CLARICE LISPECTOR
À meia-noite da terça-feira,
na cidade insone, meu amigo Ulisses discorria sobre seu fascínio pela música e por
João Gilberto, confidenciando-me de que a melhor maneira de tocar Bossa Nova é de
madrugada, entrecortando o silêncio. Como
uma espécie de oração para quem é ateu, disse-me. Desde então, fiquei pensando
na potência do silêncio, aquilo que se esconde nas entrelinhas da escrita ou no
subterrâneo do pensamento, por não ter encontrado palavras suficientes para se manifestar.
A fala de Ulisses ficou reverberando como moscas desorientadas ziguezagueando sobre
minha cabeça, tanto que passei a questionar a ambivalência daquilo que emudecemos
e sobre o fracasso da linguagem em narrar o que se sente ou relatar a experiência
do vivido.
Que há algo
de espetacular no silêncio, como se os aspectos mais interessantes da literatura
decorressem daquilo que a palavra não dá conta de exprimir, disso não tenho dúvidas.
A voz do meu amigo agora se soma à concepção clariceana: o melhor ainda não foi escrito, o melhor está nas entrelinhas. O silêncio
que significa difere do silenciamento, aquele que historicamente oprime grupos sociais
minorizados politicamente e dita quem está autorizado a falar e sobre o que falar.
Enquanto mulheres, a título de exemplo, fomos moldadas a engolir tiranias em silêncio,
que se expressam, a posteriori, em forma de sintomas no corpo e como adoecimento
psíquico.
Na minha pesquisa
acadêmica, tenho me debruçado muito sobre o silêncio enquanto imagem sonora nos
filmes-ensaio de Marguerite Duras. Para além da disjunção imagético-sonora, ela
recorre à tela escura como recusa da representação ou coo desconstrução narrativa
do cinema tradicional. Como artista que vivenciou o trauma da guerra por trás das
persianas, à margem dos campos bélicos; Duras ressalta o silêncio como forma de
linguagem potencializada pelas mulheres nas frestas de um discurso falocêntrico.
As mulheres que ficaram sozinhas, experimentando a angústia da espera e sendo dilaceradas
pelo exílio interior inventam uma linguagem própria, que difere da masculina.
Teóricas francesas
como Kaplan (1995), sob influência do pensamento lacaniano, concebem a linguagem
como um instrumento masculino para a manutenção da organização social e da hierarquização
de poder do homem sobre a mulher. Então, se a linguagem, da forma como está cristalizada,
é essencialmente masculina, como encontrar no cinema ou na literatura um espaço
para as vivências e experiências das mulheres? Tal qual problematizou Kaplan, se
as mulheres silenciarem estarão predispostas a sofrer um apagamento histórico, mas
se começarem a falar e a escrever como fazem os homens, entrarão na história subjugadas
e alienadas.
Restaria a
elas, desse modo, reinventar o cinema, a literatura, uma nova forma de comunicação,
rompendo com uma linguagem linear, falocêntrica e já formada para construir narrativas
a partir da subjetividade feminina. Como pondera Kaplan (1995), a única coisa que
sobra à mulher é encontrar um espaço vazio, a terra de ninguém à qual ela pelo menos
pode chamar de sua. Nesse contexto, fiquei às voltas comigo mesma, pensando a marteladas,
que manifestar o inexpressivo é também um modo de criar. Assim, o silêncio para
as mulheres deixa de ser apenas um mero sinônimo de ausência de fala para reverberar,
construindo sentido e plurissignificações. Trata-se de encontrar na bifurcação,
nas frestas, no desvio das formas já dadas, uma nova escrita e um novo fazer fílmico
que representem a produção artística das mulheres.
Quando em meus
estudos me debrucei sobre a cinematografia de Agnès Varda, Chantal Akerman e Marguerite
Duras, ficou mais perceptível que as mulheres, na busca por um espaço de representação,
cruzam os limites da linguagem para rearranjar as coisas em novas configurações.
No cine-ensaio, nota-se a crescente importância de um dos elementos constituintes
da imagem sonora na matéria fílmica, para além da música, fala e ruídos, qual seja:
o silêncio. Esse silêncio que significa, diferindo de um mero emudecimento, parece
simbolizar um meio de expressão situado além das demarcações opressivas da linguagem
tipicamente masculina. Para Kaplan (1995), o silêncio configura-se como uma forma
pela qual as mulheres podem resistir à opressão da linguagem.
