quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

ELYS REGINA ZILS & FLORIANO MARTINS | Diálogo com Paulo Antonio Paranaguá

 


PAULO ANTONIO PARANAGUÁ (Brasil, 1948). Jornalista, ensaísta, cineasta, participou do movimento surrealista em São Paulo e Paris. Realizou cursos de cinema no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e dirigiu o curta-metragem Nadja (1966). Autor de Arturo Ripstein: La espiral de la identidad (Cátedra/Filmoteca Española, Madri, 1997). E agora volta a surpreender a todos com a edição primorosa de História da América Latina em 100 fotografias (Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2025). Logo na apresentação o autor considera as perspectivas de afirmação e negação da própria terminologia que define a região como também os obstáculos mais incisivos de uma ausência de maior relação entre os países de línguas espanhola, francesa e portuguesa, deduzindo que abordar a evolução da América Latina e do Caribe em termos de história conectada não é um luxo, mas uma necessidade. Esclarece ainda que a história das Américas não começou nem com a invenção e expansão da fotografia, na década de 1840, nem com a chegada dos europeus, no século XV, lembrando que a fórmula editorial adotada em seu livro – uma história da América Latina, incluindo o Caribe, em 100 fotografias – tende inevitavelmente a privilegiar a história contemporânea. Consagra então, no decorrer de um estudo introdutório, uma depurada leitura crítica do desenvolvimento histórico-cultural da América Latina e as relações possíveis com a fotografia, como inquestionável fonte reveladora dos mais decisivos fatos, definindo, no parágrafo final que reproduzimos na íntegra, o que se segue:

 

Este livro é uma defesa e uma ilustração da fotografia como fonte relevantíssima para a história e ao mesmo tempo uma homenagem aos profissionais das lentes. Nossa seleção inclui procedimentos e formatos primitivos, como o daguerreótipo e a carte de visite, mas também cartões estereoscópicos, cartões postais e stills (fotos promocionais de filmes), junto a retratos artísticos ou oficiais, posa dos ou flagrantes, reportagens de atualidade e temáticas, registros arqueológicos e antropológicos, imagens para a publicidade, santinhos, fotos extraídas de cinejornais, uma fotomontagem, inclusive um retrato feito para ficha policial. Essa diversidade reflete a evolução da produção, da difusão e dos múltiplos usos da fotografia, arte nobre e popular, pública e doméstica, democrática e moderna, desde que a invenção de Louis Daguerre, o daguerreótipo, foi colocada à disposição do mundo.

 

Sobre a fotografia em si, há aspectos que bem poderiam ser evocados, tais como a necessidade de sintetizar – considerando situações como retratos retocados, fotomontagens, técnicas de sobreposição ou deformação de originais, entre os recursos jornalísticos e artísticos – o significado da fotografia na história da humanidade; ou de que modo a fotografia se ressente, como fonte de uma verdade incontestável, com o ambiente firmado pela arte que eventualmente poderia até mesmo evocar os poderes misteriosos de uma verdade falsificada, considerando o surgimento da colagem – a técnica que tanta atenção despertara no Surrealismo –, ocasião em que a fotografia, fragmentada, passa a incorporar uma outra imagem, resultado da fusão entre partes distintas ou mera aproximação dessas partes, criando uma realidade outra ou apenas sugerindo um outro modo de olhar. Dito isto, e não como uma crítica, apenas como um desejo de ver mais vultosas revelações acerca da importância da fotografia, compreendo que é outra a artéria que resolveu explorar o autor, e que é imensa a sua contribuição para o tema.

Na entrevista a seguir, conversamos sobre preciosos detalhes que ilustram a atenção intelectual de Paulo Antonio Paranaguá, detalhes que definem a cosmovisão que o levou a preparar esta História da América Latina em 100 fotografias. [Floriano Martins, Elys Regina Zils]

 

ERZ | Paulo Antonio Paranaguá, seu novo livro se ergue como uma cartografia visual do continente: cem fotografias para atravessar séculos de tensões, violências, sonhos e resistências. É um projeto de fôlego. Quanto tempo foi necessário para montar essa seleção, que é quase uma arqueologia da memória em imagens? E, sobretudo, qual foi a centelha inicial que o moveu nesse desafio: a ambição de oferecer uma história comparada, ou a necessidade íntima de resgatar a fotografia como documento pleno, que não apenas ilustra, mas pensa e fala por si?

