A sublevação começaria de uma forma espetacular.
Um empregado da fábrica de gás era o responsável por fechar a válvula e deixar a
população às escuras. [3] O jornal La Época noticiou:
A ‘Liga Antilhana’ projetava estabelecer
em fins do corrente um centro de instrução e recreio, inaugurando este acontecimento
com um concerto no teatro, para o qual deviam ser convidadas todas as autoridades
e pessoas visíveis da população. Uma vez ocupadas as localidades, e no momento mesmo
de começar o espetáculo, os conjurados, convenientemente dispostos, haviam de desenvolver
seu plano, começando por fechar a válvula de saída do gasômetro, para sumir a cidade
em densa escuridão. Seu intento era assassinar primeiro as autoridades, cair em
seguida sobre a raça branca, que odeiam até o extermínio, e lançar-se depois ao
campo, liderados por Antonio Maceo, Máximo Gómez e outros caudilhos cujo desembarque
esperavam antes de empreender o movimento. [4]
Há
dúvidas se, de fato, estava em curso uma rebelião nestas proporções, mas a participação
de negros em atividades conspirativas era evidente. As suspeitas do governo colonial
sobre os livres de cor se fundavam em uma longa história de participação destes
em conspirações. Em Santiago de Cuba e Guantánamo, áreas em que a população de cor
tinha um peso demográfico maior, toda atividade política dos negros e mulatos se
tornou motivo de suspeição. [5]
Para
justificar mais de duzentas prisões de livres de cor, o Comandante Militar Camilo
Polavieja recorreu ao velho argumento da ameaça de guerra racial, difundindo a ideia
de que a raça de cor se preparava para se levantar em uma guerra de raças contra
os brancos, na chegada de Maceo à província. Antonio Maceo estaria à frente do movimento,
dando a este “o caráter de guerra de raça com objetivo de chamar a si a boa e honrada
população de cor, que tem sido e segue sendo leal”. [6] As autoridades coloniais
usaram imagens raciais e o discurso da guerra racial para questionar a luta independentista. [7]
Polavieja era um político hábil em manipular o medo do “perigo negro” para tentar
esvaziar as insurreições anticoloniais e garantir o domínio espanhol em Cuba. [8]
Recorria-se, assim, mais uma vez, à velha tática espanhola de caracterizar os movimentos
anticoloniais como tentativas de guerra racial. [9]
Polavieja
foi informado de que brancos conspiravam ao lado dos negros e mulatos. Um informante
que enviava notícias de Kingston, Jamaica, lhe escreveu afirmando:
Como
já hoje é necessário ocupar-se da Ilha de um modo tal que as gentes de cor não possam
em nenhum tempo ameaçar os brancos, me apresso a participar a V.E. como ainda o
mulato Maceo quer perturbar a Ilha, o que não logrará porque aqui os brancos o seguimos
passo a passo. Para essa saiu daqui um Colás na passada viagem, que era o secretário
de Maceo, levou papéis dele com a ideia de atrair alguns de cor; muito estranho
que um pícaro branco se ocupe em favor dos mulatos contra os da sua cor. [...] Maceo
se crê um Bolívar e há oferecido àqueles por sua cooperação os primeiros postos
em seu governo, que com o favor de Deus, a união de brancos peninsulares e insulares
e as medidas de progresso e bom governo, nada em nunca lograrão. [...] Colás [...]
