quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

FERNANDO MONTEIRO | Philippe Soupault, Fernando Pessoa: Soupault em Pessoa

 


1.

na noite azul por causa do calor, encontro-me à espera de todos os pensamentos que logo vêm me abordar mesmo nos raros oásis dos nossos tédios mortos de fome

devo ter rabiscado isso em Lisboa ou em Túnis ou ainda numa terceira cidade de poeira e palmeiras não muito altas palmeiras manuelinas ou não palmeiras parecendo leves riscos de grandes avencas verdes balançando para riscar o céu e brindar a memória de marinheiros no fundo do mar ou mesmo a lembrança de maníacos sedentários de qualquer modo solitários como macacos em zoológicos duplamente tristes pelos guinchos de protesto desses animais aprisionados

o zoo de Lisboa me fez sentir isso mais do que outros zoológicos de covas para feras quase domesticadas pelo concreto com grades e carroças dos fornecedores de gatos para o repasto de leões talvez ofendidos

pois foi lá que o poeta com o seu jeito de foca do Tejo marcou o encontro hilário diante da jaula dos ursos calorentos e indiferentes à poesia dos barcos bêbados

ulalá!

para depois me apresentar ao Porto branco que bebemos sob elogios daquele bigode de amanuense

enfim aqui está alguém que sabe apreciar um Porto!

Pessoa gentil porém muito infeliz não sei se porque não podia comprar os melhores charutos da Tabacaria à qual depois ainda me convidaria para acompanhá-lo por ruas de ourives & tascas [RISCADAS DUAS LINHAS INTEIRAS]

na coragem do ânimo fumageiro contra a timidez para mostrar alguns dos seus poemas-mais-ou-menos ou talvez mais para menos do que mais para mais etc.

era pobre e se vestia modestamente e como muitos portugueses era noctívago vagava com o seu sobretudo colhido pela mão pálida manchada à caneta involuntariamente

[UMA PÁGINA INTEIRA PARECE QUE FALTA…]

cão de passos incertos sob a gabardina açoitada pelo vento da esquina dos invernos da península cheia de praças com estátuas geralmente equestres fixadas sobre maciços pedestais inscritos naquela língua não me parecendo estranha entre caleches e ah! as palmeiras aqui e ali

elas me surpreenderam fixas debaixo das calçadas de antigas pedras regulares das esplanadas recordando terraços de faraós virados para esperar maldições nas tardes dessa fugidia aproximação trazida de quadros de orientalistas de toldos de palácios pintados assim como preguiça de imaginar como verdadeiramente fossem eles sem palmeirais imensos para além do curso do Nilo de pinturas burguesas sobre um Egito de cromos de cartolina para exaltar Moisés no firme e perigoso cajado das maldições

[RISCADO] emoções religiosas tentando se impor às superstições de um micro-império [RISCADO DE NOVO]

animalismos relatados na conferência sobre Charcot que aplaudimos em claque os surrealistas jovens repetindo Breton a respeito da Emoção que não deveria ser despertada por um túmulo de ouro e flores de buquês fenecidos há milhares de anos no peito das necrópoles de sensações ressecadas

parte de um sonho quase pesadelo de imaginações enfeixadas no meu peito e até mesmo suscitadas pelo entorno de agora essa paisagem de olhos de peixes mortos postos em mim no aquário da janela aberta para navios apitando e penetrando ouvidos e paredes de água


a moça de leve bigode bate à porta antes que eu possa ver a sombra sobre os seus lábios carnudos de aldeia que o poeta astrólogo realmente disse que viria

“alguém”,

“uma pessoa”,

“uma mulher possivelmente”

“hoje ainda talvez”

agora penso que pudesse ser esta moça com o seu avental e vassoura e balde de água que ela enche no banheiro a se curvar como uma escrava de costas revelando as formas volumosas do traseiro enquanto essas sereias do porto uivam

uivam e chamam e é com prazer que espero a lenta decomposição da nossa classe social na França, ó Mamã!

