• CLAUDIO WILLER
| …E assim a Agulha…
E assim
Agulha Revista de Cultura, editada por
Floriano Martins com a participação de Márcio Simões, chega a seu número 147 neste
dezembro de 2019. Comemora ao mesmo tempo seus 20 anos de existência e o centenário
do surrealismo, tomando como referência a criação de Les champs magnétiques, a escrita automática de André Breton e Philippe
Soupault, e a criação da revista Littérature
com Soupault e Louis Aragon. De modo coerente, traz uma fascinante coleção de mulheres
poetas ligadas ao surrealismo e uma nova surpresa no campo das artes visuais.
Desde já, observo que datar o surrealismo
de 1919 e não 1924 (com o inadequado aposto de “última vanguarda”) é sustentado
por especialistas como Sarane Alexandrian e Jacqueline Chémieux-Gendron, entre outros.
De fato, Breton já fala em surrealismo em 1921, como se pode ver nos artigos da
coletânea Les pas perdus, como “Lachez
tout”, para marcar diferença com relação a Dada, embora ambos, surrealismo e dadaísmo,
coexistissem em Littérature junto com
outros autores, expressões da vanguarda naquele momento, e com o resgate de inéditos
(os mais importantes, de Rimbaud e Lautréamont). O Manifesto do surrealismo de 1924 foi uma afirmação de um movimento já
existente, em certa medida como resposta à utilização do termo por Yvan Goll, mais
preocupado com a criação estritamente artística do que com o inconformismo absoluto
proclamado por Breton.
PARABÉNS para Agulha, Floriano Martins e colaboradores, Breton e surrealismo! Algo
para comemorar neste cabuloso 2019, neste período que não se sabe em que vai dar.
Além de colaborador regular até hoje, fui
coeditor da revista em seus primeiros dez anos de existência. Período de compromisso
com a produção do saber – ao mesmo tempo fazia doutorado em Letras na USP, presidia
a União Brasileira de Escritores e dava oficinas literárias, entre outras atividades,
inclusive comparecer a eventos aqui e no exterior. Examinava a pauta de Agulha Revista de Cultura, dava sugestões
e escrevia um artigo para cada número da revista. Presenciei a difusão: em Medellin
e Caracas, quando me apresentei a outros participantes: Ah, si! Aguja…! Aguja…!
Falem de capacidade de trabalho… Como Floriano
Martins consegue, simultaneamente à presença regular de Agulha Revista de Cultura, criar uma obra poética e visual tão extensa,
preparar traduções, coletâneas de ensaios, conduzir editora – realmente, aí está
uma pergunta para a qual não saberia formular respostas.
Além de tornar-se um polo cultural e formar
um acervo único de informações, especialmente sobre surrealismo – não dá mais para
pesquisar a respeito sem recorrer à Agulha
Revista de Cultura –, destaco a capacidade agregadora de Floriano, seu talento
para estabelecer parcerias e intercâmbios. TriploV
de Estela Guedes, de Portugal, Blanco Móvil
de Eduardo Mosches, do México, claro que Sol Negro de Márcio Simões em Natal/RN
– entre outros. E especialmente Matérika,
de Alfonso Peña, com um trabalho que confere maior destaque à Costa Rica em um mapa
cultural mundial.
Essa continuidade e soma de esforços constitui-se
em cultura de resistência, neste 2019 em que pipoqueiam esdrúxulos aspirantes a
ditador, integristas e ultramontanos ganham influência e a civilização sofre estranhas
ameaças. No final de um poema meu de 1980, havia grafado: SOBREVIVEREMOS! E não apenas: prosseguiremos, nos expandiremos e contribuiremos
para a síntese de ideais iluministas ameaçados e rebelião romântica, tão bem representada
por Agulha Revista de Cultura.
• FLORIANO MARTINS E CLAUDIO WILLER | Diálogo em 2001
FM | Willer, quando te convidei para a editoria da
revista, o que exatamente esperavas disto? Ou seja, como dimensionavas então a circulação
apenas virtual de uma revista de cultura?
