quarta-feira, 4 de abril de 2018

MARIA ESTELA GUEDES | O Apocalipse de Domingos Vandelli



Micropeça supranaturalista, mas sem obediência
estrita à cronologia nem aos lugares da História

PERSONAGENS: Domingos Vandelli, Izabella Bon, Alfarrabista.
CENA: Aposentos de Vandelli na casa da Calçada, em Coimbra.
AÇÃO: Num dia de festa em homenagem ao filho, Domingos Vandelli é preso pelas novas autoridades, no episódio da Setembrizada

● Domingos Vandelli acaba de se vestir, mas repara que lhe falta qualquer coisa na lapela do casaco. Chama a esposa, esta tarda a responder. É um homem alto, magro, nervoso, e está irritado.

VANDELLI (Chama, num desespero crescente) – Izabella!... Querida! Izabella mia!... Onde se terá metido? Rais de Júpiter, mulher, você fugiu para a Penha de França? (Zangado:) D. Feliciana Izabella Bon!

IZABELLA – Mais qu’est-ce qui se passe, mon chéri? Domenico, veja lá se se despacha, está aí o frade já no oratório, pronto para a eucaristia! Maçada, as meninas só agora se levantaram da cama, e as flores ainda não chegaram… Mas que bela festa se prepara para o seu filho Alexandre António!...

VANDELLI – Como se o filho não fosse seu também, Izabella! Deixe lá o frade a marinar no oratório, só lhe fará bem alguma pré-meditação… Há dias em que tudo corre mal, pelo Ente Supremo! Olhe para o meu casaco… Desapareceu o ramo de acácia…

IZABELLA – Mon chéri, e onde está a jóia? Não me diga que perdeu o alfinete, Domenico! Não me dê essa ralação logo hoje, que é dia de festa!... Uma jóia de estimação, e com diamantes de Bornéu!... Não perdeu, pois não, chéri?

VANDELLI – Perder, não terei perdido, mas encontrar, já procurei em todos os guarda-jóias e ainda não encontrei… (Abana-se com uma folha de papel:) Calor, hem? Este Setembro está ardente!...

IZABELLA – Vous êtes terrible, Domenico! Un vrai diable! Agora não há nada a fazer… Ponha um desses de prata que costuma oferecer aos seus discípulos… Se ao menos você fosse um pouco mais cuidadoso, e não perdesse tudo o que tem!…

VANDELLI – Por favor, chérie! Não há ninguém que não me censure! Até o bispo-reitor, tão meu amigo, até ele ultimamente me critica. E tudo por causa do seu primo, Izabella! Só pode ser por causa do seu primo, do seu primo e dessa Besta do Apocalipse…

IZABELLA – Par pitié, você acordou com os pés no travesseiro! Não temos culpa nenhuma de Geoffroy Saint-Hilaire ser meu primo, mas você não deve chamar Besta do Apocalipse ao Imperador Napoleão Bonaparte! De besta é que ele não tem nada, e é o seu contrário chapado, nada perde, nada esquece, tudo arrebanha…

VANDELLI – Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma… Já estou velho para as novas teorias… Que lhe valeram elas? Uma coroa de louros? Não, pobre Lavoisier, cortaram-lhe a bela cabeça teórica na guilhotina…

IZABELLA – Não mude de conversa, você devia era ter tomado o partido dos estudantes, e dizer: “Sim, sim, façam pólvora no Laboratório Químico! Construam aeróstatos de hidrogénio, carreguem-nos de bombas, e despejem-nas sobre os exércitos de Napoleão!” Olhe que o Tomé Sobral ficou muito zangado consigo, por o Domenico dizer que tinha fundado o Laboratório Químico para a educação e ensino e não para a guerra, e acusou-o de colaborar com os franceses…

VANDELLI – Tem razão, Izabella… Já o Álvares Maciel, em Minas Gerais, foi encarregado de fabricar pólvora para a revolução… Um desperdício, chérie, um desperdício! Mais barato ficava comprarem-na…

IZABELLA – Podia ser, se soubessem a quem comprar, e se alguém se dispusesse a vender a subversivos… E o Maciel esteve implicado na Inconfidência Mineira só por causa da pólvora? Nem por isso, o nosso compadre Visconde de Barbacena, que na altura era o governador-geral de Minas, e hospedava o Maciel em sua casa, queixou-se de que ele não tinha cuidado nenhum com os livros, e que por várias vezes o tinha apanhado em flagrante delito de estudar as leis americanas! Antes de partir, sabe quantos ramos de acácia o Maciel me pediu? Dos baratinhos, de prata? Nem lhe digo, pois só levou os que havia, 33! Por aqui se vê a verdadeira missão…

VANDELLI – Ora, Izabella, todos sabem que o Maciel foi o endoutrinador político dos implicados no levante! Além de preparar o terreno para que Minas Gerais alcançasse a independência económica, claro… Sem assegurar primeiro as coisas práticas da vida, para que serve a teoria? Ele tinha por missão iniciar o chefe, esse a que chamam Tiradentes… Importar as boas normas é bom, como “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”… Mas não quer isso dizer que pactuemos com a agressão e com a desordem… Sabe quantas carroças de ouro e prata levaram os franceses das igrejas de Coimbra?

