É o nosso um mundo
onde as dúvidas mas, pior que isso, determinadas certezas
encarnaram em inúmeros corpos, rostos, encenações de acontecimentos, vivências
contaminadas por uma realidade que excluiu a possibilidade da alegria de
existir ser não-dependente da razão social e, mais grave que isso, de acordo
com a propaganda incessante dos mass-medias, tendencialmente
ou inculcadamente supranumerária.
As civilizações, neste preciso momento, como se sabe sem ser pelos
oráculos já não têm possibilidade de escapar quer pelo fingimento quer pela
simulação propiciada pelos fideísmos a um facto evidente e palpável: são
mortais e, comprovadamente, desfazem-se a cada minuto. É uma desconstrução/modificação
acelerada a que só os ritmos individuais, curiosamente, colocam uma certa
barreira como se fossem ilhas. E o chamado real social, cada vez mais
constrangedor, é muito mais estranho e inquietante que o tradicionalmente
sinistro continente dos monstros inventados pela imaginação dos escritores, dos
pintores, dos cineastas que cultivaram o género.
Tzevetan Todorov, num livro escrito com o proverbial hábil articulado
dos intelectuais franceses de qualidade e, mais que isso, parisienses a despeito
da sua origem transnacional, concluiu – foi o que o tempo do século lhe
permitiu – que o fantástico residia acima de tudo nessa hesitação sentida
pelo leitor. Mas isso era e tinha de ser decorrente da escrita do
autor, fundamentalmente o fantástico reside nessa escrita e nos meios
existentes para que ela excursione por esse plano. Daí que hoje, a não ser por
equívoco, por falta de motivo ou, mesmo, por falta de capacidade inventiva, os
escritores já não cultivem o género fantástico, a não ser que lhe acrescentem,
de forma bastante natural mas perturbante, um fortíssimo elemento de
terror. O que, claro, é um sinal dos tempos, dos nossos tempos
devastados, uma vez que o fantástico tem a ver com o medo e seus
volteios e não com o terror e suas circunstancias. Os
contos e as novelas fantásticas – e o mesmo se verifica no cinema e na pintura
– foram contaminadas e mesmo substituídas pelos relatos sobre serial-killers e mass-murders psicopatas
ou no pleno uso da sua crueldade.
Deu-se pois uma inversão na realidade societária, que é o reservatório
no qual se baseia o campo de manejo dos autores antes de, após
a difusão da escrita, estas ficarem mescladas, interligadas, interpenetradas.
Como referiu apropriadamente Louix Vax, “A arte fantástica deve introduzir
terrores imaginários no seio do mundo real”. (Eu colocaria aqui um
pormenor: introduz sempre e é devido a esse facto, pois o
fantástico é sempre proveniente do território da escrita, da
arte em geral e é só aí que se exerce pese à simulação/convenção da existência
do fantasma). Ora, pelo contrário, hoje por hoje é o real
que introduz terrores bem reais no mundo do imaginário. Dado que nos
faculta perceber, ao constatar esta evidencia, que é bem certa a frase que nos
diz que a verdade, ou se quiserem a realidade, tal como a luz do dia é fatal
aos monstros imaginados, sendo ad contrari o ventre do qual
brotam os monstros reais da nossa existência perversamente socializada.
No fundo, por mor da agudização dos conflitos internos-externos, o
fantástico aparece-nos agora como um país recordado onde a imaginação se
refugiou, ela que é caçada pelas esquinas p’la protérvia dos donos da Terra
que, curiosamente, já nem dissimulam os caninos mas antes os justificam com,
até, certa galhardia…
Sendo encarnações simbólicas do Mal, os monstros fantásticos são hoje
brincadeiras algo evasivas em comparação com os monstros sociais que
determinados poderes forjam e erguem para que a sua estratégia resulte e
acrescente o seu estatuto de gente sentada numa cadeira curul.