CW | Já naquela altura dos acontecimentos, no mínimo
como um complemento indispensável à publicação de textos sobre papel, em livro ou
periódicos impressos. Alertou-me para isso a quantidade de mensagens em função de,
por exemplo, meu endereço eletrônico figurar no Jornal de Poesia. Talvez venha a ser mais que isso, um complemento,
à medida que ampliar-se o número de usuários da Net, e que, passada a atual crise
econômica do setor, surjam meios de extrair retorno financeiro da iniciativa. Para
mim, Net é algo em início de implantação. Por isso, estamos apenas começando. Facilidade
de acesso à informação e a possibilidade de armazená-la, tornando-a não-descartável,
pesam decisivamente a favor do meio eletrônico. Na verdade, você demorou para conectar-se
à rede, só o fez no final de 1999. Mas, a partir daí, mergulhou de cabeça, passando
a dedicar-se a um projeto complexo como o de Agulha
Revista de Cultura. Já previa
esse tipo de envolvimento, antevia o alcance que a revista poderia ter?
FM | De certa forma, sim. Em experiência anterior,
na edição de uma revista impressa, no caso a Xilo – cujo insucesso foi de ordem empresarial e não editorial –, chamava
a atenção a maneira como crescia o recebimento de e-mails, o que nos alertava para a necessidade de fazer uma versão virtual.
Tanto que antes mesmo de começar Agulha
Revista de Cultura optei por
organizar um mailing inicial que permitisse
uma expectativa mais ampla em termos de difusão. Agora, não resta dúvida que a Net
surpreende a cada dia, tanto pelo mundo de possibilidades que cria, como também
pelo índice alarmante de hipocrisia que ajuda a revelar, como no caso das campanhas
contra spam. Mas creio que é importante
falarmos um pouco dessa aparente complexidade do projeto editorial da Agulha Revista de Cultura. Em que sentido crês que seja complexa nossa
aventura?
FM | De fato, colaboradores como Carlos Nejar, Gracco
Sílvio, Sânzio de Azevedo, entre outros, inicialmente contatados para publicação
em Xilo, foram aproveitados nos primeiros
números de Agulha Revista de Cultura. Como uma revista surgiu em função da impossibilidade
da outra, a presença crescente de novos colaboradores seria o caminho pensado como
natural. O que vale observar é que havia um grande preconceito, por parte de alguns
colaboradores, em função de nossa revista circular apenas virtualmente. Houve casos
de matérias acertadas para a Xilo que
tiveram de ser devolvidas, por rejeição ao meio eletrônico. Aliás, não achas interessante
que ainda hoje essas duas mídias (eletrônica e impressa) mal convivam entre si?
A grande parte das revistas que lidam especificamente com um desses meios não toma
em conta a existência do outro. Qual te parece ser a razão dessa ausência de diálogo?
CW | Miopia jornalística, em primeiro lugar. Obviamente.
Eu examinar um suplemento literário – alguns, no caso, já que estou respondendo
em um fim de semana, quando essas coisas saem – e não ver – aposto que não vou ver!
– nem uma, sequer uma nota sobre algo literário que tenha saído
na Net, isso apenas denota o costumeiro e previsível burocratismo da imprensa. A
recíproca não é verdadeira, pois o meio eletrônico, de vários modos, expande a circulação
do que sai impresso. Enfim – coloca-se à disposição na rede o que sai impresso,
mas a recíproca, imprimir o que sai na rede, quem faz isso é o leitor. Observei,
já, que vários leitores da Agulha
Revista de Cultura imprimem
nossas matérias para aí, então, lê-las com calma. Até onde isso vai? Aqui, retomo
algo que venho dizendo: que a Net nem começou. Com equipamentos melhores e mais
baratos e, principalmente, melhores conexões, aí sim, o jogo muda, o quadro vai
ser outro. De qualquer modo, algo que já existe e irá expandir-se é a publicação
eletrônica, com a opção, se o leitor pagar, do print on demand, em vernáculo,
impresso sob encomenda. Agora, praticando uma inflexão em nossa conversa, você diria
que Agulha Revista de Cultura tem uma propensão surrealista, algo assim?
FM | A primeira coisa a se observar seria a intenção
valorativa dessa propensão, uma vez que o Surrealismo sempre esteve golpeado por
inúmeros preconceitos. Em seguida, poderíamos pensar em tal propensão como algo
natural, tanto pela estreita ligação dos dois editores da Agulha Revista de Cultura com o Surrealimo, quanto pelo fato de que este
movimento, em definitivo, influiu substancialmente em toda a arte que se faz desde
então. Sendo a Agulha
Revista de Cultura um veículo
que procura espelhar um âmbito mais consistente da criação artística e sua reflexão,
invariavelmente ressalta o que se poderia chamar de propensão surrealista. Este
é um ponto. Se observarmos o Índice Geral
da revista (que está disponível desde a edição # 8, de janeiro de 2001), veremos
que é mínima a presença de artistas diretamente ligados ao movimento (Víctor Chab,
Juan Calzadilla, Cruzeiro Seixas, Antonin Artaud, Max Ernst, Francisco Madariaga,
Sérgio Lima), mesmo levando em conta aqueles que poderiam dele se aproximar esteticamente
(Marosa di Giorgio, Leonel Góngora, Campos de Carvalho, Xavier Villaurrutia, Eduardo
Eloy). Enfim, há inúmeras linguagens convivendo no universo da Agulha Revista de Cultura. Mas poderíamos ainda falar em propensão surrealista
se o enfoque for aquele da “mais realidade”, essencial em tal leitura, uma vez que
a revista rejeita a pauta domesticada, e por vezes frívola, que salvo raras exceções
tem sido a moeda corrente de nossa imprensa. De qualquer maneira, vale indagar qual
o enfoque que pretendes ao referir-se a uma propensão surrealista da Agulha Revista de Cultura.
CW | É que eu me lembrei de observações da crítica
a sua coletânea Escritura Conquistada –tardosurrealismo, parasurrealismo,
aquilo tudo – na qual, contudo, a percentagem ou índice de surrealismo per capita
era mais ou menos esse, também: normal, porém alta com relação às taxas brasileiras.
Associada a uma vocação pessoal, à inquietação, prática da liberdade de criação,
nossa propensão surrealista é resultado, acima de tudo, de honestidade intelectual,
de não trair o objeto de análise, discussão ou divulgação. Para ser mais claro:
se alguém for olhar, de modo despreconcebido, a literatura hispano-americana do
século XX, como você faz, ou então a poesia de Portugal na segunda metade desse
(daquele) século, vai encontrar surrealismo e imagens poéticas; mostrar isso de
forma despreconcebida, então, é questão de honestidade, de não falsear ou esconder
aquilo de que se está falando. A mesma postura se projeta na pauta da Agulha Revista de Cultura, resultando nisso que denominei de índice elevado
de surrealidade para padrões brasileiros, embora normal, tomando o fenômeno, a ocorrência
em si. Associada, ainda, à necessidade de colocar pingos nos ii, esclarecer,
como nas menções a surrealismo em meus artigos sobre Campos de Carvalho e Herberto
Helder – não as faria se não houvesse equívocos e omissões precedentes. Veja um
quase-silogismo (com ecos bretonianos): Nós mostramos o que está à margem; o surreal
está à margem; o que está à margem é associado a uma configuração mais ampla da
rebelião, da criação livre, surreal. Não lhe parece?
