quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

2002 | O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS | Rodrigo Petronio

Originalmente publicado no Projeto Editorial Banda Lusófona, Jornal de Poesia, Ceará

 

A verdade é que todos querem ser Deus. E cada vez me parece que a grande tradição poética é consubstanciada por quem se recusa a sê-lo.

FLORIANO MARTINS

 

Se a inteligência de um homem é proporcional à sua capacidade de estabelecer recusas, ao conversar com o cearense Floriano Martins tem-se a nítida sensação de estar diante de um homem muito bem-dotado dessa faculdade tão mal distribuída entre os seres humanos, sobretudo entre os intelectuais. Autor do livro de poemas Alma em Chamas, certamente um dos acontecimentos poéticos das últimas décadas, e de uma obra volumosa que abrange ensaios, crítica, tradução e entrevistas com poetas, além de uma série de inéditos, Floriano é um dos maiores conhecedores da poesia latino-americana moderna e contemporânea entre nós, e vem fazendo pontes das mais estimulantes entre essas literaturas e o Brasil. Mas, para nossa surpresa, é uma voz solitária e praticamente isolada em sua proposta. Pela importância e amplitude desse trabalho, veiculado sobretudo nas revistas virtuais Agulha e Banda Hispânica, das quais é editor, assusta sabermos que ele não tenha maior repercussão. Também é de se estranhar que algumas poéticas e estéticas como o Surrealismo, por exemplo, de grande penetração no resto da América e do mundo, não tenha encontrado acolhida em terras brasileiras. E Floriano, para reparar esse lapso e historiar o desenvolvimento do movimento lançado por Breton em Paris em 1921, publicou recentemente o livro O Começo da Busca – O Surrealismo na poesia da América Latina, que traça um perfil histórico dessa estética, emulando e invertendo o título de um livro onde Octavio Paz faz esforço similar, La Búsqueda del Comienzo. Agora prepara o segundo volume desse trabalho, que virá aprofundar, desenvolver e complementar alguns aspectos do primeiro.

São múltiplas as causas da negligência brasileira para com a cultura de seus vizinhos e da nossa resistência a um tipo de representação artística que ele crê das mais subversivas. E é entrando nesses assuntos que a conversa esquenta, e Floriano só falta soltar fogo pelas ventas. Um dos principais motivos dessa barreira brasileira é o que ele chama de falseamento da história. Segundo ele, todo corte brusco e abrupto na história produz uma falsificação, pois apaga a multiplicidade do fenômeno no momento em que ele estava ocorrendo. Assim, a eleição da Semana de 22 como o ingresso do Brasil na modernidade, embora seja um fator aparentemente irreversível, não dá conta da diversidade dos fatos e equivale à leitura do curso das águas em uma lagoa. Muita coisa se perdeu nesse processo, e a extensa documentação sobre cantos populares colhida por Alberto Nepomuceno, por exemplo, intelectual morto em 1920, anterior portanto à Semana, e de quem Floriano escreveu uma biografia, foi praticamente esquecida em proveito das pesquisas de Mario de Andrade. Por outro lado, o Modernismo teria inaugurado um regime de exceção, por meio do qual convalidou seu ideal de modernidade e de nacionalismo imbuído do Futurismo de Marinetti, e a partir do qual passou a criar os critérios eletivos para a formação do cânone literário no Brasil, critérios esses nem sempre de ordem estética, mas meramente ideológicos. E aqui entra o Surrealismo, mais especificamente os argumentos que Floriano desenvolve em o Começo da Busca, e a defesa de duas diretrizes: uma reavaliação urgente do lugar que Murilo Mendes e Jorge de Lima ocupam no cenário da literatura brasileira, instigando a crítica a desvinculá-los de vez dos estigmas limitadores da poesia em Cristo, e a recusa desses dois poetas como sendo os únicos representantes do Surrealismo no Brasil, aos quais Floriano soma os nomes de Roberto Piva, Claudio Willer e Sergio Lima, entre outros.

Essas faces se conciliam, no entanto. E ele faz um traçado oblíquo onde procura demonstrar as lacunas do cânone literário brasileiro, articulando-as à história do Surrealismo e a uma série de poetas hispano-americanos desconhecidos por nós. Suas reivindicações são duras, passam longe da fala amaneirada e adiposa com a qual viemos nos acostumando nos últimos tempos no âmbito do debate literário. Assim, ele começa julgando que mesmo a trinca de ases que gozam de prestígio em língua portuguesa – Paz, Neruda e Borges – deveria ser filtrada com maior seletividade e analisada de forma mais consequente. Porque Octavio Paz, que sempre foi crítico da realidade que tinha à sua volta, com o tempo começou a deixar de sê-lo, e, como poeta, acabou se cristalizando bastante cedo. Neruda pôs em cena o seu ego monumental para a criação de suas obras cosmogônicas, mas não conseguiu levar sua empreitada muito adiante, e Borges, segundo Floriano, é um grande fabulista, um homem dono de uma grande capacidade de fazer de si o centro do mundo e de criar mundos possíveis, mas que, como poeta, faz valer as palavras do crítico Gerardo Deniz, sendo muitas vezes previsível e enfadonho.

Nesse diapasão de leitura crítica, para Floriano, não só o nosso desconhecimento da literatura hispânica é aviltante, como o que conhecemos é muitas vezes referendado sem muito rigor e absorvido de forma um tanto epidérmica. E um caso onde essa distorção se dá de maneira mais aguda é no que diz respeito ao cubano Lezama Lima, um dos seus autores prediletos, mas cujo caráter algo enciclopédico de sua obra e sua reivindicação de uma estética autóctone por intermédio da figura do Señor Barroco, presente em um dos seus ensaios, acabaram sendo apropriados pela estética Neobarroca de Severo Sarduy e pelo Neobarroso do argentino Nestor Perlonguer, que fizeram uma leitura distorcida do grande poeta, autor de Dador. E nesse ponto Floriano parece dar as cartas da tradição poética que realmente lhe interessa. Segundo ele, todos esses autores tentaram, cada um à sua maneira, ser Deus. E que cada vez mais lhe parece que a grande tradição poética é consubstanciada por quem se recusa a sê-lo – arremata. É assim que trava o seu pacto luciferino com o anti-cânone das letras hispânicas, ou pelo menos com o lado menos óbvio do mapa dessa cultura, e fala de suas predileções, como o poeta venezuelano José Antonio Ramos Sucre, que se matou por não suportar mais a presença de visões que lhe assombravam a existência e não vivia “em um plano literário, mas sim na mesma dimensão excessiva de um Artaud”. Faz uma menção especial aos poetas do Chile, cuja vertente múltipla encontra em Pablo de Rokha, Rosamel del Valle e Humberto Díaz-Casanueva uma fonte de renovação que não desconsidera o autóctone e se manifesta no diálogo com a Europa. Já no colombiano León de Greiff, encontramos o mais surpreendente caso de polifonia na tradição poética latino-americana, enquanto o guatemalteco Luiz Cardoza y Aragón soube buscar na algazarra da modernidade uma voz que fosse a soma de todas. Floriano ainda repassa o nome do nicaraguense Pablo Antonio Cuadra, que, assim como Lezama Lima e Octavio Paz, foi um dos autores pioneiros nas leituras que têm como objetivo uma definição cultural da América, e que estabeleceu uma nova relação com o mito.

Claro que essa dificuldade de penetração do Surrealismo no Brasil não se deve apenas a um fator ocasional e à formação do cânone. Deita raízes em uma longa tradição positivista, que se espraia em uma série de esferas da vida social e intelectual e bloqueia qualquer iniciativa de subversão de seus postulados. Para Floriano, nossa história é marcada tanto pelo peso de teorias cientificistas, no pior sentido desta palavra, quanto por certa chaga cristã, que, por exemplo, obstou uma efetiva explosão do ser nas obras de Murilo Mendes e Jorge de Lima, tornando-os fraturados e divididos em suas consciências entre a aspiração a uma liberdade total e os limites motivados pelo pecado e pela negação católica, e, portanto, incapazes de levar às últimas consequências a proposta Surrealista como ela de fato o foi em outros países. Já o caráter cientificista das teorias positivas, que encontrou ambiente fértil no Brasil, estimulou uma relação cada vez mais imanente e estrutural com a linguagem poética, a ponto mesmo de desvinculá-la da matéria vital que lhe origina e transformá-la em um arranjo de signos, apartada da realidade. Na ótica de Floriano são mais ou menos esses os ingredientes de um novo falseamento da história, levado a cabo pelo Concretismo. E mais uma vez, em 1956, com o Plano Piloto da Poesia Concreta e tudo o que adveio daí, temos um recorte fabricado da história e um novo regime de exceção. Se o afazer poético se torna uma forma de afasia, e ao invés de construirmos uma linguagem que plasme e transfigure todas as dimensões do mundo e todas as camadas da realidade nós nos isolamos nela como nefelibatas em suas torres de marfim, sob a desculpa de só assim podermos conquistar aquela autonomia da linguagem poética inaugurada pela arte moderna, então rompemos todos os vínculos entre o pensamento e a ação, e todo o projeto de criar uma arte inclusiva e de valor rigorosamente continental vai pelos ares.

O interessante é que Floriano, em um dos seus livros, Fogo nas Cartas, defende a tese de que a poesia, mesmo sendo intransitiva, é filha da alteridade. Sua visão é de que poesia e política se complementam, assim como a reversibilidade do imaginário e do real pode gerar novos horizontes, novos focos de luz que podem incidir e transfigurar a face da realidade que se nos apresenta. Assim, a chamada autonomia não é algo que se esgota na linguagem, tomada em si mesma, composta a partir de regras intrínsecas e em oposição ao mundo, nem algo que deve servir de veículo ou instrumento de transformação desse mesmo mundo, porque senão ela seria política sem ser poética, mas um misto dos dois. E é nesses termos que ele se refere a alguns dos poetas brasileiros como autistas: creem que a autonomia nasce de um idioleto, de uma fala exclusiva criada por eles mesmos ou pela manipulação da linguagem em uma dicção especial e especiosa que por ventura tenham encontrado. Pelo contrário, Floriano diz que a autonomia do poeta só nasce no momento em que ele mergulha em todas as águas, e sente sua voz a tal ponto madura que pode com ela e nela plasmar e encarnar a realidade que o circunda, não apenas descrevendo-a ou manipulando técnicas, mas penetrando verticalmente o mistério do Ser e o seu devir.

Essas considerações ganham uma dimensão muito ampla se pensarmos na história de nossa mentalidade e nas estruturas hegemônicas do pensamento no Brasil. Basta lembrar que boa parte da nossa poesia e da nossa crítica literária atual flertou ou ainda hoje mantém vínculos fortes com a vertente Estruturalista, com a semiologia ou com as escolas mais recentes dos desconstrucionistas, como a de Derrida, por exemplo, que pregam um recorte poético sincrônico e atemporal, onde a poesia pairasse incólume, livre das contingências e cristalizada sob a forma de um puro enunciado discursivo. É claro que de novo isso não tem nada, e já está na antiguidade: o velho filósofo grego Crates, da escola cética, também propôs que a verdade era inacessível, porque tudo era fruto de artimanhas da linguagem. Com a diferença que Crates, de posse dessa mazela existencial, foi viver com os cães, dormir em um barril, ter seu corpo forrado de pústulas e se alimentar exclusivamente de tremoços, revelando no mínimo mais coerência e honestidade intelectual do que os nossos novos céticos, que usam toga universitária e falam francês.

Por outro lado, há uma outra tradição intelectual brasileira que procura dar fundamentos ontológicos à história, e é movida por uma busca romântica frenética de Nacionalidade e da essência nacional que nos constitui, busca essa que, malgrado ser frenética e muitas vezes proceder por meios tão equivocados quanto o mérito intelectual daqueles que a exercem, até que poderia ser de bom talante, caso não desprezasse os meios em benefício dos fins. Em resumo, no meio-fio entre essas duas correntes do pensamento, somos marcados por uma história intelectual cuja chaga, para além de cristã, parece vir coroada pelo dilema infinito e pela disputa maniqueísta entre duas forças que funcionam como a mesma simetria de um céu e um inferno: Forma versus Conteúdo. Haja vista que mesmo as variantes desses termos partem deles, ora invertendo seus postulados ora os embaralhando, sem, contudo, dar um passo sequer além da pobreza dessa descrição de mundo. E penso aqui na Antropofagia de Oswald de Andrade, que pretendeu eleger a forma brasileira de ser, e no Concretismo, que fez da forma um conteúdo, como um caranguejo que se crê revolucionário por ter decidido andar para frente. O fato é que, para qualquer pessoa inteligente, ambas não passam de um purgatório, e o que esperamos é uma redenção, não um aprofundamento de nossa própria esquizofrenia.

O mergulho em todas as águas de que nos fala Floriano Martins é providencial e significativo. Aliado à perspectiva continental de sua visagem literária e ao caráter libertário do Surrealismo, sinaliza que ainda há muita água para correr pelo rio de Heráclito, muitas barragens a serem estouradas e muitas lagoas onde os sapos de ontem, sempre os mesmos, ainda coaxam, a serem arrebentadas pela fúria de seu devir que há de explodir em um futuro próximo, segundo carta de Pierre Naville que Floriano Martins cita. Quem sabe assim a dualidade do bem e do mal seja superada e possamos enfim auscultar a unidade parmenídica do Ser essencial que configura e anima todos os seres, sejam eles movidos pelo fogo, pela água ou por qualquer outro quinto elemento que esteja além da matéria, que desconhecemos e que provavelmente nunca viremos a conhecer.

 

 


 

1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]

1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]

1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]

1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]

1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]

1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]

1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]

1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]

1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]

2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]

2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]

2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]

2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]

2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]

2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]

2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]

2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]

2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]

2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]

2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]

2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]

2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]

2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]

2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]

2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]

2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]

2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]

2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]

2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]

2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]

2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]

2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]

2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]

2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]

2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]

2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]

2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]

2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]

2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]

2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]

2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]

2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]

2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]

2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]

2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]

2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]

2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]

2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]

2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]

2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes

2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]


 


OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA

 

El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.

Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.

Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.

Alberto Nepomuceno. Edições FDR. Fortaleza. 2000.

O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.

Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.

Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra AméricaCaracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.

A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.

Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.

Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.

Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.

Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.

Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.

Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.

Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.

Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.

Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.

Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.

120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.

 

TRADUÇÕES

 

Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.

Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.

Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.

A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.

Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.

A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.

III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.

Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.

Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.

Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.

Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.

Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.

Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.

Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.

O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.

A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.

 

 

 

 

Agulha Revista de Cultura

Criada por Floriano Martins

Dirigida por Elys Regina Zils

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/

1999-2024 

  

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário