quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

1993 VINICIUS VARELA



[ 10 POEMAS ]

DOCUMENTÁRIOS PARA SE VER NO FUTURO

a barriga da mãe é o único planeta natal
estrelas cadentes rebobinarão os céus
durante dezoito anos antes que Sofia
receba as mensagens que os amigos
de seu pai gravaram em vídeo
para o aniversário dela de
duzentas e trinta e quatro luas
temos essa coisa de visitar
futuros que não são nossos
este mundo vai de mal a pior, Sofia
mas está repleto de reis magos
abre os olhos e vem abrir os presentes
que os poetas deixaram para você


OXIGÊNIO EXTRA PARA ESCALADA

Pelo oxigênio que teu corpo rouba
de meu abraço sinto tua presença.
Teu corpo performa vazios.
Nossos desencontros acontecem
em grandes altitudes.
Nos picos do inalcançável
- no monte Everest o ar não é tão
rarefeito como entre os teus braços -
Prefere não mandar notícias como
se ela fosse pra ontem.
Vai ver não acredita em distâncias,
principalmente as geográficas.
NEWS: o que passa por
North/ East/ West/ South.
Quando não sei de ti, sou a má notícia
dos quatro quartos do vento.


[OS PONTOS CARDEAIS]

Os pontos cardeais
são teu voto de silêncio.
Proximidade está além
de coordenadas, eu sei.
Me vejo indo ao teu encontro
como quem não pode voltar
para casa depois de muitos anos.
Fugindo das intempéries do passado
ainda estou exposto ao sereno
dos amores mal dormidos.
Tu es o clima que me adoece,
é por tua causa que não posso andar
sem camisa e não do frio.


DESDE PEQUENO QUERIA SER UM APOCALIPSE

o amor repousa entre
a leveza de plumas
que podem esmagar
o mundo

desconhece o segredo
da nuvem que flutua
mas pode pesar
oito toneladas

engolir furacões
como quem respira
o primeiro dia do ano

ensinar paciência aos
apocalipses

aquietar
impulsos de léguas
na sola dos pés

suportar a saudade do sol

coisas corri-
queiras a quem a paixão
é segunda sombra

vou desfazendo a lonjura
o pássaro canta para não deixar
a distância dar um pio
alguém ouvir teu chamado
é mais difícil que
assobiar de modo a fazer
um cometa olhar para trás

mas alguns amores
passam por todos os pontos cardeais


PARA NÃO MORDER TUA JUGULAR

preservo uma cama
com a forma de teu corpo

os meses em vermelhos
secos sem dizer palavra
só para te ver lunando

as mulheres trocam de pele
a cada mês talvez
por isso os homens que vagam
cheios de pele morta entre os pelos

se apavoram com o chamado
do alfabeto da lua cheia

ave, lua de sangue,
doadora universal dos uivos vaginais

na ressonância de tua caixa torácica
acústicas carnívoras me comem

o amor é nossa canção de ninar
mas nós somos a insônia da linguagem

você estala os ossos e esses
ossos musicais calam o mundo


O LENDÁRIO DAVY JONES TRANCOU SEU CORAÇÃO EM UM BAÚ MAS CONTINUOU AMANDO

a baleia escuda no peito os milênios. dentro da baleia, meu pai e eu somos uma grande previsão. estamos mais seguros que no baú de Davy Jones. o amor nunca foi visto andando sobre as águas e é um deus unânime. o amor é nosso último mito vivo. na garganta de uma baleia sempre cabe mais um. no coração da baleia nadam todos os homens.


PRECE SATURNAL

meus amigos andam dizendo que estão de mal com fenômenos.

meu pai não para de chover e eu nem sei de que Iabá ele é filho não

sequer posso pedir a ela que pare de fazer cair meu pai em cima das casas

derrubando telhados e cabos de energia e meu pai vai lavando tudo como uma enchente, o rompimento da barragem da Samarco.

os apagões têm nos ensinado histórias que ninguém acreditaria se houvesse luz.

