Contudo, residente
no bairro Antônio Bezerra, antes bairro Barro Vermelho, Leila Tabosa experimenta
também a solidariedade e a amizade de muitos e, na escola, se destaca como estudante talentosa nas artes, nas danças, no teatro e
na literatura. É deste cenário de (des)esperança que a maior parte dos textos de
Ela nasceu lilás & outras mulheres faz
referência. Partindo do corpo-experiência de si, a autora reconstrói por meio de acréscimos e ficções enredos marcados pela memória,
por abandonos, por medos, por violências e, no seu oposto, pela esperança. Sobrevivente
de seu meio, Leila Tabosa, como autora, deixa o bairro cearense no final da adolescência, conhece o Teatro Oficina em São Paulo,
termina o ensino médio pelo supletivo, volta ao residir no nordeste brasileiro
e migra para o RN, mas
agora na cidade do Natal, onde conclui o ensino superior, o mestrado e o doutorado
em Letras por uma universidade pública brasileira. Atualmente, Leila Tabosa é docente
pesquisadora na área de Letras da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
– UERN – instituição na qual exerce também atividades
ligadas ao teatro, e, na vida social e política, se considera uma pessoa engajada
sobretudo na transformação social, ideológica e cultural das mulheres. Com habitação
fixa em Mossoró, RN, Leila, reconhecida publicamente como cidadã mossoroense a partir
do presente ano, também ama os gatos.
A obra Ela nasceu lilás & outras mulheres traz
um conjunto de 16 textos ficcionais curtos que têm, como pano de fundo, vários cenários
onde as mulheres aparecem em situações extremas de violência nas quais esses corpos,
subalternizados, são postos em evidência diante de escaladas de terror, de abusos
e de abandonos. Por outro lado, a maior parte dos textos presentes no livro é conduzida
e amparada por narradoras-mulheres ternas e solidárias, ora por mulheres-testemunhas
ora por mulheres-protagonistas, que, ao fim e ao cabo, apontam tanto para um caminho
redentor, de afeto e de justiça às mulheres quanto à denúncia e à conscientização das mulheres-leitoras
e, por extensão, do público em geral às variadas formas de violências pelas quais
as mulheres pobres nordestinas experimentaram. Presas às condições insalubres existentes
na periferia de uma grande cidade nordestina, com destaque sobretudo à violência
de gênero, o livro de Leila Tabosa traz à tona as vozes de muitas mulheres invisibilizadas,
fraturadas e esquecidas. Esse sucesso narrativo foi, a nosso ver, resultado da perspectiva
de gênero tão muito bem explorada, através de suas narradoras ficcionais. Com raríssimas
exceções, a voz narrativa em Leila Tabosa se impõe por uma narradora que constrói
o enredo a partir de si mesma, atestando o lugar de fala,
bem como a reivindicação ao direito à fala.
Uma geração
de escritoras latino-americanas, no século XXI, pode ter em comum essa preocupação
em problematizar, no presente, a representação de sujeitos numa territorialidade
que não é vista nem pela perspectiva dos universalismos, de pressupostos claramente
ocidentais, nem pelos particularismos, de pressupostos ideológicos ligados à ideia
de nacionalidade. No espaço da (pós)colonialidade do nosso século, dois campos de
representação foram (e são) constitutivos da herança literária
num jogo de binarismos que tende a se perpetuar. Contudo, existe uma zona “gris”
(cinza), onde a representação do sujeito não é capturada. Nesse local físico e também
simbólico do social e da subjetividade, da cultura e da ideologia, esses sujeitos,
desinvestidos de identidade, os subalternos para
Spivak (2010; 2019; 2020), não são, de fato, visibilizados pela representação política
e nem pela retórica artística. O que essa nova geração de escritoras traz, e isso
se aplica como extensão ao texto literário de Leila Tabosa, é o projeto literário
coletivo de mulheres de representar sujeitos na sua tipicidade extrema, ou seja,
em seus modos “vivíveis” e “possíveis”.