lenta demais segundo me parece ao mesmo tempo em que a “rapariga” simplória se volta com olhos também de água que me comove

a aldeã que eu declaro simplória como se ela fosse uma boneca de carnes fartas sendo na verdade uma mulher que sorri e certamente chora não daquele modo de buscar ser aprovada depois dos chás da minha raça sábia apenas no uso de talheres da melhor prata que você pôde comprar ó sopa de Papá

como tudo o que o velho Monsieur comprou para a mansão de janelas bem altas e de quartos bem maiores do que este que a moça veio limpar com um leve toque na porta

toc toc

e ela então entra mesmo que eu não tenha me levantado para abrir a porta isso não aconteceria em Paris embora ela me trate como deve ter sido induzida a tratar estrangeiros e almas do outro mundo

eu lhe digo que poderia ser um maníaco com uma navalha que a retalhe e ponha com as grossas pernas dobradas dentro do guarda-roupa que ainda não guarda nada

porque o senhor não desfez as malas?

eu posso ajudar?

eu posso não olhar enquanto o senhor veste as suas calças?

eu posso lhe tocar desfazendo o meu toucado de renda do Minho que é meu e não do hotel que não me paga nada além do avental debaixo do qual os hóspedes mais atrevidos tentam adivinhar as Minhas Partes?

horas depois da pergunta inesperada conversamos sobre este senhor Philippe não ser propriamente um sedentário um macaco solitário repórter de hebdomadário em cidades de bandeiras e estrelas atrás das palmeiras que sim não me acordam o coração nos olhos fitos em bandeiras estrelas caídas sobre a terra onde podíamos brincar com o sol que se punha como um pássaro sobre os monumentos ao velho pombo Hugo cotidiano estufado no peito dos dois Nomes de peso

pombos na praça da capital de um pequeno país que parece esgotado

pombos das mensagens vindas do inconsciente com as marcas dos mapas de Breton ainda por serem decifrados

pombos da vida que começa a ser contada para trás desde quando se nasce longe do mar ou num balneário como aquele onde Monsieur P me contou um segredo daqueles que não são para se contar

ou seja

que existe um total de 100 bilhões de galáxias em estimativa científica não astrológica do planisfério de Denderah tratando muito simplesmente dessa nossa pequena vaca chamada Via Láctea e não do cálculo abismal que joga toda a pobre e podre humanidade na imensidão do buraco de um reflexo tão rápido que dura a metade de um milésimo de segundo pelo qual alguém terá visto por binóculo o vidro partido das vidas perdidas em milhares de partes como a da moça

espelhos partidos de milhões de casas destruídas pela nova guerra que virá segundo avisa Breton nas vezes em que resolve fazer maus augúrios dos astros com os olhos míopes e a boca fraca do petit Marcel atravessando a minha mente bem diante do pálido buço desta boba da ribeira de todos os Portos das coisas

foi uma boa arrumadeira que eu terei vindo procurar neste bom lugar de descanso para a mente?

vir aqui tão longe terá sido unicamente para encontrar o poeta e esse suave bigode feminino português da copeira na península traseira do continente europeu cheio de orgulho vão e discórdias fatais desde o império do pequeno Corso? André simplesmente rasgara o poema no qual havia vislumbrado o sinal consciente da tumba no Panteão lotado de vermes que se degradaram menos do que ao se alimentarem da velha carne dos meus avós de Chaville talvez responsáveis pelo círculo enganoso da carta astrológica que também me fez a pessoa pálida do Pessoa de após o tabaco [UM RISCADO FORTE]


que homem torturado, que infeliz ser português

me dizendo em forma de versos do poema que estava escrevendo naquela tarde

não sei ser triste a valer

nem ser alegre deveras.

acreditem: não sei ser.

lembro de ter visto rir só uma vez ao lado dos vendedores de peixe que mascavam tabaco fechando um olho para esquecer a noite que se aproximava a passos de lobo a passos de coruja a noite e o cheiro do rio e o da maré a noite rasgando o sono porque era um dia triste de cobre e de areia que corria lentamente entre as lembranças ilhas desertadas tempestades de poeira para os animais rugindo de raiva que baixam a cabeça como você e eu

só que ele parecia ainda mais sozinho na cidade enjaulada em si mesma por entre os cheiros de maçã mofada da poesia nos saraus longos demais para olhos escapados dos peixes a contemplarem certas roupas mal cortadas dos recitadores que pareciam advogados de companhias de minas recusando pagar os benefícios das viúvas de mineiros mas assim mesmo ei-los os senhores aplaudindo os poetas fracos vestidos como funcionários dos correios farmacêuticos mestres-escolas despedidos por algum pequeno escândalo de detrás dos montes de quartos para alugar que Pessoa primeiro me indicou na própria rua onde morava

 

2.

Mário de Sá-Carneiro afirma que o senhor conheceu Marcel Proust num balneário francês foi a primeira pergunta que me fez o poeta-astrólogo e eu não respondi porque isso parecia a pergunta de um colecionador de selos perdido na Áden do velho-jovem Jean-Arthur retornado para casa sem uma perna e nenhum poema como muleta

Lisboa teria as mesmas palmeiras de África

eu perguntei em troca e ele também não me respondeu talvez porque o nosso encontro estava mesmo condenado ao fracasso de conhecer soupault em pessoa e o pessoa em soupault me assustar um pouco ou um tanto de galáxias a um número tão vertiginoso que me fez pedir outro Porto branco eu estava muito perto dele e me apoiava no parapeito como nos ajoelhamos para rezar as palavras caíam como lágrimas doces como balas bom-dia Rimbaud luso leve demais apesar das suas cartas pesadas de presságios e mensagens

eu não sou um astro e nem a soma de astros e influências entre as casas que você desenha com uma letra miúda que chora para fazer secar o rosto por costume.

eu sou um homem comum com uma imaginação talvez incomum e meu nome na capa de um livro é nada para a moça do hotel e o porteiro que hoje me entregou solenemente a fatura das duas diárias impressas num papel com marca d’água e rebuscado desenho do nome do estabelecimento respeitável mas tento assim na Avenida da Liberdade que talvez fosse um batismo do agrado mais do Byron lutando pela pátria grega até morrer lá em Missolonghi de um forte resfriado que também me pegou na Londres que não me matou por sorte abaixo das gaivotas do porto gritando wesg-wesg! enquanto aqui elas grasnam o que soa como west-west!, sei lá

seria?

Pessoa não entendeu – mas havia lido o meu poema e até tentara traduzir do francês ou da versão em inglês já não sei porém o fato é que havia desistido por algum motivo ou pelo estranho ritmo autoimposto àquela vida lenta como a hélice embaraçada de um navio num mar de sargaços que realmente existisse assim como um pequeno pesadelo metódico que não tivesse fim mesmo de volta para a Coelho da Rocha do navio em miniatura do século XVI daquele lisboeta de chapéu cortês para matronas debruçadas nas janelas da monotonia

(…) e por isso lá na Rocha não fiquei como dócil coelho programado para partir depois de amanhã num navio que se chama Vega rumo a Vigo na Espanha que Portugal inveja entre saudades do Quinto Império que não houve

essa palavra para acordar apenas entre tédios de viver mais um dia de sol alegre e triste certeza de mais vinte e quatro horas de um relógio de sol que se derrama desde o Castelo como uma coisa parada sobre a cabeças das pessoas que algumas vezes me cumprimentaram como se acaso conhecessem o desconhecido estrangeiro que eu sou e permanecerei sendo para mim mesmo e entre todos os passeios que pessoas conhecem na palma das mãos secas em geral e em particular o pergaminho delas tão distantes do século quatorze da torre do tombo cheia de poeira de tal modo que ainda fiquei tossindo da mesma forma como tossira em [RISCADO]

 

NOTA

André Breton, o pai do Surrealismo (tendo imediatamente ao lado Louis Aragon e Philippe Soupault), mantinha uma forte atração pela astrologia, e foi assim que fez o segundo mapa astrológico do seu número 3, depois que “brigou” com Aragon, na acidentada vida da escola à qual tantos escritores e artistas aderiram nos anos 1920. Soupault, integrante dela desde a primeira hora, já havia publicado, antes de 1926, narrativas como LE BAR DE L’AMOUR e outras. Ele nasceu numa daquelas famílias ricas que se davam ao luxo de frequentar os melhores hotéis das estações balneárias, levando agregados e a criadagem etc, e foi numa dessas estações que Soupault conheceu um escritor vinte e cinco anos mais velho chamado Marcel Proust. Seguiria viajando, na juventude, muito para além daquela França ainda dezenovesca, que o Surrealismo ajudaria a dinamitar fora dos termos puramente bélicos de Verdun. Numa dessas viagens, conheceu um poeta também interessado em astrologia – na verdade, fascinado –, e que teria se antecipado em oferecer o primeiro mapa astrológico da vida do coautor de Les Champs Magnétiques. O nome do poeta? Fernando [António Nogueira] Pessoa.


Não há muita certeza sobre o ano em que aconteceu o encontro de Soupault com o poeta de Mensagem: pode ter sido em 1923, mas pode ter sido também em 1925 – ano da publicação de LE BAR DE L’AMOUR – ou até em 1926, ano em que o surrealista francês publicou, em julho, pelas Éditions des Cahiers Libres, o Carte Postale que evoca dois dias em Lisboa. Ele recorda a cidade “erguida pelo sol, uma lassidão [se escapa] de todas as casas, das docas e das ruas”, segundo o Soupault com bom nariz para o cheiro das tílias noturnas lhe dizendo que está “longe” e atentos ouvidos para escutar o “ruído dos aplausos ou a tempestade dos risos” numa casa de espetáculos. Lisboa irá reaparecer em duas narrativas de 1927, Le Cœur d'Or e Le Nègre, sendo que, nesta última, o protagonista Edgar Manning — o negro que em Barcelona matou a prostituta Europa — vem a se refugiar na lisboeta Rua Coelho da Rocha, justo a da morada de Pessoa. Bem, isso quereria dizer alguma coisa de importante? Soupault apenas guardou o endereço ou esteve lá? Seja como for, os caminhos pessoanos não lhe parecem apenas uma recordação com a palidez do mármore das mesas do Martinho da Arcada, de onde podia ouvir soar “um apito, só um, ocaso do rio”, que tem o condão de fazer tremer “todo o chão do meu psiquismo”.

Foi então que eu descobri, aqui mesmo no Brasil, uma primeira edição – teria existido uma segunda? Caso ela exista, ainda não encontrei qualquer referência, como publicação autônoma ou, novamente, em revista literária – de LE BAR DE L’AMOUR [in Les Cahiers Du Mois 11] no bom sebo Biblioteca de Babel, do paulista Roberto Ferreira, com dedicatória de Soupault… Quase não acreditei, mas o fato é que não pude comprar o LE BAR imediatamente, conforme pretendia, porque Ferreira sabia muito bem do que se tratava bibliograficamente falando (e inclusive esclareceu que o exemplar havia pertencido à Pagú e ao Geraldo Ferraz); portanto, ele pedia o preço mais ou menos do mercado internacional para o “opúsculo” acrescido do valor “agregado” da proveniência da biblioteca do casal modernista etc.

Algum tempo depois fiz uma nova oferta ao livreiro e, assim, vim a adquirir a raríssima edição número 11 do Les Cahiers Du Mois, 1925, “contendo a edição original de um breve romance de Philippe Soupault, com a dedicatória deste que foi um dos fundadores do Surrealismo. Brochura, 19x14cm, 92p. Capa em estado sofrível, empoeirada, com pequenas perdas de papel na lombada e manchinhas. Miolo uniformemente amarelecido. Exemplar completo, sem carimbos, anotações, grifos ou folhas soltas. A primeira parte traz o romance de Soupault; a segunda, alguns artigos da revista…” etc.

Devo admitir que foi na narrativa de 56 páginas (com quatro capítulos que são como três, no índice), obviamente escrita antes da adesão de Soupault ao Surrealismo, que eu encontrei algumas possíveis “pistas” portuguesas cujo fio de meada me levou a pesquisar a relação de Soupault com a pátria de ­­­­­­­­­­­­­­­­Camões e do Fernando Pessoa que Philippe pessoalmente conheceu (do mesmo modo como, antes, ele já havia encontrado o envelhecido Proust em pessoa, “num balneário” que me faz lembrar – não sei porquê – o do Morte em Veneza menos da novela original de Mann do que da personalíssima versão cinematográfica de Visconti).

Então, resolvi criar este SOUPAULT EM PESSOA – livremente inspirado em fatos reais (conforme, agora, os filmes costumam enfatizar com insistência) –, e especialmente para as comemorações desta AGULHA apontada para o Surrealismo não só na França. E é meu dever alertar: na narrativa por mim imaginada, os trechos que aparecem em itálico (e não são muitos) citam Soupault diretamente; o resto, trata-se de invenção nossa, talvez atrevida, porém bem intencionada com relação a esse pequeno mistério literário franco-português que eu pretendi tratar em tonalidade mais surrealística-soupaultiana do que em tom mais lamuriento que, talvez, pudesse vir a ser o da pessoa do “xará” Fernando em contato com o surrealista da primeira hora aparecido no zoológico literário alfacinha não mais do que de repente-et-coetera…

Por fim, eu concluo este longo PS da narrativa mais ou menos à maneira de um PS preguiçosamente me valendo das palavras muito adjetivadas de Joaquim Manuel Magalhães [in OS DOIS CREPÚSCULOS, Lisboa, A Regra do Jogo, 1981): “A luz desse momento da cidade caminha noutros lugares. Mas o encontro desses dois poetas num café – e num único café? (pergunto eu) – pode ainda estar a repetir-se e a ir ao encontro de alguém que verá nele a sedução das trocas culturais e o privilégio momentâneo de derivas entrecruzando-se para solitárias transfigurações.”

PS do PS: Bem, eu não entendi, ó Joaquim Manuel, mas tudo bem, parece-me boa (e muito lusa, Manuel Joaquim) a frase sobre o que teria, talvez, quem sabe?, feito o Soupault sorrir sob a luz “desse momento” com o coração nos olhos. Seja como for, Portugal não era, ao fim e ao cabo, o país para se visitar ali pela altura em que nascia o Surrealismo e enquanto a escola não tinha, ainda, os seus tantos – e tão vários – “excomungados” pelo Breton de olho atento para as palmeiras-anãs, digamos assim. [E o enigmático Soupault terá realmente escapado?…]

Ponto não final com reticências e []

 

 


FERNANDO MONTEIRO nasceu no Recife, em 1949. Escritor, poeta e cineasta, estreou com o livro Memória do Mar Sublevado (Editora Universitária, 1973), poema longo como os que seguiu publicando em 1981 – Leilão Sem Pena (Edições Pirata) – e, em 1993, quando lançou, pelo selo do lendário editor pauluista Masso Ohno, o premiado Ecométrica. Após o que, voltou-se para o romance, e veio a publicar, em Portugal, pela prestigiosa editora Campo das Letras, o também premiado Aspades, Ets Etc. Seu segundo romance foi distinguido com o primeiro Prêmio BRAVO! de Literatura/1998, e vieram, nos anos seguintes, A Múmia do Rosto Dourado do Rio de Janeiro e Armada América (pela W11 Editora, SP), O Grau Graumann pela Editora Record e As Confissões de Lúcio pela Francis Editora. Em 2009, ano em que foi o homenageado do sétimo Festival de Literatura ["A Letra e a Voz"] retornou ao verso com o poema longo Vi uma foto de Anna Akhmátova, a que se seguiu Mattinata (2012), em coedição da Sol Negro com a Nephelibata Edições. Em 2017, foi o autor homenageado da Bienal Internacional de Literatura de Pernambuco, e prosseguiu na poesia com Museu da Noite (Editora Confraria do Vento, RJ, 2018) e Os Vivos[?] e os Mortos, publicado em 2021, pelas Edições Sol Negro (RN), com ilustrações de Chico Díaz.

 


J. KARL BOGARTTE | Nacido el 8 de septiembre de 1944, de ascendencia holandesa e irlandesa, formado en antropología, fotografía y diversas tradiciones esotéricas. Ha sido un participante activo en el surrealismo internacional durante más de 50 años. Actualmente vive en Santa Fe, Nuevo México. Bogartte, es a la vez artista y poeta, y ha publicado doce libros de escritos poéticos: While the night windmills through xylophone and…, And Still the Navigators, Spirits in the Albino Hotel Throwing Antlers, The Mirror held Up In Darkness, The Wolf House, Secret Games, Luminous Weapons, Primal Numbers, A Curious Night For A Double Eclipse, Auré, The Spindle’s Arc, and Antibodies: A Surrealist Novella. Alineado desde hace mucho tiempo con el surrealismo internacional, también es cofundador de La Belle Inutile Éditions. Su obra ha aparecido en las siguientes antologías: ANALOGON # 65, Melpomene, Hydrolith # 1 and # 2, La vertèbre et le rossignol # 4, Lithaire # 2, Peculiar Mormyrid # 2, Paraphilia, Silver Pinion and The Fiend online journal.
 

 


Agulha Revista de Cultura

Série SURREALISMO SURREALISTAS # 04

Número 203 | fevereiro de 2022

Artista convidado: J. Karl Bogartte (Estados Unidos, 1944)

Traduções de Allan Vidigal e Susana Wald

editor geral | FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com

editor assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com

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