Drácula ou Frankenstein – a não ser que os vejamos como representação
dos que ocupam a realidade circundante de topo – fazem bem triste figura,
pobres diabos em que os tornaram, ao pé de gente bem real como um Ceausescu, um
Kim il Jong, um Stalin, a corte nazi ou um ditador sul-americano ou, nos
últimos tempos, um qualquer chefe fundamentalista das diversas gamas em
equação. Ou um desses protagonistas centro-europeus ou médio-africanos que
liminarmente despacham milhares a sangue-frio sem grande esforço de consciência.
O jogo, o jogo de imaginar personagens de pesadelo, tornou-se um jogo
mortal. Mais grave – deixou de ser jogo e é agora uma espécie
de lembrança nos mecanismos do quotidiano. A questão fulcral não está na
leitura, como Todorov postulou, mas na escrita. O dono do
fantástico é o narrador, tal como na vida social o são os que governam a massa
de quem fingem depender pela representatividade democrática. Tal como num
filme, encenado com aprumo, tudo é em última análise o corpo sensível do
realizador, desde as personagens às peripécias, desde o décor ao
elenco.
Os monstros do fantástico que se transmutou enquanto os anos passavam –
e constatá-lo é quase um lugar-comum que o cinema por exemplo capturou com
oportunidade e argúcia - andam agora pelas ruas sob a fatiota de comerciantes,
de professores ou de modelos fotográficos, de farmacêuticos ou de
cabeleireiros, de simples agentes da autoridade, médicos e bancários. (Todas
estas profissões, aqui fica o detalhe, têm a ver com fitas ou livros
conhecidos, como o leitor proverbialmente atento recordará).
E é assim que de forma um pouco requentada ou arteira, num mundo feito
palco inquietante para personagens carnais assustadoras, um ersatz do
fantástico é, imagine-se, utilizado para distrair da realidade hostil: ultimamente,
a moda (que não é moda, mas golpe financeiro-societário bem artilhado e
consciente) dos filmes de vampiros para adolescentes, transfigurando os
monstros em pequenas vedetas que, pois é esse o seu enfoque, encantam os pobres
ingénuos de maneira singular.
Assim, por um lado, se exorcizam fantasmas perigosos do quotidiano e se
amenizam os focos traumáticos e, mesmo, as neuroses que inçam o dia a dia e que
aqui e ali ameaçam explodir.
O fantástico na Arte é como que um sinal que assegura que a imaginação
livre ainda não se esclerosou. Criando lugares negros e assombrados como em o “Manuscrito
encontrado em Saragoça”, os contos “científicos modernos” de Pere
Calders, as equações de Jorge Luís Borges ou as metáforas de Juan Rulfo ou
Cortazar – isto no universo ficcional hispânico – as incursões
poético-trágicas, permeadas de uma profunda nostalgia, de Bruno Schulz e Claude
Seignolle ou, num outro plano de inquietação e rigor, de Maurice Sandoz, Jean
Lorrain ou Jean Ray, o fantástico lança um repto à perversidade e ao cinismo do
mundo da necessidade e faz-nos saber sem lugar para dúvidas que o único sítio
onde devia ser lícito existir medo e monstros – o imaginário artístico – está
sendo submergido pelo sangue bem real e triste dos desvigamentos sociais provocados
pela inépcia dum mundo que vive entre os destroços do direito romano aprés
la lettre, as seduções ora apaziguadoras ora
perturbadoras da interactividade e as simulações dos fideísmos
ocidentais com, bem dentro do horizonte, os fanatismos de tipo oriental de boa
cepa medievalista.
Assim, o mundo do fantástico apela para a nossa compreensão, tanto dos
fenómenos interiores como exteriores, para a nossa capacidade de insurreição
ante as injustiças, as caquexias e as corrupções éticas oficiais ou privadas,
para o humor negro ou colorido e para a liberdade de optar, que não é
negociável. Não esqueçamos, antes o lembremos sem ceder a chantagens: as
tentativas contemporâneas, levadas a efeito por associações profissionais de
orientação geralmente “fideísta” ou de obediencia, que capciosamente tentam
eximir criminosos e assassinos à punição com o pretexto de que a culpa é da
sociedade, devem encontrar pela frente a nossa determinação demostrarmos que
a culpa é, sim, dos seus constituintes mais da sociedade que
os forjou e que aqueles geralmente controlam para efeitos do
seu interesse ilegítimo e opressor.