Nesse espaço
do não-visto/ignorado ou, como denominou Frantz Fanon (2008; 2020), nessa zona do
não-ser, Leila Tabosa narra subjetividades nas quais vão se constituindo na medida
que se relacionam com a própria territorialidade e com a suposta cidadania outorgada,
o que vai implicar num novo modo de ler esses espaços e essas subjetividades, apontando,
assim, para um deslocamento que se alarga, na medida em que dialoga com outras narrativas
ficcionais do presente e que também pode ser recuperada em ficções de outras escritoras
mulheres da literatura brasileira do século XX. Leila Tabosa é corpo-escritora-ficção
em seu livro, no livro existe essa transitividade, algo que podemos encontrar na
literatura de Carolina Maria de Jesus, em Conceição Evaristo e também em Clarice
Lispector. A experiência da própria autora nesse espaço de referência de sua ficção
lhe permite testemunhar e questionar, como essas escritoras, bem como o fez Primo
Levi na ficção-testemunho, a vulnerabilidade do humano.
O que podemos
encontrar em comum em todas essas narrativas é, com certeza, a centralidade do corpo
feminino como fronteiras de um território em disputas, onde a dominação masculina
aparece de forma expressiva em camadas de significações, partindo de situações cotidianas
típicas até atingir a expressão mais nua e crua da violência sexual: “Expressar
que se tem nas mãos a vontade do outro é o telos ou finalidade da violência
expressiva. Domínio, soberania e controle são seu universo de significação” (SEGATO,
2005, p. 271). Quando Leila Tabosa estabelece uma relação intertextual de variadas
formas com a literatura feita na América Latina, cuja subjetividade se ancora no corpo feminino, sua literatura vai além da expiação de seus
próprios traumas, e passa a reivindicar uma postura estética e política legítima,
transnacional e de diluição geopolítica, o que a torna, através de seu livro de
ficção de estreia, em uma escritora brasileira das mais relevantes e necessárias
da atualidade.
Ela nasceu lilás & outras mulheres está localizado
numa cartografia diante da “modernidade”, mas fora dela. Modernidade entendida aqui
na acepção de Aníbal Quijano (2005a; 2005b), como elemento que se instituiu a partir
da colonização, e que cria zonas de instabilidades, reações, misturas e assimilações,
que o mesmo intelectual peruano considera “colonialidade”, ou seja, a parte integrante,
sombria e necessária à homologação da modernidade. Nesse sentido, o livro de Leila
está dentro da colonialidade, numa zona não homologada, onde as leis da modernidade
não se aplicam. Ademais, o espaço da colonialidade não é homogêneo, pois há nesse
espaço variados arranjos e hierarquias na vida social, política e cultural. A colonialidade
pode ser experimentada de formas distintas, dependendo do grau de distância ou proximidade às fronteiras da modernidade.
Como ilustração, podemos didaticamente arrolar que há pelo menos três grupos de
subjetividades na colonialidade: um grupo de corpos paracoloniais, um de corpos
pós-coloniais e um grupo de corpos (neo)colonizados. Essas categorias são vistas
como dominantes nos grupos de corpos da colonialidade, e não como características
em absoluto.
Os corpos paracoloniais correspondem aos comportamentos
e produções subjetivas de sujeitos supranacionais, que transitam entre os espaços
da modernidade e da colonialidade, e podem reivindicar uma literatura-mundo; os
corpos pós-coloniais são caracterizados pelo discurso da localidade, sobretudo como
sínteses entre universais e particulares, e podem reivindicar um literatura nacional; e os corpos (neo)colonizados são basicamente
os corpos de uma colonialidade mais restrita, marcados sobretudo pela “colonialidade
interna”, na acepção de Casanova (2007). Dos espaços da colonialidade, esses últimos
corpos sofrem uma dupla oclusão: não são homologados
pela modernidade e não são homologados pelas outras colonialidades, no sentido que
a atribuímos um pouco mais acima. Em outras palavras, o território dos corpos (neo)colonizados
compreende o espaço por excelência da necropolítica, na acepção de Achille Mbembe
(2020). Trata-se de um lugar onde a identidade não é reconhecida, um lugar onde
as leis da cidadania não têm validade, um lugar onde o afeto é artigo de luxo. E
a literatura de Leila Tabosa é, na espacialidade da narrativa, bem como na perspectiva
discursiva da autora, um grande exemplo de uma literatura que surge deste (último)
lugar.
