Naquela que ele próprio chamou de sua fase pós-surrealista,
o autor manifestou-se várias vezes fazendo declarações que foram consideradas um
pouco como sua arte poética. Colocou-se contra a hegemonia da imagem, em torno da
qual se realizou a revolução poética no século XX, lembrando que a história da poesia
francesa não começa com os românticos, nem progride até Paul Éluard, passando por
Baudelaire, Rimbaud e Lautréamont (QUENEAU, 1938). Contesta, também, “[…] a equivalência
que se estabelece entre inspiração, exploração do subconsciente e liberação, entre
acaso, automatismo e liberdade […]”, afirmando que o poeta “não espera que a inspiração
lhe caia do céu”, porque “[…] ele sabe caçar
e pratica o incontestável provérbio Ajuda-te e o céu te ajudará […]” (QUENEAU,
1938). Finalmente, para não levar muito adiante esta argumentação, Queneau posicionou-se
contra a concepção romântica de poeta, opondo-lhe o artista-artesão, sem por isso
minimizar a função da arte. Mais ainda, ele denuncia a gratuidade desta última ao
dizer:
É preciso manter a não-gratuidade da arte. Simplesmente,
bem fazer é reduzir a arte ao jogo, o romance à partida de xadrez, o poema ao puzzle.
Não basta dizer, nem dizer bem, é preciso que algo valha ser dito. Mas o que vale
ser dito? A resposta não pode ser evitada: o que é útil. A arte, a poesia, a literatura
é aquilo que exprime as realidades naturais (cósmicas, universais) e as realidades
sociais (antropológicas, humanas) e o que transforma as realidades naturais e as
realidades sociais.
(QUENEAU, 1973).
Por mais que aqui se acrescentem argumentos,
no entanto, não há como negar, quando se examina a obra de Queneau, a parte que
lhe coube da herança surrealista. Nosso intuito é apontar aquilo que ele conservou
de seu decisivo período de formação literária, dando-lhe, além disso, a continuidade
esperada pelas próprias propostas surrealistas.
É o caso
do mito, o qual, próximo do sonho, é considerado pelos escritores do movimento,
desde o início, como abertura em direção de um espaço primitivo e inocente, tendo
em vista seu descontentamento pela sociedade de seu tempo. Além do desejo de quebrar
o mundo em busca da essência e da natureza do homem, há nesses artistas intenção
de reformar o mundo a partir dos mitos existentes e da criação de um mito novo,
por meio da arte e da literatura. Em tese apresentada à Université de la Sorbonne
Nouvelle, em 2012, intitulada Raymond Queneau
et les mythologies, a pesquisadora Mikiko Kato (2012) penetra nesse território
importante da obra do autor, que se interessa por todos os sentidos do termo, como
ela verificou nesse estudo. A autora, como outros críticos da obra de Queneau, cita
a influência científica que ele recebeu de Freud, Mauss, Hegel, no momento em que
iniciava sua carreira literária, assimilando ideias sobre o mito, além de desenvolver
aquela imaginação urbana dos demais surrealistas que se transformará, segundo Aragon,
em uma mitologia moderna: Paris é uma cidade “mítica” porque sua imagem idealizada,
e às vezes falsa, deriva de uma inspiração coletiva. Na tese de Kato, ela concretizará
o seu pensamento sobre o mito na obra do autor lendo La Trilogie de la ville natale (Gueule
de Pierre, Les temps mêlés e Saint Glinglin),
ilustração fiel das ideias sobre o mito formadas na juventude do autor.
