sexta-feira, 5 de novembro de 2021

JOVINO SANTOS NETO | A música instrumental no Brasil

 


Faço aqui uma pausa na minha prática musical para escrever um pouco sobre aquilo que pratico diariamente: a música. Não me lembro quem disse isso, mas a frase que me vem à mente é “Escrever sobre música é como dançar sobre arquitetura”. Para podermos definir conceitos musicais em palavras, sem o recurso do instrumento, precisamos lançar mão de alegorias e analogias, para que aquela essência invisível do Som possa ser traduzida em imagens e processos. Por ser invisível, o Som desafia os sentidos, favorecendo à audição, muito mais do que à visão. As imagens que melhor podem traduzir a música são aquelas que refletem formas e relações encontradas na Natureza do nosso planeta, e que inspiram e informam toda a atividade humana, em especial os caminhos artísticos e científicos. Nossas estéticas visuais e sonoras são ligadas às mesmas forças que fazem a casca do caramujo e a Via Láctea serem espirais. As ondas sonoras seguem aquele padrão, mas com uma diferença importante: As relações entre sons não dependem de massa. Um dó não pesa mais nem menos do que um fá, mas dependendo como esses sons ocorrem, juntos ou separados, ou com outros sons, a dinâmica entre eles muda, de acordo com a frequência de cada som, gerando harmônicos, sons muito sutis que ao vibrar milhares de vezes por segundo, nos dão a capacidade de perceber intuitivamente detalhes que acontecem em momentos fugazes e efêmeros.

Assim é que a música vibra, nasce, se desloca, voa e pousa: não formalizada através de nomes ou substantivos, mas na forma invisível de verbos musicais repletos de significado e de ação.

A canção, com ou sem letra, é fruto da arte de preencher com palavras, poemas e versos as ondas invisíveis da música, que, com melodias, harmonias e ritmos, cria aquilo que nos move, apontando para um tempo que não pode ser medido em segundos, minutos ou horas, mas sim em frases, compassos e pulsos, totalmente relativos entre si. Para mim, uma das melhores definições da música é a de Victor Zuckerkandl: [1] um campo dinâmico de forças, onde os músicos criam danças invisíveis. Embora notas musicais não tenham peso, forma ou nada tangível, é inegável que as atrações e repulsões dos sons induzem a uma contemplação profunda, na qual presenciamos mentalmente as ondas, contrastes, coreografias, tensões e alívios criados pelas combinações de vibrações sonoras.

Esse é um bom ponto para reflexão: há músicos que pensam a música como sendo feita de notas musicais e outros há que a sentem como feita de sons. A partir daí, podemos ver como existe uma forma cíclica, assim como uma respiração, na qual a música se expande, atravessa oceanos, desertos e matas, invade terras longínquas e se infiltra como um vírus na psique e nos corpos que a ouvem. Como as batidas dos tambores que vieram da África se difundiram em todo o mundo pan-atlântico e daí para todo o planeta, melodias e escalas do Oriente Médio atravessaram literalmente meio mundo para inspirar as cores musicais do Brasil.

Nosso país pode ser comparado a um gigantesco funil musical, onde as linguagens poli-rítmicas vindas da cultura bantu apimentaram as estruturas harmônicas e melódicas da Europa, com matizes trazidos por eslavos, judeus e árabes. Esse caldo multicultural vem cozinhando num fogo lento há mais de cinco séculos, criando um sabor unicamente brasileiro, com o DNA de todo o mundo girando e se miscigenando em seu interior. Daí vem nossa riqueza, diversidade e poder em gerar uma cultura musical que pode sempre retornar e abrir as portas para o mundo, provando a universalidade da música como uma Força Maior, assim como a Gravidade, mas muito mais potente, por ser relativa e não absoluta.

Vejamos as três dimensões da música: como diz Hermeto Pascoal, “A Harmonia é a Mãe, o Ritmo é o Pai, e a Melodia é a Cria dos dois”. Isso faz sentido. Fazendo o caminho inverso da genealogia, sentimos a Melodia como o sopro da Musa, uma reação humana aural e biológica que usa nossa capacidade de vocalização monofônica para enfileirar sons em sequências não aleatórias, alinhadas conforme sua disposição no campo dinâmico de forças que Zuckerkandl menciona. Algumas notas agem como centros de gravidade tonal, atraindo as outras para girar e se posicionar ao seu redor, como planetas se comportam em relação ao Sol. Aqui vemos como essas relações de forças são temporárias, pois as mesmas notas que se comportam como centros tonais podem se tornar satélites de outras quando o campo harmônico de forças muda de direção.

