Agulha Revista de Cultura: CODINOME ABRAXAS # 05

∞ editorial | Dimensiones surreales de la amistad

01 | Há muito conheci pessoalmente Fernando Cuartas Acosta em um encontro de poetas no litoral pernambucano. Encontro valioso porque a partir dali começamos a planejar coisas em vários momentos. Logo chegariam também, embora virtualmente, Carlos Bedoya, John Sosa e Óscar Jairo González, ou seja, chegaria em minhas mãos o núcleo de ouro da revista Punto Seguido, a grande presença do Surrealismo em terras colombianas. De imediato publicaram textos meus na revista, dando início a um intercâmbio que chegaria ao ponto em que certa vez escrevemos um livro, a quatro mãos, Fernando Cuartas (Fercho) e eu. Também cabe lembrar que na antologia Mundo mágico: Colômbia (Edições Bagaço, 2007), que organizei e traduzi com Lucila Nogueira, incluímos poemas de Fernando e Carlos Bedoya. Nossa homenagem agora à revista Punto Seguido traz esse múltiplo sabor de conquistas, da visão infinita do mundo através de suas páginas e da força mágica de seu espírito amigo, o modo como todos sentimos seu abraço permanente. Como bem define Óscar Jairo González: Nascemos da vitalidade de poetas que anseiam pela alegria de estar vivos em tempos de convulsão. Em sua busca bem-sucedida de compartilhar horizontes, ele a define como o verdadeiro coração do infinito: A revista corre o risco de se perder a cada momento, escalando um prédio, abrindo uma garrafa e transformando-a em piano, sendo desconhecida, errante, repleta de solidão e areia do deserto. A revista é uma sede que ninguém sacia. UMA REVISTA publica textos mal escritos; não são bordas chanfradas acabadas. A cada número, outro escritor, outra mulher desconhecida que vimos superar, novas propostas rumo ao infinito e à luz. Esta esfera maravilhosa nasceu do desejo da juventude que sempre cria e nunca imita. A revista não tem outro destino senão a metamorfose: SEMPRE A MESMA, MAS DIFERENTE. A seu lado, dividindo essa graça da amizade, se encontra o equatoriano Juan Carlos Jurado Reyna (Ecuador, 1980), como artista convidado desta edição de Agulha Revista de Cultura. Juan Carlos é um mago dos retratos, sua obra se define por uma exploração do símbolo, a aventura de descoberta dos aspectos visuais do eu. Obra reveladora e reflexiva. Como afirma o crítico Paúl López, A enigmática obra pictórica de Juan Carlos Jurado Reyna se revela como um amálgama de elementos que convergem em uma tela repleta de mistério, profundidade e reflexão. Este artista funde o domínio técnico da arte figurativa com uma perspectiva única que dá vida a um universo visual próprio.

02 | Conocí personalmente a Fernando Cuartas Acosta hace mucho tiempo en un encuentro de poetas en la costa de Pernambuco. Fue un encuentro valioso, ya que a partir de ese momento empezamos a planificar cosas en diferentes momentos. Pronto, Carlos Bedoya, John Sosa y Óscar Jairo González también llegarían, aunque virtualmente, lo que significaba que tendría conmigo el núcleo de oro de la revista Punto Seguido, la gran presencia del surrealismo en Colombia. Inmediatamente publicaron mis textos en la revista, iniciando un intercambio que eventualmente desembocaría en la escritura conjunta de un libro entre Fernando Cuartas (Fercho) y yo. También vale la pena recordar que en la antología Mundo Mágico: Colombia (Edições Bagaço, 2007), que edité y traduje con Lucila Nogueira, incluimos poemas de Fernando y Carlos Bedoya. Nuestro homenaje a la revista Punto Seguido transmite este sabor multifacético de logros, de la visión infinita del mundo a través de sus páginas y el poder mágico de su espíritu amigable, la forma en que todos sentimos su abrazo constante. Como bien define Óscar Jairo González: Nacimos de una vitalidad de poetas que desean la alegría de estar vivos en un tiempo de conmociones. En su exitosa búsqueda por compartir horizontes, la define como el verdadero corazón del infinito: La revista es una sed que nadie calma. En UNA REVISTA se publican textos que apenas se hacen, no son acabados de biselería. A cada número otro escritor, otra desconocida mujer que hemos visto avasallar, nuevas propuestas hacia lo infinito y la luz. Esta maravillosa esfera ha nacido del deseo de la juventud que siempre crea y no imita. La revista no tiene más destino que sufrir la metamorfosis: SIEMPRE LA MISMA PERO DISTINTA. A su lado, compartiendo esta gracia de la amistad, se encuentra el ecuatoriano Juan Carlos Jurado Reyna (Ecuador, 1980), como artista invitado en esta edición de Agulha Revista de Cultura. Juan Carlos es un mago del retrato; su obra se define por la exploración del símbolo, la aventura de descubrir los aspectos visuales del yo. Una obra reveladora y reflexiva. Como afirma el crítico Paúl López, la obra pictórica enigmática de Juan Carlos Jurado Reyna se revela como una amalgama de elementos que convergen en un lienzo lleno de misterio, profundidad y reflexión. Este artista fusiona la maestría técnica del arte figurativo con una perspectiva única que da vida a un universo visual propio.

03 | I met Fernando Cuartas Acosta personally a long time ago at a poets’ gathering on the coast of Pernambuco. It was a valuable encounter, as from that moment on, we began planning things at different times. Soon, Carlos Bedoya, John Sosa, and Óscar Jairo González would also arrive, albeit virtually, which meant I would have with me the golden core of the magazine Punto Seguido, the great presence of surrealism in Colombia. They immediately published my texts in the magazine, initiating an exchange that would eventually lead to the joint writing of a book by Fernando Cuartas (Fercho) and me. It’s also worth remembering that in the anthology Mundo Mágico: Colombia (Edições Bagaço, 2007), which I edited and translated with Lucila Nogueira, we included poems by Fernando and Carlos Bedoya. Our tribute to Punto Seguido magazine conveys this multifaceted flavor of achievement, of the infinite vision of the world through its pages and the magical power of its friendly spirit, the way we all feel its constant embrace. As Óscar Jairo González aptly defines: We were born from the vitality of poets who desire the joy of being alive in a time of upheaval. In his successful quest to share horizons, he defines it as the true heart of infinity: The magazine is a thirst that no one quenches. In A MAGAZINE, texts are published that are barely written; they are not beveled finishes. With each issue, another writer, another unknown woman we have seen overwhelm, new proposals toward infinity and light. This marvelous sphere was born from the desire of youth that always creates and does not imitate. The magazine has no other destiny than to undergo metamorphosis: ALWAYS THE SAME BUT DIFFERENT. At his side, sharing this grace of friendship, is Ecuadorian Juan Carlos Jurado Reyna (Ecuador, 1980), as a guest artist in this issue of Agulha Revista de Cultura. Juan Carlos is a master of portraiture; his work is defined by the exploration of symbols, the adventure of discovering the visual aspects of the self. A revealing and reflective work. As critic Paúl López affirms, the enigmatic pictorial work of Juan Carlos Jurado Reyna is revealed as an amalgamation of elements that converge on a canvas full of mystery, depth, and reflection. This artist fuses the technical mastery of figurative art with a unique perspective that gives life to his own visual universe.

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