do duplo: o que é, é igual, mas invertido, em sua projeção.
Não só o duplo nos traz as reflexões sobre a multiplicação das imagens, mas é constante a presença do navio, da barca, este símbolo da viagem e de ligação entre dois mundos. O Barco de Caronte. A barca dos mortos é encontrada em todas as civilizações. Na Oceania os mortos são transportados por barcas solares. No Egito a barca sagrada descia para doze regiões do mundo inferior.
A sacralidade da vida e da natureza. O caráter atemporal das aldeias e o mar sagrado por onde Ulisses conheceu os segredos.
O cotidiano para Inos Corradin adquire uma notável identidade. De certa maneira, ao imaginar ou colher um fragmento, o paisagista inventa a paisagem: ele acorda a memória do Paraíso. O que ele nos apresenta é o mundo que ele sonhou e o que nos deslumbra é que nós, ao contemplar uma imagem criada, com a sua artificialidade, e por isto mesmo, contemplamos o mundo pela primeira vez. É por esta razão que a paisagem pictórica pode nos comover: é a primeira vez que encontramos este recanto e nem sabíamos que esta era a nossa casa.
Em Inos todo mar é lua e toda lua é sonho e a sua paisagem não foi contemplada por Adão, mas nós a vemos como se fôssemos Adão.
Aos quatorze anos Inos Corradin esteve na resistência italiana na luta contra o nazismo. Na Segunda Guerra Mundial todas as correntes políticas se uniram contra o que consideravam a ocupação da Itália por um exército estrangeiro. Inos participa da luta nacional e tem, em razão de sua pouca idade, a função de estafeta. A sua bicicleta tinha um dos canos adaptado para esconder correspondência e ele percorre a região estabelecendo elos entre os diversos grupos e a liderança da resistência. Como guerrilheiro o jovem é ferido três vezes. Até hoje Inos Corradin carrega consigo a sua carteira de “Partigiani” emitida pelo governo italiano.
Por descuido, fatalidade ou acaso, Inos Corradin ficou cego de um dos olhos devido a um glaucoma mal tratado. Ele trata do assunto, que poderia ser alarmante já que se trata de um pintor que percebe o mundo com os seus olhos, com tranquilidade ou resignação. De maneira sub-reptícia ele nos indica que não percebe o mundo apenas com os olhos. E se junta à ilustre linhagem  dos que ficaram ou nasceram cegos, como Tirésias, Édipo, Homero, John Milton, Borges, Didimo, Andrea Bocelli, Galileo Galilei, Joaquim Rodrigo. Tirésias era cego, mas enxergava o futuro. Édipo se cegou para olhar para dentro. E Borges, com a sua cegueira genética e progressiva, descreveu a visão dos cegos.
Inos tem comprometimento com certas causas que considera inexoráveis. Mais do que justas, para o artista, existe a fidelidade à sua própria natureza. Na sua obra é forte o sentimento da existência do destino: o ser se depara com encruzilhadas e diante delas tem a oportunidade de optar por ser igual a si mesmo ou de trair a sua natureza. O conflito consiste, no seu modo de ver, seja por que razão for, na negação. Algumas pessoas estão comprometidas com o impossível, imbuídas do desejo de ultrapassar os limites, de ser fiel ao objetivo idealizado. Para Inos Corradin a questão é mais simples, pois é suficiente a harmonia, estar com o que é semelhante a si mesmo. A serenidade na sua pintura, a ausência de ruído e de conflito, corresponde ao seu modo de considerar o percurso como um destino. Para ele a Esfinge sempre colocará uma pergunta elementar, já que se trata de ter a própria identidade, independente das tendências sociais e das formulações filosóficas dominantes.
A identificação do artista com o “Palio” (Estandarte), o que resultou em inúmeras pinturas, é igualmente a ligação com a origem, especialmente a de sua região, como é comum na Itália. E a simbolização do jogo de cavaleiros, as bandeiras, os emblemas de várias regiões e bairros, a corrida em volta da praça, a homenagem a Nossa Senhora, da maneira de sentir o universo de Inos, sempre uma construção humana linguística, uma articulação civilizatória.
O jogo medieval. A competição. As formas visuais: as bandeiras, as roupas, os cavalos, a circularidade do percurso em torno de um centro, o significado da praça como espaço público.
O Palio di Siena é uma corrida de cavalos na Piazza del Campo, no centro da cidade italiana de Siena que ocorre nos dias 2 de julho e 16 de agosto, desde o século XVII, em honra a Nossa Senhora. Um total de 17 bairros participam desta corrida, que desfilam pela praça “Piazza del Campo”. Somente dez cavalos e cavaleiros participam da corrida, sempre com a suas cores expressas nas roupas e nos estandartes. Ao fim, o cavalo que chegar na frente, mesmo que o cavaleiro tenha caído, é o vencedor e o troféu é um Palio/Estandarte.
Na série de pinturas do Palio Inos Corradin utiliza formas próximas da abstração, com ênfase absoluta no jogo visual e no contraste de planos. Aqui, para o artista, o que importa é a inebriante sensação de estar entre cores e formas e movimentos. De resto, se considerarmos o seu longo percurso artístico, o seu mergulho nas formas visuais e no modo de fazer arte e improvisações do século dezessete, na permanente opção pelos mágicos, atores, músicos, ilusionistas nômades, estaremos diante do mesmo espírito de imersão nas formas, nas cores e no movimento. Para Inos Corradin tudo se resume a ser igual à sua própria natureza e inventar formas transcendentes, por deslumbrarem, situadas no vir a ser, nas mutações das aparências, entre universos, no palco do ilusionista.


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Organização a cargo de Floriano Martins © 2017 ARC Edições
Floriano Martins é poeta e ensaísta, editor de Agulha Revista de Cultura
Página ilustrada com obras de Inos Corradin
Foto de JK © Pedro Sgarbi
Imagens © Acervo Resto do Mundo / Acervo particular Jorge Mello
Esta edição integra o projeto de séries especiais da Agulha Revista de Cultura, assim estruturado:

1 PRIMEIRA ANTOLOGIA ARC FASE I (1999-2009)
2 VIAGENS DO SURREALISMO, I
3 O RIO DA MEMÓRIA, I
4 VANGUARDAS NO SÉCULO XX
5 VOZES POÉTICAS
6 PROJETO EDITORIAL BANDA HISPÂNICA
7 VIAGENS DO SURREALISMO, II
8 O RIO DA MEMÓRIA, II
9 ACAMPAMENTO MUSICAL

A Agulha Revista de Cultura teve em sua primeira fase a coordenação editorial de Floriano Martins e Claudio Willer, tendo sido hospedada no portal Jornal de Poesia. No biênio 2010-2011 restringiu seu ambiente ao mundo de língua espanhola, sob o título de Agulha Hispânica, sob a coordenação editorial apenas de Floriano Martins. Desde 2012 retoma seu projeto original, desta vez sob a coordenação editorial de Floriano Martins e Márcio Simões.

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