domingo, 25 de outubro de 2015

FLORIANO MARTINS & ZUCA SARDAN | Tramalhão das farsas: Atos I e II


I. DOIS LOUCOS À BEIRA DO POTE

ZS | Ciência e Poesia se irmanaram, e agora são três irmãs, a mais velha sendo a Religião. Esta última envelheceu, hoje em dia fala meio sozinha, ou então com beatas italianas em dia de procissão. Tia Religia não pode mais torcer as orelhas de ninguém. Quem manda mesmo é a Ciência, tudo o que ela diz todos acreditam, ela diz pros burros, "vocês são uns macacos racionais", os burros acreditam e começam a se coçar.

FM | A Madona Religare já havia cometido tantas atrocidades que não resmungou muito quando foi posta de lado pela Santa Lâmpada da Ciência. A desgraça veio mesmo é quando a Mecânica do Espírito engasgou-se com a agulha da Estatística Ego Summer e passou a regular seus passos pelos milhos do Ibope. A Ciência tornar-se Religião é o de menos. A catástrofe maior é quando a Arte se converte em Ciência.

ZS | Já se transformou em artigo de luxo da Alta Porquezia… coelhos de ouro… macaquinho do Pivette Cantor em porcelana… etzzz etzzz

FM | De tal forma que nessa balança comercial das artes o que ganha é do outro, mas o que se perde é para si mesmo…

ZS | A balancza comercial das artes é chumbada com pornomerda pra peruas-chics deslumbradas.

FM | O Carnaval é sempre antes, querido.

ZS | Assim é que a gente te pega de boca na botija… sabes direitinho do kalendário da paróquia… O-Ro-Roooo… Ztás louco pra soltar foguetes na festa de São João… e tem também o pula-fogueira com buscapé… Padre Feijó também era fingidão… Queria que o Vaticano permitisse casamento dos sacerdotes…

FM | O grande talento do Vaticano sempre foi comercial. E em um de seus capítulos capitais, o do comércio de almas, quanto mais triste, sofrida e desamparada a pobre dita, maior a sua cotação na Banvespa Ecomênica…

ZS | O comércio metafísico se lubrifica com o tráfico de Almas Proletas… Almas Capitalistas compram ações de Indulgência… e garantem um Purgatório macio, com mordomia… Mas quem trabalha nas fornalhas do Inferno?…

FM | Ora, ora, mas o que é isso?! Dizem que não há calor humano mais intenso e contagiante do que o que se pode encontrar no Inferno. Ao Céu foram encaminhadas as bestas que acreditam que um dia o fogo apenas iluminará. "Não há redenção sem chaga" - diz a tabuleta à entrada do Inferno. Mas apurando bem a vista se nota que o dizer foi adulterado e ainda dá para distinguir a versão original: "Não há redenção nem com chaga".

ZS | Como diz Frei Feijão: A chaga é de graça, mas não garante a Salvação. Saiu anúncio no tabloide Nanico Torto, de propaganda do Cassino-Thermal Averno: Estamos oferecendo desconto especial de fim de estação, de 50% pra sacerdotes, e, militares que venham juntos, serão considerados como uma só família, e ganharão o especial abatimento de 70%. Aproveite! Lamas thermais, telefone, duchas ferventes, luz elétrica, água corrente, salão de festas…

FM | Os primeiros 10 inscritos ganharão a História Suscinta da Revolta das Chibatas em 25 volumes, uma contribuição do Sebo Estalando-de-Novo, edição original em papel brochura, faltando o volume 17 - há dúvidas se o mesmo chegou a ser impresso - e os demais com a borda liquidada pelo tempo. Aproveite nosso pacote de visita guiada à Granja do Torto nas noites de sábado.

ZS | Noitada a bordo da Jangada da Medusa!!!… Churrasquinhos na brasa dos próprios comensais, sorteados na Tómbola de Minos… aproveite a total Liquidação… Açoites, tridentes, pregos, fornalhas de salão…

FM | A mulata era tão bela, quem quer fazer o cabelo dela? Cacimbinha, Cacimbona, quem quer fazer um chamego nela? Sabiá lá na janela, quem quer tirar a fitinha dela? Cacimbona, Cacimbinha, quem quer ficar um cadinho nela?

ZS | O Camões, como bom prutuca, tinhas sua escurinha, que ainda não chegava a ser mulata, mas já era pretinha… E no Delta do Mekong a chinesa afundou com o Rolo do Brasil… dos onze Cantos… só sobraram dez .

FM | O que era para ser começo de uma nova série total perdeu uma perna, ficaram somente nove. O que era então para ser a triplicidade do triplo perdeu uma perna, ficaram somente oito. Daí o que era para ser o símbolo da regeneração, perdeu uma perna e ficaram somente sete. Foi aí quando as sete direções do espaço deram uma topada e uma delas se perdeu, ficaram somente seis. Sozinha no balacubaco, sem saber o que fazer de si, a quintessência ficou confusa, perdeu uma perna, ficaram apenas quatro. A organização racional logo não se portou lá muito bem, perdeu uma perna e ficaram apenas três. Finalmente a síntese espiritual, o mundo parecia estar salvo, quando deu uma ventania e umas das pernas não se manteve no lugar, ficaram apenas duas. Entre a cruz e a espada, não havia jeito das opções serem satisfatórias, então rapidamente se arrancou uma perna e ficou apenas uma. Este símbolo do princípio ativo tende à megalomania e é melhor não lhe dar perna alguma. Restaria então o ovo órfico, com o qual já se sabe não foi possível fazer um omelete.

ZS | Perna por perna, o Pirata Perna-de-Pau náo chega à beira-dégua, porque o crocodilo já comeu a primeira, e está de olho na segunda.

FM | E o terceiro foi aquele a quem a Teresa deu a mão. Quantas laranjas maduras, quanto limão pelo chão… quantos mazelos esparramados dentro do meu coração… Uns indo pra lua, outros pr'Espanha.

ZS | Pior que a Espanha, por enquanto só mesmo a Grécia. Mas Portugal também está a bulanczaire… As Três Graças da Latinidade…

FM | Grécia, Espanha e Portugal, a fina flor do abacateiro de ponta-cabeça. Mais esperto de todos foi o Banco do Vaticano, que pregou a peça religiosa em todos e converteu a mitologia greco-romana em um bem sucedido comércio de almas.

ZS | Como sempre diz o Maquiavel, o Vaticano tem grande experiência no metiê. E o Papa Bórgia… sabe manobrar.

FM | Charrete nova na garagem, serventia a toda prova. Os brasileiros tão polidos aprenderam logo a comer coxa de frango com talher e torciam o nariz para a porção de grilos tostados. Rejeitando os hábitos da coroa e do mundo nativo, de tanto querer ser o que não tinha jeito, ainda hoje põem pra gelar o vinho tinto e recusam falar em sexo na frente das crianças.

ZS | Ordem e Progresso, Seriedade e Barbas probas. Procissão e Positivismo. Nosso céu tem mais estrelas, nossa mata mais coelhos.

FM | Trat-ta-ra-t-a-tá, blém, belém, blém-blém-blém… Toró, toró, to-ró… Shi, shi, shi…

ZS | Li a entrevista com a Amanda Berenguer, ao final, com grande lucidez, fala que "vivemos uma civilização anestesiada ou excitada até o crime pelas imagens visual e sonora", de onde se destampam os Pangarés do Apocalipse: dos vídeos e joguinhos de aparelhos eletrônicos manuais ou de salão, gerando genocídios e massacres em escolas e lugares públicos, por asnosomens drogados e zumbificados… E as autoridades médicas, teológicas e governamentais ficam se perguntando "Mas porque o celerado fulano perpetrou esse assassínio coletivo de crianças e passantes distraídos?… PORQUEEE?… Como se os assassinos soubessem lá porque fizeram a sanguinolenta asneira… A resposta é simples: eles NÃO SABEM porque fizeram. A Burrice Assassina Globalizada é a última novidade do Século XXI. Os Quatro Pangarés do Apocalipse não virão mais… porque foram superados pelos Asnos do Porvir.

