Este texto de MC, cuja cópia me foi oferecida por ele
em Setembro de 1978, para além da sua importância como documento revelador duma
consciência livre, activa e ética, dá-nos pistas de relevo para entender na sua
verdadeira dimensão os ataques que o seu autor sofreu, a partir de determinada altura,
por parte de antigos companheiros de rota, nomeadamente Luiz Pacheco, Vergílio Martinho
e alguns outros membros colaços inscritos no Partido Comunista luso.
Para além, é claro,
do que os poderia separar ao conceberem e praticarem da maneira própria de cada
um a vivência quotidiana na efectivação do surrealismo e/ou abjeccionismo e das
suas proximidades durante a época salazarista e da que imediatamente lhe sucedeu,
o chamado PREC, eivado de contradições e movimentações as mais estranhas e afastadas
de uma liberdade autentica que o golpe do 25 de Abril se propusera levar a efeito,
incrementar e permitir consolidar.
Sei, porque eu
estava lá e o ouvi por diversas vezes – na “tertúlia” do Café Monte Carlo principalmente,
onde passei a estacionar durante razoável período de tempo após a minha ida, com
Carlos Martins, ao contacto com os surreal-abjecionistas do chamado “Grupo do Grifo”
– que as críticas, por vezes muito acerbas, que lhe eram dirigidas assentavam principalmente
em duas características do nobre autor de “Pena Capital”: ter feito nome na pintura,
o que lhe granjeava proventos consideráveis e legítimos e, adicionalmente, estar
contra as posições afixadas por aquela formação política que jamais esteve liberta
do autoritarismo estalinista ou do cunho dependente das directrizes que a URSS estabelecia
para a desejada sovietização a seu modo das
chamadas democracias ocidentais ou ocidentalizadas. Martinho, pessoa aliás cordata
no seu cômputo pessoal de relacionamento, era um ferrenho adepto do cunhalismo,
tendo-me uma vez afirmado que considerava Álvaro Cunhal o maior político da Europa.
Quanto a Pacheco,
para entendermos o seu ímpeto verrinoso em relação a Cesariny basta conhecermos
as peripécias, pouco abonatórias, da sua adesão “militante” e conceptual (aquando
da sua inscrição no PC) já no que sucedeu - e insistira expressamente para que sucedesse
– na sequência do seu falecimento (caixão coberto pela bandeira deste partido e
discurso fúnebre proferido por um importante quadro comunista, a exemplo do que
fôra feito na cerimónia de Ary dos Santos). O qual objectivou, sem razão para dúvidas,
a rendição absoluta do falecido às posturas que eram o corpus concreto e a feição mais estreme da acção cunhalista
na sua caminhada totalitária em Portugal e no mundo.
Cesariny, libertário
e surrealista, espírito livre e voz alta e clara, não podia claramente compaginar-se
com os vezos de antigos companheiros que nunca tiveram uma frase de crítica para
verberar ou infirmar o totalitarismo em que se mergulhavam os próceres comunistas
nacionais e internacionais e enlevavam os fautores dos acintes, dos ataques maiores
ou menores que lhe eram dirigidos nos “anos da brasa” lusitanos – conforme ao que
lá fora, na Europa ou noutro continente, acontecera e acontecia (e ainda acontece)
aos surrealistas ou a qualquer um dos que não se curvavam nem curvam ante o “esquerdismo
totalitário” a que a vulgata marxista, hoje jungida ao “politicamente correcto”,
dá o mote, o tom e a estrutura na figura de espantalhos letrados.
Cremos, pois, que
este texto ilumina de igual modo o porquê de em certos círculos (que se têm caracterizado
por epigrafarem e festejarem o denominado “surrealismo de escola” e, de forma algo
precipitada e controversa, cozinharem de maneira peculiar o chamado “abjeccionismo
luso”) se buscar envolver numa típica legenda o perfil solenizante de Luiz Pacheco
– liofilizado et pour cause e seguidamente colocado
num certo Olimpo – que a realidade da História feita com pundonor e verdade objectiva
reconduz sem partis pris à sua real dimensão.
Nasceu este ano
na URSS um ciclo de heróis.
Leio, do escritor
Máximo Gorky, estas breves linhas extraídas de um artigo de jornal publicado em
Moscovo em Novembro de 1917. Repito: em Novembro de 1917:
Lénin,
Trotsky e os que os seguem já estão contaminados pela embriaguez do Poder e é exemplo
disto a sua escandalosa atitude em relação à liberdade de palavra, às liberdades
individuais e a tudo aquilo por que a democracia se bateu. Fanáticos delirantes
e aventureiros sem escrúpulos lançam-se de olhos cegos numa pseudo “revolução-social”
que mais não será do que a estrada da anarquia, da ruína do proletariado e da ruina
da revolução.
Empenhados
nesta via, Lénin e os seus companheiros de luta permitem-se todos os crimes: uma
carnificina nos arredores de Petersburgo, a destruição de Moscovo, a supressão da
liberdade de palavra, prisões insensatas, enfim, todos os horrores perpetrados por
Plehve e Stolypine. Mas Plehve e Stolypine agiam contra a democracia, empenhados
na destruição de tudo o que de honesto e vivo existia na Rússia, enquanto Lénin,
pelo menos até agora, é seguido por uma considerável fracção de trabalhadores. Estou,
no entanto, em crer que o bom senso da classe trabalhadora, a consciência que ela
possui do seu papel histórico, depressa abrirão os olhos do proletariado para o
aspecto totalmente quimérico das promessas de Lénin e para a extensão funesta da
sua loucura. (…) A classe operária deve saber que não há milagres e que o que a
espera é a fome, a indústria totalmente desorganizada, a ruína dos meios de transporte
e um longo e sangrento período de anarquia seguido de um sombrio período de reacção
não menos sanguinolenta.
Estas palavras
de Gorky, que ele sublinhava com o título “À atenção da Democracia”, num jornal
que em breve seria proibido de aparecer, em vão as procuraremos nas centenas de
edições, mais tarde feitas pelo Estado soviético, das Obras Completas do escritor.
Foram expurgadas, como todos os títulos que fez surgir durante um ano nesse jornal.
Quanto aos redactores e colaboradores dele, informa-nos Boris Souvarine que, à excepção
de Gorky, pereceram todos nos subterrâneos da GPU. Entre eles Lozovski, primeiro
organizador dos sindicatos soviéticos e depois ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros,
torturado na cadeia até à morte, e Vassily Bazarov, tradutor russo do “Capital”
de Marx.
Vê-se, pois, que
o “sombrio período de reacção” que Gorky previa não tardou em afirmar-se. Vemos
mais, infelizmente: que nunca mais desarmou, de 1917 até hoje. E tal como Gorky
acentua, com lucidez que pode parecer-nos comum mas não o era de facto, tratar-se-ia
de um reacionarismo conduzido em nome dos trabalhadores, em nome da revolução.
Porque ponho entre
nós estas palavras de Gorky, gentil humanista e deficiente escritor que acabou por
não resistir ao canto da sereia stalinista, que lhe pagou com as honras de envenenamento
pela GPU de Yagoda a ambiguidade da sua adesão? [1]
Pois porque, em
meu fraco entendimento, ouvir-se-á sem dúvida, aqui e lá fora, a sinceridade do
nosso protesto pelos julgamentos e encarceramentos fascistas de Yuri Orlov, Anatol
Sharansky, Alexandre Ginsburg, Victor Pyatkus, Vladimiro Slepak e José Begun mas
de nada ou de pouco nos servirá se a todos nos situarmos no quadro de uma Convenção
ou Acordo assinado em Helsínquia sobre Direitos Humanos. Que esse acordo que já
se previa desacordado seja uma etapa da maior importância na luta política entre
sistemas sociais diversos, estamos aqui para confirmá-lo. Mas aos jogos, às conquistas
e às cedências da raposice política havemos de acrescentar uma outra dimensão para
que estamos: a observação e denúncia da inflação pavorosa do linguajar que nos enche
o ouvido. Que as piores injustiças, os actos mais selvagens, os maiores crimes podem
chegar à rua em ondas de consagração, se não de santidade, quando lhes alçam pela
carapuça o termo “revolução”, é fenómeno consagrado pelo uso, que já nem vale a
pena discutir. Atentemos apenas neste quadro: Revolução nacional, do dr. Salazar.
