As origens: um misticismo
Belle Époque
Alex
Owen, em sua pesquisa a respeito de um novo misticismo surgido na Era Vitoriana,
define muito bem esse renascimento tardio de crenças e práticas místicas de Enchantment
à la Mode, o “encantamento da moda”, título do capítulo
introdutório do estudo da pesquisadora Alex Owen a respeito da vaga de misticismo
que varreu a Inglaterra – e toda a Europa, de certa forma – do final do século XIX
até depois da Primeira Guerra Mundial, nos anos 1920 e mesmo depois. De fato, ainda
seguindo a autora de The Place of Enchantment, desde ainda antes da célebre série de conferências dadas por
William Ralph Inge – respeitado professor de teologia – na Universidade de Oxford
em 1899, na qual os mistérios pagãos da Grécia antiga ganharam certa relevância
para a formação do misticismo cristão (OWEN, 2004), havia intenso interesse em um
tipo de misticismo sincrético, renovado em seus pontos centrais, que se distanciavam
do misticismo medieval, por exemplo. Logo, surgia um influxo de teóricos, gurus
e guias, articulados em grupos, seitas, cenáculos; era um misticismo com forte representação social e de grupo. Uma ideia geral de um tipo de identidade
de novo tipo, não exatamente como o usual dos neófitos de uma nova seita, começa
a se tornar mais e mais definida. As seitas, assim, se convertem em sociedades iniciáticas,
por vezes fechadas ou secretas, nas quais neófitos e adeptos conviviam, com rituais
próprios demarcando processos internos. Tratava-se de uma busca, sem dúvida: não
apenas o retorno de crenças, mas uma busca por elementos que a filosofia natural
e a ciência de modo geral não conseguiam abarcar satisfatoriamente, seja em termos
existenciais, estéticos, políticos ou mesmo sociais. Não por acaso, o termo ocultismo ganhou um relevo considerável,
justamente materializar uma série de métodos, percepções e/ou teorizações que estivessem
além da percepção material – embora, muitas
vezes, esse além fosse encarado como uma
espécie de complementariedade necessária. Como escreveu A. P. Sinnett, em seu livro
The Occult World (publicado em 1881 e
citado por Alex Owen):
Ocultismo não é meramente
uma descoberta que apresenta para a humanidade o fato de que dispomos de certos
poderes sobre a Natureza, cujo estudo de natureza mais estreita, do ponto de vista
meramente materialista, falhou em desenvolver; trata-se de uma iluminação lançada
sobre toda a especulação espiritual que tivesse algum valor, de forma que se tornou
possível unir sistemas aparentemente divergentes. (SINNETT, apud OWEN,
2004).
Curiosamente, esse novo ressurgir desse tipo de percepção (ou
sensibilidade) ocultista surgia justamente no momento em que Max Weber desenvolvia
uma de suas teorizações mais célebres, Entzauberung
der Welt, termo em alemão usualmente traduzido como “desencantamento do mundo”.
Foi em 1917, em uma conferência intitulada “Ciência como vocação”, o momento em
que Weber cunharia esse termo embora, segundo os estudos de Anthony J. Cascardi,
até o final de sua vida, em 1920, tal sociólogo voltaria ao tema na forma de estudos
da sociologia das religiões (cf. CASCARDI, 2011). De fato, ainda segundo Cascardi,
Weber devia ter em mente outra conhecida expressão, essa do romantismo alemão, “der
entgöttertur Natur”, que aparece no poema “Die Götter Greichenlands” de Friedrich
Schiller e poderia ser traduzida como “desendeusamento da natureza” (cf. CARDOSO,
2014). Em termos gerais, quando Weber utiliza esse termo, seu foco é na transformação
da forma como o mundo é pensado – ao se abandonar a estruturação mágica do pensamento
por outra, derivada da percepção científica e material dos elementos da realidade.
[2] Evidentemente, Weber pensava não
nos termos – ou não apenas nos termos
– de um vulgar Iluminismo: na verdade, o sociólogo alemão aludia a processos de
síntese e resposta diante dos fenômenos da natureza, do mundo, cuja estrutura abandonava
a possibilidade mágica existente no passado; ou seja, no Ocidente, um tipo de “racionalização
intelectualizada, criada pela ciência e pela orientação científica da tecnologia”
teria aniquilado as “forças incomensuráveis e misteriosas” de tempos idos (cf. OWEN,
2004). Contudo, ainda seguindo Alex Owen, poderíamos imaginar que a nova organização
mística e esse ressurgimento do misticismo na virada do século XIX para o XX não
estivesse desconectada de um “desencantamento”, que se trataria apenas de um equívoco
de Weber e nada mais; Owen destaca, seguindo pesquisadores da secularização desde
o século XIX como Owen Chadwick, que a renovação espiritual surgida nesse período
não estava exatamente dissociada desse processo geral de desencantamento, de racionalização
tecnológica e planificação nas diversas esferas cotidianas. Nesse sentido, os novos
processos de organização dos grupos místicos, como a britânica Golden Dawn, seriam significativos desse
tipo de mudança, dessa busca de novos sentidos para além da percepção por um lado
brutalmente materialista, por outro institucionalmente religiosa.
