quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

1979 DAVI ARAÚJO



[ DEZ POEMAS ]


AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM

A primeira coisa que disse
não foi bomba, impiedade, epidemia ou poema,
porém mal, ou mau talvez,
que Mao seria improvável, para todos os bebês,
na experimentação primal.

Mas isso tudo nada prova
e coisa alguma significaria
ao ser esquecido à velhice
se sentido ainda não fazia, feito o que poeta faz,
falaz sem saber da poesia,
extrema e, do berço à cova,
veraz à página das fraldas.

A não ser se ao fim inova,
chegando ao estágio
quando já surgem
últimas as palavras.


NATUREZA-MORTA A MOVER-SE RÁPIDO COM ROMÃS

transubstancio teu sexo                         
a gotejar a degeneração
do nosso amor sem teto
ao lado e no chão alado
noutra paixão sem crus

numa louca panspermia incólume na virilha dos mundos todos

e te entreabro em divãs
e me endiabro seminal
se te analiso os leviatãs
que anticoncebem o ciclo
superman’s-through-all

e à uma a pé nada se não seca na lisa jamais conciso s’eternizará

se nossa missa libatória
enteógena nas vísceras
das míseras musas nuas
cria êxtases misteriosos
minhas liberdades tuas

à noite em que invocarei teu corpo para masturbar meu espírito


LEMNISCANTES

Meu espírito improvisa insanamente à meia luz
enquanto a carne
 em delícia
sua.

O seu suor é salgado
e servido sem sifões,
a ser sorvido no seio:
pinga se alambicando
sobre o meu palato sensu.

Epitáfio: orfeurídice.
Trança sem ponta ou raiz
em nós, dodescabelados,
cada duodécimo ser-
penteado.

E nunca fé instante
que li que faz os segundos à revelia de terceiros,
por impuro prazer
– com doçura recém primaz
– sentidos sejam os sintomas
em conta da nossa danosa soma,
 doençaldável,
só envelhecimento:
já somos velhos demais para morrermos jovens?

Ainda estamos às desordens.

Nosso movimento
é inculto e ímpar –
musculoso, angular, guloso.
Sua luz necromante
a se liberar para arder no ar
é de radicais livres,
alquimia do Fôlego,
autonomia do verbo corpo.

E se a própria noite
geme sôfrega na penumbra,
amargosa em corte a dentro,
é viva alvura contra
uma rubra torrente,
iniciocaso de mais um ciclo,
nós de orgasmos em gosma,
róseo visco.

A pura substância de pacto
por que se plasmam os amores em absoluto,
ou manchas de fogo por implícito filho,
o dragão que dança no choro agora
após mínima morte. De idílio,
aliança, um rededilhar-te,
eterno, o namoroboro.


A REVELAÇÃO DESCENDO A MONTANHA NEGRA

ressoubera por um livro iridecente
que insipiente eu experimentara
colher de caos ao coeso acaso
que a divindade principal
desses assisados iazidís
do Irão era de pérola
a anteprimeira entre
sete seres sagrados
desde quatro mil setecentos e cinquenta antes da era comum
à minha folhinha
:
Azazel
– cabeça
insubmissa
– azul do céu
o arcanjo pavão
da queda redimido
por choro até encher
os sete jarros de lágrimas
que fizeram alagar o inferno
donde volta com o cósmico ovo
para ser deste universo o demiurgo
...
omnívora como a ave
septívoca que se excerta
sabe que a variedade deleita
sem jamais se tornar indigesta
 mesmo se veneno a sageza aceita
que é ora à biblioteca e ora à floresta


O EREMITA
(do tarô Wild Unknown)


Sempre quase por toda uma noite
— obscurum per obscurius —
sem premeditadamente incubar-se
do mistério em volta,
infinita oite
a que chama (angular pedra por pedra solta)
enquanto dura a vela
que excrescente crista ablua
a se derramar ela (a flama superna
do centro vértice) a sua ínfera superfície
ímpar cela (a galopar
de castiçal a carapaça
por criptobservatório
hermético) à eremítica Tartaruga
já que no meio do tempo
per se guia ao relento (em contra-
vento assaz intenso) seu norte dentro
(por que fora) do endosso
até que em cera chama se encerra
— enquanto luto — novo lume em que leste
o aquígneo corte
de sorte que o extinguia se do velório caroço
após madruga aguardente (de sol e chuva a união)
estoutro dia mante bruto
a entrega-lo ao real, onívoro pavão
que bota em seu obscuro canto
o ovo branco de onde brota
o bem, o mal, o crisanto:
as raízes do arco-íris.


INEQUÍVOCO INCONTÍGUO
(na ausência de raccord, essa onipresença de Clair)

no entreato dessa folga
há outro balé nos telhados
quando topos de prédios giram
diante das cabeças de homúnculos que murcham e que inflam

a rosa branca rodopia noturna
as árvores passam depressa
margeando o firmamento
de círculos de confusão com a noite confundidos
no pugilato negativo

piolhos-palitos se reúnem para coçar-arder a cabeça
como pilares tubulares se cruzam
iguais a filas-colunas-diagonais
do tablado-telhado-tabuleiro

e tanto Erik Satie e Francis Picabia no canhão
como Marcel Duchamp e Man Ray no xadrez
discutem durante a sessão a quem toca a vez
de carregar a bala o peão
e preparar apontar fogo!
contra a divina timidez

cavalo preto da rainha de a6 para b4
ou Praça da Concórdia do rei Luís XV à cavalo
ou logo Praça da Revolução
do xeque-mate tomado por Luís XVI
ou onde está o obelisco de Ramsés II
sem sua glande de ouro
que para não lembrar fatos políticos substitui a boa gilhotina

chove e
de papel
um barco é lançado ao céu
e dança
sobre o translúcido solo
onde branca a rosa ensaia
decolagens e descolagens
com raízes fora da noite

salto em atitude dianteira por grande batimento
salto em quinta e mudança da quarta para quinta
salto em atitude traseira por grande batimento
passinhos em giro e saltos em atitude alternando
a esquerda à frente, a direita à frente
a pendular para trás, esquerda atrás

na água uma cabeça de cabeça para baixo
executa pas de deux com olhos chovendo
uma fonte dos mares e uma fonte dos rios
como que dada a longa barba da bailarina

foi suspenso no ar pelo chafariz
um ovo de cisne ou de avestruz
bem na mira de olheiras fundas
dessa espingarda de cano duplo
do caçador em chapelão tirolês
que de tanto mirar muitos alvos
acerta o tiro num ovo de pombo
e a ave voa do ovo ao novo alvo
e o tiro lesa a cabeça do caçador
que despenca do topo do tombo


FP e ES no coração do caixão
da carruagem com dromedário
toda ornada por coroas de pão
cujo cortejo fúnebre é seguido
aos saltos do mais lento pesar
no luto da hora sem gravidade
até o esquife fugir do passeio
para correr pela estrada a fora
perseguido pela comitiva toda
em uma desabalada maratona

herméticas curvas da vertigem
como se fosse montanha russa
a ímpar viagem que se inverte
e avança onírica pelos campos
íngremes da música de origem
a sair dos trilhos e dos tempos
em que tal lúgubre urbe dança
o efêmero pó que a fuga aguça
pois a morte é uma vida inerte
que só o ser mais vivo alcança

a gente chega e cerca o caixão-casulo
cuja tampa se abre a revelar o caçador
que a metamorfose fez prestidigitador
para desmaterializar o público e então a si mesmo
pois todo truque é sempre nulo mas nunca a esmo


APNEIA (MERGULHO LIVRE AMADOR)

Dessalga-se em saliva o oceano
à volta sem lágrimas da sereia
ao sol ver-se nua em cauda:
seu corpo metade humano
(de negra mulher e meia),
metade alvo de lua cheia
(em reflexão esmeralda
a lazúli ressaca açúcar
do doce cerúleo sul
onde pálido flutua
lunar um nenúfar)
nesta noite azul
por ver de dia
que não dilua
o que solvia
quando amar é sem previsão
esvazia-se de luz onde a beije
se quase amor der ao tubarão,
quem te vira... tremendo peixe,
dessa moça nunca vil o coração
que sal na boca o sangue estanca
se nada mais adoça que a adoção
do que salga, crua, a carne branca
d’escamar ao canto os pés no chão
que em terra firme mulher desaguara
para arpear-me pescando pela canção
a submergir-me n’água mãe que respira
em mistério a marulhar minha liquefação:
afogado, amador sucumbira; não amas Iara?


SÓ SOB O SOL



Tu serás meu doce engano,
Eu serei tua escura sombra.

 Canção Quéchua

Perdido em meu voluntário abandono
Encaminhado recolho frutos entre as flores
Rememorando beijos que dei não sou mais dono
Ubíquo deitado sob o pétreo movimento de condores

Interno retorno apuro ao Sol a minha arcana estação central
Novamente a só chegaste a pé eu até o pó deste mundo antigo
Cinéria mariposa quando enluara incauta sombra ancestral
Altiplanando pela incaica luz amarela onde me abrigo

Vejo ainda não nostálgico das brumas que ouço
Imagem sem palavras ventar para além do horizonte
Vertigens que silenciam os céus entreouvidos no repouso
Onde me devolve o canto da cor a cor cálida à inculta fronte

Perfeito o mágico dia me dá as costas enquanto brilha
Entre as duas primeiras linhas uma derradeira visão
Regressando já outro de volta pela mesma trilha
Unívoca em um sentido que contraria a razão


FEL & CIDADE

Nem o rosto pergunta
nem o espelho contesta.

José Lezama Lima

Meu ânimo anônimo invoca um mal
(gnomo, salamandra, ondina, sílfide)
e outros gênios bem menos em voga:
doces desconhecidos que se chupam.

Uma árvore pousa, esta ave plantada,
pica-pau do que em mim está em pé,
de fuga, o que aqui se ousa,
cantando este fel sob a lua quadrada.
Sob os óculos escuros haverão visões e pequenos avisos.
Beijo os sorrisos,
escoro-me nos seios de moças sozinhas
e lambo as coxas bonitas que verão do ar as andorinhas,
mas o faço tão somente em Imaginação,
e chego a amar apenas um pouco nesses meus devaneios,
porque a namorada é ao alcance da mão
e vê em azul-cobalto o carcinógeno céu, ao sol de limão.
Ando até algo vesgo de tantos passeios.
¿Quanto mais aguentas ler, meu coração?
Quase oro adeus por destinos mais feios,
que o diabo da Beleza não representasse essa tal tentação.
A respeitar este vinho
como se respeita o mar,
aventuro-me sozinho.
Senti(cada ele)mental, um por um, vários,
em regozijo por me caberem em uma só alma de todo entregue. E eu me mande daqui, antes que outra namorada me carregue. E as más línguas não teriam comentários.
¿E se minha cabeça já está em outra — onde é
o tutano da gota,
a alma da rocha,
a goela da brisa,
o grelo da tocha?

