quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Agulha Revista de Cultura # 263 | dezembro de 2025

 

∞ editorial | Antes que cheguem os deuses postiços

 


 01 | Chegamos ao final de 2025, tendo realizado o propósito com que, desde janeiro, definimos: a redução de nossa periodicidade, que passou de mensal para trimestral, permitindo a criação de dois projetos paralelos, as séries DOCUMENTA – dedicada à poesia brasileira e que se desdobra nas páginas virtuais de algumas outras revistas amigas – e CODINOME ABRAXAS – edições monotemáticas através das quais declaramos homenagem a outras publicações e eventos. Ou seja, o que porventura parecia ser uma redução de atividade editorial assumiu a forma de uma corrente de desdobramento de todo um espectro altruísta que tem caracterizado a revista desde o princípio. Por onde passa o homem com o signo alucinante das descobertas, ao tocar sombras e objetos, animais e centelhas, o faz com um desafio poético, e com a voraz curiosidade da infância. Certamente é este o espírito com que editores e colaboradores da Agulha Revista de Cultura tecem a cada número um verdadeiro labirinto espiritual cuja senha de saída se encontra no próprio corpo de cada um de seus visitantes. Um labirinto que se revela na medida em que é percorrido, como a trilha que nos leva ao conhecimento de nós mesmos. Cada matéria representa uma espécie curiosa de Oráculo que nos conduz a um tipo de clareza sugestiva, a indicação de outros caminhos, a formação quase impulsiva de outros afluentes da linguagem. Assim nos comunicamos com o tempo e o espaço. Assim a nossa revista é testemunha e cúmplice do próprio tempo, no sentido de identificar as suas chagas e torná-las vultosas fogueiras de uma nova magia que nos ensina a respirar, a viver, a criar. Graças a esta atenção constante à revitalização de cada gesto, de cada movimento, é que fomos nos encontrar com a artista Brianda Zareth Huitrón (México, 1990), uma sugestão de nosso querido colaborador, Ricardo Echavarri. Sua obra implica nesse permanente realinhamento dos corpos dispersos da linguagem, uma pintura que toca a história e acende novos olhares sobre seu corpo descrito. A linha essencial de seus efeitos plásticos encontra no Surrealismo uma tática de renascimento, sem limitar a criação a algum tipo de submissão ao já existente. Essa amplitude de recursos, que permitem um movimento perpétuo na corrente humana, seduz a todos que se aproximem de sua pintura, a obra ao mesmo tempo onírica e reflexiva de Brianda Zareth Huitrón, o que faz dela a artista convidada desta edição de Agulha Revista de Cultura.

 


 02 | Hemos llegado al final de 2025, tras haber alcanzado el objetivo que nos propusimos en enero: reducir nuestra frecuencia de publicación de mensual a trimestral, lo que permitió la creación de dos proyectos paralelos: la serie DOCUMENTA, dedicada a la poesía brasileña y presente en las páginas virtuales de varias revistas colaboradoras, y CODINOME ABRAXAS, ediciones monotemáticas con las que rendimos homenaje a otras publicaciones y eventos. En otras palabras, lo que podría parecer una reducción de la actividad editorial ha tomado la forma de una reacción en cadena que despliega todo el espectro altruista que ha caracterizado a la revista desde sus inicios. Allá donde el hombre va, con el alucinante signo del descubrimiento, tocando sombras y objetos, animales y chispas, lo hace con un desafío poético y la voraz curiosidad de la infancia. Este es, sin duda, el espíritu con el que los editores y colaboradores de Agulha Revista de Cultura tejen, en cada número, un verdadero laberinto espiritual cuya contraseña de salida reside en el propio cuerpo de cada uno de sus visitantes. Un laberinto que se revela al recorrerlo, como el camino que nos lleva al autoconocimiento. Cada tema representa una curiosa especie de Oráculo que nos guía hacia una claridad sugestiva, indicando otros caminos, la formación casi impulsiva de otros afluentes del lenguaje. Así, nos comunicamos con el tiempo y el espacio. De esta manera, nuestra revista es testigo y cómplice del tiempo mismo, al identificar sus heridas y convertirlas en hogueras rebosantes de una nueva magia que nos enseña a respirar, a vivir, a crear. Gracias a esta constante atención a la revitalización de cada gesto, de cada movimiento, conocimos a la artista Brianda Zareth Huitrón (México, 1990), una sugerencia de nuestro querido colaborador, Ricardo Echávarri. Su obra implica esta realineación permanente de los cuerpos dispersos del lenguaje, una pintura que toca la historia y enciende nuevas perspectivas sobre su cuerpo descrito. La línea esencial de sus efectos plásticos encuentra en el surrealismo una táctica de renacimiento, sin limitar la creación a ningún tipo de sumisión a lo ya existente. Esta amplitud de recursos, que permite un movimiento perpetuo dentro de la corriente humana, seduce a todo aquel que se acerca a su pintura, obra a la vez onírica y reflexiva de Brianda Zareth Huitrón, lo que la convierte en la artista invitada de esta edición de Agulha Revista de Cultura.

