ANDRÉ BRETON | No momento em que apareceu
o primeiro número de La Révolution Surréaliste
– ou seja, ao final de 1924 – se obteve a unanimidade de seus colaboradores nos
seguintes pontos: o mundo chamado cartesiano que lhes rodeava era um mundo insustentável,
mistificador sem humor, contra o qual estavam justificadas todas as formas de insurreição.
Toda a psicologia do entendimento era discutida. Por sua vez havia uma categórica
negativa a admitir tudo o que se havia elaborado a partir de um ponto de vista puramente
cordial do espírito. Seu amigo Ferdinand
Alquié, em um texto muito sagaz intitulado “Humanismo surrealista e existencialista”,
e recopilado, em 1948, em Les Cahiers du Collège
Philosophique, expõe da melhor forma o problema: Declarar que a razão é a essência do homem, significa, desde já, cortá-la
em dois pedaços, coisa que não deixou de fazer a tradição clássica. Esta distinguiu
no homem o que é razão e que, portanto, é verdadeiramente humano, e o que não é
razão e, por isto mesmo, parece indigno do homem, instintos e sentimento. Toda
a lição de Freud que era, cada vez mais, neste terreno, nosso guia, estava presente
para nos indicar o perigo mortal que este corte, que essa excisão entre as forças
chamadas da razão e paixões profundas, mesmo quando estivessem dispostas a se ignorarem
mutuamente, fazem correr o homem. O único recurso era, naturalmente, opor-se às
exorbitantes pretensões desta razão que,
em nossa opinião, havia usurpado o lugar da autêntica razão, e também subtrair dos
processos de rejeição, o que os torna mais nocivos, os impulsos e os desejos. Na
medida em que a antiga razão era por nós
desprovida do poder absoluto que se havia arrogado durante séculos, resulta compreensível
que os deveres que contribuía a impor
ao homem no plano moral perderam para nós qualquer justificação. Não quero dizer
com isto que fomos impulsionados a nos situarmos à margem da lei, mas sim unicamente que formulávamos sobre esta mesma
lei umas reservas concretas. Nós aproveitaríamos todas as ocasiões de encontrá-la
em falta, até que outra razão, autenticamente baseada, a substituísse. Tal é o sentido
com o qual se deve entender a declaração que figura na capa do primeiro número de
La Révolution Surréaliste: É preciso obter uma nova declaração dos direitos
do homem.
AP | Você poderia nos esclarecer um ponto
importante: o grupo surrealista se mostrava unânime em sua ambição revolucionária?
AB | Quer se trate da firme intenção de
romper o racionalismo fechado, como da contestação absoluta da lei moral em curso,
assim como também do projeto de libertar o homem mediante a utilização da poesia,
do sonho, do sobrenatural, ou do afã de promover uma nova ordem de valores, em todos
esses pontos nosso acordo era total. Porém, sobre os meios para alcança-los, não
deixaram de apresentar-se algumas divergências, derivadas da complexão psicológica
de cada um de nós.
AP | Nessa época, qual era a posição de
Aragon no grupo?
AB | Aragon? Continuava sendo tal como o
apresentei anteriormente: sempre gostava dos acrobatas; ninguém melhor do que ele
para captar a situação; ainda não havia acabado de decidir uma coisa, mesmo contrário
à sua opinião, como por exemplo subir uma colina, e ele já estava no cume… A opinião
geral, entre nós, era que continuava sendo demasiado literato: inclusive quando passeava conosco pela rua, era muito raro
que não nos lesse um texto seu, estivesse acabado ou não. Fatalmente, esses textos
foram cada vez mais caricatos; mesmo assim,
ele gostava muito, quando os dizia nos cafés, sem perder nenhum de seus gestos refletidos
nos espelhos. Nessa época isto era considerado unicamente como um defeito e prejudicava
ligeiramente suas intervenções, que eram sempre notavelmente inteligentes e sutis.
AP | A atitude de Éluard estava também um
pouco afastada de sua concepção de La Révolution
Surréaliste, você não acha?