é partidário dos de cor porque quer vingar o enforcamento de seu pai. [...] Lhe
dou o fio, Senhor General, tenha cuidado, daqui a Porto Príncipe, Haiti, estão trabalhando
os de cor, e alguns brancos os ajudam. [10]
Polavieja
admitiu que existiam brancos na conspiração, mas decidiu não atingi-los. O Comandante
Militar sabia que existiam duas grandes questões em jogo: a luta contra o domínio
colonial espanhol, que mobilizava muitos brancos, e o problema não completamente
sanado com o Patronato, a escravidão ou, como se chamava em Cuba, na época, a questão
social, ao que Polavieja atribuía a mobilização dos livres de cor. Por isto considerava
altamente político que a maioria dos brancos não visse, nas conspirações de 1880,
“a independência, e sim a questão social” e que se afastassem, pelo menos na província
de Santiago de Cuba, “do elemento de cor, único apto para sofrer as penalidades
da guerra”. [11]
Alguns
dos brancos suspeitos de participarem da conspiração pareciam manter estreitas relações
com a gente de cor. Don José Bril se tornou
suspeito e estava sendo vigiado porque foi visto convidando a gente de cor; [12]
Don Gustavo, escrevente da chefatura de
polícia municipal, ao que parece, de Guantánamo, era considerado “mal, malíssimo”
e “íntimo do concejal de cor e seus amigos”;
dizia-se que Don Juan Bernardo Bravo,
acusado de propagandista e falso, andava “metido entre os negros”; [13]
Don Bienvenido Espinal e Don Juan Dominguez Sola que, junto com os
brancos Don Manuel Jesus Perez, Don Juan Bernardo Prado e um chamado Acosta
(estranho à localidade), falaram na reunião de morenos que deu lugar à instalação do novo Casino e eram vistos como “alentadores” de negros. [14]
Muitos
negros fizeram parte das guerrilhas, tropas formadas por cubanos que lutaram a favor
da Espanha contra as forças independentistas. [16] A política adotada
pelo governador Polavieja foi tomar medidas que atingiam diretamente a população
de cor, sem, contudo, deixar isto explícito. Assim, ordenou a reorganização do Corpo
de Bombeiros, que começou por entregar as armas e munições, oficiou aos Chefes do
Corpo de Voluntários e Guerrilhas, proibindo o ingresso de “gente de cor” nos batalhões
enquanto durasse a reorganização dos Bombeiros, sob pretexto de que se tirava gente
àquele Corpo. [17] Logo após as prisões, em 11 de dezembro de 1880, sugeriu que o Capitão
Geral ditasse uma medida que evitasse a entrada de emigrados da classe de cor na
cidade de Santiago de Cuba, pois muitos estariam entrando na cidade através de vapores
que vinham de Havana, Cienfuegos e de Porto Rico - o General considerava esta entrada
inconveniente. [18] Nesta época, vários emigrados cubanos, brancos e não brancos, conspiravam,
a partir de outras ilhas do Caribe, contra o jugo colonial espanhol e a ênfase de
Polavieja sobre o perigo do retorno dos emigrados de cor se devia à projeção e liderança
política que Antonio Maceo estava conquistando no Caribe e à sua capacidade de influenciar
os livres de cor da região.
Segundo
as autoridades espanholas, o propósito de Maceo, ao prestar seu apoio aos haitianos,
se baseava na esperança de que estes, uma vez no poder, lhe prestassem ajuda e cooperação
na luta contra a Espanha. O líder insurreto era intimamente ligado ao partido haitiano
chefiado por Boyer Bazalais, e este lhe ofereceu apoio quando conseguisse chegar
ao poder. [22]
Maceo
mantinha estreitos e regulares contatos com seus partidários de Santiago de Cuba
e enviava instruções secretas a seus aliados na província, alentando-os: “não esmoreçam
em manter latente entre os de sua raça a ideia de que em breve ele em pessoa marchará
a pôr-se à frente de um formidável movimento que não poderá ter como resultado mais
do que o triunfo de suas armas”. [23] A comunicação de Maceo com insurretos
de Santiago de Cuba era facilitada pelas constantes chegadas de barcos vindos de
outras Antilhas e através do “comércio de frutos” pelo qual os conspiradores facilmente
podiam enviar emissários e ainda introduzir armas em pequenas expedições”. [24]
O
governador Camilo Polavieja associou, insistentemente, as atividades conspirativas
em Santiago de Cuba a uma organização secreta chamada Liga Antilhana, que, segundo
as autoridades espanholas, tencionava “preparar para [a] guerra de raças”. A Liga
estaria “recrutando seus adeptos sobretudo entre os procedentes da manígua [território rebelde]”, ou seja, entre
os que haviam lutado nas guerras anteriores; e não deixavam de entrar nela “gentes