IZABELLA – Nem quero ouvir…

VANDELLI - Catorze!

IZABELLA – Catorze? Bon sang, agora os seus inimigos vão cair todos em cima de nós! Mais je suis innocente, moi! Mal conhecia este primo, foi preciso Geoffroy Saint-Hilaire, de nascimento Le Bon, como eu, vir a Portugal à testa de um regimento de ladrões, para eu lhe ver a verdadeira cara pela primeira vez!

VANDELLI – Madonna mia!, bem me arrependo de ter vindo para Portugal! Mais valia ter ficado pelo Orto Botanico di Padova, a cultivar hortelana e salsa parrilha para as aulas de Medicina, como queria o Marquês de Pombal que se fizesse no Jardim Botânico de Coimbra! Ao menos, em Pádua, nenhum aluno refilava por não perceber patavina do que digo na aula teórica! E que falta faz a teoria? Para avançarmos, em ciência, não basta reproduzirmos hipóteses, precisamos de as criar, e precisamos acima de tudo de bons produtos naturais, de máquinas para os transformar, e de navios para o seu comércio… O principal da cultura é reduzir a reprodução e aumentar a troca da novidade… Teoria, teorias… Aluno que me apareça nas aulas a debitar teorias, a citar autoridades, sem nunca ter posto o pé na serra, sem nunca ter descalçado as luvas de pelica para no laboratório analisar a água de um rego, o teor de cobre de uma mina, sem saber distinguir um sardão de um Stincus do Egipto, esse aluno chumba! Se eu detesto os literatos, e ainda mais esses aristocratas enjoados que preferem comer rábanos podres a pegar na enxada para cultivarem uma bela horta de feijões! Thea, até parece nome de deusa, non é vero?



Entra o ALFARRABISTA, sobraçando um monte de livros encadernados. Izabella cumprimenta-o polidamente e afasta-se a mexer na roupa de um gavetão.

ALFARRABISTA - Si non é vero, é bene trovato…

VANDELLIThea, a visão, o fantasma, é o étimo grego de teoria, exactamente a mesma origem da palavra teatro! Não concorda, Miguel? (Cumprimenta-o com triplo abraço). Ora o teatro diverte, encanta e educa, e o teatro anatómico ainda mais, mas diga-me lá se uma visão protectora…

IZABELLA – Não se enerve, mon chéri, ainda lhe dá uma síncope!

VANDELLI – Não é mais do que isso a teoria, a teoria é uma visão que nos protege do desconhecido e do medo… Diga-me, caro Miguel, se a teoria serve de alguma coisa, quando um infeliz como o Manuel Galvão da Silva, no cimo de um penhasco, na Bahia, está em riscos de se precipitar nas correntes do Mamocabo? Mais vale ensinar-lhe as formas práticas de sobrevivência, que começam logo pela identificação dos materiais de que é feito o penhasco… E se são aproveitáveis no comércio e indústria, bastava terem ferro, prata, bastante cobre…

ALFARRABISTA – Cobre nativo, estou a ver… Uma boa quantidade enche tanto os olhos como o ouro…

VANDELLI - Meu caro Miguel, bom Irmão, o que interessa é a prática, o que interessa é saber quais são as produções naturais de um país e como tirar delas o melhor proveito! É essa a fonte do progresso, essa é a directriz de todas as “Viagens Filosóficas” que obrigamos os naturalistas a decorar… Todos levam um exemplar na bagagem… Olhe o Alexandre Rodrigues Ferreira, que foi para a Amazónia… Sem a sebenta, nem os dados do clima conseguia anotar!… Olhe o Donati, coitado, a esse não serviu de muito a sebenta, morreu ao chegar a Benguela… Mas ainda fez muito risco de plantas e animais observados durante a viagem… Olhe, por falar nisso, o João da Silva Feijó diz que vai voltar às ilhas de Barlavento, a ver se colige mais alguns daqueles lagartos esquisitos que se instalaram no Morrinho Branco…

ALFARRABISTA – Mais valia empregar o tempo em coisa útil… Uma pena não ser salitre a matéria do vulcão em que se depositavam tantas esperanças… Mandarem aquele desgraçado para Cabo Verde, sem uma tença, sem ajuda de ninguém… Que vergonha! Ia morrendo de fome… A páginas tantas, para comer, o moço até teve de vender os sapatos…

VANDELLI – E se escreveu ao governo! A pontos de o Mattiazzi, director do Jardim Botânico da Ajuda, o proibir de voltar a dirigir-se ao ministro, Martinho de Mello e Castro!

IZABELLA – Diga, chéri, qual o valor dos lézards exquis? E são esquisitos porquê? Servirá a pele para fabricar malas? Extraem-se aromas inebriantes da sua gordura? Domenico, a sua cabeça fisiocrática ainda vai explodir com esta conversa… Quer um chá de tília?

VANDELLI – Nem de tília, nem de sangue de drago, nem de Pombalia Ipecacuanha! Já estou como os meus alunos, a dizer: “Não percebo patavina!...”

IZABELLA – Repare, chéri, que nem todos os professores podem gabar-se de legar provérbios, adivinhas e outros idiotismos à língua do seu país de acolhimento, e quem sabe se a outras, ainda mais bárbaras!

VANDELLI – Daqui a 50, 100 anos, alguém saberá que foi por eu ser nativo de Pádua, ou Patavii, em latim, que nasceu a expressão “Não perceber patavina”?

ALFARRABISTA – Pelo Colégio das Onze Mil Virgens, Dr. Vandelli! Para isso servem a reprodução de cultura de que falava há pouco e os meus alfarrábios! E mal sabe o senhor que ainda há-de ser objecto de muita honra e referência! É o caso da pedra de cobre nativo que aqui me traz… Não há quem não repita o que o senhor escreveu sobre ela, o que gera na mente dos estudiosos um verdadeiro apocalipse… (Fala-lhe ao ouvido:) Temos más notícias… A Acácia corre perigo, os mestres e superiores estão a ser presos um a um… Apesar de o duque de Wellington se opor a tal arbitrariedade! Respondem porém as novas autoridades que só prendem os colaboracionistas… Afrancesados e jacobinos, como lhes chamam. E com isto prendem é os maçons… Vão destruir a Acácia em Portugal, aconselhava-o a sair do País…

Izabella (Aproximando-se) – Acácia, disse? Pois veja como este distraído a perdeu… Um alfinete com três diamantes de Bornéu!...

VANDELLI (Disfarçando) – Meu caro Miguel, então você entra assim em minha casa em dia de festa, sobraçando alfarrábios e sebentas, como se eu tivesse ocasião de me sentar consigo a trabalhar? Neste país que Lineu louvou como as Índias ocidentais, eu só tenho recebido críticas e atropelos, nem o livreiro me respeita! (Fala-lhe ao ouvido nas costas de Izabella:) Sair do país com a minha idade? Nem pensar. Quem prenderam?



ALFARRABISTA – (Em voz baixa:) O Ratton, o Daun, e o pintor, esquece-me o nome… Um que também é italiano…

VANDELLI - Domingos Pellegrini? Prenderam o Pellegrini?!

ALFARRABISTA – (Sussurrando:) Esse mesmo, veja lá! E também se falou em si… (Em voz alta:) Meu caro, não se irrite sem razão, guarde a ira para motivos fortes, gordos e pesados como esta pedra de cobre nativo… (Separa folhas e livros, que lhe vai mostrando) Então como explica que eu tenha aqui quatro artigos seus, todos sobre a mesma pedra de cobre nativo da Cachoeira, e as informações científicas sobre massa de forma tão constante variem como um catavento? Até parece uma pedra de betume, que agora imita a pedra cúbica e daqui a nada já aparenta ser pirâmide do Egipto!... (Aponta com o dedo o que está escrito nuns papéis:) Olhe só para o peso: aqui é de mil libras, ali é de duas mil e tal, e neste diz o Dr. Vandelli que a pedra pesa mil seiscentas e sessenta e seis libras? (Acentua todas as sílabas:) Seiscentas e sessenta e seis, Dr. Domingos Vandelli?!...

IZABELLA (Sempre procurando) - Um alfinete com três diamantes de Bornéu!... Eu ainda vou ver à saleta, mas não acredito… Chéri, despache-se, a missa é às onze e o frade já marinou tanto no oratório que deve ter azedado! (sai).

VANDELLI (Descontraído, em voz eufórica:) - Sim, Izabella! (Fala com o alfarrabista, em tom conspirador:) Como queria você que eu avisasse os irmãos e confrades, contemporâneos e vindouros? Isso é uma peça de museu, com inscrição em latim gravada nela, a sugerir que é uma formidável massa de cobre nativo oriunda da Cachoeira, na Bahia… Era preciso chamar a atenção… Note que nem sequer existe cobre na região da Bahia, mas recebemos esse poio gigante no Gabinete da Ajuda, então pensei que era um belo presente para o Geoffroy Saint-Hilaire… Ah, ah, ah!... (Ri-se com vontade) O sacana deve ter desconfiado, não o quis encaixotar, disse que ainda lhe afundava o navio com o peso…

ALFARRABISTA – Tiro-lhe o chapéu, que bela obra!

VANDELLI - Que ele há muito cobre na Cachoeira, sabia? Mas não é em pepitas nem veeiros, é nas oficinas dos moedeiros falsos. Foram eles que mandaram a peça de artilharia, e tão bem fundida que passa por nativa, não é verdade? Ora diga lá se não parece natural…

ALFARRABISTA – Ouvi dizer que estão em pé de guerra esses fabricantes de moeda falsa. Vão para lá os grandes de Portugal e chupam os nativos com impostos, é o quinto dos infernos! Matam, estripam, esfolam, enriquecem e nada lhes acontece, porque cagam de muito alto… Os desgraçados moedeiros são executados, se forem apanhados… Temos de combater a pena de morte… A seguir à abolição da escravatura, é o passo social mais importante… Tanta treva de injustiça neste nosso tempo das Luzes…

VANDELLI – É, temos de combater pela abolição da pena de morte. Mas deixe-me voltar a esta do nativo e do não-nativo… Os brasileiros independentistas fazem muita questão em distinguir os nativos dos estrangeiros, e assim veja o despropósito que é serem nativos os filhos, só porque nasceram no Brasil, e estrangeiros os pais, porque nasceram em Portugal!

ALFARRABISTA - Por isso mandaram o poio de cobre nativo, parido no Brasil, mas engendrado no estrangeiro… É uma vingança dos nativistas… Sim, mas para que deu o Dr. Vandelli o número da Besta à pedra de cobre?

VANDELLI – Ora, Miguel, não diga nada! Era a ver se a besta do imperador ainda apanhava com a pedra nas trombas, mas o primo da minha mulher, o Geoffroy, desconfiou…

ALFARRABISTA – Ah, o 666 é uma alusão a Napoleão?! Pois claro, tem graça, já não é a primeira vez que lhe oiço chamar Besta do Apocalipse! (Muda de tom:) Dr. Vandelli, veja se arranja uma saída, andam a decapitar a Acácia e o seu nome está na lista… Não o queremos ver desterrado na ilha Terceira, o senhor faz-nos muita falta!

Entra D. Izabella, aterrorizada, com uma cesta de flores a cairem no chão.

IZABELLA – Domenico, mon chéri! Mon chéri, quel malheur!

VANDELLI – O que foi, Izabella? Que aconteceu?

IZABELLA – Está aí à porta um capitão com soldados armados para nos levarem…

VANDELLI – Para nos levarem? A todos? E sob que acusação?

ALFARRABISTA – Não precisam de razões nem de acusações… Meu bom amigo, vão levá-lo para o forte de S. Julião da Barra e depois, tanto quanto sei, embarca na fragata Amazona para o exílio na Terceira. Precipitou-se a tragédia, já não se pode pensar em fuga… O que posso fazer por si?

VANDELLI (Tira o alfinete da lapela da casaca e dá-o ao alfarrabista:) – Não é um ramo de acácia com diamantes de Bornéu, mas não importa a matéria, só o espírito do símbolo… Peço-lhe, Miguel, que o envie para Londres. Mande-o ao nosso confrade Joseph Banks e conte-lhe o sucedido… Sabe quem é o Joseph Banks?

ALFARRABISTA – Claro, tomou parte na primeira grande viagem do Capitão Cook, é aquele que deu nome aos carvalhos do género Banksia

VANDELLI – Vero…

ALFARRABISTA – Vero, vero, é o presidente da Royal Society of London…

VANDELLI – Faça acompanhar de três palavrinhas o alfinete…

ALFARRABISTA – Então não havia de mandar? Um ilustre franco-maçon, alto responsável da Acácia inglesa…

Despedem-se com triplo abraço, o Alfarrabista pega nos livros e prepara-se para partir.

VANDELLI – Adeus, meu Irmão…

ALFARRABISTA – Adeus, eu vou, saio pela porta das traseiras, fique descansado… Com a protecção do Supremo Arquitecto e do nosso Irmão Joseph Banks, não há-de este acidente ser completamente irreparável…

Ouve-se ruído de botas a pisarem forte no soalho, vozearia de militares, portas a baterem, gritos de mulheres. A luz funde em negro, o pano corre, e a peça acaba.


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Página ilustrada com obras de Sérgio Bonzón (Argentina, 1959), artista convidado desta edição.

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Agulha Revista de Cultura
Número 109 | Abril de 2018
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editor assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com
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revisão de textos & difusão | FLORIANO MARTINS | MÁRCIO SIMÕES
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