A partir da
combinatória de diversas práticas semióticas, amalgamando uma multiplicidade de
matérias de composição, Varda constrói sua cinescritura por meio das influências
da literatura, fotografia, música, artes plásticas. O que condiz com a formação
eclética da cineasta, fotógrafa e artista visual. Assim, ao mesmo tempo em que ela
intensifica o efeito visual através do desenho sonoro, como a música e a fala, ela
também lança uma busca cuidadosa em revelar o que acontece nas entrelinhas, no espaço
lacunoso daquilo que não pode ser visto ou não pode ser facilmente percebido. Em
meio aos diálogos, há sempre uma pausa, um não-dito que atribuem sentido à narrativa.
Lispector dizia
que o estado de graça nos possibilita enxergar a profunda beleza, antes inatingível
das pessoas e do nosso entorno. Quando me deparei com As praias de Agnès, espécie de filme inventário de Varda,
notei, que através dos momentos de silêncio da voz humana, tendo apenas a sinfonia
do mar ao fundo, a cineasta/narradora/personagem consegue captar aquilo que só se
pode compreender a partir da recusa do discurso verbal. Na primeira sequência do
filme-ensaio, Varda, em quadro, caminha por entre as praias belgas na tentativa
de reavivar a memória da infância, uma vez que ali ela passava suas férias. Diante
da imensidão do mar, o silêncio contemplativo é entrecortado somente pelo som ambiente
do gorjeio das gaivotas ou das águas.
Sem necessidade
de esboçar palavras, Varda se entrega àquela paisagem marítima, como se ali se integrasse
à natureza, atingindo a plenitude das coisas. Para muitas cineastas, a liberdade
estético-formal do cinema experimental e ensaístico representou um caminho possível
para distanciar-se do modelo pronto e das representações opressivas e fetichizadas
do cinema tradicional. Para Kaplan (1995), os signos do cinema convencional estavam
carregados de uma ideologia patriarcal que servia de sustentação para as estruturas
sociais falocêntricas. Assim, experimentando novos processos narrativos, as mulheres
“buscavam um escape para suas experiências, sentimentos e pensamentos mais íntimos”.
É no gesto ensaístico que elas encontram a expressão do modo experimental de pensar
e agir, criando configurações outras do fazer fílmico a partir de seu potencial
imaginativo.
Já para Orlandi
(2007), com ou sem o uso de palavras, o homem está condicionado a significar diante
do mundo e da sua relação com o simbólico, chegando-se à hipótese de que o silêncio
constitui um elemento fundante: o silêncio
é a matéria significante por excelência, um continuum
significante. O real da significação é o silêncio. O que significa que mesmo
não expressando uma linguagem articulada em palavras, há o pensamento, a introspecção
e a contemplação, o não-dito que produz sentido, reverbera e comunica.
Em As Praias de Agnès, não se pode esperar uma ótica linear
do tempo, já que a narradora-personagem está sempre a relacionar o fato passado
com o presente, a partir de suas imagens de arquivo que ajudam a rememorar. No filme-ensaio
de Varda, sinto mais nítida a compreensão de que a memória não é um processo fechado,
encerrado em si. A realizadora ao se colocar em cena, retomando o lugar do passado
por meio de estratégias narrativas inventivas como encenações, instalações, atos
performativos, entre outros recursos, desvela ao espectador uma restauração do olhar
sobre o passado.
O passado se
atualiza no presente, coexistindo simultaneamente com ele, numa ruminação cíclica.
Tanto que a primeira evocação de Demy se dá quando Varda realiza a exposição no
Festival de Avignon (2007) e diante das fotografias ali expostas de
atores e atrizes da Companhia de Teatro de Jean Vilar, ela nota que todos aqueles
colegas e amigos queridos já faleceram, sendo ela a única ainda viva. Imbuída pelos
sentimentos de dor, melancolia e nostalgia, a cineasta ou cinescritora, como gostava
de ser chamada, remete à memória do marido. Segundo ela, o mais querido dos mortos (2008).
Se Varda nos
mostra que o cinema está na vida cotidiana, nas histórias não contadas, feitas de
coisas não ditas, penso que na literatura feita por mulheres, como Lispector, o
extraordinário também está nos movimentos automáticos e nos silêncios do cotidiano.
Assim como Varda, lançou-se na busca pela construção da própria linguagem, encontrando
nas fissuras do discurso patriarcal, um modo de expressar o indizível, há na escritura
clariceana uma ponte que se estende para o silêncio. Aquilo que fica nas entrelinhas
entre uma margem e outra encontra seu caminho. Conforme lembra Gotlib (2013), na
obra clariceana, a palavra configura apenas um mal necessário, uma vez que a melhor
forma de representação do objeto seria mesmo a ausência do veículo, ou seja, o silêncio.
No processo
criativo de seu livro-experimento ou antilivro como ela mesma denominou, Lispector
dedicou três anos de sua vida, escrevendo, rasurando e reescrevendo Água viva. Com
dimensões fragmentárias, híbridas e abertas, essa obra caleidoscópica é decorrente
do reaproveitamento de fragmentos de escritos da própria autora já publicados no
Jornal do Brasil, como também de anotações avulsas. Diz-se que Lispector se autoplagiava
nesse trabalho de colagem dos seus recortes. Como um processo narrativo para se
atingir o silêncio, muito se fala no emprego do recurso da repetição de palavras,
recorrentes nas obras clariceanas.
Segundo Olga
de Sá, o uso voluntário da repetição teria como intuito gerar um desgaste das palavras,
de modo a silenciá-las mais do que enfatizá-las. Porque o silêncio seria o caminho
possível de alcançar o indizível, já que diferente da natureza escorregadia das
palavras, o silêncio não trai e não diz de menos: O silêncio que só se anuncia não é o silêncio amplificado, hiperbólico,
da retórica. (…) O discurso de Clarice aponta para o silêncio enquanto grau
zero da escrita, porque, teoricamente, ela
não acredita no poder da palavra. A escolha estilística de Lispector por empregar
reiteradas vezes os mesmos termos e frases, servindo-se das palavras para desgastá-las,
também chamou a atenção de Benedito Nunes que aponta para o fato de haver, na escritura
da autora um circuito entre a palavra e o silêncio. Ou seja, onde termina a repetição
começa o silêncio. Nesse jogo entre palavras repetidas e o silêncio que permeiam
a escritura clariceana, em Água viva, a repetição
de termos surge realçando para então desgastar um mesmo significado, como é o caso
das expressões: atrás do pensamento, it, é-se,
gruta, entre outras. Benedito Nunes (1995),
crítico literário e estudiosos da obra clariceana, também aponta para a repetição
enquanto recurso que intensifica o silêncio das palavras. Nesse sentido, haveria, além do silêncio hiperbólico que a retórica distingue,
uma espécie de silêncio enfático produzido pela recorrência intensificadora tanto
de termos e frases quanto, especificamente, das conexões lógicas do discurso, incluindo-se
entre elas a própria negação.
Água
viva traz em seu processo constitutivo uma forte referência à imagem-pensamento,
dialogando com a pintura abstrata, desde a epígrafe. Há nele uma vontade criadora
da autora em se utilizar da comunicação não-verbal, mostrando um gesto de recusa
insistente em não depender da palavra, em face de sua impotência para atingir aquilo
que reside atrás do pensamento. É no atrás do pensamento tão buscado pela voz
narrativa de Água viva que reside o imagético, ou seja, a gênese do pensamento.
Aos olhos da autora é como se os aspectos mais potentes da literatura e a força
de sua escritura brotassem do silêncio, aquilo que não encontrou palavras suficientes
para se materializar.
O circuito
entre palavra e não-dito em Água viva também pode
encontrar respaldo no momento histórico da época. Embora não haja referências expressas
e tangíveis ao regime ditatorial na obra, não se pode relegar o contexto histórico-social
no qual o livro fora confeccionado e publicado, qual seja: no início dos anos de
1970, em pleno governo do general Emílio
Garrastazu Médici (1969-1974). O ditador assumiu a Presidência da República, intensificando
a repressão e censura contra os movimentos de esquerda, opositores e imprensa.
Ainda que a
obra não escancare um posicionamento político militante, não se pode negar que há
uma liberdade de criação e radicalização de um projeto estético que rompe com as
convenções literárias da época, recusando uma arte meramente decorativa, como também
se notabiliza na obra uma escrita sempre à beira do indizível, conforme observa
Hegenberg (2018), esclarecendo que Lispector não era indiferente aos abusos da ditadura
civil-militar e que Água viva resguarda uma postura ética de resistência em face
de sua estética e forma radicais. caminho
de Clarice é o de fazer do não-acontecimento a suspeita de que sempre há algo de
não-dito. Em meio à ditadura militar, a sugestão de que há algo importante sendo
silenciado pode ter sido uma reação às mais concretas contingências.
Como um livro
carregado de sensorialidade e liberdade ensaística para experimentar ou para se
abster do começo e fim e situar-se no meio, dialogando com outras expressões artísticas
no intuito de encontrar sua própria linguagem, Água viva, denominado
por Benedito Nunes de improviso ficcional, aponta nas entrelinhas, nas
lacunas do não-dito, algo que se perfaz mais precioso e relevante do que aquilo
que se enuncia: o tom dos sentimentos, o halo
dos objetos, o âmago de tudo, o limite verbal de toda experiência, que ainda é a
palavra. Se o silêncio, desde tempos imemoriais, era usado como recurso para
se atingir maior expressividade em determinada passagem de uma obra, nos mais diversos
âmbitos artísticos, em Água viva, ele se torna um elemento
estruturante. Dessa forma, aquilo que se está por dizer não representa uma mera
ausência de discurso, pois, o silêncio é um recurso crucial para que a linguagem
signifique. Nos dizeres de Orlandi, ao contrário do que pensa o imaginário social
ao tentar aproximar o silêncio do lugar subalterno em que se encontram o vazio e
o nada, o silêncio não só significa, como tem uma significância própria, que não
pode ser julgada como análoga nem complementar ao modo de significar das palavras.
Dia desses,
estive presente em um colóquio na Faculdade de Educação da Unicamp que versava sobre
o memoricídio [1] feminino, o que resultou no apagamento histórico e exclusão das mulheres
do cânone literário. Em uma das falas que mais me atravessou estava a de uma professora
que atentava para o fato de que as narrativas ainda são muito centradas no homem
branco, sudestino, abastado, cis e heterossexual, embora se difunda a noção errônea
de que todas as histórias já foram contadas. Por conseguinte, ela questionava: se
todas as histórias já foram ditas, onde estão as histórias das mulheres operárias?
Onde estão as histórias das donas de casa? Das mães solos? Das mulheres indígenas?
Das mulheres negras e periféricas? Das mulheres LGBTQI+? Das mulheres com deficiência?
De imediato,
meu pensamento remeteu às cenas-fragmentos do longa-metragem de Chantal Akerman,
intitulado Jeanne Dielman. O filme ambientado em 1975, discorre sobre o cotidiano
simples e repetitivo de uma mãe solo e dona de casa. Durante três horas de filme,
quase nada acontece de grandioso porque o acontecer se dar no de dentro das personagens,
da casa, do íntimo. Como diz o meu orientador, professor Elinaldo Teixeira, o de
dentro é uma dobra do de fora e somos interiores ao tempo. Assim, na ficção dirigida
por Akerman, cada hora passada de forma arrastada corresponde a um dia na vida daquela
personagem que realiza gestos automatizados como lavar louça, preparar o jantar
para o filho adolescente, pôr e retirar a mesa e, por fim, tricotar.
Contudo, a
um modo bem clariceano, a personagem protagonista, por debaixo da mansa aparência
das coisas, dá sinais de descontentamento e de não-pertencimento àquele lugar social,
àquele espaço circunscrito ao doméstico, a um status quo que a estratifica.
Ao romper com a casca do cotidiano, há ali uma mulher que se percebe atravessada
pelos devires-outros e linhas de fuga, por um tornar-se múltipla, o oposto radical
de si. Como a Ana do conto clariceano, Amor, que na hora perigosa da tarde, depara-se com
sua visão de epifania. Mergulhamos na sua desmontagem interna em que ela transcende
para voltar transformada do processo epifânico, acrescida de algo novo.
Nessa viagem
exploratória de si, o olhar de Ana cruza com a figura de um cego mascando chicles,
o que acarreta uma iluminação experimentada a partir de um episódio banal do cotidiano.
Ambas as personagens (Jeanne e Ana) são imbuídas por um sentimento de estranheza
ou um mal-estar corrosivo que se instalam nas entrelinhas, no não-dito. Em Jeanne
Dielman e em Ana, por detrás da mãe e dona de casa devotadas, há uma história subterrânea,
feita de escuridão e turbulência, que precisa submergir, precisa vir à tona. São
mulheres feitas de uma consistência em fuga, de incabências, feitas para se derramar.
Agora já passa
da meia-noite de quarta-feira, estou diante da tela em branco, tentando atribuir
forma ao caos através do ato da escrita. Ulisses enviou mensagem, dizendo, entre
outras coisas, que anda cansado e com tosse. Logo, não nos veremos no bar onde ele
prometera cantar Neil Young. Pode ser o tempo
seco, respondi-lhe, desejando-lhe melhoras no quadro de saúde. Meu pensamento
vem em jorro, fugindo de uma sequência linear com início, meio e fim. Ele vai orbitando
e ressoando em outros temas, transitando entre a esfera privada e política, expandindo
o signo central.
Então, passada
a pausa digressiva, retomo ao que realmente interessa, este texto. Perpassando pelas
vozes de autoras, aqui supracitadas, que se entranham à minha, penso que ao escrever
e cinescrever, Lispector e Varda vão evocando silêncios e questionando o ato da
escrita enquanto dependente de palavras. Elas reinventam uma língua, códigos e regulamentos
próprios para dizer de si, do mundo ou apenas para expressar o que não é mais enunciável.
Ou seja, exprimir as imagens como gêneses do pensamento, aquilo que escapa numa
fração de segundos e só existe nas entrelinhas ou no corpo como sintoma do que está
por ser dito. É preciso desfigurar a linguagem, dominada por um discurso masculino,
para caminhar em direção ao silêncio. Segundo Varda, somente perto do mar, emudecendo
as palavras e o frêmito da vida agitada, ela consegue sentir melhor os detalhes,
já para Lispector, o não-dito é o único capaz de acessar o it e o mais íntimo do ser. Ouve-me,
ouve o silêncio. O que te falo nunca é o que eu te falo e sim outra coisa. Capta
essa coisa que me escapa e, no entanto, vivo dela e estou à tona de brilhante escuridão.
NOTA
1. Termo cunhado
por Constância Duarte, pesquisadora da obra de Nísia Floresta Brasileira Augusta.
ANA KARLA FARIAS. Natural do Rio Grande do Norte, atualmente, reside em Campinas/SP. Analista de comunicação, jornalista com formação na UERN, autora dos livros A árvore dos frutos proibidos e outros contos, À deriva de mim, Nas frestas da história: Nísia Floresta e Paixão, um animal que hiberna, especialista em Comunicação, Semiótica e Linguagens Visuais (USCS), especialista em Produção de Documentários (UFRN), mestra em Multimeios (Unicamp), tendo a pesquisa financiada pela Capes e doutoranda em Multimeios (Unicamp). Pesquisa o material de arquivo na construção dos filmes-ensaio de Marguerite Duras e da literatura mais experimental de Clarice Lispector. Roteirista e codiretora do documentário A flor teimosa da Algaroba, colaboradora na revista cinematográfica Littera.7, ministrou cursos de cinema e literatura ensaísticos no CPF Sesc\SP, Casa do Lago (Unicamp) e Centro Cultural Astrolábio.
RAQUEL GAIO (Brasil, 1981). Poeta e fotógrafa. Licenciada em Letras pela UFRJ, é poeta, artista-cuidadora e pesquisadora independente. Escreveu os livros de poesia Das chagas que você não consegue deter ou a manada de rinocerontes que te atravessam pela manhã (2018), Manchar a memória do fogo (2019) e Com as patas no grande hematoma (2023). Artista convidada desta edição de Agulha Revista de Cultura.
Agulha Revista de Cultura
CODINOME ABRAXAS # 03 – REVISTA RUÍDO MANIFESTO (BRASIL)
Artista convidada: Raquel Gaio (Brasil, 1981)
Editores:
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Elys Regina Zils | elysre@gmail.com
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