Revolução mundial, do dr. Trotsky. Revolução social nacional, do dr. Stalin. Revolução
nacional social, do dr. Hitler. Revolução pronunciamento militar, do general Franco.
É óbvio que em todas estas etiquetas de desespero o que há de menos é a Revolução.
E ousemos agora e sempre muito alegrar por este final de século não ter sido brindado,
como parecia, por mais um nacional-socialismo, encabeçado pelo luso dr. A. Cunhal.
[2]
Este “charivari”
de ideias decepadas pelo uso pirata da sua necessidade, estes discursos que mostram
o anverso para expelir o reverso e que já só funcionam como metáforas, trazem quiçá
consigo a boa nova: a de que nesta época do primado da ideia as ideias estão todas
pela hora da morte, elas todas, as óptimas, as boas as péssimas e as talvez. Já
não conseguem falar. O que, em certo sentido, é um inestimável bem: talvez depois
de meio século e mais de regimes ditatoriais e de Estados totalitários possa começar
a descobrir-se, a evidenciar-se, que as ideias só são aquilo que são, parte do homem
– como as partes sexuais – não o seu todo; e, em consequência, evidenciar-se que
sendo as ideias coisa séria, como as ditas partes, a tentação de pô-las a servir
o que não é serviço delas leva à blenorragia intelectual que estamos apontando.
Julgo que é chegado
o tempo de uma nova enciclopédia, de poucas mas claras páginas politicas. Há uns
três anos, em pleno consulado de Costa Gomes, [3] ouvia-se no Rossio de Lisboa um espontâneo que, vestido à civil,
enfileirava no entanto ostensivamente entre militares munidos de G-3 em posição
de disparo, e gritava estentórico: “Abaixo a social-democracia!”. Cheguei-me a ele
e disse-lhe: “Abaixo a ditadura!”. Pareceu surpreender-se com aquela minha audácia
e olhou por cima dos ombros, à direita e à esquerda, como a assegurar-se do apoio
dos soldados entre os quais se postara. Para meu eterno descanso, os soldados nem
buliram. Apercebendo-se disso, o homem encarou-me e gritou: “Viva a ditadura da
maioria!”. Retorqui-lhe: “Não sei o que é!”. O homem não mo explicou.
Ora tem dois géneros,
dois pelo menos e ambos tenebrosos, esta “ditadura da maioria”: um deles, velho
da idade do Mundo, será pressão exercida, qualquer tipo de pressão em qualquer tipo
de sociedade civil, por uma maioria distraída sobre uma minoria atenta – e, neste
aspecto, tanto podemos recordar Rimbaud quando assevera que a poesia não ritma a
acção, vai à frente dela, como podemos referir-nos ao martírio milenário das comunidades
judaicas e à destruição física, ainda nos nossos dias, de expressões e civilizações
importantes, e até talvez mais importantes, como a dos índios norte e centro-americanos.
Mas não era decerto nesta desgraça que pensava o espontâneo do Rossio de Costa Gomes.
Era numa desgraça ainda maior, mais sofisticada, codificada, filosofada, desvirtuada
e propagandeada pela actual retoiça materialista histórica e dialéctica do Estado
totalitário, também de vários nomes antitéticos: democracia popular, ditadura do
proletariado, etc. E dizer-se ou ouvir-se dizer que Karl Marx não é o marxismo,
que Descartes não é o cartesianismo, ou que Cristo não é cristão já cai na pilhéria
aquela da “normalidade na anormalidade”,
quando fugiram os presos. [4] Ou, um
pouco mais grave, no projecto de lei fascista contra o fascismo. É a aplicação universalmente
descontracta do binómio de Newton: fomos perseguidos por minorias infames e exploradoras?
Passemos a perseguidores implacáveis, delegados que somos de maiorias sublimes.
Porém, estes delegados do maior não conseguem mais do que aumentar desmesuradamente
o número de cárceres. E, no melhor dos casos, numa União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas onde não há socialismo nem sovietes, um almoço sem carne e raramente
com peixe substitui o vinho antigo, que cintilava nas imagens de liberdade.