 

PAP | Poderia responder que foram precisos 77 anos de vivência e estudo. Não é um exagero. O primeiro posto do meu pai diplomata foi Buenos Aires. Eu brincava com os soldadinhos de chumbo dizendo “Mis descamisados!”, como Evita Perón. Depois morei cinco anos e meio em Madri: meu melhor amigo era venezuelano, tinha um colega argentino peronista e outro porto-riquenho. Adulto, escolhi meus próprios itinerários à procura do “amor, a liberdade e a poesia”. Estive vários anos na Argentina, na década de 1970, no fim de uma ditadura e começo de outra pior, com algumas visitas ao Chile de Salvador Allende. Acabei preso quase dois anos. Quando me exilei na França, por interesse pessoal e profissional viajei muito pela América Latina. Foi mesmo a paixão da vida inteira. Há quem diga que todo ensaio é autobiográfico.


A primeira versão do manuscrito estava pronta há 7 anos, mas a Lei Rouanet não deu o resultado esperado. Além disso, a negociação dos direitos de reprodução das fotos e a produção do livro foram complicadas. A editora carioca Bazar do Tempo havia publicado uma História do Brasil em 100 fotografias, para a qual escrevi um dos 100 textos. Propus então à Ana Cecilia Impellizieri Martins, dona e alma da editora, uma História da América Latina seguindo o mesmo padrão, mas com uma diferença: em vez de uma obra coletiva, eu seria o único autor da seleção das imagens e dos textos.

A metade dos livros que publiquei são obras coletivas, que organizei e orientei como se fossem minhas. Mas para dar a devida coerência à história latino-americana e caribenha eu precisava do controle completo. Eu queria que os textos e imagens acabassem formando um mosaico em que as peças encaixam, uma visão coerente, em lugar de um caleidoscópio em que as peças dançam ao leu dependendo de quem olha.

A ambição do livro é estimular a conversa sobre a América Latina, insuficiente na opinião pública, na mídia e na academia, e mostrar que a fotografia é uma fonte indispensável para a historiografia.

 

ERZ | No seu livro é ressaltado que a história do continente é muito mais antiga do que o instante em que a fotografia passou a existir, mas escolhe justamente esse meio para narrar. O que há na fotografia que a torna capaz de sensibilizar sobre a nossa própria história? Seria o poder de transformar o passado em presença imediata, de nos forçar a encarar vestígios que ainda gritam? E quanto ao aspecto político, como você avalia o impacto que essas imagens tiveram no momento em que foram produzidas, moldando percepções, legitimando discursos ou contestando-os, e o que acontece quando as revisitamos hoje, em outro tempo histórico, carregadas de novas camadas de sentido?

 

PAP | Se eu tivesse me limitado ao período a partir de 1840, década da expansão da fotografia, teria escrito uma história contemporânea. Era indispensável lembrar que as Américas existiam muito antes inclusive da chegada dos europeus no século XV. Graças ao registro dos descobrimentos arqueológicos do século XIX e começo do século XX, ressalto a importância das civilizações pré-colombianas e da colônia.

A fotografia foi incentivada pelo poder, como no caso do imperador Pedro II ou do déspota mexicano Porfirio Díaz. As fotos adquiriram maior relevância social e contribuíram para forjar a imagem das nações graças às guerras e revoluções. Foram também um instrumento dos antropólogos, dos exploradores e dos catequizadores. As exposições universais do século XIX, o cartão postal e as revistas ilustradas contribuíram ao auge de um mercado internacional da fotografia. A revolução mexicana da década de 1910 foi um acontecimento imagético, com a produção e difusão de milhares (sim, milhares) de fotografias pelo mundo afora.

A fotografia confere à história uma dimensão visual que precisa ser analisada e interpretada, como todo documento: como foi produzida essa imagem, como foi divulgada, qual foi seu impacto? A fotografia não é uma mera cópia da realidade. Ela revela uma visão, tem um olhar por trás da câmera, ela é uma representação do seu tempo, é uma construção social. Por isso mesmo ela é rica, a imagem é por definição polissêmica, ela estimula a subjetividade do observador. Segundo Walter Benjamin, a câmera “nos abre o acesso ao inconsciente visual, assim como a psicanálise nos abriu o acesso ao inconsciente pulsional”. Nesta época de proliferação de imagens fugazes, é bom parar para examinar bem essas fotografias que revelam aspectos desconhecidos ou menosprezados do passado, mas tem a capacidade para dialogar com o presente.

 

ERZ | Paranaguá, no livro você destaca os antagonismos que atravessam a história latino-americana (nacionalismo e cosmopolitismo, tradição e vanguarda, arte e ditaduras) e mostra como a heterogeneidade resiste a qualquer tentativa de criação de um cânon único. Ao mesmo tempo, insere o Brasil nesse panorama, ainda que reconheça o distanciamento histórico e cultural entre brasileiros e seus hermanos. Como a fotografia pode ajudar a pensar a identidade cultural latino-americana diante dessa tensão entre proximidade e estranhamento? O senhor acredita que as imagens podem criar pontes onde a política, a língua e as instituições muitas vezes ergueram barreiras?

 

PAP | De fato, no ensaio inserido no livro como introdução, questiono a existência de um cânon da fotografia latino-americana, sugerido por curadores, exposições e obras da década de 1970 em diante, quando a história da fotografia abriu uma fresta para a produção da América Latina.


O Brasil está hoje menos distante dos países vizinhos, mais consciente da sua inserção regional? Tenho minhas dúvidas, mas acredito que vale a pena dar uma perspectiva histórica à nossa situação no continente. Na minha juventude, o emblema das mazelas e desafios do Brasil era o Nordeste. Hoje em dia é a Amazonia. Ora a Amazonia não é apenas brasileira, ela pertence a 8 ou 9 países, que precisam cooperar para que o desenvolvimento sustentável conte com a participação das populações, começando pelas comunidades indígenas.

A fotografia é uma linguagem universal, não tem fronteiras idiomáticas, ela seduz, surpreende, intriga e aproxima observadores de horizontes diferentes, com diversos graus de formação e cultura. A transparência é uma ilusão de óptica, mas não representa um obstáculo à apreciação e compreensão do espectador.

 

FM | Li o teu livro a todo instante recordando outro, não por similitude, mas sim pela intensa curiosidade que ambas obras me provocaram. Refiro-me à História desconhecida dos homens, de Robert Charroux. No livro do escritor francês, que também se vale dos aspectos reveladores da fotografia, embora não com a mesma intensidade que o teu, logo no prefácio há a seguinte observação: Alguns segredos, que poderiam ter precipitado a evolução da humanidade, foram mantidos secretos durante milênios, com receio de que a sua revelação provocasse um cataclismo. Mesmo considerando a relativamente história do continente americano, em tuas pesquisas chegaste a te deparar com alguns desses segredos?

 

PAP | No livro estão representados os segredos do candomblé, na fotografia de Pierre Verger. Uma das imagens é um cartão postal editado pelos padres salesianos em Lyon (França), em 1937. Encontrei por acaso, um “acaso objetivo” diriam os surrealistas, fuçando num mercado de cartões postais antigos em Paris, uma série destinada a mostrar o trabalho dos missionários na Asia, Africa e América do Sul. O conjunto sobre o Equador ilustra o trabalho numa escola, num centro de saúde, um padre com meninos batizados. De repente, no meio disso aparecem as cabeças reduzidas dos indígenas chamados Jívaros (na verdade, os Shuar). Na minha interpretação, isso ilustra a guerra das imagens que acompanhou a colonização, a catequese e a evangelização. Não era apenas sensacionalismo ou exotismo para chamar a atenção dos fiéis. Essa escolha mostra que o trabalho dos religiosos pretendia trazer a civilização a comunidades selvagens, com costumes bárbaros. Sem respeitar a cosmogonia, o xamanismo e as tradições dos povos originários.

 

ERZ | Muitas das imagens apresentadas, ao contar a história da América Latina, foram produzidas por estrangeiros e hoje repousam em acervos fora do continente. Há aí uma ironia incômoda: parte fundamental da nossa memória visual está mediada pelo olhar do outro e guardada em instituições distantes. Até que ponto esse olhar estrangeiro molda a forma como nos vemos? E o que essa condição revela sobre nossa fragilidade na preservação da própria história, como se ainda dependêssemos do reflexo alheio para reconhecer nosso rosto?

 

PAP | Das 100 imagens do livro, 30 foram feitas por autores não identificados. Algumas provavelmente por latino-americanos, como o retrato policial de Pablo Escobar ou os três retratos do “santinho” das irmãs Mirabal, martirizadas e assassinadas pela ditadura de Trujillo. Das outras 70 fotos, 44 foram feitas por latino-americanos, 14 por europeus e 12 por estado-unidenses.