O Ritmo é a nossa conexão com a Terra, por isso tende a ser regional e mesmo tribal. Ao pisarmos juntos no chão, os seres humanos podem se deslocar sobre a terra, como exércitos ou peregrinos em marcha, mas também estabelecem a Roda, o grande círculo onde a comunidade se reúne. Esses redemoinhos rítmicos propiciam o nascimento e evolução de ritmos e levadas (também chamadas de grooves) que definem um bairro, uma cidade ou um país.


A Harmonia, a mais sutil das forças musicais, atua em dimensões acima e abaixo das linhas melódicas e das levadas rítmicas. É a relação instantânea entre sons. Podemos dizer que sons, assim como cores e sabores, têm afinidades e inimizades entre si. Quando certos sons ocorrem juntos dentro de um intervalo curto de tempo, a complexa teia de relações harmônicas entre eles é sentida intuitivamente como um jogo de forças que mexe com nossos intelectos e com nossas emoções. Podemos definir essas forças com termos tirados da literatura e das artes visuais, mas a Harmonia vai ser sempre um mistério muito profundo. O desenvolvimento harmônico do músico nunca acaba – é uma atividade para uma vida inteira – e não depende de estudos teóricos que tentem codificar esse jogo de forças. A musicologia busca decifrar a linguagem invisível da Harmonia em fórmulas, escalas e modos, mas frequentemente esbarra em preconceitos antigos que julgam certas culturas como sendo superiores a outras. A Música, por ser tão fluida e invisível, sempre escapa das categorias em que muitos insistem em enquadrá-la. Quando os teóricos europeus do século 18 classificaram um acorde de sétima da dominante como sendo uma “dissonância” instável, eles obviamente nunca tinham ouvido os cantos e canções da África e da Ásia, nos quais esse mesmo acorde tem funções muito diferentes, sendo uma das bases do blues, por exemplo. Assim como as artes culinárias do mundo são extremamente diversas e podem coexistir numa cidade grande, os sabores musicais da Terra refletem nossa biodiversidade. O Brasil é abençoado em ter tantos matizes culturais, onde as civilizações do mundo vêm comer, beber e dançar numa grande Roda. De novo cito uma frase do meu mestre Hermeto: “O Brasil é o Universo de todos os Sons”.

Para mim, o termo “música instrumental” soa como “água molhada”, porque na minha concepção, música é tudo aquilo que vibra, e o que põe em movimento essa vibração é um instrumento, seja ele a voz humana, um tubo, cordas ou membranas percutidas.

Existe também a definição de música instrumental como aquela que não tem palavras, onde a expressão musical acontece pela combinação de notas, timbres e ritmos. Mesmo assim, a voz como fonte primária da expressão humana sempre segue como uma das primeiras fontes de sons, com palavras ou sem.

Como biólogo, também entendo a música como um fruto da experiência humana ao longo dos milênios de evolução. Nossos antepassados mais distantes viviam numa existência principalmente arbórea, onde o deslocamento se dava em múltiplos eixos, para a frente, para trás, para cima ou para baixo. Imaginem um macaco aranha se movendo pela floresta, desafiando a gravidade, quase flutuando entre ramos, troncos e copas das árvores. Ao plantar seus pés no chão, os primeiros primatas bípedes que foram nossos antepassados desenvolveram uma relação toda especial com o solo, o lugar onde batemos o pé, onde plantamos nossos lares e cidades, e onde lutamos pelo território contra invasores, quando não estamos ocupados invadindo outros territórios.

Por esse prisma, o fazer e o ouvir da música conectam esses mundos diversos que habitam em nós. Melodias e cores harmônicas levam nossa imaginação a viajar como macacos-aranha a se pendurar pela copa das árvores, enquanto o pulsar rítmico nos traz ao chão, o grande chão que atrai nossos pés, criando o rito tribal de adentrar juntos numa sincronia de vibrações, onde a força se cria, cresce e a união entre os membros da comunidade é estabelecida.

