Tributo devido a Floriano Martins, TriploV, Portugal, 2021
Floriano
Martins tem sido nestes últimos vinte anos um companheiro admirável, quer nas
Letras quer sobretudo nesta diária labuta nos caminhos da Internet, em que
somos pioneiros, autodidatas e amadores, por isso eternos aprendizes. Em dada
altura, o companheirismo estreitou-se em parceria Triplov/Agulha
Revista de Cultura, sobretudo quando, na companhia também de
Claudio Willer, fundámos e dirigimos a primeira série da Revista
Triplov de Artes, Religiões e Ciências que, para fins
referenciais, designei como Série Floriana. Foi um primeiro manifesto de reconhecimento
por quanto o devo ao Floriano. Permutámos colaboração, permutámos números de
revista, publicámo-nos numa e noutra e exteriormente à Internet, em livro,
encontrámo-nos pessoalmente em acontecimentos culturais no Brasil, em Espanha e
em Portugal.
Como
editor de autores de língua portuguesa, nascidos em Portugal, no Brasil ou
nas antigas colónias, Floriano Martins tem sido de uma generosidade
inigualável. Entre prováveis centenas, recordo, por mais próximos, José
Ernesto de Sousa, António Barahona da Fonseca, João Rasteiro, Maria Azenha,
Nicolau Saião, Pedro Proença, Dalila Teles Veras, Luís Carlos Patraquim, José
Luiz Tavares, Fernando Alves dos Santos, Luiza Neto Jorge, Joana Ruas e que
outros perdoem as falhas de memória.
Os
autores portugueses e dos PALOPS viam-se publicados na antiga coleção
Ponte Velha, da também antiga Editora Escrituras, então propriedade de Raimundo
Gadelha (entretanto o selo tem hoje outro proprietário). A edição era apoiada
pelo Ministério da Cultura de Portugal e pela Direcção-Geral do Livro e das
Bibliotecas (DGLB). Tive ocasião de visitar Raimundo Gadelha na editora,
em São Paulo, uma vez ou duas. Infelizmente, faltou a outra parte do que se
pretendia fosse uma parceria: a edição de autores brasileiros numa coleção
paralela, em Portugal. A braços já com dificuldades, descapitalizadas, as
editoras portuguesas não se abalançaram ao projeto.
Também
eu fui incluída por Floriano Martins na coleção Ponte Velha, com dois
livros, Tríptico a Solo, de poesia e teatro, e A obra ao
rubro de Herberto Helder, cujo principal corpus foram
as crónicas do poeta na revista Notícia, de Luanda, hoje reunidas em
livro sob o título Em minúsculas (póstumo) Quanto ao meu
livro A obra ao rubro de Herberto Helder, está
esgotado, soube agora, ao recolher a imagem de capa no sítio da editora.
Mais recentemente, em 2020, na parceria de editoras Cintra e Agulha Revista de Cultura, vi publicado
em segunda edição (a primeira, de 2019, é da Urutau), e em versão trilingue, o
livro de poemas Clítoris Clítoris, com tradução para
espanhol de Berta Lucía Estrada, a partir de uma versão minha em francês.
Floriano integrou o livro na coleção O Amor pelas Palavras, outro projeto
editorial de grande fôlego, a contar já com uma centena de obras publicadas,
desta vez com venda exclusiva numa empresa própria do século XXI, a muito
famosa e capitalizada AMAZON.
A
literatura contemporânea de língua portuguesa deve muito a Floriano Martins, e
não só a mais obviamente surrealista. O mesmo aliás se avance a respeito de
autores de língua espanhola, muito em especial na cobertura tão extensa que
Floriano tem empreendido na literatura dos países da América Latina, facto que
fica bem proeminente neste tributo que lhe prestamos: Floriano Martins
tem sido incansável no esforço de traduzir, publicar e divulgar a literatura da
América Latina, continente novo onde, por isso mesmo, correm diversas obras de
sua autoria.