E se me livro por um instante do meu compromisso
e já viro uma nova página da minha vida,
novinha em folha, em fólio,
é por que nem uma fantasia admite um leitor omisso,
e por isso intercalo leituras
(os versos de juventude com as narrativas do espólio),
dou uma folheada, uma lida.
Sou muito dado a todo tipo de literaturas.
Carne viceja, e como! Vicia.
O álcool jamais nos desinfeta tanto quanto uma ninfeta intoxica. Sirvo-me dela bem ao ponto:
analfabeta, desbocada jaguatirica.
E aí revezo luxúria e preguiça,
sem saber o que quer que seja um Azar,
mas é só ele que me sacia.
Engulo um gole e uma gota
desse estranho vinho, de safra especial
ou ciclo irregular
nesse cristal finíssimo da anca dela.
Só mais um cio.
Erro a mão, boquiaberto,
e, então, é o gesto certo
com sabor raro da própria porra com que me recrio.
Festejo o jogo de mero ludo,
vibro de tristeza quando perco tudo.
Experimento outra ciência oca, outra fé,
provo estar errado.
Intercalo cigarro importado com café da nação, do mais danado.
E se nada mesmo é livre,
rio sujo meu sorriso amarelo de fendido.
Olhar vermelho e perdido,
belo por discordar do espelho.
E a despeito do horror ao esporte,
carrego a tocha contra um vento forte.
¿E se de costas, tal qual sempre, a minha última moeda de peso, por cima do ombro esquerdo,
lance à essa fonte no fundo do Sol,
qual será o desejo senão voltar?
Diria-me então: o desejo é voltar.
Até que as paixões, a Paixão – esta louca imagem –, meu bem,
dobrou uma esquina – ela nos seguia, atrás de mim, eu sabia –
e passou entre nós, a desatar as mãos, o que ainda as unia,
como um homenzinho de Terra a erodir nossa caverna,
como um lagarto de Fogo a consumir nosso ninho,
como uma ninfa de Água a diluir nosso néctar,
como uma ave de Ar a sublimar nossa flor.
Sou alvo e, fácil, é elementar lamentar,
o elo mais frágil em nossa cadeia.

Tudo roço naquela que me endurece:
relógios de fruta,
cachos de chuva,
gotinhas de tigre,
listras de trilho,
bondes de tango,
pernas de sempre.


DIONÍSIA

Ela gira – de ramagens,
de folhas e flores colhidas
à suja enxurrada às margens
de guias dessas largas avenidas
nos seus longos escuros cabelos
entre os quais arranja
outra razão por que enlouqueça,
e de cujos suaves desmazelos
– em sua visão sob a franja – sobre a sua cabeça
 que para a rua leve
 esta noiteatrocidade
do interior onde conflua
no vinho arcano o sangue que atroz afoite
ao tomar feroz o que bebe
à potável tempestade
onde nua – lambuzada de argila,
de noite de chuva e suor –,
Dionísia no Centro dança
e faz-se ver de madrugada dentro, ao redor,
pela vista pelada que louca lhe alcança,
sobre o asfalto reflexo, a foz dos pés
que, da lagoa do umbigo através, e pelo delta do sexo,
por suas pernas, braços de rios,
veio da fonte da axila
dela que fora contemplada desde o cúmulo-nimbo,
em desvarios se a-brindo
– ao que quer que a tome, mas jamais a possua –
enquanto aquela míope que vira
(única,
úmida)
a pupila da Lua.


[ TRÊS PERGUNTAS ]

FM | Poesia, amor, liberdade – a tríade essencial do Surrealismo. De que maneira ela faz parte de tua vida e se integra à tua criação?

DA | É só o que de essencial assumo do Surrealismo, pois embora quase tudo o mais nele me interesse e ocupe em níveis e sentidos os mais diversos, como acaso e sonho, estética e eticamente é tão só essa formidável fórmula aquilo que está sempre presente a servir de única trinitária regra: o suficiente triplo crivo através do qual toda escolha, em arte e vida, precisa invariavelmente passar, sendo-me em absoluto descartável todo o imenso resto, o que quer que não satisfaça em simultâneo a este uno trio de Breton que, tão logo lido — lembro-me —, fiz dele o meu lema.

FM | Dentro e fora do país, entre vivos e mortos, independente até mesmo da poesia, não apenas citando os nomes, mas comentando os motivos, poderias referir algumas afinidades tuas na criação artística?