A produção e a difusão da fotografia foram sempre feitas num ambiente cosmopolita, com muito diálogo entre nativos e estrangeiros. No livro considero a relação entre uns e outros uma questão aberta à discussão. As imagens dos repórteres mexicanos e os que vieram de fora para cobrir a Revolução na década de 1910 são diferentes? As imagens dos fotógrafos estrangeiros atraídos pela Revolução castrista nos anos 1960 valem menos do que aquelas dos cubanos? As imagens do alemão Martin Gusinde na Terra do Fogo são menos autênticas do que as de Martin Chambi nos Andes peruanos?

O problema maior é a ausência em muitos países de instituições públicas e privadas dedicadas à coleta, à conservação, à restauração e à valorização dos acervos fotográficos. Existem alguns arquivos exemplares em Montevidéu e Caracas, no México e no Brasil (o Instituto Moreira Salles). Estamos diante de uma verdadeira emergência patrimonial. Falamos muito em memória, mas não prestamos a devida atenção à preservação das imagens necessárias para a transmissão dessa memória às futuras gerações.

 

FM | Pesquisa feita, texto sendo escrito, me surge uma curiosidade, sobre o elenco de fotógrafos cujo material sugere ou confirma as tuas observações. Graças a este corpo de imagens dás à memória a sua faceta histórica. A curiosidade: como configuraste este elenco?

 

PAP | Numa história da América Latina e o Caribe há assuntos obrigatórios, como as guerras, revoluções, golpes de estado. Não queria escrever uma história puramente institucional ou política. A utilização da fotografia sugere uma abertura para a história cultural, a história das representações e das mentalidades.

Mas é obvio que a escolha das personalidades relevantes e dos fenômenos interessantes deixa maior margem à subjetividade e às afinidades do autor. Por quê tal artista plástico e não outro, ou tal moda musical, decorrem de uma opção autoral, elas podem ser discutidas, assim como acontece com uma antologia de poemas ou de contos. Considero que elas se integram harmoniosamente numa visão histórica que privilegia a complexidade e a diversidade, a história comparada, uma abordagem que procura estabelecer as conexões entre a evolução da América Latina e a história global.

Reparem que os textos que acompanham as imagens não focam apenas aquilo representado, os textos abrem o foco, ampliam a perspectiva, para trás e para a frente, sugerem o movimento que às vezes a fotografia parece congelar num instante passado.

 

ERZ | O livro menciona a trajetória da fotografia desde o daguerreótipo — lento, único, irreprodutível — e vai até os avanços técnicos que mudaram radicalmente nossa relação com a imagem. Hoje vivemos um tempo de fotografia instantânea, “instagramável”, em que a imagem nasce já marcada pela fugacidade e pelo descarte. Diante desse contraste, como você enxerga o papel da fotografia no presente e quais horizontes imagina para o futuro? Ainda será possível que a fotografia carregue densidade histórica e política, ou estamos diante de uma transformação irreversível de sua função?

 

PAP | A Internet e as redes sociais constituem um desafio para os fotógrafos e principalmente para os repórteres que devem lidar com a crise da imprensa. Mas sou otimista, pois tenho visto a criatividade deles e delas diante das situações mais dramáticas, que exigem valor e reatividade. Acho que não é apenas uma questão técnica, é um dilema ético: produzir e difundir imagens capazes de chegar a um público amplo e distraído, solicitado pela superficialidade e o efêmero.




FLORIANO MARTINS (Fortaleza, 1957). Poeta, editor, dramaturgo, ensaísta, artista plástico e tradutor. Criou em 1999 a Agulha Revista de Cultura. Coordenou (2005-2010) a coleção “Ponte Velha” de autores portugueses da Escrituras Editora (São Paulo). Curador do projeto “Atlas Lírico da América Hispânica”, da revista Acrobata. Esteve presente em festivais de poesia realizados em países como Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, El Salvador, Equador, Espanha, México, Nicarágua, Panamá, Portugal e Venezuela. Curador da Bienal Internacional do Livro do Ceará (Brasil, 2008), e membro do júri do Prêmio Casa das Américas (Cuba, 2009), foi professor convidado da Universidade de Cincinnati (Ohio, Estados Unidos, 2010). Tradutor de livros de César Moro, Federico García Lorca, Guillermo Cabrera Infante, Vicente Huidobro, Hans Arp, Juan Calzadilla, Enrique Molina, Jorge Luis Borges, Joaquín Pasos, Aldo Pellegrini e Pablo Antonio Cuadra. Entre seus livros mais recentes se destacam Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad (ensaio, México, 2015), O iluminismo é uma baleia (teatro, Brasil, em parceria com Zuca Sardan, 2016), Antes que a árvore se feche (poesia completa, Brasil, 2020), Naufrágios do tempo (novela, com Berta Lucía Estrada, 2020), Las mujeres desaparecidas (poesia, Chile, 2022) e Sombras no jardim (prosa poética, Brasil, 2023).



ELYS REGINA ZILS (Brasil, 1986). Poeta, artista visual, tradutora. Doutoranda e Mestre em Estudos da Tradução pela PGET/Universidade Federal de Santa Catarina. Possui graduação em Letras-Língua Espanhola e Literaturas e Letras-Português também pela Universidade Federal de Santa Catarina/Florianópolis, Brasil. Se dedica à Literatura Latinoamericana, pesquisando principalmente Vanguardas Literárias e Artísticas com ênfase em Literatura Surrealista Latinoamericana. Editora da Agulha Revista de Cultura (2023), revista criada por Floriano Martins. Tradutora, ao lado dele, de sua trilogia dedicada ao surrealismo, A Bússola do Acaso. Tem sido responsável ainda, parcialmente, pela curadoria e tradução de poetas hispano-americanos para o Atlas Lírico da América Hispânica, da revista Acrobata. A Sol Negro Edições, casa de livros artesanais, publicou Os elementos terrestres, de Eunice Odio, edição bilíngue organizada e traduzida por ela. Atualmente tem em preparação a tradução de livros de Marosa di Giorgio e Olga Orozco, para a mesma Sol Negro Edições. Recentemente criou a Editora Mamma Quilla, cujo catálogo estreia com O dia dos cinco orgasmos (Leila Ferraz), Susana Wald – Visões vertiginosas da criação (ensaio e entrevista, ERZ) e Fragmentos de silêncio (poesia e colagem, ERZ), todos em 2024.



BRIANDA ZARETH HUITRÓN (México, 1990). Originaria de Temascalcingo de José María Velasco, México. Artista plástica y pintora surrealista. Realizó sus estudios de pintura en la Academia de San Carlos en Ciudad de México. Sus múltiples facetas artísticas y personalidad curiosa la llevaron a descubrir el surrealismo, corriente en la que encontraría una manera de comunicarse con el mundo. Plasma interpretaciones poéticas donde lo cotidiano es transformado en una realidad fantástica y onírica. Pinturas mágicas que señalan los deseos de la vida por salir en un cuadro. Ha expuesto individualmente y de manera colectiva en México y en el extranjero. Exposiciones individuales: Museo Leonora Carrington de Xilitla, ENCUENTROS ONÍRICOS en el año 2025. Museo de la Mujer, REVELACIONES ONÍRICAS, en el año 2022. PAISAJES ONÍRICOS para el Festival Temascalcingo Honra a Velasco, en el Año 2021. VENTANA A MUNDOS ONÍRICOS, en el Centro Cultural Futurama, Ciudad de México, en el año 2020. Exposiciones Colectivas Col-art en la Galería Oscar Román año 2025 Muestra pictórica EL OFICIO DEL PINTOR, de la Academia de San Carlos, Año 2019. DIMENSIONS, Festival Wave Gotik Treffen, celebrado en Leipzig, Alemania, en el año 2018. Ha participado en la Cátedra por los 100 años del surrealismo, en la Facultad de Filosofía y Letras de la UNAM, impartiendo conferencia sobre surrealismo femenino. Recientemente su obra ha sido publicada en el libro Mujeres Mexicanas en el Arte, de la editorial Agueda y en THE ROOM SURREALIST MAGAZINE, revista de surrealismo internacional. Brianda Zareth Huitrón es la artista invitada de esta edición de Agulha Revista de Cultura.

 



Agulha Revista de Cultura

Número 263 | dezembro de 2025

Artista convidada: Brianda Zareth Huitrón (México, 1990)

Editores:

Floriano Martins | floriano.agulha@gmail.com

Elys Regina Zils | elysre@gmail.com

ARC Edições © 2025


∞ contatos

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FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com

ELYS REGINA ZILS | elysre@gmail.com

 




 

 

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