E saibamos seguir esse apelo do fantástico, saibamos excursionar
imaginativamente por essas noites negras onde as feras compósitas, sendo um
dado essencial, desaparecem no entanto varridas pelo cantar do galo e pelo ar
purificado das manhãs incorruptas.
Um universo
que aceite firmemente o sobrenatural encontra-se perto do maravilhoso mas longe
do fantástico. Pelo contrário, um universo profundamente realista é aquele onde
a ambiguidade fantástica se pode manifestar. Um vulgar cidadão supersticioso,
ante uma “aparição” diabólica, sente-se aterrorizado mas não surpreso. A
surpresa pode senti-la um honesto cavalheiro racionalista armado de tremendas
certezas, frente a um acontecimento insólito.
O fantástico, mais que a derrota do cartesianismo é a volatilização
daquilo que o sustenta: uma sociedade que perdeu o senso – e mais que o senso o
gosto ou o apego – das realidades (veja-se o mundo dos talk-shows,
onde a realidade apresentada visa criar um tipo de realidade
cobrindo/substituindo todo o real social exterior, complexo e contraditório).
O fantástico alerta-nos para o facto de que a qualquer momento podemos
desaparecer da face da terra. Com efeito, quem conhece o momento da sua morte?
Quais, adicionalmente, os mecanismos do Tempo? O tempo é nosso aliado pois
vivemos dentro dele ou, pelo contrário, é uma espada sempre suspensa sobre o
nosso pescoço? Passado, presente e futuro entrelaçam-se no relato fantástico e,
pois, no fantástico que se convencionou existir na realidade. Mas o fantástico
fundamentalmente tem a ver com o presente, esse instante infinito e evanescente
que tão depressa surge logo se vai e nós com ele. O fantástico tal como o
presente – que reside perpetuamente entre o passado e o futuro – equilibra-se
entre o mundo real e o sobrenatural hesitando
sempre. Pode dizer-se, com inteira adequação, que no sótão da Casa cresce uma
excrescência carnosa que assim que tenta tocar-se imediatamente se desfaz, para
voltar a reaparecer assim que nos afastamos. O fantástico contemporâneo é de
ordem conceptual, como nos contos de Père Calders “Aestrela e o desejo”,
“Coisas da providência”, ou no de Borges “Tlon, Uqbar, Orbis Tertius”,
onde para citarmos Vax os manejos do estranho se entrelaçam com os da
inteligência.
O herói-vítima moderno verificou com inquietação que o seu saber, o seu
conhecimento e a sua cultura já não lhe fornecem as necessárias armas
miraculosas para enfrentar a maldição mas que são, pelo contrário, um
motivo mais para tremer, um território mais de pavor e desesperança. (Assim
como os estabelecimentos de ensino de alto coturno, na prática desta
contemporaneidade, já não garantem um acréscimo de saber e de meios de vida,
antes são lugares onde os utentes com terrível frequência são votados ao
deus-dará uma vez que nas suas expectativas campeiam a desigualdade, a visão do
desemprego e, até, o cínico apadrinhamento partidário).
Em suma, o fantástico corrente contemporâneo é filho do desespero,
ao passo que o fantástico tradicional provinha do desconhecimento, da
fissura entre o que é real e o que pode não o ser. Perpassa na sociedade a
ideia difusa, muitas vezes inquieta e confusa, de que a dúvida entre
real e inusitado possível (selo canónico do fantástico) só existe no plano em
que os próceres do mando nos mentem, não nos fornecendo as verdadeiras
razões que guiam o mundo e permitem, no plano da escrita, ver claro e
fazer claro.