FM | Estou completamente de acordo. Assim como é
inevitável falar de Surrealismo quando tratamos da grande poesia grega deste mesmo
século, como aliás veremos a partir de ensaio sobre Kavafis que será publicado em
Agulha Revista de Cultura # 10. Não poderemos jamais fugir, sob pena
de preconceito e desonestidade, de sua preponderante influência sobre a criação
e o pensamento em nosso tempo. Agora, as taxas brasileiras, francamente… Se pensarmos
que a tiragem média de livros de poesia no Brasil é exatamente a mesma de Porto
Rico, país cuja população equivale a 2% da brasileira, então veremos explicação
para tanta leitura desfocada acerca de inúmeros assuntos. Mesmo escritores europeus
da importância de um Robert Graves, Peter Poulsen, Marcel Schwob, José Ángel Valente
ou Boris Vian – para citar apenas alguns que estão comentados nas páginas da Agulha Revista de Cultura –, são praticamente desconhecidos no Brasil,
país onde seguem imperando o preconceito e a inconsequência.
CW | Acho que tocamos em alguns pontos importantes.
Retomaremos, quando houver ocasião. Faltou informarmos mais sobre repercussão de
Agulha Revista de Cultura, evidenciada pela quantidade de retransmissões
através de outros portais e de manifestações de leitores, por e-mail ou pessoalmente, às vezes até nos
surpreendendo. Mas isso também, é algo que está no começo. Vai ampliar-se, é claro,
com mais inscrições de nossas matérias nos sites de busca. Por isso, voltaremos,
com certeza, ao assunto.
• FLORIANO MARTINS E CLAUDIO WILLER | Editorial # 70, Outubro
de 2009
Agulha
Revista de Cultura cumpre com esta edição um ciclo de 10 anos. Até aqui,
foram 70 números. Significa dizer, considerando que em momentos fomos uma publicação
mensal e em outros bimestral, uma média de 7 edições por ano. Também alternamos
a quantidade de matérias publicadas ao longo de toda uma década, ora com 12, 15
ou mesmo 20 textos por edição – como neste último número –, o que nos leva à marca
aproximada de 1.800 ensaios e entrevistas em 70 edições. Algo em torno de 80% desse
material foi dedicado a temas latino-americanos, à criação artística e à cultura
na América Latina. Não recuamos diante da complexidade ou densidade; preferimos
o que está fora das pautas do mundanismo cultural, incluindo temas “malditos”, a
começar pelo sistemático e detalhado exame do surrealismo; empreendemos o diálogo
com a produção cultural da América Latina e do mundo hispânico e, ao mesmo tempo,
nos entendemos como expressão da lusofonia, da criação em língua portuguesa. Por
isso, Agulha Revista de Cultura circulou em
português e espanhol, sendo talvez o único veículo assim constituído em toda a mídia
eletrônica.
Cada número foi aberto por um editorial, acompanhando
e comentando acontecimentos, da esfera artística e literária, e também política,
além de contribuir para o debate sobre o alcance e consequências da Internet, acompanhando
de perto a expansão do meio digital e do mundo virtual. Relendo o que foi escrito
sobre o tema, percebe-se, pensamos, o equilíbrio: nem catastrofismo, nem messianismo
salvacionista; quanto às críticas mais recentes à difusão de informações pela Internet,
a própria recepção de Agulha
Revista de Cultura é uma resposta
aos profetas de mau agouro, aos que veem a diversidade de utilizações da rede como
acarretando a vulgarização e o rebaixamento de nível cultural – cabe até repetir
a crítica, já feita aqui, a essa transferência de responsabilidades, das consequências
de carências das políticas públicas educacionais e culturais e das mídias institucionalizadas
para o mundo virtual, aquele das páginas, sítios, blogs e dispositivos de
busca ou relacionamento.
Enfim, todos os números de Agulha Revista de Cultura, desde os iniciais
até os mais recentes, continuam e continuarão atuais. Prova-o seu crescimento como
fonte de pesquisas e consultas, a descoberta por leitores que, estabelecendo contato,
passaram a integrar a lista dos seus destinatários. Com o aprimoramento dos dispositivos
de consulta na Internet, quem pesquisar sobre uma série de autores e temas, encontra
matérias da revista entre as primeiras opções nas extensas séries de páginas disponibilizadas
por esses serviços. Assim, restrita ao meio digital, ao mesmo tempo ultrapassou
esse meio.
