estrita à cronologia nem
aos lugares da História
CENA: Aposentos de Vandelli na
casa da Calçada, em Coimbra.
AÇÃO: Num dia de festa em homenagem
ao filho, Domingos Vandelli é preso pelas novas autoridades, no episódio da Setembrizada
● Domingos Vandelli acaba de se vestir, mas repara que lhe falta qualquer
coisa na lapela do casaco. Chama a esposa, esta tarda a responder. É um homem alto,
magro, nervoso, e está irritado.
VANDELLI (Chama,
num desespero crescente) – Izabella!... Querida! Izabella mia!... Onde
se terá metido? Rais de Júpiter, mulher, você fugiu para a Penha de França? (Zangado:) D. Feliciana Izabella
Bon!
IZABELLA – Mais qu’est-ce qui se passe, mon chéri?
Domenico, veja lá se se despacha, está aí o frade já no oratório, pronto para a
eucaristia! Maçada, as meninas só agora se levantaram da cama, e as flores ainda
não chegaram… Mas que bela festa se prepara para o seu filho Alexandre António!...
VANDELLI – Como se o filho não fosse seu também, Izabella!
Deixe lá o frade a marinar no oratório, só lhe fará bem alguma pré-meditação… Há
dias em que tudo corre mal, pelo Ente Supremo! Olhe para o meu casaco… Desapareceu
o ramo de acácia…
IZABELLA – Mon chéri, e onde está a jóia? Não me diga
que perdeu o alfinete, Domenico! Não me dê essa ralação logo hoje, que é dia de
festa!... Uma jóia de estimação, e com diamantes de Bornéu!... Não perdeu, pois
não, chéri?
VANDELLI – Perder, não terei perdido, mas encontrar,
já procurei em todos os guarda-jóias e ainda não encontrei… (Abana-se com uma folha de papel:)
Calor, hem? Este Setembro está ardente!...
IZABELLA – Vous êtes terrible, Domenico! Un vrai diable! Agora não há nada a fazer… Ponha
um desses de prata que costuma oferecer aos seus discípulos… Se ao menos você fosse
um pouco mais cuidadoso, e não perdesse tudo o que tem!…
VANDELLI – Por favor, chérie! Não há ninguém que não
me censure! Até o bispo-reitor, tão meu amigo, até ele ultimamente me critica. E
tudo por causa do seu primo, Izabella! Só pode ser por causa do seu primo, do seu
primo e dessa Besta do Apocalipse…
IZABELLA – Par pitié, você acordou com os pés no travesseiro!
Não temos culpa nenhuma de Geoffroy Saint-Hilaire ser meu primo, mas você não deve
chamar Besta do Apocalipse ao Imperador Napoleão Bonaparte! De besta é que ele não
tem nada, e é o seu contrário chapado, nada perde, nada esquece, tudo arrebanha…
VANDELLI – Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma…
Já estou velho para as novas teorias… Que lhe valeram elas? Uma coroa de louros?
Não, pobre Lavoisier, cortaram-lhe a bela cabeça teórica na guilhotina…
IZABELLA – Não mude de conversa, você devia era ter
tomado o partido dos estudantes, e dizer: “Sim, sim, façam pólvora no Laboratório
Químico! Construam aeróstatos de hidrogénio, carreguem-nos de bombas, e despejem-nas
sobre os exércitos de Napoleão!” Olhe que o Tomé Sobral ficou muito zangado consigo,
por o Domenico dizer que tinha fundado o Laboratório Químico para a educação e ensino
e não para a guerra, e acusou-o de colaborar com os franceses…
VANDELLI – Tem razão, Izabella… Já o Álvares Maciel,
em Minas Gerais, foi encarregado de fabricar pólvora para a revolução… Um desperdício,
chérie, um desperdício! Mais barato ficava comprarem-na…
IZABELLA – Podia ser, se soubessem a quem comprar,
e se alguém se dispusesse a vender a subversivos… E o Maciel esteve implicado na
Inconfidência Mineira só por causa da pólvora? Nem por isso, o nosso compadre Visconde
de Barbacena, que na altura era o governador-geral de Minas, e hospedava o Maciel
em sua casa, queixou-se de que ele não tinha cuidado nenhum com os livros, e que
por várias vezes o tinha apanhado em flagrante delito de estudar as leis americanas!
Antes de partir, sabe quantos ramos de acácia o Maciel me pediu? Dos baratinhos,
de prata? Nem lhe digo, pois só levou os que havia, 33! Por aqui se vê a verdadeira
missão…
VANDELLI – Ora, Izabella, todos sabem que o Maciel
foi o endoutrinador político dos implicados no levante! Além de preparar o terreno
para que Minas Gerais alcançasse a independência económica, claro… Sem assegurar
primeiro as coisas práticas da vida, para que serve a teoria? Ele tinha por missão
iniciar o chefe, esse a que chamam Tiradentes… Importar as boas normas é bom, como
“Liberdade, Igualdade e Fraternidade”… Mas não quer isso dizer que pactuemos com
a agressão e com a desordem… Sabe quantas carroças de ouro e prata levaram os franceses
das igrejas de Coimbra?
IZABELLA – Nem quero ouvir…
VANDELLI - Catorze!
IZABELLA – Catorze? Bon sang, agora os seus inimigos
vão cair todos em cima de nós! Mais je suis innocente, moi! Mal conhecia este primo,
foi preciso Geoffroy Saint-Hilaire, de nascimento Le Bon, como eu, vir a Portugal
à testa de um regimento de ladrões, para eu lhe ver a verdadeira cara pela primeira
vez!
VANDELLI – Madonna mia!, bem me arrependo de ter vindo
para Portugal! Mais valia ter ficado pelo Orto Botanico di Padova, a cultivar hortelana
e salsa parrilha para as aulas de Medicina, como queria o Marquês de Pombal que
se fizesse no Jardim Botânico de Coimbra! Ao menos, em Pádua, nenhum aluno refilava
por não perceber patavina do que digo na aula teórica! E que falta faz a teoria?
Para avançarmos, em ciência, não basta reproduzirmos hipóteses, precisamos de as
criar, e precisamos acima de tudo de bons produtos naturais, de máquinas para os
transformar, e de navios para o seu comércio… O principal da cultura é reduzir a
reprodução e aumentar a troca da novidade… Teoria, teorias… Aluno que me apareça
nas aulas a debitar teorias, a citar autoridades, sem nunca ter posto o pé na serra,
sem nunca ter descalçado as luvas de pelica para no laboratório analisar a água
de um rego, o teor de cobre de uma mina, sem saber distinguir um sardão de um Stincus do Egipto, esse aluno
chumba! Se eu detesto os literatos, e ainda mais esses aristocratas enjoados que
preferem comer rábanos podres a pegar na enxada para cultivarem uma bela horta de
feijões! Thea, até parece
nome de deusa, non é vero?
● Entra o ALFARRABISTA, sobraçando um monte de livros encadernados. Izabella cumprimenta-o polidamente e afasta-se a mexer na roupa de um
gavetão.
ALFARRABISTA - Si non é vero,
é bene trovato…
VANDELLI – Thea,
a visão, o fantasma, é o étimo grego de teoria, exactamente a mesma origem
da palavra teatro! Não concorda, Miguel? (Cumprimenta-o com triplo abraço).
Ora o teatro diverte, encanta e educa, e o teatro anatómico ainda mais, mas diga-me
lá se uma visão protectora…
IZABELLA – Não se enerve,
mon chéri, ainda lhe dá uma síncope!