É isto que explica que nos últimos anos se tenham multiplicado como
cogumelos as novelas, romances e até ensaios propiciando relatos que de forma
impetuosa abordam as congeminações fraudulentas a que se teriam entregue
agremiações como o Vaticano e grupos iniciáticos, autores célebres, estados e
associações, antigos monarcas e argentários, etc.
Há pois um fantástico em acção, o relacionamento societário
está coberto por uma pátina que provoca no vulgar cidadão a sensação de não
saber às quantas anda como sói dizer-se.
Atentemos em que, como mais uma vez Vax assinalou, o fantástico é
também a presença do homem na fera ou da fera no homem. A
ferocidade do tigre é natural e não nos apavora. Mas pense-se num tigre com
cabeça de homem ou num homem com cabeça de tigre. Como é que pode haver coisas
assim? É dessa dúvida horrorizada que o fantástico brota. Mas neste momento,
devido aos avanços da tecnologia e da ciência de ponta, antolha-se a
possibilidade de isso poder de facto existir. Mais: há a possibilidade de
pessoas com a nossa aparência serem nasciturnos modificados tendo dentro deles,
monstruosamente desenvolvidos, todos os instintos de depravação e de
perversidade que os seus presuntivos utilizadores programaram. (Não falando na
utilização manipulatória e cínica dos mídias). E é desta ultrapassagem do
cidadão pelo Estado suposto que nasce a angústia e o desespero que o
fantástico moderno aponta mediante a escrita em que a dúvida passou para o
campo que se interroga sobre a legalidade e o abuso em que parece terem-nos mergulhado.
E não se resolve este impasse metafísico metendo a cabeça ou a caneta –
ou o aparelho interactivo – na areia…
A poesia é a transfiguração da realidade. O fantástico é o transtorno da
realidade. E dessa catarse possibilitada pela escrita nasce uma poesia
específica, diria antes: um halo de poesia que roça os campos da nostalgia e da
tragédia e que, dess’arte, permite que se ultrapasse a amargura que emerge da
fugacidade inerente à vida, ao tempus fugit fundacional.
A poesia, bem vistas as coisas, violenta as leis da escrita para nos
levar mediante a desconstrução a que procede à beleza e ao saber. No fantástico
é a violação das leis da lógica comummente aceites que nos transporta
titubeando, repletos de confusão, pelos recantos dessa terra inquieta. A poesia
projecta-nos num universo encantado, o fantástico mergulha-nos num mundo onde
todas as nossas certezas se estilhaçaram. Do fantástico solta-se um hálito
poético de feição assustadora e lúgubre, fascinante e entontecedora – e só
consegue isso se os textos que o perseguem não procurarem dar à vida a
poesia e sim o conflito entre o real normal e o sobrenatural
mefítico que jaz dentro da mais estarrecedora realidade, subitamente posta em
causa e aparentemente transformada em algo que não se sabe bem o que seja mas
que não nos gratifica
Deixemos durante alguns segundos o nosso olhar vaguear por pequenos
exemplos, para iluminarmos em tom de recreio uma certa função de leitores
encartados: pense-se, como na novela de Prosper Merimée “A Vénus de Ile”,
numa estátua plasmada num parque ajardinado. As estátuas, tal como os manequins
e os bonecos, são sempre vagamente assustadoras pois parecem-se em demasia com
as figuras de carne e osso. Na figura petrificada da estátua há sempre uma
sugestão de vida possível, de animação, ainda que a nossa razão e a nossa
experiencia nos garantam que tal não pode verificar-se.
Na novela referida há a suspeita de que uma estátua saiu do seu estado
petrífero para estrangular um noivo demasiado atrevido que com ela, para fazer
espírito, contraíra um matrimónio burlesco. Há indícios que podem tomar-se por
positivos, mas o caso pode ser o resultado da superstição ambiente ou levado à
conta de imaginação excessiva, bem aproveitada por um assassino hábil e
empreendedor.
O que não há dúvida é que Alphonse de Peirehorade morreu mesmo com o
peito marcado por vergões arroxeados e o pescoço torcido. Obra da estátua
escarnecida ou artimanha vivaz do rival espanhol a quem ele humilhara no
decurso dum jogo da pela?