é tempo de invernar memórias e outrar-se. frente ao inalterável, a alteridade do canto.

os orixás vieram avisar que meu pai estava prestes a sair levitando, mas eu só acreditava em
Gabriel entre uma chuva e outra García só dá tempo de rodar o bambolê Marquez

no alto da maior pedra à beira mar do planeta e me comunicar com os anéis de Saturno.

o tempo é isso, um bambolê invisível rodando sem parar em volta da fome dos amigos imaginários.

lembre-se das placas no zoológico “não alimente os poemas” .

só se pode falar com o tempo em círculos, às vezes quem fala melhor é a cintura.


[O MILAGRE É VISTO]

O milagre é visto. O poema imprevisto. Exemplos de imprevisão do poema:
1. Insistência de uma imagem, de uma frase, de uma palavra em nosso pensamento que vai se materializando em tudo no mundo ao redor, o poema é um gesto do mundo. 2. Um homem-estátua, pintado de prateado, voltando para casa de ônibus e dormindo no último banco. 3. Um mendigo que em lugar de pedir esmolas, pergunta se você tem medo de borboletas e quando você responde que não, como se fosse algo absurdo, ele passa uma borboleta pousada na mão dele para a sua blusa. Essa borboleta abre e fecha as asas. Você descobre que sim, tem medo de borboletas, pelo menos uma borboleta assim tão de perto, tranquila, pousada em você. O mendigo ri, explica que criou a borboleta desde pequena, tira a borboleta da sua blusa e desaparece levando o milagre consigo. 4. Encontrar um homem de classe média alta com a sobrancelha esquerda branca na fila do cinema e pensar que aquela marca de nascença é tão rara que nunca viu igual. Voltando para casa de trem no mesmo dia encontrar outro homem, um operário, com a sobrancelha direita branca. 5. Ganhar de presente O pequeno príncipe depois de grande na véspera da morte de seu pai. Sentar no ônibus ao lado de uma mulher no momento exato em que ela abre O pequeno príncipe e começa a ler o livro. 6. Ouvir da boca de uma desconhecida que você não tem ligação alguma com os arquétipos mundanos e nem planetários. “Você não é daqui, você veio das estrelas. E teu lugar de poder é com os índios das Taigas, os adoradores da lua, pertencentes a lugares frios da região norte como Canadá, Noruega, Groenlândia”. Ela não sabe que teu sonho é ver neve. Viver onde é seis meses dia e seis meses noite. Muito menos imagina que você toca um piano feito de aurora boreal. 7. Um grande amigo seu, poeta, ser chamado para ser o juiz de paz de um casamento em que o noivo está prestes a ser preso, já foi condenado e está aguardando a voz de prisão. A cerimônia é linda. O noivo está radiante. No dia seguinte a polícia vem buscar o noivo recém-casado às 6 horas da manhã, arrancando o homem de seu sonho. Um vizinho que acompanhou tudo disse “Depois que levaram ele, o silêncio ficou de luto”. Seu amigo foi o responsável por unir aquelas almas na eternidade. O alívio do preso é que lá o tempo não existe.


[A EPIFANIA NO POEMA]

A epifania no poema frequentemente é anunciada por lágrimas. Ser poeta é apenas um instante. No resto do tempo só contagem de estrelas. Clamamos pelo instante, nosso lugar de existência. O efêmero é nosso guru. A lágrima: aplauso do coração. Nossa medida de recepção são esses aplausos cristalinos dos olhos. É por isso que escrevemos o poema não pelo poema, mas pelo silêncio depois dele.


PODEM TE AJUDAR EM TUA REZA CONTIGO MESMO:

1 – A rima do entendimento: no verso mântico são os conceitos que rimam. A musicalidade do poema é aquela que faz adentrar o silêncio. O poema mântico é o ensinamento da música do silêncio. Encontrar o presente dentro da rima do silêncio. Tempo e dádiva. As palavras estalam os ossos e aqueles ossos musicais calam o mundo.

2 – A sentença miraculosa: é quando ela não pode ser dita de modo diferente do que foi profetizada. Mas não se engane, profecia tem mais a ver com singularidade da linguagem e menos com adivinhação. Literatura não é abracadabra. Sentença miraculosa é aquela que não permite tradução. Encontre a informação estética do indizível.

3 – A forma extraordinária: o milagre está no mundo, porém a formação literária de um realista mântico consiste justamente em despir o milagre de suas roupas cotidianas. Não se pode simplesmente esperar que o milagre aconteça( “Acontecer” é qualidade do que é visto. Quando se torna algo visível, aquilo acontece). Veja primeiro para que possa acontecer. Conjure o sobrenatural da linguagem. Seja extraordinário, esteja fora da ordem, não compactue com o ordinário. Insinue o invisível, o sentimento do invisível substitui as lacunas do olhar. Nossa preocupação é com a técnica perfeita do afeto, a técnica da iluminação. Não esqueça, contudo, que para revelar a escuridão é preciso trazer parte dela consigo.

4 – O sussurro da escuridão: é aquele que vem do jamais. A palavra deve trazer assombro tanto pelo espanto, quanto pela suspensão da luz. Em plena luz do dia os mistérios ofuscam, na noite se revelam pela penumbra, pela opacidade, que é quando podemos vê-los. Ninguém é capaz de olhar para o sol diretamente. Para que as estrelas apareçam é preciso evocar a noite. O verso perfeito não é o que está perfeitamente escrito, pontuado, metrificado, rimado, é aquele que é capaz de fazer o leitor “cumprimentar a beleza”. Para falar ao coração do outro e que o outro aceite a mensagem é necessário algo mais do que perfeição. A revelação vem de lado, oblíqua, para poder atravessar, o que vem de frente é atropelamento. “Nas próprias antecâmaras do sentimento é proibido ser explícito”.

5 – A quintessência da língua: só o quintessencial deve permanecer, o essencial não precisa ser dito, apenas sentido. A quintessência do sentimento é que garante o dizer. É essencial olhar para dentro de si até que a miração aconteça, isto é, a linguagem encontre sua quintessência. O outro da linguagem é a sua forma quintessencial.

6 – O insólito deve ser motivo de fé. A linguagem deve adorá-lo.



[ TRÊS PERGUNTAS ]

FM | Poesia, amor, liberdade – a tríade essencial do Surrealismo. De que maneira ela faz parte de tua vida e se integra à tua criação?

VV | A poesia é uma forma de amor e uma forma de liberdade. E mais do que tudo a poesia é a criação de uma necessidade. Não sabemos do que necessitamos. Necessitar é aquilo que nasce para nós, as coisas que nascem têm necessidade. Por isso, o amor cria a necessidade da poesia. A liberdade cria a necessidade da poesia. E, em nossos tempos, com tantos ataques às liberdades individuais e coletivas, com tanto desaprendizado do amor, a poesia tem entre suas diversas dedicações a criação da necessidade do amor e da necessidade da liberdade. Os dois fluxos são navegáveis e circulares. É a tríade do eterno retorno. Não se sabia que se precisava de amor. Não se sabia que se precisava de liberdade. A poesia vem para mostrar o quanto se precisa dessas coisas e possibilita a descoberta desses valores. Até sermos apresentados às coisas, não as conhecemos e menos ainda as necessitamos. A poesia é uma apresentação, por isso podemos dizer que antes da poesia não se conhece/não se viu/não se sentiu o que as coisas são. No Manifesto do Realismo Mântico, eu digo entre outras coisas: “Só depois do primeiro amor é que se tem contato pela primeira vez com a linguagem”; “Não sei amar, não sei sentir, não sei viver, não sei quem sou, no poema eu aprendo”; “Já disseram que amor é tanta coisa que ele acabou sendo nada. Mal contemporâneo, se tiver que dizer poesia, já não é, se disser nosso nome já não somos”.