O texto de Mikiko Kato faz referências a críticos
recentes, como Annette Tamuly (Le surrréalisme et le mythe, 2012), Michal
Mrozowi em “Queneau,
surréaliste malgré lui”, capítulo
de Raymond Queneau /du surréalisme à la littérature
potentielle, 1990 e Henri Godard, que incluiu uma rubrica “Queneau surréaliste malgré tout” em seu
prefácio para as Oeuvres Complètes de
Queneau na edição da Pléiade. Desses autores ela cita alguns aspectos relevantes
para nossa abordagem, que lembram pontos comuns entre os surrealistas e Queneau,
como o fato de salientar que o imaginário surrealista é urbano. Essa poética da
cidade está bastante presente em Queneau, a rua e seus espetáculos como local de
eleição: a Festa, o Casamento, o Banquete, o Cinema, são todos lugares do sonho
coletivo que espanta a angústia da existência. Outro aspecto é a grande admiração
por Guillaume Apollinaire, como se pode verificar no percurso de suas personagens
Valentin e Zazie (KATO, 2012). Como não reconhecer em todos esses autores os questionadores,
aventureiros do espírito e da letra, inovadores, “originais”, agitadores de nossos
hábitos mentais e, além disso, com toda esta carga de humor ou de distância que
libera o espírito das ideias feitas e das fórmulas prontas? (DEBON-TOURNADRE, 1981).
Durante toda sua vida Queneau leu e releu os livros de Apollinaire em quem admirava
o degustador de palavras, o erudito. Preocupado principalmente com o saber e os
problemas da verdade, com o jogo da linguagem e os problemas da língua, Queneau
partilha com Apollinaire este projeto fundamental do qual não podemos afastar os
Surrealistas: descobrir uma nova língua capaz de ser o fundamento de uma nova verdade.
Como naquele poeta, em suas obras pode-se encontrar, segundo Kato (2012), uma espécie
de estupor do espaço quotidiano na cidade em seus passeios por Paris, demonstrado
também por Aragon, que expõe uma nova concepção do mito: não mais a representação
de um estado primitivo e inocente do homem, mas a escrita de mitos modernos, cuja
função é a de abrir ao leitor seu sentido mítico atrofiado e, com isso, o acesso
ao real, à sua revelação. “Trata-se de inventar uma relação nova do sujeito com
o real; o mito pede a subjetividade como instrumento da revelação do real.” (PIÉGAY,
1996).
Aliás, seria importante lembrar inicialmente
o fato de Queneau ter-se conservado participante de uma revolução linguística que,
nascendo no século XIX, atravessa o século XX em constante atividade e fundamenta-se
no princípio de que a língua oferece o modelo fundamental que pode explicar o mundo.
Ora, são os movimentos de vanguarda do início do último século e, mais particularmente,
o surrealismo que deram o impulso decisivo a essa revolução.
Os movimentos de vanguarda que não surgiram
repentinamente e sem antecedentes vão dar destaque a essa revolução, que se constitui
fundamentalmente de jogo que se joga com a língua em todos os seus níveis, o das
palavras, dos fonemas, das imagens; de experiências tentadas com letras, sílabas
e palavras inteiras nos planos acústico e visual; de ironia, de duplo sentido, de
desejo de tornar-se uma linguagem cifrada. Sabemos bem de que maneira o surrealismo
desempenhará papel decisivo nesta relação lúdica com a língua: acreditando que uma
arte subverte muito mais por suas formas do que pelas ideias veiculadas, o Surrealismo
apresenta-se como uma precipitação impressionante de formas novas. No Segundo
Manifesto, A. Breton lembra que o problema levantado pelo movimento “é o da expressão humana sob todas suas formas.”
Ora, expressão significando inicialmente linguagem, não surpreende “[…] ver o movimento
surrealista situar-se de início quase que somente no plano da linguagem.”. É aí
que ele vê refletidos os modos de pensar, o sistema de valores e a organização da
sociedade: ora, questionar a linguagem, criar novas relações entre palavras significa
sacudir as estruturas sociais, sugerir novas relações entre as coisas no mundo.
É o que levará Breton a indagar, em Point du jour, “[das palavras] fizemos
até aqui um mau uso. O que impede de embaralhar a ordem das palavras, de atestar,
dessa maneira, contra a existência aparente das coisas?” Daí a tentativa de liberá-las,
que Breton descreve retrospectivamente, em Les Mots sans rides:
[…] considerar primeiramente a palavra em si; estudar tão
de perto quanto possível as relações das palavras umas sobre as outras. Somente
a este preço se podia esperar dar à linguagem seu pleno destino, o que, para alguns
entre os quais eu me achava, deveria fazer o conhecimento dar um grande passo, exaltar
igualmente a vida.