Num relato policial este plot seria apenas um motivo
parcial de encenação e estaria ali apenas para carregar o enredo de um perfume
de mistério, pois a breve trecho se inflectiria noutra direcção fazendo desabar
as premissas de cunho metafísico, dado que naquele género tudo se desenrola
verdadeiramente no chão sólido do quotidiano real. Na novela fantástica, pelo
contrário, a sequência de acontecimentos horríficos ou angustiantes não
terminam num apaziguamento da descoberta nem sequer a têm como alvo. Em geral,
o final de um relato fantástico ou faz permanecer os motivos de angústia, num
articulado engenhoso ou abre novas interrogações tenebrosas. A explicação, se
assim se lhe pode chamar, levanta novas perplexidades de mau cariz.
Digamos que esta característica, esta feição de inacabamento, esgar de
humor negro amoravelmente acintoso, tipifica o fantástico como um
género aberto e, por isso mesmo, maior e laborado por autores de
qualidade superior.
Daí que o
relato fantástico recue ou desapareça nos períodos de conturbação ou exista debilmente
nos países onde, por mor ou da miséria social ou do fanatismo fideísta, laico
ou não-laico, a existência civil esteja sujeita às penas da desqualificação
ética, moral ou de timbre baixamente social, como sucede entre nós, que
nunca et pour cause tivemos literatura e arte fantástica – com
ligeiras excepções de desenquadrados eventuais - que não fosse vestibularmente
débil ou epigonal e imitativa.
Nicolau
Saião (Monforte do Alentejo, Portalegre, 1949).
Participou em mostras de Arte Postal em
países como Espanha, França, Itália, Polónia, Brasil, Canadá, Estados Unidos e
Austrália, além de ter exposto individual e colectivamente em lugares como
Lisboa, Paris, Porto, Badajoz, Cáceres, Estremoz, Figueira da Foz, Almada,
Tiblissi, Sevilha etc.
Em 1990 a Associação Portuguesa de
Escritores atribuiu o prémio Revelação/Poesia ao seu livro Os objectos inquietantes (1992). Autor ainda de Assembleia geral (1990), Passagem de nível (1992), Flauta de Pan (1998), Os olhares perdidos (2001), O desejo dança na poeira do tempo
(2008), Olhares perdidos (2007), O armário de Midas (2008), As vozes ausentes (2011), Escrita e o seu contrário (a sair).
Prefaciou os livros Mansões abandonadas, de José do Carmo
Francisco, Fora de portas, de Carlos
Garcia de Castro, Estravagários, de
Nuno Rebocho e Chão de Papel, de
Maria Estela Guedes.
Fez para a Black Sun Editores a
primeira tradução mundial integral de Os
fungos de Yuggoth, de H. P. Lovecraft (2002), que anotou, prefaciou e
ilustrou, o mesmo se dando com o livro do poeta brasileiro Renato Suttana, Bichos (2005).
Organizou, coordenou e prefaciou a
antologia internacional Poetas na
surrealidade em Estremoz (2007) e co-organizou/prefaciou Na Liberdade – poemas sobre o 25 de Abril.
Com Mário Cesariny e Carlos Martins, colaborou
na efectuação da exposição “O Fantástico e o Maravilhoso” (1984) e, com João
Garção, levou a efeito a mostra de mail art “O futebol” (1995). Concebeu, realizou e apresentou o programa
radiofónico “Mapa de Viagens”, na Rádio Portalegre (36 emissões). O cantor
espanhol Miguel Naharro incluiu-o no álbum Canciones
lusitanas.
Tem colaborado em espaços culturais de
vários países.
Em 1992 o município da sua terra natal
atribuiu-lhe o galardão de Cidadão Honorário e, em 2001, a cidade de Portalegre
comemorou os seus 30 anos de actividade cívica e cultural outorgando-lhe a
medalha de Mérito Municipal.
Contacto:
nicolau49@yahoo.com.
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