Esse território
(des)interessado, (des)organizado e (des)humanizado tanto pela política internacional
hegemônica – geopolítica da colonialidade – quanto pelo Estados Nacionais – colonialismo
interno –, constitui
um lugar de contingências e de reservas, sem fronteiras objetivamente bem definidas,
um espaço “baldio”, como bem observou Paula Bianchi ao tratar das recentes escritoras
latino-americanas:
En este sentido, el “baldío” irrumpe como una
categoría crítica que propongo a partir de leer noticias donde las desapariciones
y los cadáveres de mujeres, de trans, de niñes, de migrantes, de negros, de marrones,
de mestizos, de indios, de campesinos, de disidentes sexuales y de vulnerables son
frecuentemente descartados en un espacio baldío, a la intemperie rodeados de basuras
y restos u ocultados para siempre en alguna zona inexplorable. La espacialidad baldía
(física, afectiva, geopolítica) socava los cuerpos y delinea subjetividades en varios
personajes de textos literarios del presente. (BIANCHI, 2023, p. 89)
Esse local,
ou seja, esse campo baldio representado pela literatura, questiona também a autoridade
da literatura escrita – a “necroescrita” na perspectiva da mexicana Cristina Rivera
Garza (2019) –, pois vinculada ao território circunscrito à colonialidade dos corpos
(neo)colonizados. Partindo da ideia de um terreno baldio, para depois constituir
numa metáfora, temos um lugar de contingências,
onde os corpos e as coisas não viventes são ali descartados, onde o lixo e as pessoas
convivem, onde tudo está em estado de desomologação: um monitor de computador em
pane, uma cadeira sem um dos pés, corpos de bichos mortos, ratos, fossas abertas,
erosões, pessoas deslocadas, paternidades não reconhecidas, estupros coletivos,
vigaristas, desempregados, desassistidos pelo Estado, descartes de cadáveres humanos, abandonados afetivos e inválidos físicos e mentais.
Tudo e todos sem homologação. São só restos, estoques sem quaisquer valores. É,
portanto, compreensível que as visões que partem deste lugar sejam visões distópicas
e sem esperança: as subjetividades do lugar não cooperam para uma perspectiva heroica
ou romântica, e ter sobrevivido não significa salvação, mas a dor ética de ter que
dizer e continuar a existir.
O que torna
a literatura de Leila Tabosa possível é, em contrapartida, a energia criativa “lilás”
que emana de sua narração. O poder de criação e de imaginação solapa a desesperança,
o desafeto, o abandono, a violência física, simbólica e jurídica no campo baldio. No livro, os corpos baldios são, um a um,
recuperados, homologados/legitimados pela literatura e, quando não é possível essa
recuperação, eles são pelo menos lembrados e amados. Sem aqui pretender informar
os enredos que compõem o livro, vamos rapidamente comentar algumas passagens da
ficção da autora nas quais esses corpos baldios aparecem transfigurados em vários
tons de lilás, metáfora poética visual que, a nosso ver, melhor caracteriza a unidade
desse livro. Essa senha para a leitura do livro
aparece, inclusive, no título da própria obra, e será por esse caminho que vamos
tecer nossa panorâmica leitura.
A hora lilás
extravasa sobre o campo baldio. No meio às violências aos corpos de dentro dos corpos,
a vida busca uma saída. O roxo, a violeta ou o lilás são marcas da violência sobre
a carne, hematomas vergonhosos e criminosos que indicam que por ali há agressores,
que por ali o assassino está sempre a rondar. O roxo denuncia, o roxo sentencia...
a necropolítica é totalitária. Como magia, a consciência de vida brota no ainda-feto,
no choro quase-corpo. Leila, através da literatura, consegue ir no ponto mais íntimo
da vida, faz um feto ter consciência de morte, algo que somente nas crianças que
tiveram abrigo e amor ao redor de si são capazes de perceber à hora, por exemplo,
de seu pet tão querido falecer. Em estado pré-maturo, o quase-corpo toma a consciência
de que os corpos são morríveis, e, como medida de proteção, a memória do afeto aparece
dramática por uma consciência fincada à hora da morte, da violência desmedia. O
livro de Leila tem essa faculdade de lembrar a dor e a vontade de viver de um quase-ser
(feminino) que, ao ser visto pela primeira vez como corpo, apresenta-se já na sua
condição lilás: “Vi minha mãe com o rosto roxo como meu corpo, mas ainda mais. Nasci
mulher!” (TABOSA, 2024, p. 24).
O livro Ela nasceu lilás & outras mulheres traz
uma amostra literária de corpos femininos em variados tons de lilás. São corpos
lilases de mulheres pobres grávidas, de meninas de feira; de crianças a brincar
de pedras; de memórias infantis afetivas; de mães doentes e combalidas; de crianças
excêntricas; de mulheres que exercitam a sororidade e a dororidade; de adolescentes
em busca de um ideal construtivo por meio da escola e das artes; de aprendizagem
sexual feminina em espaços considerados inadequados; de fugas, alucinações e incompreensões;
de sonhos e idealizações; de acusações e pedidos de justiça; de denúncias de insalubridade
e outros abandonos; de resistências e recomeços; e de superação e esperanças: “Ah,
e como queria ser uma equilibrista declarada da periferia, uma heroína de todos
os invernos que independente da minha condição de miséria, eu teria o respeito dos
meus por ser ponte-esperança para o futuro.” (TABOSA, 2024, p. 109).
Enfim, é bem
possível que esse livro de ficção acompanhe a própria cronologia de vida e de experiência
da autora, pois se inicia com a gravidez, passando pela infância, pela adolescência
até chegar à fase adulta das personagens, ainda que essas histórias não tenham uma
relação direta entre si na obra. O que mais aproxima as personagens no livro, como já salientamos na parte inicial
desse texto, é o campo baldio, e o que mais aproxima a autora do livro a suas personagens,
é o cordão umbilical lilás amarrado subjetivamente a todas as trajetórias de vida
de personagens de relevo literariamente representadas, pois a autora, confessadamente,
vem do mesmo campo baldio, e agora, sobrevivente, com essa obra, assumiu o desejo
ético-estético de contar. Leila denuncia o “espaço cego” de nossa colonialidade,
aquele espaço esquecido tanto pelas zonas de conforto da cidade quanto pelas políticas
públicas do Estado. Ela nasceu lilás &
outras mulheres é complemento fundamental à literatura feita por mulheres contemporâneas
na América Latina, e constitui, por isso, num exercício literário consistente na
homologação do ser.
Referências
BIANCHI, Paula Daniela. “Escritoras latinoamericanas:
ficciones de (des)esperanzas del siglo XXI”. Revista Paralelo 31, Pelotas, n. 20, junho 2023.
CASANOVA, Pablo González. “Colonialismo interno (uma
redefinição)”. In A teoria marxista hoje: problemas e perspectivas. Buenos Aires: CLACSO, Consejo Latinoamericano
de Ciencias Sociales, 2007.
FANON, Frantz. Os condenados
da terra. Minas Gerais: Editora UFJF, 2008.
FANON, Frantz. Peles negras, máscaras brancas.
São Paulo: Ubu Editora, 2020.
MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado
de exceção, política da morte. São Paulo: N-1 Edições, 2020.
QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade do poder, eurocentrismo
e América Latina”. In LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo
e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Argentina: Colección
Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, 2005 [a].
QUIJANO, Aníbal. “Dom Quixote e os moinhos de vento
na América Latina”. Revista Estudos Avançados, São Paulo, n. 55, vol. 19,
2005 [b].
RIVERA GARZA, Cristina. Los muertos indóciles.
Necroescrituras y desapropiación. Ciudad de México: Penguin Random
House, 2019.