Interessante é constatar, como faz Ted Gioia, [2] que toda inovação musical nasce nas periferias dos centros urbanos, desde milênios atrás. Os bárbaros, escravos, imigrantes, refugiados, náufragos, piratas, degredados e abandonados, mesmo quando despidos de tudo o que seja material, trazem os temperos e sotaques que acendem e mantêm acesa a chama da música, e com essa luz influenciam as sucessivas ondas de modas e modos musicais.

A cada onda musical inovadora, os governos, religiões e instituições mostram sua rejeição ao que consideram uma invasão e um ataque a seus costumes e leis. Essa rejeição acaba sempre sendo efêmera, pois logo essas mesmas entidades terminam por incorporar essas mesmas influências em seus rituais, submetendo-as a várias formas de codificação, criando teorias, leis, proibições e metodologias para preservar a nova tradição.

E assim caminha a Humanidade…

Uma descoberta recente [3] sobre a capacidade humana de ouvir sons mostra que podemos distinguir mudanças acústicas de até meio milésimo de segundo. Enquanto a acuidade visual humana é limitada a 30 imagens por segundo (aproximadamente 30 milésimos de segundo), nossa acuidade auditiva é muito maior – 60 vezes mais rápida - reagindo intuitivamente a sons harmônicos e timbres que vão muito além da nossa capacidade de processar conscientemente frequências muito altas. Esse fato ilustra como podemos diferenciar vozes de pessoas distintas, sotaques regionais e além disso, sutilezas que nos dizem como um grupo musical soa diferente de outro. O conceito de groove ou de levada é tão delicado que não pode ser definido em livros ou palavras, mas é sentido sem dúvida por todos que sabem ouvir. Esses detalhes são pequenos, mas são importantes, porque mostram como o som carrega dentro de si uma quantidade de informações muito maior do que as palavras podem mostrar. Pensem como seria impossível compreender alguém que falasse rapidamente, como locutores de corridas de cavalos acelerados. No entanto, no universo dos sons, reagimos intuitivamente a mudanças e detalhes minúsculos no tempo, mas repletos de significado melódico, harmônico e rítmico.

Aqui temos a chave do segredo que mostra a diferença entre a música com palavras e aquela, muito mais antiga, que transmite e traduz nosso mundo em sons. Não apenas em sons, porque dentro de uma nota ou de um acorde existem camadas e mais camadas de significados tênues que contam histórias, traçam linhas e linhagens que conectam seres humanos com seus antepassados, como uma máquina do tempo que abre um portal entre nosso passado (histórico, biológico e evolutivo) e nosso futuro. Sim, porque o tempo da música nunca será o tempo dos relógios, mecanismos que medem segundos, minutos, horas, dias, semanas e anos. O tempo da música é o tempo infinito do agora, refletido e repetido em ondas que nos induzem a respirar, a nos mover, dançar, correr e mesmo a dormir e sonhar.


Outro poder que os sons da música têm é a ligação com transe e o êxtase. Através do Som, podemos transcender os limites da visão e mesmo os limites do pensamento, pois nossa capacidade auditiva funciona num nível vibratório muito mais alto do que nossa visão limitada, como mencionamos antes. Não existe experiência humana transcendental, religiosa ou emotiva, que não seja acompanhada de música instrumental e/ou vocal, onde um mesmo refrão ou mantra é repetido sem parar, gerando estados de dissolução de individualidade e de pertencimento coletivo a uma tribo, família, time de futebol, religião ou pátria. Novamente vemos e ouvimos o poder do Som em aglutinar e dividir seres humanos.

É interessante ver como a música é tão importante para nossa sobrevivência. Sem dúvida é tão essencial como o ar, a água e o alimento que nos nutre. É impossível e fútil tentar imaginar um mundo sem música alguma. Mesmo na ausência de qualquer estímulo externo, nossas mentes guardam as canções, melodias e acordes que ouvimos em nossa infância, ou talvez aquele som que ouvimos semana passada e que não nos sai da cabeça. Essa capacidade da mente humana em armazenar sons é impressionante, e ainda não foi estudada a fundo como deve ser. Sabe-se com certeza que mesmo quando pacientes com mal de Alzheimer, quando perdem toda a memória e não reconhecem mais ninguém, ao ouvir certos tipos de música instantaneamente reconhecem e podem acompanhar os movimentos criados pelo ritmo, melodia e harmonia. [4]

Os mistérios da música são muitos e profundos. Sabe-se que os humanos têm uma capacidade única entre os grandes primatas: podem sincronizar seus movimentos ao som de estímulos sonoros sequentes e contínuos. Essa capacidade é chamada entrainment em inglês, e significa “entrar no trem”, porque num comboio ferroviário todos os componentes se movem com a mesma velocidade, da locomotiva ao último vagão. Assim como soldados marchando juntos (“ordem unida”) ou as inúmeras rodas da nossa música: o lundu, o samba o choro, o coco. Bater palmas ou dançar, tocar instrumentos ou cantar em uníssono, em harmonia ou contraponto, responder com um refrão marcante; essas são características unicamente humanas, e ao contrário de outras capacidades que necessitam de muito tempo para serem aprendidas, surgem espontaneamente em todas as culturas, e crianças com um mínimo de coordenação motora e auditiva podem “entrar na roda”. Não existem humanos sem música.

Outro mistério é a capacidade humana para a criação espontânea de música. O termo improviso muitas vezes é associado ao idioma jazzístico, mas a verdade é que a música brota de muitas fontes em todos os estilos, e para um musicista que tenha desenvolvido e aperfeiçoado seus reflexos, toda performance inclui elementos de interpretação criados na hora. O repente ou improviso é uma ferramenta musical que existe desde que o ser humano se reconhece como tal. Os poetas e poetisas da Grécia antiga, os trovadores medievais, os monges e monjas enclausurados, os músicos da era barroca, todos sempre improvisaram e criaram sem preconceitos. Se pensarmos no improviso como estratégia de vida, os melhores improvisadores seriam os prisioneiros, escravos, refugiados de guerra, ladrões, exilados, náufragos e corsários – em suma, todos aqueles que vivem fora das regras ditadas pelas instituições ditas “civilizadas”. Isso porque, quando a sobrevivência está em jogo, o ser humano passa a atuar guiado puramente pela intuição, aquele reflexo que acontece como uma centelha numa fração de segundo, que separa a vida da morte. Essa capacidade de reagir intuitivamente sem depender do raciocínio lógico é justamente a mesma que os músicos criativos de hoje e de sempre aprimoram em seu desenvolvimento. É evidente que no caso da música, essa faísca de criatividade tem que ser acompanhada de um tirocínio, a habilidade para discernir, ou a capacidade de observar com cuidado situações, pessoas ou acontecimentos. E na música, essa capacidade de observação pode ser traduzida por “aprender a ouvir”. Esse aprendizado leva a vida inteira, porque como vimos anteriormente, o som carrega dentro de si uma quantidade enorme de informações invisíveis, percebidas apenas pela nossa audição, e processadas instantaneamente pelas nossas mentes. Basta uma mudança repentina de uma nota em um acorde, ou uma acelerada sutil no andamento para que a paisagem musical se transforme, e o músico que desenvolve sua atenção sem criar tensão sabe como surfar as ondas sonoras, não importa quanto elas mudem de direção e de velocidade.


Mencionei anteriormente que um dos poderes da música é o de propiciar um estado de transcendência, muito diferente do tempo linear ao qual estamos submetidos em nossas vidas. O tempo da música é um tempo relativo, nunca absoluto. Nossos ouvidos podem distinguir uma fonte sonora que se desloca da esquerda para a direita, se aproxima ou se afasta de nós, devido ao efeito conhecido como Doppler. O exemplo mais conhecido é o do apito do trem, que muda de tonalidade quando o trem se aproxima. Numa gama bem mais sutil, sentimos claramente quando alguém se aproxima pelo som dos passos ou da respiração. Dentro da música, os deslocamentos melódicos e rítmicos nos dão a mesma sensação. Mesmo estando imóveis quando ouvimos música, nossos ouvidos internos percebem a dança invisível dos sons como movimento, criando momentos de tensão e de alívio, momentos de conflito e momentos de encontro. Ao acrescentarmos a profundidade harmônica, as paisagens criadas pela música entram numa dimensão além daquelas três proporcionadas pela visão. Essa quarta dimensão é muito elusiva e difícil de explicar, porém pode ser sentida por qualquer ser humano através da experiência musical.

Ao tocar em conjunto, participando desde um duo até uma orquestra com dezenas de integrantes, músicos entram num universo multidimensional, onde tudo se move em muitas direções. A pulsação e a respiração rítmica compartilhadas criam uma rede de muitos “nós”.

A capacidade humana de armazenar instruções musicais em sistemas de notação nos permite uma conexão com nosso passado como espécie. Interessante notar como podemos usar uma linguagem de notas, claves e pentagramas criada há mais de 300 anos para capturar sons que estão sendo feitos hoje. Como tecnologia, a ferramenta da notação musical não tem prazo de vencimento. Por outro lado, algumas das linguagens musicais mais importantes do mundo não possuem nenhuma parte escrita, como os complexos desenhos rítmicos de Gana e de outras culturas africanas. Em algumas culturas musicais como na Índia e no Irã, a complexidade musical pode ser preservada nos desenhos e formas geométricas de tapetes criados por grupos de tecelões cantando juntos. O tapete, assim tecido de uma forma musical, passa a ser uma partitura, um meio de capturar a música invisível em uma mídia que pode durar séculos.

Isso, porém, não nega o fato que a música, especialmente aquela sem palavras, é uma das maiores forças ao alcance da humanidade. Claro, quando palavras são sobrepostas ou encaixadas nos sons musicais, é criada a ponte entre as nossas linguagens terrenas e os sons que vibram acima de nós, harmonicamente, e as vibrações subterrâneas dos ritmos geograficamente dispostos por baixo da terra. Por isso, a Música é uma força universal, assim como a Luz e a Gravidade, sincronizando nossas vidas com a pulsação do Universo. Os músicos, ao entrar em estado de fluxo através da Música, transmitem essas vibrações harmonizadas aos ouvintes. Uma vez estabelecido, esse estado de fluxo fica gravado na memória auditiva, emocional e corporal, fazendo com a música bem-feita e bem-ouvida seja perpetuada por muito tempo.

E assim seja!

 

NOTAS

1. Zuckelkandl, Victor, Sound and Symbol: Music and the Eternal World, Bollingen Series XLIV, Princeton University Press, 1956. 2nd printing, 1973.

2. Gioia, Ted: Music: A Subversive History. New York: Basic Books, 2019

3. https://ieeexplore.ieee.org/document/9450008

4. https://youtu.be/0VPguJHp-Lc


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O pianista, flautista, arranjador e compositor carioca Jovino Santos Neto, é reconhecidamente um dos mais talentosos discípulos da escola de Hermeto Pascoal, com quem trabalhou como músico e produtor por 15 anos. Vivendo desde 1993 em Seattle, tem desenvolvido sua carreira de forma brilhante. Toca e compõe do jazz à música de câmara e orquestral, mas sem nunca se afastar da essência brasileira em seus trabalhos. Jovino já tem vários CDs lançados no mercado mundial. Recebeu 3 indicações para o Grammy Latino pelos trabalhos Canto do Rio (2004), Roda Carioca (2006) e Live at Caramoor (2009). Seu trabalho mais recente é Luz, um álbum de piano solo onde Jovino interpreta suas composições de uma forma livre e repleta de improvisos. O Jovino Santos Neto Quinteto foi eleito o melhor grupo acústico de jazz de Seattle em 2011, 2012, 2015 e 2018 pelos leitores da revista Earshot Jazz. As composições de Jovino unem o arrojo e a modernidade harmônica com ritmos tradicionais brasileiros como o samba, o baião, o xote e o maracatu, abrindo espaços para a expressão da sensibilidade artística dos músicos com quem Jovino divide os palcos e os estúdios. Como pianista, Jovino exibe uma técnica segura aliada a um toque delicado e energético ao mesmo tempo. Suas músicas são executadas por orquestras, big bands e grupos do mundo todo. Website: www.jovisan.net | Outros links: https://linktr.ee/JovinoSantosNeto




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[A partir de janeiro de 2022]

 

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Número 186 | novembro de 2021

Curadoria: Floriano Martins (Brasil, 1957)

Artista convidado: Marcos Tedeschi (Brasil, 1982)

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