AB | A participação de Éluard na atividade
do grupo, por mais constante que fosse, não deixava de transparecer alguma reticência:
entre o surrealismo e a poesia, no sentido tradicional da expressão, é muito provável
que fora esta última aquela que lhe aparecesse como um fim, o que – de um ponto
de vista surrealista – constituía uma grande heresia (desnecessário dizer, com efeito,
que a estética que queríamos proscrever, entrava uma vez mais plenamente por essa
porta). Que as intenções de Éluard se mantivessem à margem dos objetivos do Manifeste, isto se viu claramente no rogo que se publique de seu livro Les Dessous d’une vie ou La Pyramide humaine, publicado em 1926, em
que se esforçava por estabelecer uma distinção entre o sonho, o texto automático
e o poema, atribuindo maior importância a este último. Esta divisão por gêneros, com sua acentuada predileção pelo
poema como consequência de uma decisão bem
definida, isto me pareceu em seu conjunto, isto me pareceu super-retrógrado
e em contradição formal com o espírito surrealista. Evidentemente, isto não desmerece
em nada as qualidades sensíveis que serviram para impor a personalidade de Éluard.
AB | A princípio, a revista fez finca-pé
no surrealismo puro – o surrealismo, digamos, em seu estado nativo – e é o que nos
levou a confiar a direção a Pierre Naville e Benjamin Péret, que naqueles momentos
podiam ser considerados como os mais plenamente animados pelo novo espírito e os
mais rebeldes a toda concessão. Devo apontar que os primeiros números de La Révolution Surréaliste não incluem poemas,
porém em troca abundam ali os textos automáticos e as narrações de sonhos. Se remeto
à situação daquele momento, tal como resulta da interação das correntes que antes
mencionei, eis aqui como eram apresentadas em largos traços:
A corrente lírica
seguia com seu ímpeto, tantos nos prolongamentos do romantismo, com Desnos, ou com
Baron, no sentido da expressão burlesca e
confusa ao máximo preconizada por Rimbaud, ou com Éluar, que havia ajustado
sua forma de atuar interiormente à de Baudelaire. Michel Leiris compartilhava com
Desnos o desejo de intervir e operar sobre a própria matéria da linguagem, obrigando
as palavras a revelar sua vida íntima e trair o misterioso comércio que levam a
caba à margem de seu próprio sentido. Desde esse ponto de vista seu mestre, e o
nosso, era, naturalmente, Raymond Roussel. Nossas reiteradas solicitações de que
este último colaborasse não receberam, com grande decepção por nossa parte, nenhuma
resposta. Com o tempo fomos compreendendo que Roussel estava comprometido com uma
obra totalmente individual que não suportava nenhuma abertura para o exterior. Mesmo
atualmente se está muito longe de haver compreendido o significado e alcance de
semelhante empresa. Porém, de todas as formas, nossa admiração por Roussel não se
viu afetada; com idêntico entusiasme que a princípios de 1924 fomos os únicos que
acolhemos com fervor sua obra L’Êtoile au
front. Também seríamos os únicos, em 1926, em aclamar Poussières de Soleil.
AP | Porém, além do caso de Roussel, não
solicitaram outras colaborações? Creio que essa eleição poderia nos aclarar ainda
mais a sua posição.
AB | Entre as colaborações desejadas, não
vejo mais que uma das que nos faltaram: a de René Guénon.
Certamente não
tínhamos demasiados títulos para pretendê-la, porém, no entanto, nos decepcionou
que não tivesse colaborado. De qualquer modo, é muito sintomático que tenhamos a
ele nos dirigido. Isto seria suficiente para demonstrar que, desde esse momento,
nos sentimos atraídos pelo pensamento chamado tradicional e queríamos honrá-lo em sua própria pessoa. Creio que, entre
todos nós, os mais inclinados para essa ideia eram então Artaud, Leiris e eu próprio,
embora fosse Naville que tenha proposto escrever a Guénon. É curioso conjeturar
agora em que teria sido diferente o surrealismo, caso Guénon não se houvesse negado
a colaborar…
AP | Já que você citou o nome de Antonin
Artaud, creio que os ouvintes não me perdoariam caso eu não pedisse que você evocasse
sua altiva figura e nos explicasse a sua contribuição com o movimento surrealista.
AB | Havia passado muito pouco tempo desde
que Antonin Artaud se unira a nós, porém ninguém havia posto, mais espontaneamente
ao serviço da causa surrealista, todos os seus meios, que eram grandes. No passado,
seu fiador por excelência – e nisto se assemelhou a Éluard – era Baudelaire, porém
se Éluard buscava seu bem-estar no Le Beau
navire, Artaud saboreava muito mais sombriamente Le Vin de l’assassin. Talvez tinha mais conflitos com a vida que nós.