VANDELLI – Não é mais do
que isso a teoria, a teoria é uma visão que nos protege do desconhecido e do medo…
Diga-me, caro Miguel, se a teoria serve de alguma coisa, quando um infeliz como
o Manuel Galvão da Silva, no cimo de um penhasco, na Bahia, está em riscos de se
precipitar nas correntes do Mamocabo? Mais vale ensinar-lhe as formas práticas de
sobrevivência, que começam logo pela identificação dos materiais de que é feito
o penhasco… E se são aproveitáveis no comércio e indústria, bastava terem ferro,
prata, bastante cobre…
ALFARRABISTA – Cobre nativo,
estou a ver… Uma boa quantidade enche tanto os olhos como o ouro…
VANDELLI - Meu caro Miguel,
bom Irmão, o que interessa é a prática, o que interessa é saber quais são as produções
naturais de um país e como tirar delas o melhor proveito! É essa a fonte do progresso,
essa é a directriz de todas as “Viagens Filosóficas” que obrigamos os naturalistas
a decorar… Todos levam um exemplar na bagagem… Olhe o Alexandre Rodrigues Ferreira,
que foi para a Amazónia… Sem a sebenta, nem os dados do clima conseguia anotar!…
Olhe o Donati, coitado, a esse não serviu de muito a sebenta, morreu ao chegar a
Benguela… Mas ainda fez muito risco de plantas e animais observados durante a viagem…
Olhe, por falar nisso, o João da Silva Feijó diz que vai voltar às ilhas de Barlavento,
a ver se colige mais alguns daqueles lagartos esquisitos que se instalaram no Morrinho
Branco…
ALFARRABISTA – Mais valia empregar
o tempo em coisa útil… Uma pena não ser salitre a matéria do vulcão em que se depositavam
tantas esperanças… Mandarem aquele desgraçado para Cabo Verde, sem uma tença, sem
ajuda de ninguém… Que vergonha! Ia morrendo de fome… A páginas tantas, para comer,
o moço até teve de vender os sapatos…
VANDELLI – E se escreveu ao
governo! A pontos de o Mattiazzi, director do Jardim Botânico da Ajuda, o proibir
de voltar a dirigir-se ao ministro, Martinho de Mello e Castro!
IZABELLA – Diga, chéri,
qual o valor dos lézards exquis? E são esquisitos porquê? Servirá a pele para fabricar
malas? Extraem-se aromas inebriantes da sua gordura? Domenico, a sua cabeça fisiocrática
ainda vai explodir com esta conversa… Quer um chá de tília?
VANDELLI – Nem de tília, nem
de sangue de drago, nem de Pombalia Ipecacuanha! Já estou como os meus alunos,
a dizer: “Não percebo patavina!...”
IZABELLA – Repare, chéri,
que nem todos os professores podem gabar-se de legar provérbios, adivinhas e outros
idiotismos à língua do seu país de acolhimento, e quem sabe se a outras, ainda mais
bárbaras!
VANDELLI – Daqui a 50, 100
anos, alguém saberá que foi por eu ser nativo de Pádua, ou Patavii, em latim, que
nasceu a expressão “Não perceber patavina”?
ALFARRABISTA – Pelo Colégio das
Onze Mil Virgens, Dr. Vandelli! Para isso servem a reprodução de cultura de que
falava há pouco e os meus alfarrábios! E mal sabe o senhor que ainda há-de ser objecto
de muita honra e referência! É o caso da pedra de cobre nativo que aqui me traz…
Não há quem não repita o que o senhor escreveu sobre ela, o que gera na mente dos
estudiosos um verdadeiro apocalipse… (Fala-lhe ao ouvido:) Temos más notícias…
A Acácia corre perigo, os mestres e superiores estão a ser presos um a um… Apesar
de o duque de Wellington se opor a tal arbitrariedade! Respondem porém as novas
autoridades que só prendem os colaboracionistas… Afrancesados e jacobinos, como
lhes chamam. E com isto prendem é os maçons… Vão destruir a Acácia em Portugal,
aconselhava-o a sair do País…
Izabella (Aproximando-se)
– Acácia, disse? Pois veja como este distraído a perdeu… Um alfinete com três diamantes
de Bornéu!...