 


 03 | We have reached the end of 2025, having achieved the goal we set for ourselves in January: to reduce our publication frequency from monthly to quarterly. This allowed for the creation of two parallel projects: the DOCUMENTA series, dedicated to Brazilian poetry and featured on the websites of several collaborating magazines, and CODINOME ABRAXAS, single-issue editions with which we pay homage to other publications and events. In other words, what might have seemed like a reduction in editorial activity has taken the form of a chain reaction that unfolds the full spectrum of altruism that has characterized the magazine since its inception. Wherever humankind goes, with the hallucinatory sign of discovery, touching shadows and objects, animals and sparks, it does so with a poetic challenge and the voracious curiosity of childhood. This is, without a doubt, the spirit with which the editors and contributors of Agulha Revista de Cultura weave, in each issue, a true spiritual labyrinth whose password for exit lies within the very body of each of its readers. A labyrinth that reveals itself as we explore it, like the path leading to self-knowledge. Each theme represents a curious kind of oracle, guiding us toward a suggestive clarity, pointing to other paths, the almost impulsive formation of other tributaries of language. Thus, we communicate with time and space. In this way, our magazine is both witness and accomplice to time itself, identifying its wounds and transforming them into bonfires overflowing with a new magic that teaches us to breathe, to live, to create. Thanks to this constant attention to the revitalization of every gesture, every movement, we discovered the artist Brianda Zareth Huitrón (Mexico, 1990), a suggestion from our dear contributor, Ricardo Echávarri. Her work involves this permanent realignment of the scattered bodies of language, a painting that touches history and ignites new perspectives on its described body. The essential line of her plastic effects finds in surrealism a tactic of rebirth, without limiting creation to any kind of submission to what already exists. This breadth of resources, which allows for perpetual movement within the human current, seduces everyone who approaches her painting, a work that is both dreamlike and reflective by Brianda Zareth Huitrón, which makes her the guest artist of this edition of Agulha Revista de Cultura.

Los Editores 

 


 
 

∞ índice

 

BASILIO BELLIARD | Christopher Domínguez Michael – Entre la historia, la crítica literaria y las ideas

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/basilio-belliard-christopher-dominguez.html

 

BERTA LUCÍA ESTRADA | Marguerite Yourcenar detrás de bambalinas

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/berta-lucia-estrada-marguerite.html

 

CÉSAR BISSO | La infancia como aprendizaje de vida y desafío poético

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/cesar-bisso-la-infancia-como.html

 

ELYS REGINA ZILS & FLORIANO MARTINS | Diálogo com Paulo Antonio Paranaguá

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/elys-regina-zils-floriano-martins.html

 

FEDERICO RIVERO SCARANI | Una interpretación del cuento “Intrusos” de Carlos Pessoa Rosa

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/federico-rivero-scarani-una.html

 

FLORIANO MARTINS | Atenção ao Surrealismo de Nelson D!Paula

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/floriano-martins-atencao-ao-surrealismo.html

 

JACOB KLINTOWITZ | Diálogos com o Oráculo

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/jacob-klintowitz-dialogos-com-o-oraculo.html

 

LUCAS FIER | Austin Osman Spare – Automatismo e magia

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/lucas-fier-austin-osman-spare.html

 

MIRIAN PINO | Ficción y crónica anarcobarroca en Impuesto a la carne (2010), de Diamela Eltit

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/mirian-pino-ficcion-y-cronica.html

 

RICARDO ECHÁVARRI | Antonin Artaud: arte y locura en van Gogh

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/ricardo-echavarri-antonin-artaud-arte-y.html 

 

Libreto # 14

 

ELYS REGINA ZILS | A mística da travessia Noturna – Sobre Noturno/Precipício, de João Antonio Bezerra Neto

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/elys-regina-zils-mistica-da-travessia.html

 

FLORIANO MARTINS | A história e suas lições de abismo – Sobre Artífices da história (Org. Helder Remigio de Amorim e Evaldo Costa)

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/floriano-martins-historia-e-suas-licoes.html

 

FLORIANO MARTINS | Sobre Druida, de Marosa di Giorgio

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/floriano-martins-sobre-druida-de-marosa.html

 

BERTA LUCÍA ESTRADA | La vida infausta del negro Apolinar, de León Valencia

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/berta-lucia-estrada-la-vida-infausta.html

 

GUILLERMO RUIZ PLAZA | Entre la pérdida y la invención: El mundo perdido de Alex Aillón Valverde

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/guillermo-ruiz-plaza-entre-la-perdida-y.html

 

MARIA EMANUELLE CARDOSO | Inventando cidades com Diana Luz Neves

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/maria-emanuelle-cardoso-inventando.html 

 

SARAH GONZALES AÑEZ | A la luz de Roxana Miranda Rupailaf, Kewakafe es más que un especialista en guerra

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/sarah-gonzales-anez-la-luz-de-roxana.html 

 

DOCUMENTA Poesia brasileira

 

LUÍS DELFINO (1834-1910)

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/luis-delfino-1834-1910.html

 

PAULO EIRÓ (1836-1871)

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/paulo-eiro-1836-1871.html

 

AUGUSTO MEYER (1902-1970)

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/augusto-meyer-1902-1970.html

 

ZILA MAMEDE (1928-1985)

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/zila-mamede-1928-1985.html

 

HILDA MACHADO (1951-2007)

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/12/hilda-machado-1951-2007.html

 

  



Brianda Zareth Huitrón


Agulha Revista de Cultura

Número 263 | dezembro de 2025

Artista convidada: Brianda Zareth Huitrón (México, 1990)

Editores:

Floriano Martins | floriano.agulha@gmail.com

Elys Regina Zils | elysre@gmail.com

ARC Edições © 2025


∞ contatos

https://www.instagram.com/agulharevistadecultura/

http://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/

FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com

ELYS REGINA ZILS | elysre@gmail.com

 




Nenhum comentário:

Postar um comentário