Vi há pouco um
filme de péssima extracção estética e casuística, “As sandálias do Pescador”, [5] em que o dissidente soviético Anthony
Quinn, presuto, perseguido e arrecadado bispo de Kirov, é libertado de um Gulag
e exilado na Cidade do Vaticano. Esta fita USA tem um final a arrebentar de feliz:
Quinn vira Papa e, na cerimónia da coroação, Rei dos Reis, anuncia que venderá ao
desbarato todos os bens materiais da Igreja, terras, mosteiros, pedrarias, tapetes,
os frescos de Miguel Ângelo, os óleos, os anéis, o ouro dos altares e o de trazer
por casa, as acções da Companhia de Jesus, etc, etc, etc, para que enfim se acabe
a fome no Mundo. Não vi o nome do realizador mas se acaso é um tonto é um tonto
que se excede, porque te põe em frente do nariz a última tentação do marxismo antes
de definitivamente desaparecer: a nostalgia de uma Igreja, a necessidade de um sagrado
para que nunca apelou porque não lhe achou nome. [6] A catacumba itifálica marxista obrigatoriamente dispensa a respiração
indivíduo finito/ universo infinito, para se ater aos Estados-Deus dos romanos.
À quantidade imensurável de mártires produzidos não correspondeu uma gesta específica
de heróis, porque o herói pertence ao mundo da esperança, alheio à vocação de quantos
infelizes continuam a tender, na modernidade, para a emulação dos cristãos pelo
toiro, pelo fogo e pelo leão.
Mas a estes Cristos
Ateus, paródia nova, e creio eu que última, da catacumba marxista, falta-lhes a
imolação pela pomba, segredo que a Católica, ela também em convulsão intestina,
não pode vender a ninguém.
Não quero terminar
sem dizer-vos que a única coisa realmente importante que vejo nestas minhas palavras
é o acto de as estar pronunciando aqui, entre vós.
Quero ainda chamar
a vossa atenção para o importantíssimo conteúdo das palavras pronunciadas por Anatol
Sharanski ao despedir-se dos seus depois de condenado. Ele não invocou a Jerusalém
celeste nem atirou para a consumação dos séculos o velho sentido hebraico da redenção.
Ele disse algo que é transformação formidável, é transformação qualitativa na luta do povo russo pela obtenção
dos direitos humanos. Disse: “Até para o ano, em Jerusalém!”.
Estas palavras
significam que nasceu este ano, na União Soviética, um ciclo de heróis.
Mário Cesariny
| (30-7-1978)
NOTAS
(1) Conforme se veio a saber depois da queda do Muro
da Vergonha e concomitante abertura de arquivos secretos da URSS, Máximo Gorky morreu
após envenenamento perpetrado por agentes da polícia política. Coisa que se suspeitava
mas se tinha medo de conferir, embora circulasse à boca pequena nos “mentideros”
do regime. Com a sua típica e hábil velhacaria e magnífico cinismo, Stalin mandou
no entanto fazer-lhe funerais de Estado.
(2) Político luso, inteiramente devotado ao comunismo
russo, viveu vários anos na URSS e noutros países de Leste, frequentemente sob incógnita
para usufruir de maior desenvoltura militante. Autor de várias publicações teóricas
tornou proverbial a expressão “amplas liberdades”, que a seu ver caracterizaria
a doação ao povo quando o PC chegasse ao Poder. Curiosamente lançou-a em público
no período em que o seu partido mais tentava cercear a liberdade possibilitada pelos
militares revoltosos…
(3) Francisco da Costa Gomes, general depois elevado
ao marechalato pelo Governo no fim da sua vida. Crismado com o anexim de “Chico
Rolha”, devido à sua capacidade de sobreviver flutuando mediante um oportunismo
habilíssimo, foi um aliado forte e objectivo da URSS, nomeadamente como figura cimeira
das consabidas associações para a paz, entidades de que este país se servia profundamente
ao recheá-las de “idiotas úteis”.