SEGATO, Rita Laura. “Território, soberania e crimes de segundo
Estado: a escritura nos corpos das mulheres de Ciudad de Juarez”. Revista Estudos
Feministas, Florianópolis, n. 13, vol. 2, maio-agosto 2005.
SPIVAK, Gayatri. “Prefácio a sobre a violência”. In
DOMINGUES, Camilo José. “Fanon, violência, gênero: tradução de Preface to concerning
violence (SPIVAK).” Revista África e Africanidades, Rio de Janeiro, Ano XIII, n.
35, agosto 2020.
SPIVAK, Gayatri. “Quem reivindica a alteridade?” In
BUARQUE DE ALMEIDA, Heloisa (org) Tendências e Impasses – O feminismo como crítica
da cultura. Rio de Janeiro, Editora Bazar do Tempo, 2019.
SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2010.
TABOSA, Leila. Ela nasceu lilás & outras mulheres.
Textos de apresentação de Daiany Dantas, Verônica Aragão, Araceli Sobreira.
Mossoró, RN: Editora Podes, 2024.
Ela nasceu lilás & outras mulheres, de Leila Tabosa, com textos de apresentação
de Daiany Dantas, de Verônica Aragão e de Araceli Sobreira. Mossoró, Editora Podes,
R$ 35,00, 112 páginas, 2024.
SEBASTIÃO MARQUES CARDOSO (Brasil, 1974), professor universitário, pesquisador e crítico literário. Doutor em Teoria e História Literária (UNICAMP – Brasil). Docente do Departamento de Letras Estrangeiras (DLE), do Programa de Pós-graduação em Letras (PPGL) e do Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem (PPCL), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Desde 2020, presidente e sócio fundador da PODES – Associação de Estudos Pós-coloniais e Decoloniais no Ensino, na Cultura e nas Literaturas Sul-Sul. Membro da Rede Internacional de Pesquisadores de Literatura Comparada (REDILIC), da Faculdade de Humanidades e Educação, da Universidade de Los Andes, em Mérida – Venezuela. Foi Leitor brasileiro em Guiné-Bissau, pelo MRE/CAPES, no ano de 2009, e assessor científico da Universidade Lusófona da Guiné (ULG, antes Universidade Amílcar Cabral). Foi, em 2023, professor visitante na Universidade dos Andes (ULA), Mérida, Venezuela (Doctorado en Letras, del Instituto de Investigaciones Literarias Gonzalo Picón Febres de la Facultad de Humanidades y Educación). Autor dos livros Oswald de Andrade: anti-heroísmo, literatura e crítica (Curitiba, Editora CRV, 2010), João do Rio: espaço, técnica e imaginação literária (Curitiba, Editora CRV, 2011) e outros.
JULIA OTXOA (Espanha, 1953). Poeta, narradora y artista gráfica Entre sus últimas exposiciones: “Llocs de Pas” Espectáculo colectivo audiovisual-MACBA-Barcelona 2006, “Absinthe Review” Nueva York 2007; “New Sleepingfis Review”, Nueva York 2007; “Certamen Internacional de Fotografía Surrealista”, Eibar 2007; “Fragmentos de Entusiasmo”-Catálogo de la exposición Antología de la Poesía Visual española 1964-2006”-”Poesía Visual Española” (Antología) Editorial Calambur,Madrid,2007; “La Fira Mágica”, Exposición colectiva de Poesía Visual Ayuntamiento de Santa Susana Barcelona, 2007; “Homenaje a Manuel Altolaguirre”, Exposición Poesía Visual – Instituto Cervantes en Fez (Marruecos, 2007 ); “Miguel Hernández – Muestra de Poesía Visual” (Universidad Miguel Hernández-Elche, 2008); “Exposición libros de artista”, Museo de San Telmo San Sebastián, 2023; “Tres senderos que convergen”, Centro cultural Oquendo, San Sebastián. Julia Otxoa es la artista invitada de esta edición de Agulha Revista de Cultura.
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Número 254 | agosto de 2024
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