FM | Mas são apocalipses distintos. O Uruguai não é uma sociedade deformada pelo agrotóxico. Hoje seu maior dilema é o elogio da pobreza. Aqui caímos no conto de que a esperança é imortal. Já na PromiseLand, a devastação pela overdose virtual e sonora castrou de uma paulada só lucidez e percepção, daí que certo tipo de criminoso - sobretudo aqueles criados em meio ao turbilhão fanático dos jogos de guerra - mereça mais um sanatório do que a cadeia. No Pa-tro-pi, não, aqui ainda somos casos de xilindró. Porque o espalhafato da imagem e do ruído gera uma mescla suicida de tolice e esperteza. Somos um povo barbarizado pela malandragem e o besteirol.

ZS | Mescla suicida (e assassina) de tolice e esperteza (e metralhadora), malandragem, besterol (e defuntos a granel).

FM | Enquanto isto a flor do ócio devora spa-Gretchen inculta e bela, será ela, será ela, até morrer. E deu na sétima hora do dia, na Rádio Espertinha do Monte Santo, que o morto de honra, programado para o Baile da Virada, desgostoso com a barba que lhe apararam e o cabelo cortado à quenga de coco, se escafedeu ao mínimo deslize das beatas arrumadeiras, deixando vazio o crucifixo e em silêncio as cantigas de roda.

ZS | Fazemos pirambeira acima uma procissão pra Santa Baldina… a seguir uma kermesse com sabugos de milho, pé-de-porco, balões, baile de sanfona pula-fogueira… e está tudo resolvido.


II. O CÁLICE EMBORCADO

DESEMBORCADO CÁLICE
Instante do fogo perene ao
nosso revisto afinal Juízo ou
entrançados versos nossos
com que criamos aquele de que
heresia melhor fonte não há


FM | O modo de ver azucrina (cavalinho baio) quem pôs os olhos de lado evitando bispar a janela crescendo dentro da moldura da paisagem (trote modelado). A janela engole o sapo e a sapatilha da mundana realeza. Ficam de fora os guetos fingindo sindicância e os tonéis de esperança liquefeita tão azeda quanto as páginas da cartilha escolar.

ZS | A janela come a paisagem, a paisagem invade a casa com o sapo que pulou a janela. Diante da casa estaciona o caminhão com os tonéis vazios da esperança.

FM | Quem Dali saltou, do Botequim ao Teatro, não viu com quantas horas molengas se faz um atraso. O fato é que o cenário tem ficado desolado pela falta de compreensão de seu staff desconhecendo o ouro das minudências.

ZS | A arte de se atrasar pra não morrer atrás do trem, é contar as horas pelos relógios molengas de Dalí, de que os ponteiros são bigodes.

FM | E deixar o tempo espairecer um porco na sarjeta. Porcos não usam bigodes, porém sapateiam na frigideira. Uma navajo desafiou o trem a meter-se película adentro sem rasgá-la. Mal sabia que antecipava em anos o Armory Show.

ZS | Foi a mesmíssima Carmen Navaja que se meteu na frente do quadro de vidro do Duchamp. O Rei Nu, descendo a escada presto, tinha um alfaiate safadão, que lhe fez um traje invisível. Ele NÃO estava nu, descendo a escada. MAS…

FM | Escada abaixo o detalhe estava em não arranhar o assoalho, descer quase flutuando para que a realidade não desse por conta do quanto vinha sendo ludibriada. O alfaiate mantinha um séquito de rãs espertinhas para socorrer o REINO cada vez que houvesse conflito de interesses envolvendo membros do Clero.