Muito agraciado, como o era então, arrastava atrás de si, ao deslocar-se, uma paisagem
de novela negra, toda ela atravessado por relâmpagos. Estava possuído por uma espécie
de furor que não perdoava, por assim dizê-lo, a nenhuma das instituições humanas,
porém que podia, em algumas ocasiões, desembocar em um riso que destilava todo o
desafio de sua juventude. Este furor, mediante o surpreendente poder de contágio
que possuía, influiu profundamente no caminho empreendido pelo surrealismo, nos
impulsionou a correr verdadeiramente todos os riscos, a atacar pessoalmente, com
discrição, tudo aquilo que não podíamos sofrer.
AP | Como se manifestou essa vontade de
combate? Contava com a adesão de todos?
Naquele momento
foram publicados, com o impulso de Artaud, textos coletivos de uma grande veemência.
Enquanto os papillons surrealistas, que
haviam partido dois ou três meses antes da Oficina de investigações, pareciam ainda
duvidar sobre o caminho a empreender (poesia, sonho, humor etc.) e que, ao final
de contas, eram dos mais inofensivos, esses textos adquiriram bruscamente um ardor
revolucionário. Tal é o caso da “Declaração do 27 de janeiro de 1925”, da qual se
intitula “Abram os cárceres, aposentem o exército”, dos chamamentos “ao Papa” e
“ao Dalai-Lama”, das cartas “aos reitores das universidades europeias” e “às escolas
budistas” e da “carta aos médicos diretores dos asilos mentais” que podem ser lidos
na obra Documents surréalistes. A linguagem
estava desprovida de tudo o que podia lhe emprestar um caráter ornamental, se subtraía
à onda de sonhos de que falava Aragon,
e queria ser agudo e brilhante, porém brilhante como uma arma. Gosto desses textos,
particularmente aqueles em que se via mais claramente a influência de Artaud. Uma
vez mais estou valorando em função de seu próprio destino a grande parte de sofrimento
que nele motivava a rejeição quase absoluta, que era também o nosso, porém que ele
era mais apto, e o mais ardente, em formular.
No entanto… embora
eu participasse totalmente do espírito que os animava – esses textos eram, por outro
lado, o fruto de extensas mudanças de impressões entre a maioria de nós – e eu tivesse
muito poucas reservas a fazer acerca de seu conteúdo, nem por isto deixei de inquietar-me
rapidamente pela atmosfera que criavam. Pelo próprio fato de que sucederam com muito
breve intervalo e que esta atividade de grande polêmica tendia necessariamente a
passar à frente de todas as demais, eu tinha a impressão de que, sem sabê-lo, estávamos
em um estado febril e que o ar estava ficando viciado ao nosso redor. Ao considerá-los
agora de mais perto, capto melhor as minhas reticências, que naquele momento me
resultavam obscuras. Esse caminho, semi-libertário, semi-místico, não era totalmente
o meu e às vezes eu o considerava mais como um beco sem saída do que propriamente
um caminho (eu não era tampouco o único a crer nisto). O lugar em que introduz Artaud
me deu sempre a impressão de ser um lugar abstrato, uma espécie de galeria de espelhos.
Nisto havia sempre para mim algo de verbal,
mesmo quando o verbo era muito nobre e belo. Era um lugar de lacunas e elipses em
que, pessoalmente, eu não encontrava mais as minhas comunicações com a inumeráveis
coisas das quais, apesar de tudo, sigo gostando e que me retêm sobre a terra. Creio
que se esqueceu demasiado que o surrealismo amou muito e o que rejeitou com energia
é precisamente o que pode dificultar o amor.
Finalmente eu desconfiava
de um certo paroxismo ao qual se dirigia, com toda segurança, Artaud – como como
fez Desnos em outro plano – e me parecia que por nossa parte se produzia um desgaste
de forças, que mais tarde não poderíamos compensar. Se você prefere, eu via que
a máquina funcionava a todo vapor, porém não via como poderia seguir alimentando-se…
AP | Esta é, sem dúvida, a explicação da
grande mudança dado bruscamente na linha de La
Révolution Surréaliste, cuja direção naquele momento passou a ser sua.