FM | Dentro e fora do país, entre vivos e mortos, independente até mesmo da poesia, não apenas citando os nomes, mas comentando os motivos, poderias referir algumas afinidades tuas na criação artística?

VV | Tenho afinidades com aqueles que tocaram o absoluto, mesmo que de relance. Procuro um estado de beleza e um estado de poesia. Cada dia tenho mais certeza de que a poesia é uma frequência, uma afinação da percepção e a conexão com algo que nos toma, muito mais que um gênero. Diversos escritores e escritoras me tocaram. Uma pessoa que me abriu muitas portas, janelas e portais foi Roberto Bolaños, a quem devo minha formação como leitor e poeta. Não faz muitos séculos, antes do Quixote de La Mancha, só havia poetas, porque as formas literárias eram escritas em verso. O conceito de prosa não existia, menos ainda de prosador ou escritor, se escrevesse era poeta. O Bolaños sempre acreditou na poesia como a única realidade possível. Seus personagens são poetas, escrevem poesia, vivem dilemas de poeta, amam como poetas, matam como poetas, morrem como poetas, sofrem como poetas, bebem como poetas, riem como poetas, vivem como poetas. Viver como poeta, eis a chave. Foram os romances do Roberto Bolaños que o fizeram famoso e lhe permitiram sobreviver, mas romances escritos por um poeta. O que o mantinha vivo era a poesia, a prosa era só sobrevivência. Ele sempre se considerou poeta e quem o lê sabe que quem está ali é um poeta mesmo e não um prosador/romancista, pela essência, pela atmosfera, pela afinidade poética. Ele criou um cosmos em que tudo foi substituído pelo poema e pelos poetas e seu argumento é esse: a poesia como realidade. O que eu falo do Bolaños, ajuda a explicar outras referências importantes para mim que seguem um caminho a fim a esses conceitos. Posso dizer que o Bolaños foi a pessoa que me fez saber o que é um escritor e o que é a literatura. Bolaños pela poesia desmedida e pelos gestos oníricos; Jorge Luis Borges, pelos labirintos históricos, pela obra iniciática, por seu hermetismo e pela cabala, pela eternidade contada e desdobrada em ficção; Julio Cortázar porque sempre o imagino escrevendo e lendo na casa de uma tia minha perdida há muito tempo em cuja casa fui uma única vez e que na minha lembrança hoje é a casa de Julio Cortázar, por brincar de amarelinha com as palavras e pelas instruções do absurdo a que se propôs; Augusto dos Anjos por ver o homem por dentro, revelar sua matéria escura, pelas palavras saídas de um tratado de anatomia do século não-sei-das-quantas, o primeiro poeta que li, numa edição antiga em que as palavras do português ainda eram pseudo-etimológicas como “Philosophya” e coisas igualmente estranhas anteriores à uma reforma longínqua da língua portuguesa; Eduardo Galeano pelos seus abraços que são como ser esmagado por um anel de saturno; Baudelaire pelas carniças laureadas e reverenciadas; Clarice Lispector porque o corpo de qualquer pessoa parece fraco demais para desbravar e habitar esse lugar ao qual ela chegou na literatura; Carl Gustav Jung pela psicologia das profundezas e por me abrir a Alquimia.

FM | Tenho percebido que, sobretudo em poetas nascidos a partir de 1980, há um renascimento na lírica brasileira, que é tanto na densidade da escrita, quanto na definição de uma voz própria, quanto no sentido de uma solidariedade explícita, sem que isto reflita a existência de um movimento. O que observas a este respeito?

VV | Passamos dos períodos das vanguardas e dos movimentos coletivos. Vivemos uma época em que tudo já foi destruído pelos movimentos artísticos e o nosso mundo, tanto o artístico, quanto o político, e o mundo real que não é nem artístico e nem político se encontram completa e absolutamente desintegrados. E por incrível que pareça ainda há pessoas preocupadas em destruir ainda mais. As vanguardas foram o que foram, e me refiro aos “ismos” do início do século 20 por causa das guerras e dos períodos entre-guerras, essas vanguardas eram naturalmente beligerantes e destrutivas porque representavam o inconsciente coletivo daquela época em que tudo era destruição e confronto. Foram necessárias em seu momento. Devemos muito a elas. Porém, é necessário perceber que esses movimentos se viram reféns de uma violência compartilhada e que, querendo contestar aquilo que tanto criticavam, agiram de maneira semelhante e guerrearam. Hoje em dia, mais do que querer destruir (destruir o quê?, se já não há mais o quê) e ter uma postura evolutiva diante da arte, de que é necessário superar, atacar, destronar, defenestrar, é juntar os fragmentos de todos esses espelhos que fomos e construir algo. Temos muitas referências maravilhosas que podemos conciliar e tornar nossas aliadas. A forma de conseguir aliadas é o desafio de nosso tempo. Estamos todos tão fechados dentro de nossas próprias subjetividades e tão inaptos ao coletivo, à construção coletiva, que a existência de um movimento parece quase impossível. A história da arte foi sofrida e os movimentos, escolas, serviram para abrir caminho através da demolição dos castelos medievais, museus, casas do saber, para poder passar, abrir novas trilhas, porém, arribamos ao momento tão desejado por nossos antepassados: o momento em que o artista pode tudo e tudo pode ser feito. Talvez, por isso, não se justifique um movimento. O movimento era uma forma de fortalecimento entre pares. De ser autorizado pelos outros, de conseguir a autorização à força, para fazer o proibido e arcar com as consequências coletivamente, não levar a culpa sozinho. A arte sempre teve muitas regras, modelos a serem seguidos, e hoje a regra é não ter regra. Um movimento, atualmente, é menos um manual e mais uma provocação, um despertar, uma convocação, um chamado, a forma como cada um responderá a esse chamado não é responsabilidade de quem convocou. Foi mais ou menos nesse espírito e nessas considerações que escrevi o meu “Manifesto do Realismo Mântico”, um manifesto estético-espiritual que, antes de mais nada, são um lembrete para mim mesmo do jovem que fui e do meu caminho, da potência da palavra, da minha fé na poesia e na beleza da vida, meu testamento para os meus próximos anos, firmamento do meu ser, registro dos movimentos da minha alma, e de criar no outro a necessidade da poesia. A necessidade de que falei anteriormente. Com o Manifesto não pretendo, como pretenderam as vanguardas, criar um movimento ou chamar para mim mesmo a responsabilidade do agora, o manifesto é a minha forma de atravessar o agora e quem quiser vir comigo será muito bem-vindo. Acredito no manifesto, atualmente, como algo capaz de gerar no outro a mesma intensidade que quem o escreveu sentiu no momento de sua escrita, de fazer as ideias intensificarem, de gerar procura, entusiasmo e não como um manual ou modelo. O manifesto como abertura e não como cerceamento. O manifesto como nova possibilidade que não elimina as outras. O manifesto como revelação, como mediunidade, como expansão, como consagração de uma verdade, sacralização e não como portador da Verdade.


[ FOLHA DE VIDA ]

Vinicius Varela (1993) é um álibi indomável. O emblema liberdade o condecora. Seu dom nunca descansa. Ganha a vida tocando pianos de aurora boreal. Mas não só: a vida, é preciso ganhá-la. Trabalhar ganhando a vida, trabalhar por cumprir o teu chamado. Viver é uma insígnia, cujo mérito é todo seu. Seus títulos de nobreza são aquilo que não sabe de cor. Ele está chegando ao vermelho absoluto.



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EDIÇÃO COMEMORATIVA | CENTENÁRIO DO SURREALISMO 1919-2019
Artista convidada: Eugenia Loli (Grécia, 1973)


Agulha Revista de Cultura
20 ANOS O MUNDO CONOSCO
Número 127 | Fevereiro de 2019
editor geral | FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com
editor assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com
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revisão de textos & difusão | FLORIANO MARTINS | MÁRCIO SIMÕES
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