Originalmente publicado no Projeto Editorial Banda Lusófona, Jornal de Poesia, Ceará
A verdade é que todos querem ser Deus. E cada vez me
parece que a grande tradição poética é consubstanciada por quem se recusa a
sê-lo.
FLORIANO
MARTINS
Se a inteligência
de um homem é proporcional à sua capacidade de estabelecer recusas, ao
conversar com o cearense Floriano Martins tem-se a nítida sensação de estar
diante de um homem muito bem-dotado dessa faculdade tão mal distribuída entre
os seres humanos, sobretudo entre os intelectuais. Autor do livro de poemas Alma em Chamas, certamente um dos
acontecimentos poéticos das últimas décadas, e de uma obra volumosa que abrange
ensaios, crítica, tradução e entrevistas com poetas, além de uma série de inéditos,
Floriano é um dos maiores conhecedores da poesia latino-americana moderna e
contemporânea entre nós, e vem fazendo pontes das mais estimulantes entre essas
literaturas e o Brasil. Mas, para nossa surpresa, é uma voz solitária e
praticamente isolada em sua proposta. Pela importância e amplitude desse
trabalho, veiculado sobretudo nas revistas virtuais Agulha e Banda Hispânica,
das quais é editor, assusta sabermos que ele não tenha maior repercussão.
Também é de se estranhar que algumas poéticas e estéticas como o Surrealismo,
por exemplo, de grande penetração no resto da América e do mundo, não tenha
encontrado acolhida em terras brasileiras. E Floriano, para reparar esse lapso
e historiar o desenvolvimento do movimento lançado por Breton em Paris em 1921,
publicou recentemente o livro O Começo da
Busca – O Surrealismo na poesia da América Latina, que traça um perfil
histórico dessa estética, emulando e invertendo o título de um livro onde
Octavio Paz faz esforço similar, La
Búsqueda del Comienzo. Agora prepara o segundo volume desse trabalho, que
virá aprofundar, desenvolver e complementar alguns aspectos do primeiro.
São múltiplas as causas da negligência brasileira para com a cultura de
seus vizinhos e da nossa resistência a um tipo de representação artística que
ele crê das mais subversivas. E é entrando nesses assuntos que a conversa
esquenta, e Floriano só falta soltar fogo pelas ventas. Um dos principais
motivos dessa barreira brasileira é o que ele chama de falseamento da história. Segundo ele, todo corte brusco e abrupto
na história produz uma falsificação, pois apaga a multiplicidade do fenômeno no
momento em que ele estava ocorrendo. Assim, a eleição da Semana de 22 como o
ingresso do Brasil na modernidade, embora seja um fator aparentemente irreversível,
não dá conta da diversidade dos fatos e equivale à leitura do curso das águas em uma lagoa. Muita coisa se perdeu
nesse processo, e a extensa documentação sobre cantos populares colhida por
Alberto Nepomuceno, por exemplo, intelectual morto em 1920, anterior portanto à
Semana, e de quem Floriano escreveu uma biografia, foi praticamente esquecida
em proveito das pesquisas de Mario de Andrade. Por outro lado, o Modernismo
teria inaugurado um regime de exceção,
por meio do qual convalidou seu ideal de modernidade e de nacionalismo imbuído
do Futurismo de Marinetti, e a partir do qual passou a criar os critérios
eletivos para a formação do cânone literário no Brasil, critérios esses nem
sempre de ordem estética, mas meramente ideológicos. E aqui entra o
Surrealismo, mais especificamente os argumentos que Floriano desenvolve em o Começo da Busca, e a defesa de duas
diretrizes: uma reavaliação urgente do lugar que Murilo Mendes e Jorge de Lima
ocupam no cenário da literatura brasileira, instigando a crítica a
desvinculá-los de vez dos estigmas limitadores da poesia em Cristo, e a recusa desses dois poetas como sendo os
únicos representantes do Surrealismo no Brasil, aos quais Floriano soma os
nomes de Roberto Piva, Claudio Willer e Sergio Lima, entre outros.
Essas faces se conciliam, no entanto. E ele faz um traçado oblíquo onde
procura demonstrar as lacunas do cânone literário brasileiro, articulando-as à
história do Surrealismo e a uma série de poetas hispano-americanos
desconhecidos por nós. Suas reivindicações são duras, passam longe da fala
amaneirada e adiposa com a qual viemos nos acostumando nos últimos tempos no
âmbito do debate literário. Assim, ele começa julgando que mesmo a trinca de
ases que gozam de prestígio em língua portuguesa – Paz, Neruda e Borges –
deveria ser filtrada com maior seletividade e analisada de forma mais
consequente. Porque Octavio Paz, que sempre
foi crítico da realidade que tinha à sua volta, com o tempo começou a
deixar de sê-lo, e, como poeta, acabou se cristalizando
bastante cedo. Neruda pôs em cena o seu ego monumental para a criação de
suas obras cosmogônicas, mas não
conseguiu levar sua empreitada muito adiante, e Borges, segundo Floriano, é um
grande fabulista, um homem dono de
uma grande capacidade de fazer de si o centro do mundo e de criar mundos
possíveis, mas que, como poeta, faz valer as palavras do crítico Gerardo Deniz,
sendo muitas vezes previsível e enfadonho.
Nesse diapasão de leitura crítica, para Floriano, não só o nosso
desconhecimento da literatura hispânica é aviltante, como o que conhecemos é
muitas vezes referendado sem muito rigor e absorvido de forma um tanto
epidérmica. E um caso onde essa distorção se dá de maneira mais aguda é no que
diz respeito ao cubano Lezama Lima, um dos seus autores prediletos, mas cujo
caráter algo enciclopédico de sua
obra e sua reivindicação de uma estética autóctone por intermédio da figura do
Señor Barroco, presente em um dos seus ensaios, acabaram sendo apropriados pela
estética Neobarroca de Severo Sarduy e pelo Neobarroso do argentino Nestor
Perlonguer, que fizeram uma leitura distorcida do grande poeta, autor de Dador. E nesse ponto Floriano parece dar
as cartas da tradição poética que realmente lhe interessa. Segundo ele, todos
esses autores tentaram, cada um à sua maneira, ser Deus. E que cada vez mais lhe parece que a grande tradição poética é consubstanciada por quem se
recusa a sê-lo – arremata. É assim que trava o seu pacto luciferino com o
anti-cânone das letras hispânicas, ou pelo menos com o lado menos óbvio do mapa
dessa cultura, e fala de suas predileções, como o poeta venezuelano José
Antonio Ramos Sucre, que se matou por não
suportar mais a presença de visões que lhe assombravam a existência e não
vivia “em um plano literário, mas sim na mesma dimensão excessiva de um
Artaud”. Faz uma menção especial aos poetas do Chile, cuja vertente múltipla encontra em Pablo de Rokha, Rosamel del Valle e
Humberto Díaz-Casanueva uma fonte de renovação que não desconsidera o autóctone
e se manifesta no diálogo com a Europa. Já no colombiano León de Greiff, encontramos o mais surpreendente caso de
polifonia na tradição poética latino-americana, enquanto o guatemalteco
Luiz Cardoza y Aragón soube buscar na
algazarra da modernidade uma voz que fosse a soma de todas. Floriano ainda
repassa o nome do nicaraguense Pablo Antonio Cuadra, que, assim como Lezama
Lima e Octavio Paz, foi um dos autores pioneiros nas leituras que têm como
objetivo uma definição cultural da América, e que estabeleceu uma nova relação com o mito.
Claro que essa dificuldade de penetração do Surrealismo no Brasil não se
deve apenas a um fator ocasional e à formação do cânone. Deita raízes em uma
longa tradição positivista, que se espraia em uma série de esferas da vida
social e intelectual e bloqueia qualquer iniciativa de subversão de seus
postulados. Para Floriano, nossa história é marcada tanto pelo peso de teorias
cientificistas, no pior sentido desta palavra, quanto por certa chaga cristã, que, por exemplo, obstou
uma efetiva explosão do ser nas obras
de Murilo Mendes e Jorge de Lima, tornando-os fraturados e divididos em suas
consciências entre a aspiração a uma liberdade total e os limites motivados
pelo pecado e pela negação católica, e, portanto, incapazes de levar às últimas
consequências a proposta Surrealista como ela de fato o foi em outros países.
Já o caráter cientificista das teorias positivas, que encontrou ambiente fértil
no Brasil, estimulou uma relação cada vez mais imanente e estrutural com a
linguagem poética, a ponto mesmo de desvinculá-la da matéria vital que lhe
origina e transformá-la em um arranjo de signos, apartada da realidade. Na ótica de Floriano são mais ou menos esses
os ingredientes de um novo falseamento da história, levado a cabo pelo
Concretismo. E mais uma vez, em 1956, com o Plano
Piloto da Poesia Concreta e tudo o que adveio daí, temos um recorte fabricado da história e um novo regime de exceção. Se o afazer poético se torna uma forma de afasia, e ao invés de construirmos uma
linguagem que plasme e transfigure todas as dimensões do mundo e todas as
camadas da realidade nós nos isolamos nela como nefelibatas em suas torres de
marfim, sob a desculpa de só assim podermos conquistar aquela autonomia da
linguagem poética inaugurada pela arte moderna, então rompemos todos os
vínculos entre o pensamento e a ação, e todo o projeto de criar uma arte
inclusiva e de valor rigorosamente continental vai pelos ares.