AB | sim, foi por estas razões – e por algumas
outras – que eu decidi, não sem grandes escrúpulos de minha parte, deter a experiência
da qual Artaud era responsável e encarregar-me pessoalmente da direção de La Révolution Surréaliste. No texto bastante
confuso em que o anunciei – e no que resulta manifesto que não disse tudo – tentava
dar a entender do melhor modo possível que se tratava, claro está, de acabar com o antigo regime do espírito,
porém que, para isto, era insuficiente esperar assustar o mundo mediante brutais intimidações. O meio que eu preconizava
era regressar às posições prévias, ou seja, essencialmente e diante de tudo, voltar
a por a linguagem em efervescência, tal como havia sido colocado na escritura automática
e nos sonhos, confiando cegamente no que isto podia resultar.
AP | Assim sendo, sua atitude não implicava
nenhuma renúncia. Me parece, por outro lado, que estamos entrando em uma fase singularmente
ativa do movimento, não é mesmo?
Um certo círculo
de escândalos se fecha nesse preciso momento
com o banquete a Saint-Pol-Roux. As disciplinas a que nos limitamos alguns de nós
em seguida ainda não se encontravam claramente definidas – recorde que nos encontramos
na metade de 1925 –, os surrealistas constituíam um grupo homogêneo e extremamente
conjuntado, compartilhavam as mesmas convicções fundamentais e cultivavam entre
eles os motivos de irritação recebidos do exterior que, claro está, não eram escassos.
Na mesma manhã do banquete, suas assinaturas apareceram em um protesto elevado,
pelos intelectuais, contra a guerra do Marrocos, que acabava de rebentar. Porém,
no plano que era mais propriamente o nosso, acabava de apresentar-se outro motivo
de exasperação. Em uma entrevista publicada em um jornal italiano e reproduzida
em Comedia, o embaixador da França, Claudel,
após haver declarado que o surrealismo, assim como o dadaísmo, tinha um único sentido: pederástico, se vangloriava
de sua atividade patriótica durante a Guerra de 1914, que consistiu na compra de
toucinho, para o exército, na América do Sul. Desta vez ele havia ido demasiado
longe. Se, por nossa parte, se desencadearam invectivas, ao menos que se reconheça
que não fomos nós que começamos…
Porém o banquete
a Saint-Pol-Roux se apresentou de todas as formas sob maus auspícios. No mesmo momento
em que íamos para o lugar onde ele seria celebrado, saiu da imprensa a famosa “Carta
aberta a Paul Claudel”, impressa em papel cor de sangue de boi. Decidimos chegar
antes à Closerie des Lilas, para colocar um exemplar debaixo de cada um dos guardanapos.
AP | Qual era, a priori, a posição dos surrealistas com respeito a esta manifestação?
AB | Um banquete semelhante não era muito
de nosso agrado. Na mesma medida em que enaltecíamos, na pessoa de Saint-Pol-Roux,
um dos criadores do simbolismo, em quem, por minha parte, eu havia visto o mestre da imagem, e dediquei um livro,
Clair de terre, àqueles que, como ele, se outorgam o magnífico prazer de tornar-se esquecido, estávamos unanimemente de acordo em
deplorar que sua passagem por Paris dera lugar a ágapes antiquados e ridículos.
Se ele se havia prestado de excessivo bom grado a isto, isto se devia a que, em
sua solidão de Bretagne, havia perdido todo o contato com seus companheiros de juventude,
que em sua maioria haviam murchado terrivelmente e não duvidada que poderia, mesmo
que fosse por apenas uma noite, estabelecer uma ponte entre eles e o surrealismo…
AP | Eu lhe agradeceria que nos explicasse
o desenvolvimento dos acontecimentos essenciais daquela manifestação, da qual possuímos
já diversas versões.
AB | O banquete, ou melhor: o que deveria
ter ali acontecido, não se desenvolveu exatamente como se disse. Os termos da carta
a Claudel tiveram por efeito, de entrada, surpreender e indignar boa parte dos convidados
e, devido ao fato de que não como souberam exatamente como reagir, criar entre nós
e eles uma grande tensão. Isto se traduz, em algumas damas da assistência por uma
tal sufocação, que inclusive uma delas me pediu que abrisse a janela situada atrás
de mim. Sem dúvida o fiz, com alguma violência, ou talvez a fachada daquele primeiro
piso que dava para o bulevar Montparsasse estava em muito mal estado, posto que
os batentes da janela se desprenderam quando eu ainda tinha a maçaneta em minha
mão. Meus vizinhos de mesa foram suficientemente rápidos para pegá-los e me ajudar
a coloca-los no chão, evitando a quebra dos cristais.