de cor que haviam sido leais há até pouco tempo”. [25]
Nos
meses que antecederam a descoberta da conspiração de 1880, o Comandante Militar
havia recebido diversos informes de que a Liga Antilhana estava fazendo um grande
número de adeptos entre a gente de cor da província de Santiago de Cuba. [26]
Uma carta, assinada por Lucas Mesa, informava que haviam formado a Liga em Santiago
de Cuba e em Guántanamo e que esta se compunha dele, Manuel Ramirez, Juan domingo
Peña e muitos outros. Lucas Mesa justifica que, com a pressa com que escreveu, esqueceu-se
de nomear alguns nomes da raça de cor que pertenciam à escravidão e alguns brancos
e concluiu: “dia 10 última hora tivemos a agradável notícia que os Bombeiros estão
a maior parte deles conosco dispostos a começar, todos são de nossa cor”. [27]
Poucos
estudos existem sobre a Liga Antilhana; quase nada se conhece sobre a extensão das
suas operações ou de sua antecessora, a Liga das Antilhas, fundada quatro anos antes
em Paris. [28] Este tipo de organização vivia sob constante vigilância e seus membros,
em geral, trabalharam a maior do tempo na clandestinidade e não deixaram muitos
registros de suas ações. [29] Mas, em 1878, os espanhóis foram informados
que Antonio Maceo, que vivia exilado na Jamaica, formou, em companhia do dominicano
Gregorio Luperón e do porto-riquenho Ramón Ementerio Betances, a Liga Antilhana. [30]
Para José Luciano Franco, Ramón E. Betances e Gregorio Luperón, opositores incansáveis
da escravidão e dos regimes coloniais na segunda metade do século XIX personificavam
o sentimento progressista e democrático dos países do Caribe. [31]
Na
década de 1870, antes de voltar e se estabelecer em Paris, Betances se movia, constantemente,
entre Santo Tomás, Haiti, República Dominicana, Venezuela e Nova Iorque, seguido
de perto por agentes e espiões a serviço da Espanha. Ele acreditava que as ilhas
caribenhas, com diferentes colonizadores e insignificantes militarmente, não sobreviveriam,
a não ser juntas, em uma federação das Antilhas. [37] Mas há algo pouco explorado
na sua biografia que talvez ajude a entender a sua aproximação com Maceo: Betances
era mulato e, como Maceo, maçon. [38] Em uma reunião,
em 1870, na Grande Loja Maçônica de Porto Princípe (Haiti), Betances teria dito:
“As Antilhas deveriam pertencer aos filhos das Antilhas”. [39]
Em uma carta à irmã, escreveu: “somos prietuzcos,
e não negamos isso”. [40] Originalmente, as certidões de batismos
de Betances e de suas irmãs foram registradas no livro de pardos, mas, após o casamento
de sua irmã mais velha com um catalão, no ano de 1840, foram registradas no livro
de brancos com a seguinte observação: “Trasladada ao presente livro de brancos por
disposição do Superior General em 13 de maio de 1840”. [41]
Gregorio
Luperón, outro pressuposto fundador da Liga, nasceu na República Dominicana e também
era mulato. [42] Em 1879, após uma revolução popular, o General Gregorio Luperón
chegou a ocupar a presidência da República Dominicana. [43] Em sua homenagem, em
1888, foi escrito o seguinte texto, que revela um pouco de como se posicionava em
relação à questão racial:
O
governo que nos domina... deveria começar a pensar seriamente sobre o destino reservado
pela Providência para os negros e mulatos da América. De agora em diante, este destino
é manifesto, dado o presente número desta raça; e eu acredito que a ilha de Santo
Domingo é chamada a ser o núcleo, o modelo desta glorificação [...][484
Em uma interpretação muito próxima de Camilo
Polavieja, Buscaglia-Salgado acredita que, em fins da década de 1870, havia um “projeto
mulato para a confederação antilhana” que se tornou, rapidamente, uma causa perdida. [45]
O projeto foi recebido com suspeição por parte de alguns crioulos brancos, que viram
na iniciativa uma ameaça ao seu projeto de fundação de estados nacionais; para eles,
a Liga Antilhana representava um plano de dominação e governo negro no Caribe. [46]
Buscaglia-Salgado chama
atenção de que, no Protesto de Baraguá, quando rejeitou o Pacto de Zanjón, acordo
de saída da Guerra de Dez Anos orquestrado por espanhóis e crioulos brancos, Maceo
convocou seus seguidores a continuarem na guerra para fazer de Cuba “uma nova república
assimilada a nossas irmãs de Santo Domingo e Haiti”. A ideia de uma “república assimilada”
foi também interpretada pelos nacionalistas crioulos como um projeto de governo
dos negros no Caribe. [47] Isso talvez ajude a entender um pouco
a “histeria” dos espanhóis.
Esses
escravos, General, cansados do açoite e das correntes, e demasiado frágeis para
rompê-los por si sós, estendem a vista ao seu redor e ao ver-nos a nós homens de
cor que tivemos a fortuna de não nascer na escravidão ou de haver nos libertado
dela, nos pedem nosso auxílio. Nosso dever é concedê-lo; negá-lo seria um crime.
[48]
As conexões entre Maceo e dominicanos, porto-riquenhos,
haitianos e orientais de Cuba, negros e mulatos, materializavam um antigo temor
dos espanhóis: a articulação de uma conspiração negra transnacional e revelavam
que, além das lutas travadas contra o domínio colonial, negros e mulatos, sob o
signo da raça de cor, construíam solidariedades e apostavam na organização e mobilização
a partir da identidade racial para além das fronteiras nacionais. Desde então, o ativismo negro lançava mão de um vocabulário
político que incluía nacionalismo, igualdade, fraternidade, aliança inter-racial
e identidade racial transnacional.
NOTAS
Texto extraído do livro Conspirações
da ‘raça de cor’: escravidão, liberdade e tensões raciais em Santiago de Cuba (1864-1881).
Campinas/SP: Editora da Unicamp, 2015.
1. AGI, Diversos 8, Telegrama do Comandante Geral Camilo Polavieja
ao Capitão Geral em Conspiración de la
Raza de Color descubierta en Santiago de Cuba el 10 de Diciembre de 1880, siendo Comandante General de la Provincia el
Excmo. Sr.
Teniente General Don Camilo Polavieja y Castillo, Santiago
de Cuba, Sección Tipográfica del Estado Mayor, 1880, Santiago de Cuba, 10/12/1880.
2. Havia notícias de que
agentes da conspiração atuavam em Palma Soriano, San Luis, Songo, Guantánamo e Sagua
de Tánamo. AGI, Diversos 8, Telegrama do Comandante
Geral Camilo Polavieja ao Capitão Geral em Conspiración de la Raza de Color…, Santiago de Cuba, 10/12/1880.
3. Domingo Solorzano era
o empregado da fábrica de gás responsável pela ação (AGI, Diversos 8, Notas, s/d).
4. AGI, Diversos 8, La Época, 15/12/1880.
5. Para Howard, as suspeitas
sobre os cabildos também se explicavam pelo papel que estes haviam desempenhado
em conspirações anteriores e pela presença demográfica dos negros na ilha (Howard, Philip A. Changing history: afro-cuban cabildos and societies of color in the
Nineteenth Century. Louisiana: Lousiana State University Press, 1998).
6. AGI, Diversos 8, Telegrama do Comandante Geral Camilo Polavieja
dirigido desde Cuba ao Capitão Geral em
Conspiración de la Raza de Color..., Santiago de Cuba, 10/12/1880.
7. Ferrer, Ada. Insurgent Cuba: Race, Nation and Revolution,
1868-1898. Chapel Hill: The
University of North Carolina Press, 1999.
8.
HELG, Aline. Lo
que nos corresponde: la lucha de los negros
y mulatos por la igualdad en Cuba – 1886-1912. Havana:
Ediciones Imagen Contemporánea, 2000. Ferrer, Insurgent Cuba.
9. Ferrer, Insurgent Cuba.
O argumento
de que a guerra de independência se convertera em uma guerra de raças foi largamente
utilizado pelos espanhóis e serviu também como justificativa para os projetos de
imigração branca (BALBOA NAVARRO, Imilcy. Los brazos necesarios: inmigración,
colonización y trabajo libre en Cuba, 1878-1898. Valencia: Centro Francisco Tomás
y Valiente UNED Alzira-Valencia: Fundación Instituto Historia Social, 2000).
10. AGI, Diversos 8, Carta de Fidencio Cisneros ao Comandante Geral
de Santiago de Cuba, Kingston, 16/03/1881.
11. AGI, Diversos 8, Ofício do Comandante Geral Camilo Polavieja ao
Capitão Geral em Conspiración de la Raza
de Color...,, Santiago de Cuba, 10/12/1880, p. 11. Ver também: Ferrer, Insurgent Cuba. Como
afirma Ada Ferrer, talvez nenhuma autoridade colonial tenha sido mais hábil nesta
tarefa do que o Governador Provincial de Santiago de Cuba, Camilo Polavieja, que
“interpretou a insurreição como guerra de raças e fez de tudo ao seu alcance para
fazer a rebelião imitar a sua interpretação”. Polavieja usou a estratégia de afastar
os elementos brancos da insurreição para que esta se reduzisse aos elementos de
cor (Insurgent Cuba).
12. AGI, Diversos 8, Nota de Manuel Asensio, s/d.
13. AGI, Diversos 8, Notas, s/d. Concejal seria uma espécie de vereador, conselheiro.
14. AGI, Diversos 8, Notas.
15. AGI, Diversos 8, Ofício do Comandante Geral Camilo Polavieja ao
Capitão Geral em Conspiración de la Raza
de Color..., Santiago de Cuba, 10/12/1880.
16.
FERMOSELLE, Rafael. Política y color en Cuba:
la guerrita de 1912. Montevideo, Uruguay: Geminis, 1974; B ARNET, Miguel.
Biografía
de un cimarrón. Havana:
Editorial Letras Cubanas, 2006. Os guerrilheiros podiam ser
armados pelas autoridades ou com dinheiro dos fazendeiros (Balboa Navarro, La protesta rural).
17. AGI, Diversos 8, Ofício do Comandante Geral Camilo Polavieja ao
Capitão Geral em Conspiración de la Raza
de Color..., Santiago de Cuba, Sección Tipográfica del Estado Mayor, 1880, Santiago
de Cuba, 10/12/1880.
18. AGI, Diversos
8, Telegrama do Comandante Geral ao Sr. Capitão
Geral em Conspiración de la Raza de Color...,
Santiago de Cuba, 11/12/1880.
19. AGI, Diversos 8, Correspondência do Consul da Espanha em Kingston
para o Comandante Geral Camilo Polavieja, Kinsgton, 25/03/1881.
20.
FRANCO, José Luciano. Antonio Maceo: apuntes para una historia
de su vida. Havana: Editorial de Ciencias Sociales, t. I, 1975.
21.
ESCALONA DELFINO, José Antonio. Maceo en Haití, Haití en Maceo. In: PORTUONDO ZÚÑIGA,
Olga; ESCALONA CHÁDEZ, Israel; FERNÁNDEZ CARCASSÉS, Manuel (Coord.). Aproximaciones a los Maceo. Santiago de Cuba:
Oriente, 2005.
22. AGI, Diversos 8, Correspondência do Cônsul Espanhol em Kingston
para o Comandante Geral Camilo Polavieja, Kinsgton, 14/04/1881.
23. AGI, Diversos 8, Correspondência do Cônsul da Espanha em Kingston
para o Comandante Geral Camilo Polavieja, Kinsgton, 25/03/1881.
24.
FRANCO, Antonio Maceo, t. II.
25. AGI, Diversos 8, Carta do Comandante Geral Camilo Polavieja ao
Comandante Militar de Guantánamo José Moraleda, Guantánamo, 20/11/1880.
26. AGI, Diversos 8, Ofício do Comandante Geral Camilo Polavieja ao
Capitão Geral em Conspiración de la Raza
de Color..., Santiago de Cuba, 10/12/1880.
27. Também havia brancos,
como Don Modesto, Duany y Cabrera e o
Sr. Robert que ofereceu sua fazenda ao lado do porto para desembarcar os que viessem
incógnitos. Don José Fonte, empregado
em uma oficina militar, se dispôs a informar sobre os movimentos da milícia do governo.
Com exceção de Narciso Justos e Manuel Vaillant, todos os negros e mulatos apontados
como pertencentes à Liga Antilhana em Santiago de Cuba foram presos e deportados
a Fernando Pó. Na lista dos deportados constam os brancos Don Hilario Duany, Don Manuel
Cabrera (AGI, Diversos 8, Carta de Lucas Mesa,
Santiago de Cuba, 09/11/1880, fl. [ilegível]).
