terça-feira, 15 de abril de 2025

Agulha Revista de Cultura # 260 | abril de 2025

  

∞ editorial | O coração da poesia e suas luzes reveladoras

 


01 | A cada dia amanhecemos e definimos os valores essenciais de nossa existência. Minuciosas e numerosas fronteiras que temos que considerar no entra-e-sai dos caminhos que alimentam nosso imaginário. Não importa se temos diante de nós uma época de atroz decadência. Se todas as formas foram deterioradas e todos os planos de sobrevivência foram perdidos. A luz terá sempre que alcançar o coração da poesia que nos define. Em qualquer parte do mundo, sob a intervenção de qualquer sociedade, secreta ou não, a natureza de nosso entusiasmo deverá falar mais alto. Não devemos esquecer nunca que no passado os egípcios deixavam ordenada a costura de um amuleto, em sua mortalha, que fosse a representação do sol. Toda beleza é filha da luz. Toda a escrita tem por fonte o esplendor de raios luminosos. Não há culpa na luz, pois ela é a revelação inesgotável de todo o amor e toda a razão de ser. Sob a grande árvore da luz, tecemos as formas viscerais de nossa revista. Conosco, neste número e graças a Elys Regina Zils, que a localizou na Net, temos a escultora, pintora e gravadora Ana Maria Pacheco (Brasil, 1943), cuja obra possui um acento impressionante estabelecido no centro das relações entre sexualidade e magia, sem descuidar da tensão inevitável entre Eros e Tanatos. A personificação de sua escultura encontra amparo vertiginoso nas lendas, mitos e em sua própria biografia. Tendo sido inicialmente atraída pela música, nos anos 1960 foi exímia concertista, porém o piano iria encontrar melhor abrigo, com sua força rítmica sugestiva na narrativa que acabou aprendendo a compor, a partir de sua fascinação pela escultura barroca policromada e o ideário ritualístico das máscaras africanas. Nos anos 1970 viajou para estudar na Slade School of Art em Londres e ali mesmo resolveu mudar definitivamente de endereço. Com o tempo foi desenvolvendo uma maestria singular, a criação de conjunto escultórico que se destacava como a representação tridimensional de uma narrativa. Embora tenha igualmente se dedicado à pintura, com seus trípticos fascinantes, é na escultura que esta imensa artista brasileira se destaca, com o uso de recursos teatrais e a mescla de elementos constitutivos de diversas culturas. É também uma valiosa marca sua a montagem de cenas emprestadas da literatura ou de evidências do cotidiano. Agradecimentos a Pratt Contemporary, Dictionnaire Universel des Créatrices, AWARE – Archives of Women Artists, Research & Exhibitions. Graças a quem Ana Maria Pacheco se encontra entre nós como artista convidada da presente edição de Agulha Revista de Cultura.

 


02 | Cada día nos despertamos y definimos los valores esenciales de nuestra existencia. Fronteras detalladas y numerosas que hemos de tener en cuenta en el ir y venir de los caminos que alimentan nuestra imaginación. No importa que tengamos ante nosotros un tiempo de atroz decadencia. Si todas las formas se han deteriorado y todos los planes de supervivencia se han perdido. La luz siempre tendrá que llegar al corazón de la poesía que nos define. En cualquier parte del mundo, bajo la intervención de cualquier sociedad, secreta o no, la naturaleza de nuestro entusiasmo debe hablar más fuerte. Nunca debemos olvidar que en el pasado los egipcios tenían un amuleto cosido en su sudario que representaba al sol. Toda belleza es hija de la luz. Toda escritura tiene como fuente el esplendor de los rayos de luz. No hay culpa en la luz, porque es la revelación inagotable de todo amor y de toda razón de ser. Bajo el gran árbol de la luz, tejemos las formas viscerales de nuestra revista. Con nosotros, en este número y gracias a Elys Regina Zils, quien la localizó en la Red, tenemos a la escultora, pintora y grabadora Ana Maria Pacheco (Brasil, 1943), cuya obra tiene un impresionante énfasis establecido en el centro de las relaciones entre sexualidad y magia, sin descuidar la inevitable tensión entre Eros y Tánatos. La personificación de su escultura encuentra un apoyo vertiginoso en leyendas, mitos y en su propia biografía. Atraída inicialmente por la música, en los años 1960 fue una excelente concertista, pero el piano encontraría un mejor hogar, con su sugerente fuerza rítmica, en la narrativa que acabó aprendiendo a componer, basada en su fascinación por la escultura barroca policromada y las ideas ritualistas de las máscaras africanas. En la década de 1970 viajó a estudiar a la Slade School of Art de Londres y allí decidió cambiar de domicilio definitivamente. Con el tiempo, desarrolló una maestría única, la creación de un conjunto escultórico que destacaba como la representación tridimensional de una narración. Aunque también se dedicó a la pintura, con sus fascinantes trípticos, es en la escultura donde se destaca esta inmensa artista brasileña, con el uso de recursos teatrales y la mezcla de elementos constitutivos de diversas culturas. Otra característica valiosa de ella es la creación de escenas tomadas de la literatura o de la evidencia cotidiana. Gracias a Pratt Contemporary, Dictionnaire Universel des Créatrices, AWARE – Archivos de mujeres artistas, investigaciones y exposiciones, a quien debemos que Ana Maria Pacheco esté entre nosotros como artista invitada en esta edición de Agulha Revista de Cultura.

 


03 | Every day we wake up and define the essential values ​​of our existence. Detailed and numerous frontiers that we have to count on going and coming along the paths that feed our imagination. It doesn’t matter that we have before us a time of atrocious decadence. If all forms have deteriorated and all survival plans have been lost. The light will always tend to reach the heart of the poetry that defines us. In any part of the world, under the intervention of any society, it secrets the world, the nature of our enthusiasm must be stronger. We should never forget that in the past the Egyptians had an amulet sewn into their shroud that represented the sun. All beauty is the daughter of light. All writing has as its source the splendor of rays of light. There is no fault in light, because it is the inexhaustible revelation of all love and all reason for being. Under the great tree of light, we weave the visceral forms of our magazine. With us, in this issue and thanks to Elys Regina Zils, who found her on the Internet, we have the sculptor, painter and artist Ana Maria Pacheco (Brazil, 1943), whose work has an impressive emphasis established in the center of the relationship between sexuality and magic, without neglecting the inevitable tension between Eros and Thanatos. The personification of his sculpture finds dizzying support in legends, myths and in her own biography. Initially attracted by music, in the 1960s she was an excellent concert artist, but the piano found a better home, with its suggestive rhythmic strength, in the narrative that she ended up learning to compose, based on her fascination with polychrome baroque sculpture and the ritualistic ideas of African masks. In the 1970s she traveled to study at the Slade School of Art in London and there she decided to change her home permanently. Over time, she developed a unique mastery, creating a sculptural ensemble that stood out as the three-dimensional representation of a narrative. She also dedicated herself to painting, with its fascinating triptychs, and in sculpture where this immense Brazilian artist stands out, with the use of theatrical resources and a mixture of constituent elements from different cultures. Another valuable characteristic of her is the creation of scenes taken from literature or everyday evidence. Thanks to Pratt Contemporary, Dictionnaire Universel des Créatrices, AWARE – Archives of women artists, investigations and exhibitions, we must believe that Ana Maria Pacheco is among us as an invited artist in this edition of Agulha Revista de Cultura.

Los Editores

 



∞ índice

 

EMILCE STRUCCHI | Conversación entre literaturas: Clarice Lispector y Abelardo Castillo. Los personajes y sus desafíos cotidianos

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/emilce-strucchi-conversacion-entre.html

 

FLORIANO MARTINS | A música se chama Naná Vasconcelos

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/floriano-martins-musica-se-chama-nana.html

 

FLORIANO MARTINS | As chaves-mestras da poesia em três poetas brasileiras: Cecília Meireles, Maria Lúcia Dal Farra e Leila Ferraz

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/floriano-martins-as-chaves-mestras-da.html

 

FLORIANO MARTINS | As vozes musicais sob a batuta de Heriberto Porto

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/floriano-martins-as-vozes-musicais-sob.html

 

HAROLD ALVARADO TENORIO | El mundo extraordinario de Guillermo Cabrera Infante

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/harold-alvarado-tenorio-el-mundo.html

 

HAROLD ALVARADO TENORIO | Las armas miraculosas de Aimé Césaire

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/harold-alvarado-tenorio-las-armas.html

 

NICOLAU SAIÃO & CARLOS MARTINS | Os labirintos do real – Sobre a literatura policial

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/nicolau-saiao-carlos-martins-os.html

 

NINA MARIA A Poética de Ithana Gomes e os Transbordamentos do Ser

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/nina-maria-barragem-da-alma-poetica-de.html

 

THOMAZ ALBORNOZ NEVES | O coração de Manuel Bandeira

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/thomaz-albornoz-neves-o-coracao-de.html

 

VANIA VARGAS | Memorias y transfiguraciones, de Alaíde Foppa: epílogo poético para una historia inconclusa

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/vania-vargas-memorias-y.html




LIBRETO # 11

 

CALÚ CRUZ | Árbol de cuentos, una antología

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/calu-cruz-arbol-de-cuentos-una-antologia.html

 

BERTA LUCÍA ESTRADA | La memoria de los vientos, de Hernán González

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/berta-lucia-estrada-la-memoria-de-los.html

 

VICTORIA LOVELL | Ciudad sitiada, de Gloria Lenardon – El silencio del pasado contamina el presente

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/victoria-lovell-ciudad-sitiada-de.html

 

CÉSAR BISSO | Lenguaraces, las entrevistas de Ricardo Zelarayán

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/cesar-bisso-lenguaraces-las-entrevistas.html

 

PABLO QUERALT | El capital y la lírica, de Jorge Aulicino

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/pablo-queralt-el-capital-y-la-lirica-de.html




DOCUMENTA – Poesia brasileira

 

DEMETRIOS GALVÃO (1979)

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/demetrios-galvao-1979.html

 

FRANCISCA JÚLIA (1874-1920)

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/francisca-julia-1871-1920.html

 

GILKA MACHADO (1893-1980)

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/gilka-machado-1893-1980.html

 

JOAQUIM CARDOZO (1897-1978)

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/joaquim-cardozo-1897-1978.html

 

RAQUEL GAIO (1981)

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2025/04/raquel-gaio-1981.html 

 

 



Ana Maria Pacheco


Agulha Revista de Cultura

Número 260 | abril de 2025

Artista convidado: Ana Maria Pacheco (Brasil, 1943)

Editores:

Floriano Martins | floriano.agulha@gmail.com

Elys Regina Zils | elysre@gmail.com

ARC Edições © 2025


∞ contatos

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FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com

ELYS REGINA ZILS | elysre@gmail.com

 



 

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