Evidentemente,
a presença na mesa de honra (e as palavras mesa
de honra já nos exasperavam) de madame Rachilde e de Lugné-Poe, contra quem
tínhamos sérias queixas, estropeava tudo. Rachilde acabava de pronunciar, não lembro
em que jornal, frases de um caráter germanófobo (um francês não pode se casar com
uma alemã), que resultavam odiosas. O que ainda perdoávamos menos a Lugné-Poe era
que, durante a guerra, havia pertencido ao serviço de contraespionagem. Seu encontro
conosco essa noite constituiu uma mescla detonante. É sabido que as frases que pronunciaram
em voz alta os surrealistas referindo-se a eles produziram o início de uma briga.
Estava ao ponto de ser servida uma bastante triste merluza com molho branco quando vários de nós já havíamos subido nas
mesas. Tudo degringolou definitivamente quando três convidados se ausentaram para
em seguida regressar com a polícia. Porém o humor que que Rachilde, que estava totalmente
excitada naquele momento, fosse presa no meio da confusão geral. Já era demasiado
tarde para que as exortações de Saint-Pol-Roux acalmassem os ânimos. Também é sabido
que Leiris escapou por muito pouco do linchamento, por haver pronunciado, da janela,
frases sediciosas. O que este episódio tem de importante é que aponta a ruptura
definitiva do surrealismo com todos os elementos conformistas da época. Os jornais,
que tinham à frente o Action Française,
aos quais se uniram grupos profissionais, como a Sociedade dos letrados e a Associação
de escritores combatentes, pediram represálias (nossos nomes não deveriam mais ser
publicados; inclusive falavam em nos expulsar da França, não se sabe em virtude
de qual decreto…). A partir deste momento foram cortadas as pontes entre o surrealismo
e todo o resto. E nós nos acomodaríamos muito bem a isto. Porém é a partir de então
quando a rebelião comum tendeu a canalizar-se no plano político.
NOTA
Reproduzimos o capítulo VIII da série
radiofônica de entrevistas que fez André Parinaud a André Breton, momento em que
conversam acerca da revista La Révolution
Surréaliste. Entrevista incluída em Entretiens
1913-1952 (Paris: Editions Gallimard, 1952). Tradução de Floriano Martins.
ANDRÉ PARINAUD (França, 1924-2006). Jornalista, escritor e crítico de arte. Foi editor-chefe da rádio RTL, do semanário Arts e da revista Galerie jardin des Arts. Organizou também inúmeras exposições e publicou numerosos trabalhos resultantes das suas entrevistas com personalidades do mundo cultural francês, e foi cofundador e presidente do Festival Internacional de Arte e Filme Educativo (FIFAP) da UNESCO que se realizava todos os anos no Esfera da UNESCO em Paris. Autor de livros como Como alguém se torna Dalí (1974), Gaston Bachelard - Releitura e Biografia (1996), e Conversas com homens notáveis sobre a arte e as ideias de um século (2006).
JULIA OTXOA (Espanha, 1953). Poeta, narradora y artista gráfica Entre sus últimas exposiciones : “Llocs de Pas” Espectáculo colectivo audiovisual-MACBA-Barcelona 2006, “Absinthe Review” Nueva York 2007; “New Sleepingfis Review”, Nueva York 2007; “Certamen Internacional de Fotografía Surrealista”, Eibar 2007; “Fragmentos de Entusiasmo”-Catálogo de la exposición Antología de la Poesía Visual española 1964-2006”-“Poesía Visual Española” (Antología) Editorial Calambur,Madrid,2007; “La Fira Mágica”, Exposición colectiva de Poesía Visual Ayuntamiento de Santa Susana Barcelona, 2007; “Homenaje a Manuel Altolaguirre”, Exposición Poesía Visual – Instituto Cervantes en Fez (Marruecos, 2007 ); “Miguel Hernández – Muestra de Poesía Visual” (Universidad Miguel Hernández-Elche, 2008); “Exposición libros de artista”, Museo de San Telmo San Sebastián, 2023; “Tres senderos que convergen”, Centro cultural Oquendo, San Sebastián. Julia Otxoa es la artista invitada de esta edición de Agulha Revista de Cultura.
Agulha Revista de Cultura
Número 254 | agosto de 2024
Artista convidada: Julia Otxoa (España, 1953)
Editores:
Floriano Martins | floriano.agulha@gmail.com
Elys Regina Zils | elysre@gmail.com
ARC Edições © 2024
∞ contatos
https://www.instagram.com/agulharevistadecultura/
http://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/
FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com
ELYS REGINA ZILS | elysre@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário