• EDITORIAL
– UM MOVIMENTO QUE NÃO CESSA
Durante praticamente todo este ano de 2020 a Agulha Revista de Cultura tem publicado edições monotemáticas, dedicadas a aspectos variados das artes e da cultura em nossa época. Esta é a quarta oportunidade em que retomamos um modelo antigo de matérias variadas, justamente para atender ao envio de ensaios avulsos da parte de nossos valiosos colaboradores, como sempre, autores que dão à nossa revista um valor inestimável: Alfonso Peña, Berta Lucía Estrada, Carlos M. Luis, Fernando Arrabal, Flavia Falquez, Gabriel Jiménez Emán, Joana Ruas, Lilian Pestre de Almeida, Luiza Nilo Nunes e Mía Gallegos.
A Agulha
Revista de Cultura também vem colaborando em outras instâncias, como é o
caso da parceria com a Editora Cintra, na criação da coleção “O amor
pelas palavras”, de livros (impressos e virtuais) de circulação
exclusiva pela Amazon, cujo catálogo recentemente alcançou a marca de 85
títulos publicados, de uma gama de autores que inclui as mais altas expressões
literárias contemporâneas, de que são exemplo Agathi Dimitrouka, Armando Romero, César Moro, Claudio Willer,
Fernando Arrabal, John Welson, Juan Calzadilla, Maria Estela Guedes, Omar
Castillo e Renée Ferrer, para ficar apenas nos mais recentes.
Dentro
deste referido catálogo situa-se mais um de nossos empenhos em ampliar cada vez
mais o acesso do leitor interessado a todo o material que seguimos publicando.
Trata-se da edição de uma série de volumes com o conteúdo seletivo da Agulha Revista de Cultura em formato
livro, cujo primeiro volume contém boa parte das matérias publicadas nos 24
números da revista publicados em 2019, por ocasião do centenário do
Surrealismo.
Outro
caso, já em face de elaboração e com lançamento previsto para novembro, é a
criação de um Atlas Lírico da América
Hispânica, ousado projeto em colaboração com a revista Acrobata, que será a responsável por sua
veiculação. Cabe ainda mencionar a sequência de entrevistas realizadas por
Floriano Martins a poetas hispano-americanos que vem sendo publicadas na
revista Altazor, da Fundação Vicente Huidobro.
Como artista convidada da presente edição, Mariana Palova (México,
1990), também ela prestigiosa romancista, cuja obra vincula-se a uma tradução
oculta. A obra, que nos foi enviada pela própria artista, veio acompanhada de
um depoimento seu, aqui reproduzido na íntegra:
Meu trabalho artístico é
concebido principalmente como uma forma de autodescoberta na tentativa de
compreender a conexão entre os fatores externos que me fascinam (mitologia,
diferentes sistemas de magia oculta e diversidade cultural) com aqueles que
estão dentro de mim em uma forma primitiva (a conexão com a natureza e a
interpretação do espírito).
Embora
determinar minha identidade por meio dessa exploração tenha se tornado a raiz
de meu trabalho em seus estágios iniciais, hoje, a criação de seres fantásticos
com sua própria forma de ocultismo é meu interesse atual, o que torna meu
trabalho uma narrativa macrocósmica de histórias oníricas que mantêm uma
intimidade relação com a realidade.
Principalmente, o material principal da minha técnica é o uso do meu próprio corpo, que eu capturo pela câmera e transmuto em uma mistura de fotografia, pintura tradicional e pintura digital. A utilização deste recurso, que não é um autorretrato, mas sim um empréstimo de carne para a criação de novos seres, serve também para manter uma ligação inquebrável e quase maternal entre mim e o meu trabalho. Transfigurar meu corpo e rosto, a ponto de ficar irreconhecível, também ajuda o espectador a perceber a criatura na obra de arte como uma entidade diferente da mulher que conta a história, mantendo um sentimento de familiaridade indecifrável.
Na
reflexão metafórica, corpos celestes e iconologia oculta (especialmente
alquímica) encontro uma forma estimulante de capturar meus conceitos
artísticos. E sendo mexicana, nascida em uma cultura imersa em cores vastas e
estimulantes, acho vital colocar uma gama expressiva de tons que vibram até no
menor espaço de cada obra.
Os Editores
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• ÍNDICE
ALFONSO PEÑA CONVERSA CON FABIO HERRERA | Tras las huellas de los
imagineros…
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2020/10/alfonso-pena-conversa-con-fabio-herrera.html
BERTA LUCÍA ESTRADA | La
mujer en los salones literarios
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2020/10/berta-lucia-estrada-la-mujer-en-los_44.html
CARLOS M. LUIS | Kitasono Katue y el surrealismo
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2020/10/carlos-m-luis-kitasono-katue-y-el.html
FERNANDO ARRABAL |
Patricia Highsmith et moi
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2020/10/fernando-arrabal-patricia-highsmith-et.html
FLAVIA FALQUEZ | Los símbolos en la obra de Federico García Lorca
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2020/10/flavia-falquez-los-simbolos-en-la-obra.html
GABRIEL JIMÉNEZ EMÁN | Literatura
y cine: las relaciones peligrosas
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2020/10/gabriel-jimenez-eman-literatura-y-cine.html
JOANA RUAS | O destacamento
de ligação nacional: um episódio
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2020/10/joana-ruas-o-destacamento-de-ligacao.html
LILIAN PESTRE DE ALMEIDA | Apresentando
o último ensaio de Édouard Glissant, La
Cohée du Lamentin
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2020/10/lilian-pestre-de-almeida-apresentando-o.html
LUIZA NILO NUNES | Uma rosa edificada:
sobre erotismo e espiritualidade em Eunice Odio
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2020/10/luiza-nilo-nunes-uma-rosa-edificada.html
MÍA GALLEGOS | La presencia de lo sagrado en El tránsito de fuego, de Eunice Odio
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2020/10/mia-gallegos-la-presencia-de-lo-sagrado.html
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Agulha
Revista de Cultura
UMA AGULHA
NO MUNDO INTEIRO
Número 159 |
outubro de 2020
Artista
convidada: Mariana Palova (México, 1990)
editor geral
| FLORIANO MARTINS | floriano.agulha@gmail.com
editor
assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com
logo &
design | FLORIANO MARTINS
revisão de
textos & difusão | FLORIANO MARTINS | MÁRCIO SIMÕES
ARC Edições
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