VANDELLI (Disfarçando)
– Meu caro Miguel, então você entra assim em minha casa em dia de festa, sobraçando
alfarrábios e sebentas, como se eu tivesse ocasião de me sentar consigo a trabalhar?
Neste país que Lineu louvou como as Índias ocidentais, eu só tenho recebido críticas
e atropelos, nem o livreiro me respeita! (Fala-lhe ao ouvido nas costas de Izabella:)
Sair do país com a minha idade? Nem pensar. Quem prenderam?
ALFARRABISTA – (Em voz baixa:)
O Ratton, o Daun, e o pintor, esquece-me o nome… Um que também é italiano…
VANDELLI - Domingos Pellegrini?
Prenderam o Pellegrini?!
ALFARRABISTA – (Sussurrando:)
Esse mesmo, veja lá! E também se falou em si… (Em voz alta:) Meu caro, não
se irrite sem razão, guarde a ira para motivos fortes, gordos e pesados como esta
pedra de cobre nativo… (Separa folhas e livros, que lhe vai mostrando) Então
como explica que eu tenha aqui quatro artigos seus, todos sobre a mesma pedra de
cobre nativo da Cachoeira, e as informações científicas sobre massa de forma tão
constante variem como um catavento? Até parece uma pedra de betume, que agora imita
a pedra cúbica e daqui a nada já aparenta ser pirâmide do Egipto!... (Aponta
com o dedo o que está escrito nuns papéis:) Olhe só para o peso: aqui é de mil
libras, ali é de duas mil e tal, e neste diz o Dr. Vandelli que a pedra pesa mil
seiscentas e sessenta e seis libras? (Acentua todas as sílabas:) Seiscentas e sessenta e seis, Dr. Domingos
Vandelli?!...
IZABELLA (Sempre procurando)
- Um alfinete com três diamantes de Bornéu!... Eu ainda vou ver à saleta, mas não
acredito… Chéri, despache-se, a missa é às onze e o frade já marinou tanto no oratório
que deve ter azedado! (sai).
VANDELLI (Descontraído,
em voz eufórica:) - Sim, Izabella! (Fala com o alfarrabista, em tom conspirador:)
Como queria você que eu avisasse os irmãos e confrades, contemporâneos e vindouros?
Isso é uma peça de museu, com inscrição em latim gravada nela, a sugerir que é uma
formidável massa de cobre nativo oriunda da Cachoeira, na Bahia… Era preciso chamar
a atenção… Note que nem sequer existe cobre na região da Bahia, mas recebemos esse
poio gigante no Gabinete da Ajuda, então pensei que era um belo presente para o
Geoffroy Saint-Hilaire… Ah, ah, ah!... (Ri-se com vontade) O sacana deve
ter desconfiado, não o quis encaixotar, disse que ainda lhe afundava o navio com
o peso…
ALFARRABISTA – Tiro-lhe o chapéu,
que bela obra!
VANDELLI - Que ele há muito
cobre na Cachoeira, sabia? Mas não é em pepitas nem veeiros, é nas oficinas dos
moedeiros falsos. Foram eles que mandaram a peça de artilharia, e tão bem fundida
que passa por nativa, não é verdade? Ora diga lá se não parece natural…
ALFARRABISTA – Ouvi dizer que
estão em pé de guerra esses fabricantes de moeda falsa. Vão para lá os grandes de
Portugal e chupam os nativos com impostos, é o quinto dos infernos! Matam, estripam,
esfolam, enriquecem e nada lhes acontece, porque cagam de muito alto… Os desgraçados
moedeiros são executados, se forem apanhados… Temos de combater a pena de morte…
A seguir à abolição da escravatura, é o passo social mais importante… Tanta treva
de injustiça neste nosso tempo das Luzes…
VANDELLI – É, temos de combater
pela abolição da pena de morte. Mas deixe-me voltar a esta do nativo e do não-nativo…
Os brasileiros independentistas fazem muita questão em distinguir os nativos dos
estrangeiros, e assim veja o despropósito que é serem nativos os filhos, só porque
nasceram no Brasil, e estrangeiros os pais, porque nasceram em Portugal!
ALFARRABISTA - Por isso mandaram
o poio de cobre nativo, parido no Brasil, mas engendrado no estrangeiro… É uma vingança
dos nativistas… Sim, mas para que deu o Dr. Vandelli o número da Besta à pedra de
cobre?
VANDELLI – Ora, Miguel,
não diga nada! Era a ver se a besta do imperador ainda apanhava com a pedra nas
trombas, mas o primo da minha mulher, o Geoffroy, desconfiou…
ALFARRABISTA – Ah, o 666 é uma alusão a Napoleão?! Pois
claro, tem graça, já não é a primeira vez que lhe oiço chamar Besta do Apocalipse!
(Muda de tom:) Dr. Vandelli, veja se arranja uma saída, andam a decapitar
a Acácia e o seu nome está na lista… Não o queremos ver desterrado na ilha Terceira,
o senhor faz-nos muita falta!
● Entra D. Izabella, aterrorizada, com uma cesta de flores
a cairem no chão.
IZABELLA – Domenico, mon
chéri! Mon chéri, quel malheur!
VANDELLI – O que foi, Izabella?
Que aconteceu?
IZABELLA – Está aí à porta
um capitão com soldados armados para nos levarem…
VANDELLI – Para nos levarem?
A todos? E sob que acusação?
ALFARRABISTA – Não precisam
de razões nem de acusações… Meu bom amigo, vão levá-lo para o forte de S. Julião
da Barra e depois, tanto quanto sei, embarca na fragata Amazona para o exílio
na Terceira. Precipitou-se a tragédia, já não se pode pensar em fuga… O que posso
fazer por si?
VANDELLI (Tira o alfinete
da lapela da casaca e dá-o ao alfarrabista:) – Não é um ramo de acácia com diamantes
de Bornéu, mas não importa a matéria, só o espírito do símbolo… Peço-lhe, Miguel,
que o envie para Londres. Mande-o ao nosso confrade Joseph Banks e conte-lhe o sucedido…
Sabe quem é o Joseph Banks?
ALFARRABISTA – Claro, tomou
parte na primeira grande viagem do Capitão Cook, é aquele que deu nome aos carvalhos
do género Banksia…
VANDELLI – Vero…
ALFARRABISTA – Vero, vero, é
o presidente da Royal Society of London…
VANDELLI – Faça acompanhar
de três palavrinhas o alfinete…
ALFARRABISTA – Então não havia de mandar? Um ilustre franco-maçon,
alto responsável da Acácia inglesa…
● Despedem-se com triplo abraço, o Alfarrabista pega nos livros e prepara-se
para partir.
VANDELLI – Adeus, meu Irmão…
ALFARRABISTA – Adeus, eu vou, saio pela porta das traseiras,
fique descansado… Com a protecção do Supremo Arquitecto e do nosso Irmão Joseph
Banks, não há-de este acidente ser completamente irreparável…
● Ouve-se ruído de botas a pisarem forte no soalho, vozearia
de militares, portas a baterem, gritos de mulheres. A luz funde em negro, o pano
corre, e a peça acaba.
Página
ilustrada com obras de Sérgio
Bonzón (Argentina, 1959), artista
convidado desta edição.
*****
Agulha
Revista de Cultura
Número
109 | Abril de 2018
editor
geral | FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com
editor
assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com
logo
& design | FLORIANO MARTINS
revisão
de textos & difusão | FLORIANO MARTINS | MÁRCIO SIMÕES
equipe
de tradução
ALLAN VIDIGAL | ECLAIR ANTONIO ALMEIDA FILHO | FEDERICO RIVERO SCARANI | MILENE MORAES
ALLAN VIDIGAL | ECLAIR ANTONIO ALMEIDA FILHO | FEDERICO RIVERO SCARANI | MILENE MORAES
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