O interessante é que Floriano, em um dos seus livros, Fogo nas Cartas, defende a tese de que a
poesia, mesmo sendo intransitiva, é
filha da alteridade. Sua visão é de
que poesia e política se complementam, assim como a reversibilidade do
imaginário e do real pode gerar novos horizontes, novos focos de luz que podem
incidir e transfigurar a face da realidade que se nos apresenta. Assim, a
chamada autonomia não é algo que se esgota na linguagem, tomada em si mesma,
composta a partir de regras intrínsecas e em oposição ao mundo, nem algo que
deve servir de veículo ou instrumento de transformação desse mesmo mundo,
porque senão ela seria política sem ser poética, mas um misto dos dois. E é
nesses termos que ele se refere a alguns dos poetas brasileiros como autistas: creem que a autonomia nasce de
um idioleto, de uma fala exclusiva
criada por eles mesmos ou pela manipulação da linguagem em uma dicção especial
e especiosa que por ventura tenham encontrado. Pelo contrário, Floriano diz que
a autonomia do poeta só nasce no momento em que ele mergulha em todas as águas, e sente sua voz a tal ponto madura que
pode com ela e nela plasmar e encarnar a realidade que o circunda, não apenas
descrevendo-a ou manipulando técnicas, mas penetrando verticalmente o mistério
do Ser e o seu devir.
Essas considerações ganham uma dimensão muito ampla se pensarmos na
história de nossa mentalidade e nas estruturas hegemônicas do pensamento no
Brasil. Basta lembrar que boa parte da nossa poesia e da nossa crítica
literária atual flertou ou ainda hoje mantém vínculos fortes com a vertente
Estruturalista, com a semiologia ou com as escolas mais recentes dos
desconstrucionistas, como a de Derrida, por exemplo, que pregam um recorte
poético sincrônico e atemporal, onde a poesia pairasse incólume, livre das
contingências e cristalizada sob a forma de um puro enunciado discursivo. É
claro que de novo isso não tem nada, e já está na antiguidade: o velho filósofo
grego Crates, da escola cética, também propôs que a verdade era inacessível,
porque tudo era fruto de artimanhas da linguagem. Com a diferença que Crates,
de posse dessa mazela existencial, foi viver com os cães, dormir em um barril,
ter seu corpo forrado de pústulas e se alimentar exclusivamente de tremoços,
revelando no mínimo mais coerência e honestidade intelectual do que os nossos
novos céticos, que usam toga universitária e falam francês.
Por outro lado, há uma outra tradição intelectual brasileira que procura
dar fundamentos ontológicos à história, e é movida por uma busca romântica
frenética de Nacionalidade e da essência nacional que nos constitui, busca essa
que, malgrado ser frenética e muitas vezes proceder por meios tão equivocados
quanto o mérito intelectual daqueles que a exercem, até que poderia ser de bom
talante, caso não desprezasse os meios em benefício dos fins. Em resumo, no meio-fio
entre essas duas correntes do pensamento, somos marcados por uma história
intelectual cuja chaga, para além de cristã, parece vir coroada pelo dilema
infinito e pela disputa maniqueísta entre duas forças que funcionam como a
mesma simetria de um céu e um inferno: Forma versus Conteúdo. Haja vista que
mesmo as variantes desses termos partem deles, ora invertendo seus postulados
ora os embaralhando, sem, contudo, dar um passo sequer além da pobreza dessa
descrição de mundo. E penso aqui na Antropofagia de Oswald de Andrade, que
pretendeu eleger a forma brasileira
de ser, e no Concretismo, que fez da
forma um conteúdo, como um caranguejo que se crê revolucionário por ter
decidido andar para frente. O fato é que, para qualquer pessoa inteligente,
ambas não passam de um purgatório, e o que esperamos é uma redenção, não um
aprofundamento de nossa própria esquizofrenia.
O mergulho em todas as águas
de que nos fala Floriano Martins é providencial e significativo. Aliado à
perspectiva continental de sua visagem literária e ao caráter libertário do
Surrealismo, sinaliza que ainda há muita água para correr pelo rio de
Heráclito, muitas barragens a serem estouradas e muitas lagoas onde os sapos de
ontem, sempre os mesmos, ainda coaxam, a serem arrebentadas pela fúria de seu
devir que há de explodir em um futuro próximo, segundo carta de Pierre Naville
que Floriano Martins cita. Quem sabe assim a dualidade do bem e do mal seja
superada e possamos enfim auscultar a unidade parmenídica do Ser essencial que
configura e anima todos os seres, sejam eles movidos pelo fogo, pela água ou
por qualquer outro quinto elemento que esteja além da matéria, que
desconhecemos e que provavelmente nunca viremos a conhecer.
1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]
1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]
1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]
1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]
1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]
1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]
1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]
1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]
1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]
2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]
2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]
2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]
2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]
2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]
2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]
2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]
2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]
2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]
2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]
2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]
2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]
2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]
2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]
2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]
2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]
2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]
2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]
2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]
2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]
2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]
2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]
2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]
2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]
2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]
2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]
2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]
2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]
2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]
2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]
2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]
2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]
2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]
2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes
2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]
OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA
El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.
Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.
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O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.
A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.
Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica. 2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.
Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.
Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.
Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.
Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.
Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.
120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.
TRADUÇÕES
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Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.
A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.
Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.
III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.
Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.
Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.
Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.
Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.
Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.
Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.
Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.
O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.
A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.
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Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/
1999-2024
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