DA | Só poesia, que resumindo é já sem fim: livre de quaisquer escolas ou ortodoxias, a referir o que prefiro porque interfere em mim, sendo ou não a fim ao que hoje pratico. De início bebi demais daquela romântica fonte, a de longo e caudaloso curso, que segui (sobretudo simbolista, conforme se nada), até me despenhar nas vanguardas (e ir fundo no abismo do Surrealismo); aí estive, por tempo longo e até longe, à moderna deriva; até salvarem-me os antigos; hoje rastejo pelo deserto dos pós, onde jamais estamos sós. Em que há oásis de acquavita em que relembro ao rebeber de Hesíodo, Ovídio e Nono; de Dante e Shakespeare; Baudelaire e Rimbaud; Whitman e Dickinson; Rilke e Valéry; Apollinaire e Perse; Breton, Artaud, Michaux; Eliot e Cummings; Montale e D. Thomas; Khlébnikov e Tsvetáyeva; Celan e Ponge; Ashbery e Creeley; Huidobro e Borges; Lezama, Orozco e Paz; Pessoa e dos Anjos; os de Andrade e o de Barros e os de Campos; Correia e Mourão-Ferreira; de Lima e Mendes; Cesariny e Helder; Drummond, Bandeira, Cabral e Quintana; Melo e Castro e Hatherly; Leminsky, Hilst e Piva. A voltar de visita a Claudio Willer, Roberto Bicelli, A. F. de Franceschi e a ti, Floriano Martins, às vezes cruzo Horácio Costa, Carlito Azevedo e Ricardo Aleixo, indo meio paralelo a Dennis Radünz, Marcelo Ariel, Luís Serguilha, Alberto Pereira, Alexandre Guarnieri, Andréia Carvalho Gavita, Nuno Rau e Guilherme Gontijo Flores — entre outros que vejo mais longe aos lados, indo muitos nesse nosso exatíssimo sentido, perdidos.

FM | Tenho percebido que, sobretudo em poetas nascidos a partir de 1980, há um renascimento na lírica brasileira, que é tanto na densidade da escrita, quanto na definição de uma voz própria, quanto no sentido de uma solidariedade explícita, sem que isto reflita a existência de um movimento. O que observas a este respeito?

DA | Parece verdade, mas talvez seja cedo para falarmos em renascimento do que pode nunca haver morrido. Embora eu confira agora que em geral prefiro as gerações que começaram a publicar nos anos 1990 e 2010 àquela que estreou nos anos 2000, isso logo pode virar, revisando leituras. Hoje nos falamos e sabemos da poesia dos outros com certa facilidade pela internet; isso dá margem a afinidades e influências. Ainda não sei o suficiente como eram as relações entre os poetas das duas décadas anteriores à minha, que publico desde 2011, então não devo comparar, mas, quanto à densidade e à originalidade, assumindo serem valores bem relativos e tão discutíveis como subjetivos, posso apenas fazer uma análise muito livre, baseada só no meu gosto, e concordar contigo, por ora, pois me surpreende como encontro poéticas excitantes entre os meus contemporâneos, até mesmo em poetas ainda mais jovens do que eu; sobretudo autores que estreiam já com um projeto, alguns com breves obras sólidas, lindos livros, poemas que adoraria ter escrito; e quase arrisco e verto o delírio de que sei já de certos nomes que ficam, apesar do futuro do mundo estar cada vez mais curto. Só em 2018, e apenas em Sorocaba, onde agora vivo, vi surgir toda uma meia dúzia de novos bons poetas muito jovens, sobretudo mulheres que já transitam por outras artes, e eu, em geral bem pessimista, com isso, estou mesmo incrivelmente a esperar o melhor dos novos “trabalhadores horríveis” que deverão vir a seguir. Ou, melhor ainda, a guiar.


[ FOLHA DE VIDA ]

Davi Araújo (1979). Poeta, ficcionista e tradutor paulistano radicado em Sorocaba. Autor do poemário Livro Ruído (Eucleia, 2011), publicado em Portugal, e das prosas em Ficções paralelas e Visões para lê-las (Substânsia, 2016; com desenhos de Yuli Yamagata). Traduziu Natureza, de R. W. Emerson, e Caminhada, de H. D. Thoreau (Dracaena, 2011). No prelo, pela editora Urutau, seu próximo livro de poemas: O físsil.



*****

EDIÇÃO COMEMORATIVA | CENTENÁRIO DO SURREALISMO 1919-2019
Artista convidada: Eugenia Loli (Grécia, 1973)


Agulha Revista de Cultura
20 ANOS O MUNDO CONOSCO
Número 127 | Fevereiro de 2019
editor geral | FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com
editor assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com
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revisão de textos & difusão | FLORIANO MARTINS | MÁRCIO SIMÕES
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