Breton sugere “uma verdadeira química” que analise
e explore as diferentes propriedades das palavras. Após Rimbaud, que ao atribuir
cor às vogais “desviou a palavra de seu dever de significar”, após Le Coup de
dés e os Caligramas de Apollinaire, as palavras “[…] tentam o pincel e não tardaremos
a nos preocupar com seu lado arquitetural.” Essa “química” dará novas relações do
real, novas significações às palavras, eliminando-lhes, como diz Breton, toda inocência.
Em síntese, ao longo de sua experiência, o Surrealismo proclama o primado da linguagem
como meio de comunicação, de expressão e de ação. Se a linguagem não traísse, seria
meio de conhecimento e de compreensão entre os homens – daí a necessidade de restabelecer
esta função de conhecimento, de mudar as leis que presidem à associação das palavras
e das quais o homem tem feito mau uso.
Essas propostas, que o Surrealismo partilha
com outros movimentos de vanguarda, negam a arte para afirmar a importância da vida.
Dadaísmo e Surrealismo desejam ser movimentos capazes de modificar o mundo, programas
para alterar o curso da vida. A arte identifica-se, para tanto, com a técnica, a
profissão. É ação que se manifesta pela recusa da condição humana e da condição
social, revolta contra uma sociedade feita de interdições e de injustiças, de cujas
ruínas o Surrealismo quer ver nascer a liberdade, a salvação do homem, graças ao
sonho e ao desejo. Em vez de uma simples mudança da arte, uma transformação completa
da sociedade, em busca do novo, do surpreendente, ou seja, o esboço do perfil do
Novo Homem.
Um de seus instrumentos eficazes, e polêmicos,
nesse sentido, foi o “humor negro”, um “discurso sobre o pouco de realidade” da
existência e a impossível adaptação do homem às condições dessa mesma existência.
O humor negro desarticula a coerência do real destruindo sua representação. Seguindo
Claude Abastado (1971), é possível caracterizá-lo de maneira bastante abrangente:
[…] ele faz jorrar as contradições e as distorções lógicas,
as causalidades crônicas, toda racionalidade do absurdo; distende até a inexistência
os laços do homem com aquilo que o cerca; opera uma inversão dos valores e um desregramento
sistemático das significações.
Em L’homme révolté (1971), A. Camus resume
assim o movimento: “Revolta absoluta, insubmissão total, sabotagem em regra, humor
e culto do absurdo, o surrealismo, em sua intenção primeira, define-se como o processo
de tudo, sempre a recomeçar.”
Em um texto importante de seu Panorama de la Nouvelle Littérature Française,
G. Picon (1960), nos anos 1950, faz esta reflexão oportuna que situa o Surrealismo
em seu espaço:
O que conservamos, o que rejeitamos do Surrealismo? Em uma
larga medida, ele é ainda e sempre nossa
poesia: a totalidade da poesia moderna tomando consciência de si própria e indo
até o fim. Toda poesia, na atualidade, quer ser algo mais do que poema, fabricação
rítmica, jogo inofensivo de imagens e de palavras: confusão ardente com a vida.
E, do mesmo modo, o Surrealismo exprimiu a ambição comum da leitura atual – (e não
apenas da poesia) de ser mais do que literatura:
expressão de uma atitude de vida, transformação da vida […] Ora, quase todas as
obras eminentes, hoje, são governadas por uma espécie de impaciência em relação
à linguagem: mensageiras, mais do que “linguageiras”, renunciariam a si mesmas se
não tivessem a convicção de transmitir uma decisiva revelação. Do Surrealismo, conservamos
ainda outra coisa: a atitude acusadora em relação ao mundo e à própria existência.
Para a maioria de nós, a realidade concerne antes de tudo esta interrogação essencial:
posso aceitá-la? Toda a literatura da angústia, do problema existencial prolonga,
no fundo, a revolta surrealista. E pode-se
dizer que, de Breton a Sartre, a literatura contemporânea permanece fiel a uma espécie
de crítica metafísica. (PICON, 1960).