Vai
ficando patente, nestas poucas linhas, a aparente contradição de que Floriano
Martins é artista vinte e quatro horas por dia. Tal se deve não só a ser
ficcionista, dramaturgo, artista plástico, e outras vertentes da arte,
mas por neste cômputo de artista caber também, em minha empatia surrealista, o
trabalho de editor, jornalista, curador de exposições e eventos, e certamente,
deito-me agora a adivinhar, a sua vida familiar. Existência sem distinções
entre vida e obra, afirma ele, de resto, nesta série de perguntas e respostas
feitas por email. Exatamente como preconizava a Bauhaus, ao não distinguir
entre Artes e Ofícios. Necessária no entanto é a liga, como em qualquer prato à
altura de um bom chef, e essa liga, que vai da madrugada ao sono, é
naturalmente a Poesia.
Cabe
agora um parágrafo sobre o quanto Floriano Martins tem feito pelo Surrealismo,
do qual diz ser crítico. O volume de obras editadas, além do já patente
na Agulha Revista de Cultura, e também no Triplov, onde figura, além da quotidiana edição, um vasto caderno
publicado em parceria, é imenso, quer como autor quer como editor e diretor de
coleções. Tão impressionante volume de obras coligidas e editadas nesta
área da cultura artística só a conheço em dois intelectuais: Floriano Martins
no Brasil e António Cândido Franco em Portugal.
Não é
entretanto a quantidade o que mais releva da divulgação, sim a importância do
projeto, que abrange desde os surrealistas mais celebrados até aos que vão
sendo dados a conhecer, em torrente que bem demonstra ser o Surrealismo uma
anti-escola, uma anti-academia, enfim, uma anti-ordem de que irrompe a
liberdade do fluxo, numa torrente inesgotável de obras e autores que atravessa
fronteiras do tempo, enfim, aquilo por que afinal é universalmente
conhecido: movimento. Movimento Surrealista, cuja
não-catalogação, na América Latina e mesmo na Europa, é entendida diferentemente
daqueles que o dão por extinto, datado. A multidão de autores editados em
livro e nas várias revistas virtuais familiares do Movimento, autores vivos nos
vários continentes, novos e velhos, que dentro dele se exprimem, afirmam que
não, que o Surrealismo não é um livro a que tenha sido aposto um FIM. Ele
continua a fluir e a alimentar culturalmente o nosso tempo, e daqui a umas
décadas poderá avaliar-se ainda a sua futura vitalidade.
Se
alguém merece um tributo bem português, é Floriano Martins.
MEG | Floriano, tu
desdobras-te em várias modalidades de arte, para além de seres tradutor e, até
onde conheço, o mais incansável investigador do surrealismo, sobretudo na
América Latina: como é que te moves entre as tuas várias facetas? Quantos
ensaios sobre o surrealismo tens publicados?
FM | Há dois livros
dedicados ao tema: Um novo continente – Poesia e Surrealismo na
América (2016) e 120 noites de Eros –
Mulheres surrealistas (2020). Também organizei antologias de
poemas, publicadas na Venezuela, Costa Rica e Brasil. Um terceiro e último
livro está em fase de preparação, intitulado Viagens do Surrealismo.
Além disto há alguns ensaios, sobre o movimento e sobre poetas e artistas
especificamente. Para a Sol Negro Edições traduzi livros de Aldo Pellegrini, Enrique
Molina e César Moro. Quando penso em um cenário como este que chamas de várias modalidades
de arte eu não vejo senão um mesmo e sempre aberto campo de
conhecimento de meu próprio eu. Aceito plenamente a multiplicidade de meu ser.
MEG | Tu és um importante
editor, acolhes livros oriundos um pouco de todo o mundo ibero-americano, ou
mais do que esse, e de todos os géneros. Só por essa tua faceta, de que já
beneficiei muito, mereces o respeito da comunidade intelectual. Que bússola te
guia e que benefícios retiras de uma atividade tão pouco voltada para o
enriquecimento material?
FM | Nada do que faço
remete a um ganho financeiro. Isto pode explicar o desinteresse do grande
mercado pela matéria de que me ocupo. Nenhuma justificação, naturalmente.
Contudo, eu procuro ver a questão como uma dádiva minha, a possibilidade que
tenho de realizar esse trabalho. A Internet tornou viáveis algumas ousadias,
dentre elas a circulação de livros e revistas de modo virtual. Estamos a poucos
livros de completar 100 títulos publicados pela coleção “O amor pelas
palavras”, uma parceria ARC Edições/Editora Cintra, livros que são oferecidos a
público tanto virtualmente como pela opção impressa sob demanda. Estamos
lidando com uma dinâmica que nos traz todo tipo de resposta, menos a
financeira. Por que faço isto? Porque posso, porque alguém tem que fazê-lo. O
grande benefício está em abrir portas, em estabelecer laços de comunicação
entre mundos.
MEG | O ser brasileiro hoje
difere de ser brasileiro daqui a 10 anos? Não quero pôr no passado o termo de
comparação… Se não quiseres responder, não respondas, eu sei que tu combates a
situação com o trabalho. Estou cada vez mais preocupada com o que se passa no
Brasil, não consigo desprender a atenção do que vou apanhando diariamente no
YouTube.
FM | O Brasil está se
desfazendo de seu passado, não de um passado imediato, mas desse atavismo que
permite uma nação prosperar humanamente. E de tanto perder suas referências, o
país conspira contra si mesmo, reflete um abismo a cada passo. Uma década é
insuficiente para alcançar uma perspectiva distinta, isto se começássemos hoje
a tecer essa nova era. Não sabemos quando poderemos marcar a contagem para
avaliar a resultante de uma década. Os dilemas que o mundo enfrenta atualmente
são todos uma reverberação perversa do desgaste dos modelos políticos e
econômicos. O que distingue um país de outro é a proteção natural com que cada
sociedade vai se configurando e fortalecendo. O Brasil não tem esse anteparo,
não tem defesas, de modo que tudo entre nós é uma agenda de desastres.
MEG | Nós conhecemo-nos há
uns 20 anos, desde que fundei o Triplov
e vocês, surrealistas brasileiros, se aproximaram. Então criámos a Revista
Triplov, nós os dois e o Claudio Willer. Isso foi excelente para o Triplov, criou uma rede de intercâmbio
entre artistas que se mantém até hoje. Para vocês, ou para a Agulha
Revista de Cultura, foi benéfica a aliança?
FM | Recordo aquele
vultoso dossier que preparamos sobre Surrealismo e que permanece à disposição
de leitores. A criação da Revista Triplov foi uma
experiência riquíssima à qual eu não pude dar sequência por conta dos excessos
de minha mesa de trabalho. De todos os parceiros no exterior que articulamos
foste a pioneira e isto por si só já tem sua relevância inquestionável.
Produzimos muitas coisas juntas e este nosso diálogo está longe de ser a última
etapa de uma cumplicidade valiosa.
MEG | Floriano, vejo-te
como trabalhador incansável. Artista a tempo inteiro também, mas isso é menos
percetível para mim do que o encontrar-te permanentemente disponível.
Invariavelmente, mando-te um email e tu respondes imediatamente. Como é o teu
quotidiano?
FM | Algo me diz que
descobri a fórmula mágica de fazer com que o dia passe a ter 48 horas. A sério,
tudo é uma questão de equalizar as relações entre tempo e espaço. Tenho uma
agenda diária que me permite cuidar intensamente de todos os projetos em curso,
sem atropelar as tarefas domésticas e a brincadeira com os netos. Mas evidente
que não há receita para isto, dado que é tudo muito natural. Não é um projeto
de vida, e sim a própria vida.
MEG | Andas sempre ocupado
com novos projetos, alguns dos quais chegam até mim, caso da coleção O amor pelas
palavras, em que tens estado a editar autores de nações várias,
incluindo portugueses. Mas nada sei do teu mais recente projeto, apenas noto
que o estás a acarinhar muito. Fala-me dele.
FM | Bom, há vários novos
projetos em curso. Em termos de livros, trabalho na preparação de Viagens
do Surrealismo, já aqui mencionado, e de um livro que reúne e
comenta a minha correspondência com vários poetas ibero-americanos; além da
sequência de volumes com o conteúdo seletivo da Agulha
Revista de Cultura. Na área virtual, este ano criamos um Atlas Lírico da América
Hispânica, em parceria com a revista Acrobata;
e dois outros projetos, Conexão Hispânica e Escritura
conquistada – Poesia hispano-americana. São três vultosos bancos de
dados sobre a tradição lírica em 19 países. O Atlas é uma mostra,
traduzida ao português, de poemas de um trio de poetas a cada trimestre, ou
seja, 57 novos autores são apresentados a cada três meses; a Conexão reúne 190
ensaios de autores diversos sobre poetas, e será também ampliada
trimestralmente; já a Escritura, ela reproduz e amplia um volume
homônimo que publiquei em 2018, reunião de mais de uma centena de entrevistas,
enquetes, ensaios, prefácios, neste caso tudo assinado por mim.
MEG | O Rolando
Revagliatti, escritor argentino que decerto conheces bem, pergunta sempre, nas suas
entrevistas a escritores, se o seu interlocutor se recorda dos seus primeiros
versos, do seu primeiro conto. E tu? Lembras-te dos teus primeiros passos? E
onde: no Ceará, em Fortaleza?
FM | Os meus primeiros
passos talvez tenham sido ensaiados na barriga de minha mãe. Demorei a pensar
em mim como poeta. Primeiramente escrevi uns contos eróticos, ali pelos 14
anos, transpirado pela leitura dos 120 dias de Sodoma, do velho Marquês. Não
recordo se os publiquei. Creio que não. Aos poucos comecei a escrever poemas.
Como convivia com músicos eu queria mesmo era aprender a escrever letras de
canção, o que só consegui décadas depois. Pelas leituras de infância, o teatro
me seduzia mais do que a poesia. De modo que essa multiplicidade do ser
começava a aflorar: fui aprendiz de percussionista, entrevistador, editor,
agitador e poeta, tudo antes dos 18 anos. Sim, em Fortaleza. Em seguida foi
morar no interior da Bahia e ali começo a me concentrar mais na escritura de
poemas. Aos 20 estou de volta a Fortaleza, me caso com a Socorro – com quem
vivos até hoje –, e surgem os primeiros livros (antes havia publicado apenas
uma plaquete). Quando nasce a primeira filha vamos morar em São Paulo, que é
quando têm início as atividades de tradutor e entrevistador. Mas olhando agora
essa extensa colcha do tempo, me parece que os primeiros passos estamos a dar a
cada momento.
MEG | Em Fortaleza, vives
junto ao mar. O que conheço da tua obra, sobretudo fotografia, leva-me a
imaginar-te naquelas belas praias de geologia ainda em formação, com as rochas
friáveis compostas de areias de todas as cores… Estou certa ao pensar que deves
mais ao mar do que a André Breton? Que influência tem exercido essa natureza na
tua poesia e na tua arte plástica?
FM | Não creio que eu deva
muito ao Breton. Mesmo se falarmos apenas de influência da poesia ou do
Surrealismo. Devemos todos ao modo como encaramos os obstáculos e as
oportunidades. O meu mar se chama alegria de viver. Mas evidente que este
imenso céu azul de Fortaleza – que tanto me lembra outro céu valioso de minha
vida, o de Sidney, na Austrália onde mora minha filha – é um diapasão precioso
para essa volúpia existencial que melhor me caracteriza.
MEG | Também és dramaturgo
e tradutor de peças de teatro. Ultimamente traduziste algumas peças de Arrabal.
No Triplov há marcas desse teu lado
criador. A mais recente é uma micro-peça que escreveste com Zuca Sardan. Eu
diria que o dialogismo é um dos teus traços mais marcantes, quer como escritor
quer como colega: tu prezas muito a coautoria. E eu também, devo dizer. Prezo
muito a tua parceria. O que te atrai nestas alianças? A cumplicidade? O teres
uma orelha à escuta?
FM | A orelha, eis a
questão (risos). Talvez seja o sentido que mais falta ao mundo, a audição e a
fortuna de seus elementos, o altruísmo, a alteridade. Neste exercício
dramatúrgico de criação conjunta, há dois nomes que são decisivos para mim:
Zuca Sardan e Berta Lucía Estrada. Com o Zuca já escrevi várias peças, todas
elas publicadas em nossa coleção “O amor pelas palavras”. Berta Lucía é uma
imensa poeta, dramaturga e ensaísta colombiana, com ela já escrevi duas peças e
uma novela. Agora mesmo nos preparamos para concluir a trilogia de teatro.
Antes do teatro eu já havia criado poemas a quatro mãos, o que rendeu dois
livros, com a brasileira Viviane de Santana Paulo e o mexicano Manuel Iris. No
volume em que reúno a minha poesia completa, Antes que a árvore se feche, há
outras parcerias, com a dominicana Farah Hallal e a brasileira Leila Ferraz.
Certa vez escrevemos juntos, o crítico Jacob Klintowitz e eu, um ensaio sobre o
artista Antonio Bandeira. Dividir com alguém um momento tão íntimo como o da
criação (seja de um filho ou de um poema) é uma dádiva inconfundível.
MEG | Uma última pergunta,
bem surrealista: o que entende tão incansável estudioso e divulgador do
surrealismo como tu, sobre o surrealismo? O que distingue o surrealismo do
movimento pânico, do dadaísmo ou do romantismo?
FM | Eu sou um crítico do
Surrealismo. A inclinação por uma ortodoxia acabou levando muitos surrealistas
a acreditarem que as opiniões em contrário são adulterações de seus princípios.
Pânico e Geração Beat, por exemplo, são desdobramentos do Surrealismo, um modo
dele avançar e não ficar engessado no tempo, como preferem muitos surrealistas
ortodoxos. Dadá, com seu afã pela destruição, impôs naturalmente ao Surrealismo
a tarefa de criar um mundo novo. O Romantismo nos trouxe valiosas lições de
humanismo, porém teriam que ser sempre adaptadas a atuar de acordo com o
espírito de cada época. Nem sempre são os mesmos os grilhões que temos que
romper. Agora, todos esses movimentos que mencionas estão baseados na supressão
das diferenças entre vida e obra. Contudo, por vezes temo que os excessos de
Breton na condução do Surrealismo tenham passado a impressão de que a vida é
mais importante do que a obra. De qualquer forma, ao menos no Brasil, é
fundamental apresentar o Surrealismo, porque seu universo de atuação é muito mais
amplo do que se imagina e se espalha praticamente pelo mundo inteiro. É o que
tenho feito.
1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]
1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]
1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]
1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]
1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]
1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]
1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]
1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]
1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]
2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]
2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]
2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]
2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]
2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]
2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]
2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]
2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]
2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]
2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]
2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]
2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]
2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]
2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]
2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]
2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]
2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]
2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]
2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]
2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]
2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]
2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]
2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]
2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]
2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]
2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]
2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]
2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]
2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]
2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]
2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]
2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]
2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]
2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes
2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]
OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA
El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.
Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.
Alberto Nepomuceno. Edições FDR. Fortaleza. 2000.
O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.
A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.
Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica. 2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.
Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.
Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.
Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.
Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.
Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.
120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.
TRADUÇÕES
Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.
A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.
Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.
III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.
Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.
Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.
Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.
Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.
Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.
Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.
Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.
O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.
A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.
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Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/
1999-2024
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