ZS | Ninguém mais enganada que a Ready-Made Reality. As graçolas do Armory Show são as que mais sucesso fazem com a tifosada, e mais estrondoso prestígio trouxeram pros Mágicos Europeus. Pena que pelos finais dos 50s os artistas Yanques aprenderam o truque e… roubaram o show. E agora, Marcel?…

FM | Puseram todos a mesma viola em diversos sacos, e já não sabiam mais do paradeiro do fraterno diapasão eletrônico. Marcela saiu do campo, deixou a roça, instalou-se num muquifo na rua detrás. Viciada em éter, raiava o dia achando que a noite jamais voltara para casa.

ZS | Mas não precisamos nos preocupar: eles ficaram famosos, sucesso garantido, qualquer coisa que fizessem ou deixassem de fazer era o suprassumo da Arte. Uma roda de bicicleta, uma panela esquecida pela irmã na cozinha, o esparadrapo usado na ferida no joelho, o monte de graxa pousada na cadeira, tudo selecionado pelos Magos Conceptuais entra direto no acervo dos mais importantes Museus do Mundo.

FM | Os Magos se espalharam pelo mundo, abriram oficinas por toda parte onde davam cursos de como converter quinquilharias domésticas e lixo industrial em obras de arte. Instrumentos quebrados ganharam nova vida. Estética, afinação e outras prosas fartamente glosadas, incluindo a tabela periódica, tudo caiu em franco desuso. E todos, agora mais do que nunca, podiam se sentir como irmãos em um culto, salvos pela arte.

ZS | A Glória que é uma loira novidadeira adora a tranqueira das instalações. Mas Dona Posteridade, morena severa e carrancuda, protesta : "Ai, meus tamancos ! Que vou fazeire coesse lixo ?…

FM | Riem todos, até as pastorinhas gargalham, porém a adega está tomada de vinho azedo e as FALSAS FARSAS destroncam também a frondosidade de outros jardins quiméricos, povoados por letrinhas e uma antes imponente escala musical. O mundo todo na caminha da sessão Trash Maravilha.

ZS | Lotação esgotada. Avanço da tifosada. Alvoroço. Bilheteira desmaia.  Porrada no guichet.

FM | Não há acalanto para estas tristes cismas do macambúzio Dr. Destino, sempre traído em seus panos esvoaçantes. Da última vez disse que por ali não iria mais, e saiu a buscar novas formas de deriva, quem sabe na ciência, essa donzela fugaz que há muito perambula pelas ladeiras de além-mar, sempre outra, nunca a mesma.

ZS | Mais careca que o Faraó… é a bela Nefertite… Mais fornidos d'alcatrão… os charutos da Esfinge…

FM | Os dias vão se empanturrando de fartos saberes iludidos e outros truques longitudinais. Confundem-se pança e corcova do tempo. Nefertite, minha santa, por um balcão sai um rato, por outro entra um morcego… Do alto da casa é que vemos a noite querendo aconchego…

ZS | Quando Michel, o sineiro da Notre-Dame, faz suas acrobacias na corda, as beatas babam. É preciso eletrizar o cotidiano com a Magia da Arte. A Ciência  pros Cus-de-Ferro, o Tutu pros Banqueiros, a Poesia  pros Vates.

FM | Vai direto, Sataninha. Prepara a goma pro banquete, que a pajelança não se atreva a negar o melhor cauim. Desmontemos o tutu. Um banho de mica bem fervida na bundinha  dos oráculos. A Poesia que trate de valer o vintém que nós num tem.

ZS | Poesia é mais pobre que rato de igreja.  O Romance sim, é rico, é gordo, é forte. Até os milhoitocentos e tal, o Poeta ainda tinha sua capelinha, era convidado pro sarau de belas  Peruas-Chiques de balangandãs e peitão estufado ...

FM | Agora os matreiros passam a tabuleta raspando as sobras da lei de proteção ambiental às metáforas da corte. Baixelas e baixarias para os pedigrees de proveta. Estufe a córnea quem quiser ler. Hoje as letrinhas ficaram tão magras que já não põem uma frase em pé.

ZS | Não pode haver proteção ambiental sem proteção à pasteurização mental globalizada. A própria revolta foi absorvida e pasteurizada. O-Ro-Rooooooo ...

FM | Créus e incréus batiam cabeça entre si, e a Madonna recém empossada, do alto posto em seu carro alegórico, entoava um mantra umbilical! Salve a Rainha! Esta festa não tem mais fim…

ZS | Nota-se ultimamente no Louvre  uma fila agitada do outro lado do muro onde está exposto o retrato da Gioconda. (O arquiteto Xeval abriu no muro uma janelinha donde vê o Bundão da Gioconda.)

FM | Enquanto isto permanece hermeticamente lacrado o Grande Vidro de Duchampelion, sob suspeita de haver ali um ninho de ready-made dotado de alta inclinação retiniana.

ZS | Ocorreu nova racha no Vidro do Duchamp. Esta racha, graças ao Vidraceiro, poderá ter efeito benéfico sobre os mais esclarecidos do público, que poderão reconhecer que eles estavam sendo preconceituosos ao recusar a Arte Conceitual e passarem a adotá-la. Há sempre o perigo de que a possam porém banir de modo brutal e eficaz; ou a transformar numa ideia aceitável, e a sublimarem. É preciso que o Vidraceiro vença a resistência que patrulha, de sentinela avançada, a porta da esfera consciente. Uma vez engajado, o noviço torna-se um fanático fiel.

FM | É um velho dilema: o que fazer com a fábula quando as uvas estão em falta ou quando a pequena tartaruga se recusa a competir com a lebre? O Vidraceiro bem podia ter percebido que frente a certos vícios de linguagem não há fanático que resista. Bem feito que a temperatura tenha chegado até aqui: um imenso pátio de estoque das mais variadas caixas, pretas e brancas, e nenhum comprador interessado.

ZS | Os compradores só se interessam, e loucamente, pelos ovos das galinhas chocolateiras do Coelho Pascal. E tudo mais é literatura. Mas as galinhas chocolateiras entraram em greve!! Pascal desesperado prensou o galo. "Você agora que se vire e bote ovos de chocolate." / "Mas eu não sou galinha, não boto ovo." / "Não faz mal, você bote lá o que possa e embrulhe em papel celofane. O Comércio não pode parar."

FM | E foi assim que desde então perdeu valor no mercado as coisas que são apenas o que são. A verdadeira alegria comercial e o gozo dos feirantes se especializaram em vender lebre por gato. Não importa o que o público queira, a ele será dada sempre a ilusão de outro querer.

ZS | O pior cego é o que tapa o olho furado.
O melhor feirante é o que vende urubu por peru.
O melhor freguês é o que quer ser enganado.
O melhor consumidor é o que quer virar
seu próprio artigo que some no uso.
Esta era a grande fascinação do cigarro.

FM | Cada tolo à sua maneira emborca
o cálice antes ou depois do uso.
Columbo - Calombo – Colombo
De qual dos três será o ovo enfrascado?
O ditirambo afinal será apenas um
dos ecumênicos pecados da gula!
Esta é a grande satisfação do pigarro.

ZS | A Arte de Vender é saber empulhar o Povão. Pra valorizar artigos de cama e mesa, o Vendedor bota montes de travesseiros num vasto tabuleiro no palco… recita trechos doParaíso Perdido, de Milton…  e rola por cima dos travesseiros como se fossem Nuuuuveeens…  Sucesso garantido… avanço do povão em delírio… estoque esgotado…

FM & ZS | Quem arrisca um melhor preço?

CAI O PIANO




[Teatro experimental que andam a escrever Zuca Sardan e Floriano Martins, a quatro mãos salpicadas de humor © 2015.]






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