Un jour, je me trouvai sur la plate-forme d’un autobus violet.Il y avait là
un jeune homme assez ridicule: cou indigo, cordelière au chapeau. Tout d’un coup,
il proteste contre un monsieur bleu. Il lui reproche notamment, d’une voix verte,
de le bousculer chaque fois qu’il descend des gens. (L’arc-en-ciel). (QUENEAU, 1995).
Trata-se de um humor a que deu um tom pessoal,
aproximando comicamente os seres, as situações, palavras, um humor ao mesmo tempo
lúcido e terno, no qual não cabe o trivial, e o anacronismo ocupa um amplo lugar
(WORMSER-MIGOT, 1971).
Ninguém mais do que ele, diz ainda Clancier
(1973), “[…] desconfia das ilusões da linguagem, ninguém mais do que ele a vigia
com um olhar suspeitoso de lirismo.” Nele, poesia e prosa têm origem na mesma atividade
criadora, iluminam-se de reflexos recíprocos, segundo expressão de Mallarmé em “Crise
de vers”. Nenhum grande autor francês apresenta semelhante exemplo de criação
contínua nos dois gêneros. O romance para Queneau deve ser um poema de forma fixa,
com fortes imposições estruturais e os efeitos de reiteração próprios a este gênero,
o que o aproxima das narrativas poéticas surrealistas. Vê-se porque é possível dizer
que a linguagem é, para Queneau, mais do que um meio de expressão: é a realidade
essencial da obra. Mas ele não a aceita tal como lhe é dada; como os surrealistas,
toma com ela todas as liberdades, tornando-a objeto de uma criação permanente, jamais
esgotada. E nada exemplifica melhor essa arte de prestidigitador de palavras do
que a breve história contada noventa e nove vezes, de noventa e nove maneiras diferentes
em Exercices de style (QUENEAU, 1995). É que, como bem coloca Constantin
Touloudis (1989),
Queneau pertence à geração que sentiu uma atração irresistível
por Dada, pelo Surrealismo e o Grande Jogo. Na mentalidade dessa geração, jogo era
a palavra código para rebelião: a mensagem que ela se esforçou desesperadamente
para comunicar foi a recusa de ser sério
em relação a uma ordem social e a um conjunto de valores que supunha desacreditados
pela história. […] Seria perfeitamente legítimo ver a disposição lúdica de Queneau
como reflexo do humor que inspirou jogos como o Cadavre esquis, ou os “provérbios
surrealistas”, ou as histrionices juvenis do grupo que iria se tornar “Le Grand
Jeu”. Sua participação no Colégio de Patafísica é evidência adicional de sua afinidade
permanente com essas esferas.
Nesse jogo constante com a linguagem não se
verá nem sua aceitação, nem sua destruição, mas uma tentativa de se abrir caminho
a seu rejuvenescimento (PICON, 1960). As estratégias textuais e os mecanismos retóricos
caracterizam-se, como, aliás, os do surrealismo, por práticas eminentemente lúdicas,
muitas das quais Queneau já havia utilizado em seus textos do período surrealista.
Touloudis (1989) enumera algumas delas: cunhagem parodística de palavra, trocadilhos
subversivos, argumentos inconclusivos, lógica circular, repetição nos Exercices
de style, como, por exemplo:
Je montai dans un autobus plein de contribuables qui donnaient des sous à un
contribuable qui avait sur son ventre de contribuable une petite boîte qui contribuait
à permettre aux autres contribuables de continuer leur trajet de contribuables […] (QUENEAU, 1995).
Cela se passait dans un de ces immondes autobus qui s’emplissent de populus
précisémente aux heures où je dois consentir à les utiliser. (QUENEAU,
1995).
A vida se manterá à distância graças ao humor,
o qual, lembra Clancier (1973), será, com frequência, o humor da linguagem, suscitando
desordem ao exprimir a situação:
Je mon dans un aut plein de voya. Je remar un jeu hom dont le cou é sembla à
ce de la gira et qui por un cha a un ga três […] (QUENEAU, 1995).
Jour un midi vers, la sur arrière plate-forme un d’de autobus ligne la j’S un
aperçus jeune au home trop cou qui long un portait entouré chapeau un d’tressé gallon […] (QUENEAU,
1995).
Yen a qui mégrice su la tère // Y en a qui maigricent sulla terre
Du ventre du coccyx ou des genoux// Du ventre du coq-six ou des jnous Yen a
qui mégrice l’caractère//Y en a qui maigricent le caractère
Yen a qui mégrice pa dutou// Y en a qui maigricent pas du tout
Na fase surrealista de Queneau, a influência
freudiana da retórica da interpretação dos sonhos pode ser notada em seus escritos.
Ora, a ênfase que aí se dá aos sentidos múltiplos, que podem ser “condensados em
um único símbolo ou significante”, é um argumento possível de ser ilustrado por
meio de toda sua escrita criativa. Nela há visivelmente empenho do autor no sentido
de impedir que o signo linguístico se reduza a uma essência unívoca.
Parece-nos que é possível ver, ainda, na língua
dos poemas e dos romances de Queneau, oriunda do francês falado da primeira metade
do século XX, com o vocabulário e a sintaxe próprios do homem comum, aquela conquista
que previu Breton ao falar da palavra preocupada agora com seu lado arquitetural.
O resultado é essa linguagem falada escrita, com sua ortografia tão humorística
quanto fonética, como já se apontou, fazendo nascer o cômico dela própria, visto
que não temos justamente o hábito de ver escrita a linguagem falada popular.
Sem dúvida, a obra de Raymond
Queneau vai muito além desses vestígios que podem ser visualizados aqui e ali, se
não na totalidade, em poemas e romances que escreveu. Mas, o que nos inspirou a
focalizar essa presença indiscutível do surrealismo em sua produção é o fato de
ele ter aparentemente pretendido buscar novos rumos literários, quando deixou o
movimento, mas, apesar de sua intenção, não ter alcançado anular sua herança surrealista.
NOTA
Em
todas as citações, os grifos e a tradução são da Autora do ensaio.
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GUACIRA MARCONDES MACHADO LEITE | Doutora em Letras (Língua e Literatura Francesa) pela Universidade de São Paulo (1991). Professora Livre Docente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (a partir de 2000). Professora de Graduação (1971-2014) da Área de Língua e Literatura Francesa e de Pós-Graduação (1990-até hoje) em Estudos Literários da FCL da Unesp de Araraquara. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Estrangeiras Modernas, Literaturas Vernáculas e Teoria Literária. Orienta Iniciação Científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado sobre poesia, narrativa, tradução. Fundou (1990) e é Coordenadora da Revista Lettres Françaises (Unesp/Araraquara). Líder do Grupo de Pesquisa do CNPq – “O Simbolismo: antecedentes e repercussões”. E-mail: guacira.marcondes@unesp.br.
JULIA SOBOLEVA | Nascida na Letônia, 1990, é uma artista de mídia mista baseada no Reino Unido. Seus processos envolvem pintura e colagem em imagens fotográficas encontradas, além de performance e vídeo. Nascida e criada em uma era pós-soviética e não sendo capaz de encontrar seu próprio lugar contra o passado complicado de sua nação, Julia explora as noções de loucura e realidade, família, tabu e trauma transgeracional em seu trabalho. Ela obteve um mestrado em ilustração na Manchester School of Art e passou a trabalhar como educadora e ilustradora freelance. Entre suas mais recentes exposições, destacam-se “Einblick 6: Julia Soboleva” Hamburgo, 2021), “I Have Found the Light in the Darkness” (Itália, 2021), “Danse” (França, 2021), “Please Don’t Mind Me While I Ugly Cry” (Grécia, 2022), e “The Rogues Gallery” (on line, 2022).
Agulha Revista de Cultura
Série SURREALISMO SURREALISTAS # 08
Número 207 | abril de 2022
Artista convidada: Julia Soboleva (Letônia, 1990)
editor geral | FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com
editor assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com
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