Primeiros confrontos: a herança de Nietzsche
Se o
misticismo à moda no início do século XX foi atraído para o campo da crítica
cultural fascista com certa facilidade – por conta da crítica irracionalista à modernidade
que aproximava ambos –, o mesmo ocorreu de forma bem menos pacífica no caso de certos
pensadores outsiders do século XIX. Nesse sentido, talvez a apropriação mais
conflituosa feita pelo fascismo tenha sido da filosofia de Friedrich Wilhelm Nietzsche
(1844-1900). Estruturada em aforismos, esses breves fragmentos de pensamento, a
filosofia nietzschiana estava longe de apresentar algo como um sistema definido,
mas possuía o poderoso polo de atração representado pela negação, pela aporia e
pela contradição, elementos que tal filósofo abraçava sem pestanejar e que estavam,
aliás, coerentes com seu vitupério central à noção mesma de verdade. Evidentemente,
a crítica ad posteriori teria a tendência de ver em Nietzsche mais um elo
no encadeamento lógico do fascismo: já nos anos 1930, em diversos artigos, Georg
Lukács destacaria o papel preponderante de Nietzsche, em termos estéticos e teóricos,
tanto no imperialismo alemão, responsável pela Primeira Guerra Mundial, quanto,
posteriormente, no desenvolvimento do próprio fascismo (cf. TAYLOR, 1990). Essa
tese se firmou já nos anos 1930 e depois, após a guerra, de forma consideravelmente
sugestiva; sua formalização parecia suficientemente rigorosa. O pesquisador Seth
Taylor, que trabalhou os aspectos do pensamento de Nietzsche passíveis de cooptação
por tendências políticas de esquerda a partir das propostas culturais e de organização
social desenvolvidas durante o período do expressionismo alemão, derivadas de certa
antipatia para com o conhecimento prático e o utilitarismo – elementos centrais
na já mencionada secularização do mundo – que também estavam na crítica cultural
da esquerda, não apenas no programa da revolução conservadora, sempre identificada
ao nietzschianismo (cf. TAYLOR, 1990).
Esse front de luta em torno da herança de Nietzsche
– uma batalha de começou na verdade bem antes, quando sua irmã, Elisabeth Föster,
tomou a frente da herança do irmão em termos convencionais, tornando-o uma
atração de circo aos poderosos da Europa e do mundo [3] –, mas ganhou considerável expansão nos anos 1930, conforme o fascismo
se tornava mais consciente de si mesmo, uma ameaça no horizonte tanto das democracias
liberais quanto dos movimentos sociais de esquerda. É no contexto da disputa mais
acirrada por essa herança, que à época significava uma luta decisiva contra o fascismo
que a reparação de Nietzsche adquire um significado especial na obra de Georges
Bataille (1897-1962) que, em meados dos anos 1930, já era uma figura bastante conhecida
nos meios literários europeus. A luta contra o fascismo, contudo, o impulsionou
nessa direção, nas palavras de Marina Galletti: “Diante da apropriação de Nietzsche
pelo nazismo e pelo fascismo, Bataille sentiu a necessidade, em 1937, de redigir,
em Acéphale, uma ‘reparação’ ao filósofo alemão.” (cf. GALLETTI, 1999). Aqui,
entramos em contato com esse conceito/comunidade que é o Acéphale, cuidadosamente
desenvolvido por Bataille e alguns amigos no final da década de 1930 que se posicionaria
como um outro tipo de oposição ao fascismo, como logo veremos. Da mesma forma,
Bataille também sofreu, após seu rompimento com o surrealismo, de acusações de ser,
ele mesmo, um fascista – André Breton, um talento ímpar quando o assunto são anátemas,
afirmou ser Bataille um “super-fascista” durante os confrontos resultantes da traumática
dissolução do grupo de intelectuais oposicionistas e antifascistas denominado Contre-Attaque.
[4]
Contudo, é preciso destacar, antes, que a “reparação” que Bataille
visava obter para Nietzsche não estava restrita à obra de tal filósofo alemão, reduzida
a mera panfletagem de teorização Blut und Boden que tanto agradava conservadores,
nazistas e fascistas. A “reparação”, ainda seguindo Galletti, parecia se destinar
ao próprio Bataille, cuja crítica aos dogmatismos tornou-se mais e mais sistemática
justamente a partir dos anos 1930. Seu rompimento tanto com os surrealistas quanto
com os grupos stalinistas são notáveis e se tornam mais e mais galvanizadas, conforme
os conflitos ideológicos tornavam mais patentes que posições excessivamente heterodoxas
e heréticas tornavam-se difíceis de sustentar no campo político (seja em termos
cotidianos ou das altas esferas de poder): o rompimento de Bataille e um de seus
colaboradores à época, Jules Monnerot, se deu (segundo os pesquisadores Alastair
Brotchie e Marina Galletti) por diferenças ideológicas e de pensamento, mas também
pelo envolvimento do irmão de Monnerot, Claude, na violenta repressão stalinista
contra o POUM (Partido Operário de Unificação Marxista) um grupo de oposição esquerdista
na Guerra Civil Espanhola, que mobilizava as oposições antifascistas por toda a
Europa mas também demonstrava o autoritarismo na condução stalinistas de movimentos
oposicionistas. [5] A luta parecia bastante
desesperada, desse ponto de vista; contudo, talvez fosse ainda pior a perspectiva
de que não havia campo de luta que não fosse próximo de algum autoritarismo. A perda
de Nietzsche para os nazi-fascistas não era apenas uma derrota nos termos da
normalização de um tipo de pensamento potencialmente contestador – tratava-se, na
verdade, de uma percepção desesperada de que o nazismo havia “tomado o momento,
impulsionado por uma mitologia de Sangue, Ferro, Pátria e Volk.” (Cf. GALLETTI;
BROTCHIE, 2017).
Talvez inconscientemente, Bataille seguiu a máxima: “situações
extremas exigem medidas extremas”. Gradativamente, as concepção organizacionais
de Bataille, envolvendo a formação de grupos ou organizações antifascistas, foi
ganhando outros tons e formas; a luta pela retomada do significado do mito, um significado
não domesticado pela irracionalidade da ideologia conservadora, estava na ordem
do dia. Assim, tal autor francês passou de organizações convencionais (que se comunicavam
e se expressavam por vias convencionais) para grupos cuja organização surgia derivada
das sociedades secretas; de estranhas seitas pagãs com sua própria ritualística,
em grupos que se ordenavam pelas relações potenciais com o mundo ao redor, classificadas
como esotéricas ou exotéricas – a quintessência disto se deu na formação
de dois grupos simultaneamente por Bataille e seus colaboradores e aliados; de um
lado, o Collège de Sociologie, que se expressava de forma mais ou menos institucional;
de outro, a Acéphale, espécie de sociedade secreta com rituais próprios,
criada por Bataille menos para conjurar atentados e outros crimes e muito mais para
tentar a retomada simbólica do mito ritualizado. A luta política ganhava uma frente
estranha e singular, mas de um peso simbólico só aquilatado nos últimos anos, quando
novas pesquisas resgataram os materiais produzidos por Bataille e seus colaboradores
enquanto buscavam organizar grupos de resistência que seguiam bases bem diferentes
daquelas usualmente estabelecidas.
Um dos
fatos instigantes na virada do século XIX para o século XX e nas primeiras décadas
deste último foi como a ciência abandonou, no todo ou em partes, a torre de marfim
de sua legitimidade sancionada pelas universidades e demais instituições acadêmicas.
Desde o Renascimento, quando o campo do conhecimento começou a se firmar em instituições
que se tornariam a Academia como a reconhecemos hoje, não havia essa busca por quebras
de parâmetros estabelecidos, por novos caminhos e experiências. Foge ao escopo deste
breve artigo discutir as formas como esses processos de ruptura se deram – e sua
importância para a formulação da Ciência nos termos contemporâneos –, mas no contexto
de desenvolvimento das iniciativas políticas de Bataille, torna-se, de fato relevante:
como destaca Simonetta Falasca Zamponi, iniciativas de Bataille como o Collège
não tinham a intenção de realizar “a ciência pela ciência”, uma vez que, para
tal autor, eram “o único domínio que abarcava as grandes decisões da vida.” Por
isso, “falhas metodológicas” – detectadas nos trabalhos de um dos membros do Collège,
Michel Leiris – eventualmente destacadas pelos críticos eram coisa de menor escala,
se comparadas às percepções existenciais teorizadas e formuladas pelo sociólogo
(cf. ZAMPONI, 2004).
Assim, apesar da solidez da base teórica adotada, Bataille pretendia
que sua “sociologia sagrada” fosse um pouco além dos elementos descritivos, avaliativos
e combinatórios usualmente esperados das metodologias científicas contemporâneas.
Assim, na conferência “La Sociologie Sacrée du Monde Contemporain” (apresentada
em 2 de abril de 1938 para os membros do Collège), Bataille inicia seu texto
justamente reivindicando seu estatuto e sua base metodológica: o fato social de
acordo com o pensamento de Durkheim, que perceberia “no fato não apenas uma soma
de ações individuais” (BATAILLE, 2004, p. 18), ponto em que estaria a concordância
essencial entre ele e Roger Caillois, muito mais afeito ao biologismo nas exposições
das questões sociológicas. Percebe-se como, para Bataille, o aparato de cientificidade
do campo específico que ele propunha para a sociologia precisava ser respeitado
– era necessário o debate entre pares, o estabelecimento de uma teorização sólida
como alicerce, a percepção da complexidade dos fenômenos a serem analisados. Acreditamos,
nesse sentido, que Bataille adotava essa postura não apenas pela busca de uma referência
metodológica ou para dotar o campo de pesquisa por ele fundado de alguma legitimidade
– esse procedimento se dava, igualmente, para neutralizar tendências ou acusações
de irracionalismo que sua abordagem eventualmente pudesse ter. Trata-se de um
dos mais peculiares usos do modus operandi científico para a constituição
de outra coisa, de uma possibilidade única de evocação social do mito.
Contudo, após essa primeira aproximação (ou concessão) para com
a sociologia em sua forma por assim dizer clássica, Bataille avança já nas proposições
de sua própria forma de “sociologia sagrada”, estabelecendo sua própria noção de
sociedade: “tentei representar a sociedade como um campo de forças cujas passagens
podem ser reconhecidas em nós mesmos, mas cujas forças são em todo o caso externas
às necessidades e à vontade consciente de cada um.” (BATAILLE, op. cit.).
Evidentemente, foge ao escopo de nosso breve artigo discutir as visões de ciência
nutridas por Bataille ou a evolução de seu pensamento nos decisivos anos 1930 –
nossa intenção, contudo, é destacar como Bataille erigiu uma sofisticada teorização
sociológica para poder, justamente, chegar à questão da organização social sem atalhos,
sem a possibilidade irracionalista que já mencionamos, para assim poder reivindicar
novamente a revolta e a sedição.
Mas o autor sabia que a redenção planificada precisa de algum
teste, de alguma fórmula material imediata, de uma encarnação. E assim, sua sociedade
secreta Acéphale se reunia ao lado de uma árvore atingida por um raio para
celebrar seus rituais, sem temer as noites gélidas e escuras que cobriam a Europa
em fins dos anos 1930.
NOTAS
1.
Citação utilizada como epígrafe por um dos membros fundadores –
ao lado de Georges Bataille – do Collège de Sociologie, Roger Caillois, em
seu artigo “Le vent d’hiver” (1938) e significa “fora da igreja não existe salvação”.
Trata-se de uma máxima de Orígenes, citada – segundo Marina Galletti e Alastair
Brotchie – igualmente por Nietzsche em Vontade de Poder: “Os cristãos com
sua fórmula Extra ecclesiam nulla salus revelam sua crueldade para
com os inimigos da cristandade” (cf. GALLETTI et BROTCHIE, 2017).
2.
Trabalhando em uma lavra (e em um registro) semelhante ao de Weber, Freud, em seu
ensaio a respeito do fenômeno do Unheimlich de 1917, mesmo ano em que Weber
cunhou sua expressão, mergulha nessa estranha sensação premonitória e pouco confortável
de estranheza, que parecia baseada em processos da magia ancestral como a “onipotência
de pensamentos” (cf. FREUD, 2010). Freud, calcado em outro grande autor romântico
– Heinrich Heine – via nesses elementos mágicos uma analogia aos “deuses no exílio”
de Heine: superados em sua essência por novos processos mentais, retornavam, sinistros,
em momentos nos quais o encadeamento causal e o senso comum pareciam mais frágeis.
Essa percepção será bastante importante em nossa análise, como veremos.
3.
Nesse sentido, é bastante sintomático – além de curioso – o caso do encontro de
Nietzsche com o Imperador do Brasil, D. Pedro II. As vicissitudes desse estranho
encontro estão no artigo “A longa história do encontro entre Nietzsche e D. Pedro
II” (cf. DIAS, 2018).
4.
“Os aderentes surrealistas do grupo ‘Contre-Attaque’ receberam com satisfação a
dissolução do referido grupo, no interior do qual se manifestaram tendências ditas
‘super-fascistas’ e cujo carácter puramente fascista se revelava cada vez mais flagrante.”
(manifesto assinado por Breton, Adolphe Acker, Claude Cahun, Marcel Jean, Suzanne
Malherbe, Georges Mouton, Henri Pastoureau e Benjamin Péret, citado em BATAILLE,
1970).
5. Cf. Cf. GALLETTI; BROTCHIE, 2017.
Referências
bibliográficas
BATAILLE, Georges.
Oevres complètes. Tome I. Paris: Gallimard, 1970.
___. L’Aprenti Sorcier:
Du Cercle Communiste Démocratique à Acéphale. Paris: Éditions de la Difference,
1999.
___. La Sociologie
Sacrée du Monde Contemporain. Fécamp:
Éditions Lignes & Manifestes, 2004.
CARDOSO, Matêus Ramos. “O desencantamento
do mundo segundo Max Weber”. In: Revista EDUC-Faculdade
de Duque de Caxias. Vol. 01 - No 02. Jul-Dez, 2014.
CASCADI, Anthony
J. The Subject of Modernity. Cambridge:
Cambridge University Press, 1995.
DIAS, Geraldo. “A longa história do encontro entre Nietzsche e D. Pedro II”.
In: Cadernos Nietzsche, 39, (3), Dez. 2018 (versão online disponível em https://www.scielo.br/j/cniet/a/Kq8B6TxT9r6Z6FhQ5SPqCJf/?lang=pt).
FREUD, Sigmund. Obras completas, volume 14: "O homem dos lobos" e outros textos.
Tradução Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
GALLETI, Marina. “Le
Roi du Bois”. In: BATAILLE, Georges. L’Aprenti Sorcier: Du Cercle Communiste
Démocratique à Acéphale. Paris: Éditions de la Difference, 1999.
GALLETTI, Marina; BROTCHIE,
Alastair (eds.). The Sacred Conspiracy: The Internal Papers of the Secret Society of Acéphale
and Lectures to the College of Sociology. London: Atlas Press, 2017.
OWEN, Alex. The Place of Enchantment: British Occultism and
the Culture of the Modern. Chicago and London: University of Chicago Press,
2004.
TAYLOR, Seth. Left-Wing
Nietzscheans: The Politics of German Expressionism, 1910-1920. Berlin and New York: Walter de Gruyter,
1990.
ZAMPONI, Simonetta Falasca. “Bataille au Collège de Sociologie, un Inédit”. In: BATAILLE, Georges. La Sociologie Sacrée du Monde Contemporain. Fécamp: Éditions Lignes & Manifestes, 2004.
ALCEBÍADES DINIZ MIGUEL | Graduado em Linguística pela Universidade de São Paulo (2000), com mestrado, doutorado e pós-doutorado em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (com estágio na Brunel University, em Londres). Trabalha com questões de literatura, discurso e ficção, tendo experiência como docente (Unicamp), supervisor técnico (como revisor gramatical e de conteúdo), tradutor (tanto de textos técnicos e manuais quanto de obras literárias como de J. G. Ballard, H. G. Wells ou Nathanael West) e pesquisador em diversos centros como o Grupo de Pesquisa da Discriminação (USP), o Margens (IEL-Unicamp) e da Fundação Biblioteca Nacional. Também criou roteiros, animações, contos e interfaces de jogos. O núcleo de suas pesquisas gira em torno da Literatura Fantástica e dos deslocamentos provocados pelo exílio e seus efeitos na narrativa e na linguagem, atuando principalmente nos seguintes temas: antissemitismo, literatura, teatro e cinema.
JOE HESTER | (Austrália, 1920-1960). Foi uma intrigante artista do desenho, cujo traço automático acentuava a expressão dos rostos por ela revelados. Parte considerável da crítica entende que sua melhor fase data de 1948-9 quando fez inúmeros desenhos de seu amante. Contudo, a impulsão selvagem de sua mão trouxe à luz imagens tanto assombrosas, quanto as delirantes figuras da série “Getsêmani” (1946-47), quanto fascinante, no caso da luxúria encontrada na série “Os Amantes” (1956-58), ou mesmo cativante como os desenhos maiores de sua fase final, em que vemos crianças com os olhos esbugalhados ao lado de seus cães. Ao lado de James Gleeson, Sidney Nolan, Arthur Boyd e outros, Joe Hester se encuentra entre os grandes artistas australianos do século passado.
Agulha Revista de Cultura
Série SURREALISMO SURREALISTAS # 07
Número 206 | abril de 2022
Artista convidada: Joy Hester (Austrália, 1920-1960)
Tradução: Allan Vidigal
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