Some-se a essas realizações o fato de que um dos editores
da Agulha Revista de Cultura criou e segue
coordenando, para o Jornal de Poesia, a Banda Hispânica, banco de
dados destinado à difusão de poesia de língua espanhola, abrangendo – até o momento
– um total de 20 países e 550 poetas, o que significa cerca de 1.600 entrevistas
e textos críticos dedicados à obra desses autores.
Assim Agulha
Revista de Cultura realizou, em
seus 10 anos de aventura editorial, o projeto que motivou sua existência: transformar-se
em uma mesa de debate dos principais temas que envolvem a cultura e as artes em
nosso tempo. Quando surgimos, não havia esse espaço na imprensa do Brasil. Virtual
ou impressa, esta permanece quase de todo naufragada nas águas do entretenimento,
sem oferecer ao público um espaço de reflexão, conhecimento, multiplicidade, e não
apenas a informação de caráter comercial. Em geral, a imprensa trata seu público
como mero cliente: é uma lástima que a área do chamado jornalismo cultural tenha
adotado essa fórmula.
Ao longo dessa década e destes 70 números publicados,
abordando os mais diversos temas, Agulha
Revista de Cultura foi uma verdadeira prática de política cultural em
um país mais afeito ao fuxico cultural. Ultrapassou a simples publicação de seus
números: seus editores foram convidados para eventos literários em diversos países;
definiu contratos editoriais, seja na área de poesia, ensaio ou tradução; formou
parcerias com grupos editoriais também em âmbito internacional; ampliou o espaço
de difusão de inúmeras revistas, inclusive com um intercâmbio de edições especiais
dedicadas a alguns países.
A trajetória de vida de Agulha
Revista de Cultura é marcada por esse sentido singular de conquista e
desbravamento. Não cortejamos o túmulo da glória. Arriscamo-nos sempre a difundir
nomes de pouca circulação ou esquecidos, desde que não faltasse consistência a seu
trabalho. Criamos uma Galeria de Revistas, espaço único na imprensa, tanto virtual
quanto impressa, para a difusão e apresentação crítica de publicações similares.
A cada edição apresentamos uma média de 50 obras do que chamamos de “artista convidado”,
buscando nomes, entre consagrados e até mesmo estreantes, em quase 20 países. Foram
aprazíveis, valiosas e efetivas as relações alcançadas com colaboradores, leitores,
instituições em todo este período. Evidentemente, o Brasil também participou dessa
conjuntura, sobretudo no plano afetivo, apesar de nossa imprensa, em geral, ter-lhe
dado mínima atenção, talvez apenas para confirmar o velho e perverso adágio popular
de que santo de casa não obra milagre.
Concluir este ciclo editorial nos parece agora uma manifestação
de compreensão do papel até aqui representado, e da consciência de que outros meios
de lhe dar prosseguimento se apresentam como urgências que precisam ser atendidas.
Agulha Revista de Cultura permanecerá,
casa aberta aos visitantes do ciberespaço. O link será mantido, com a totalidade
do seu acervo de matérias. Seus editores agradecem imensamente a contribuição de
todos, pelo carinho da leitura, sugestões, envio de textos e consultas. Em particular,
nosso agradecimento maior vai para Francisco José Soares Feitosa, que fundou e dirige
o Jornal de Poesia, pioneiro em termos de utilização da Internet como veículo
de circulação de poesia em todo o mundo, Feitosa que sempre nos apoiou de forma
incondicional, ancorando a Agulha
Revista de Cultura com toda sua amizade. Esse capítulo foi construído
graças a um sentido inestimável de fraternidade. O que nos enche de felicidade o
coração.
Abraxas
EDIÇÃO COMEMORATIVA | CENTENÁRIO DO SURREALISMO
1919-2019
Agulha
Revista de Cultura
20 ANOS O MUNDO CONOSCO
Número
147 | Dezembro de 2019
editor
geral | FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com
editor
assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com
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de textos & difusão | FLORIANO MARTINS | MÁRCIO SIMÕES
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