(4) MC alude a um caso que se tornou célebre durante
o PREC (Processo Revolucionário em Curso): a fuga, que teve contornos enigmáticos
e ridículos, em vista do que a rodeou, de 89 (!) agentes da PIDE, todos no mesmo
dia e à mesma hora, das cadeias em que a cena abrilina os encafuara. A frase que
ele cita foi proferida por um prócere governamental…visando justificar o tragicómico
sucesso.
(5) Filme do realizador britânico Michael Anderson,
baseado na obra homónima de Morris West, escritor católico especializado em romances
girando no universo fideísta. Anderson, que se notabilizara através de bons filmes
como “A fuga de Logan” (science-fiction), “O Memorando Quiller” (espionagem) ou
“A casa da Flecha” (mistério & suspense), encenou aquela obra (por razões comestíveis?)
para a Metro Goldwin Mayer, que presumivelmente recebera essa encomenda dos meios
vaticanistas mais “avançados.
(6) Actualmente, o protagonista da paródia aludida é,
claramente, o inefável Papa Francisco, figura mediática que conseguiu ultrapassar
o dinâmico Woytila e o melífluo Ratzinger na sua piscadela de olho aos credos politicamente
correctos “new stile”, ao racionalismo crente “nouvelle vague” e ao “marxismo cultural”
de diversos matizes obnóxios – os que acham possível uma espécie de Tratado de Tordesilhas
islamo-cristão, com recorrências ora fradescas ora ideológicas… e em que o inimigo
a crestar é o ateísmo ou mesmo o agnosticismo de cepa progressista.
*****
MARIO CESARINY (Portugal, 1923-2006). Poeta, artista plástica,
principal articulador do Surrealismo em seu país. Página ilustrada com obras de
Mario Cesariny (Portugal).
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● ÍNDICE # 100
EDITORIAL | 100
números e a dinâmica imóvel do cotidiano
http://arcagulharevistadecultura.blogspot.com.br/2017/08/agulha-revista-de-cultura-100-julho-de.html
AGACÍ DIMITRUCA |
Tiempos griego-españoles
ALFONSO PEÑA | Conversa con Claudio Willer
ANDREA
OBERHUBER | O livro surrealista como espaço transfronteiriço: Lise Deharme e
Gisèle Prassinos
ANTONIO CABALLERO | Harold Alvarado Tenorio y un libro a cuchilladas
DANIEL
VERGINELLI GALANTIN | Eliane Robert Moraes: perversos, amantes e outros
trágicos
ELVA PENICHE MONTFORT | Fotografía y surrealismo: fetiches de Kati Horna
ESTELLE IRIZARRY | Eugene Granell: correspondencias entre creación
pictórica y literaria
ESTER
FRIDMAN | A linguagem simbólica
no Zaratustra de Nietzsche
FLORIANO
MARTINS | Enquete sobre Erotismo e Sexualidade – Parte 1
FLORIANO
MARTINS | Enquete sobre Erotismo e Sexualidade – Parte 2
FLORIANO
MARTINS | Enquete sobre Erotismo e Sexualidade – Parte 3
HAROLD ALVARADO TENORIO | 100 años de poesía en Colombia
ISABEL BARRAGÁN DE TURNER | La isla mágica de Rogelio Sinán
JOSÉ ÁNGEL LEYVA | Víctor Gaviria: El poeta y el cine
LUIS FERNANDO CUARTAS | La ilusión siniestra de los cuerpos y los
engaños de la metamorfosis
MARIA LÚCIA
DAL FARRA | Herberto Helder, sigilosamente Herberto
NICOLAU
SAIÃO | Recordando uma comunicação de Mário Cesariny
RICARDO ECHÁVARRI | El poeta Arthur Cravan em México
SUSANA WALD | En el espejo retrovisor
ULISES VARSOVIA | Esencia y excedencia de la poesía contemporánea
ARTISTA
CONVIDADA | FELÍCIA LEIRNER | GISELDA LEIRNER | Felícia Leirner, minha mãe
Agulha
Revista de Cultura
Número
100 | Julho de 2017
editor
geral | FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com
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assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com
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revisão
de textos & difusão | FLORIANO MARTINS | MÁRCIO SIMÕES
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de tradução
ALLAN VIDIGAL | ECLAIR ANTONIO ALMEIDA FILHO | FEDERICO RIVERO SCARANI | MILENE MORAES
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