28.
BUSCAGLIA-SALGADO, José F. Undoing empire:
race and nation in the mulatto Caribbean. Minneapolis: University of Minnesota Press,
2003.
29.
BUSCAGLIA-SALGADO, Undoing empire.
30. BUSCAGLIA-SALGADO, Undoing empire. Segundo um viajante
norte-americano, no início da Guerra de Dez Anos, os ingleses haviam proposto aos
insurretos formar uma Confederação das Antilhas (O’KELLY, James J. La tierra del mambi. Havana: Instituto del Libro, 1968).
31.
FRANCO, Antonio Maceo.
32.
BUSCAGLIA-SALGADO, Undoing empire.
33.
LEYVA Y AGUILERA, Herminio C. La guerra chiquita:
el movimiento insurreccional de 1879 en la provincia de Santiago de Cuba. Havana: La Universal, 1893.
34.
ANDERSON, Benedict Richard O’ Gorman. Under three flags: anarchism and the anti-colonial
imagination. London; New York: Verso, 2005.
35.
BUSCAGLIA-SALGADO, Undoing empire.
36.
KNIGHT, Slave Society in Cuba..., cit.; CEPERO BONILLA, Raúl. Azúcar y abolición. Havana: Editorial de
Ciencias Sociales/Instituto Cubano del Libro, 1971. A
informação de que Betances participou da fundação da Sociedade Republicana de Cuba
e Porto-Rico foi extraída de Buscaglia-Salgado (Undoing Empire), que informa que esta foi fundada em dezembro
de 1865.
37. No futuro, Betances
se tornaria uma espécie de decano da comunidade latina em Paris e foi indicado,
oficialmente, como agente diplomático da Revolução Cubana em Paris, em 1896 (ANDERSON,
Under
three flags).
38.
TORRES-CUEVAS, Eduardo. Historia de la masonería
cubana: seis ensayos. Havana: Imagen Contemporanea, 2004.
39.
BUSCAGLIA-SALGADO, Undoing empire.
40.
BUSCAGLIA-SALGADO, Undoing empire.
41. SUÁREZ DÍAZ, Ada. El Doctor Emeterio Betances y la abolición de
la esclavitud. Porto Rico: Editorial
del Instituto de Cultura Puertorriqueña, 2005.
42.
BUSCAGLIA-SALGADO, Undoing empire.
43;
FRANCO, Antonio Maceo.
44.
Homenagem a Gregorio Luperón, 1888, citado por: BUSCAGLIA-SALGADO, Undoing empire.
45.
BUSCAGLIA-SALGADO, Undoing empire.
46.
BUSCAGLIA-SALGADO, Undoing empire.
47.
BUSCAGLIA-SALGADO, Undoing empire.
48. RODRÍGUEZ, Pedro Pablo. Tengo fe en la grandeza de nuestra patria; Antonio Maceo y la Guerra Chiquita. Bohemia, n. 49, dic. 1979 apud Duharte Jiménez, Dos aproximaciones a la historia de Cuba. Santiago de Cuba: Casa del Caribe/Imprenta de la Dirección Provincial de Cultura de Santiago de Cuba, 1984.
IACY MAIA MATA. Doutora em História pela Universidade Estadual
de Campinas e Professora da Universidade Federal da Bahia; desenvolve pesquisas
sobre escravidão, abolição e relações raciais no Brasil e em Cuba e integra a linha
de pesquisa Escravidão e Invenção da Liberdade, do PPGH/UFBA. Publicou, em 2015,
o livro Conspirações da raça de cor: Escravidão,
liberdade e relações raciais em Santiago de Cuba (1864-1881), pela Editora da
Unicamp, que ganhou menção honrosa no Prêmio Casa das Américas em 2018. Atualmente
é coeditora da Afro-Ásia.
*****
Agulha Revista de Cultura
UMA AGULHA NA MESA O MUNDO NO PRATO
Número 190 | dezembro de 2021
Curadoria: Maria de Fátima Novaes Pires (UFBa) e Rogério Soares Brito (UNEB)
Artista convidado: Eduardo Eloy (Brasil, 1955)
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