Originalmente
publicada no Jornal Rascunho
# 54.
Curitiba, outubro de 2004
AAF | O que representa este Estudos de pele na sua obra?
FM | Gosto
do que diz sobre este meu livro o artista plástico Valdir Rocha, atento ao fato
de que o mesmo “contém versos que carregam poesia, versos típicos de prosa e
até despidos da poesia corrente, prosa que leva poesia, prosa que é prosa
mesmo, e por aí vai. Diz-se a certa altura, com razão, que Não estou bem certo se o domínio de uma linguagem afiança uma poética.
Reúne poemas e alguns não-poemas; jamais antipoemas. Ilude sempre.
Sinceramente, é muito difícil indicar-lhe o gênero. E isso está longe de ser defeito
porque é virtude. Diria – só para não omitir uma classificação – que está
embebido de poesia. Cabe a quem recebe as confissões do texto aprender a lidar com o imprevisto”. Isto
é o que se poderia dizer de minha poesia como um todo, Álvaro, desde que
acentuando que à medida que avanço na escritura de novos livros se vai cavando
mais abismo sob os pés, tanto do autor quanto do leitor. O que temos então em Estudos
de pele – e logo o teremos também em Duas mentiras, livro que será
publicado em seguida – é uma intensificação dessa aprendizagem com o
imprevisto. Gosto dessa provocação constante do imaginário, de provocar a mim
mesmo para que não incorra nunca na cristalização de um discurso.
AAF | No início do livro, você escreve que “toda a criação está
feita de equívocos, exageros, precárias aproximações da realidade, falsas
suspeitas”. Peço que se estenda nesse assunto.
FM | Quando
publiquei Cenizas del sol (Andrómeda, 2001, Costa Rica), Alfredo
Fressia, em resenha na imprensa uruguaia, considerou que “o discurso, como
costuma ocorrer na poesia de Martins, parte de um não-saber, a ignorância que
precede e provoca as reiteradas perguntas, como em um infinito diálogo
interior, para encerrar-se com respostas intuídas por um observador”.
Pode-se dizer que também em Estudos de pele a mesma trama estética está
presente, embora com mais complexidade, pois tanto se desdobram e rearticulam
as vozes convocadas como se multiplica a natureza do discurso, recorrendo a
passagens bíblicas, crônicas policiais, fragmentos autobiográficos, evocações
míticas e relatos de possessão. A linguagem poética ganha em astúcia quando
acentua o que não anda bem nela mesma.
AAF | O que me parece imensa beleza é ler seu livro como se fosse
um romance com começo, meio e fim. Ao mesmo tempo, quero destacar imagens
poéticas marcantes, escritas por quem conhece seu ofício de escrever. Você
afirma que não houve nenhuma caridade na escritura de seu novo livro. O que
significa isso?
FM | A
primeira observação diz respeito à estrutura do livro, que se não é
propriamente romanesca tampouco se trata de uma simples coletânea de poemas
soltos. Todo o livro se encontra montado partindo da ideia de uma
polifonia. E aqui cabe recorrer uma vez mais ao que mencionas na pergunta
anterior, sobre os exageros e fantasias que neste caso, à diferença de um livro
como Dom Quixote, não se concentram na voz única de um narrador, mas sim
num caudal de tramas secundárias que acabam conformando aquele “rio onírico”,
digamos, evocando a aguda leitura que Milan Kundera faz da poética de Kafka,
remetendo-nos a um “longo fôlego da imaginação” que tão bem se descortina na
obra do autor de Castelo. Já em relação à caridade aludida, situemos o
contexto em que ela se dá, sempre considerando esse jorro incessante de vozes
que ambienta os cenários constitutivos do livro. Isto nos leva à ideia de
visitação que menciono no início, lembrando que todas as vozes femininas estão
por conta própria, que me procuraram para que eu lhes desse passo a seus
depoimentos viscerais. São elas que fazem do autor seus inesgotáveis estudos.
As mulheres de Estudos de pele são um retrato de nossa perda de
sensibilidade. É do que nos acusam em todo momento. Tanto recorro a personagens
bíblicos, pela notória violência sofrida pela mulher nas tábuas fundamentais do
catolicismo, quanto à atualização desses padrões de sofrimento induzido. Estão
presentes tanto as discordâncias cotidianas, na maneira de compartilhar a vida,
quanto suas perspectivas míticas, as estranhezas manifestas, por vezes
místicas. Estas mulheres não têm medo de dizer do que padecem: do abandono
completo por parte de uma irracionalidade que assume o comando como sendo a
supremacia humana.
AAF | Repito a você a pergunta que faço a todos os poetas que
entrevisto: afinal, a poesia serve para quê?
FM | A
rigor, já sabemos a resposta, conhecimento que também não serve para nada, pois
a perversão se encontra na pergunta, que pode muito bem ser contestada com
outra indagação: por que deveria servir a poesia para alguma coisa? Por aí não
chegamos nunca a parte alguma. Já chega de tanta tolice que serve apenas
para a pirotecnia de quem exibe malabares como sendo sua razão de ser. A serventia
está ligada à ideia de manipulação. O que perdemos, poetas? Perdemos o prazer
pela existência, o mergulho intenso no inapropriado, no inesperado, a
cumplicidade com o imprevisto, até com o indesejável, e saber tratar disso como
quem se dispõe a receber novos ensinamentos, abrir-se ao mundo, sim, Álvaro,
abrir-se ao mundo, fugir da manipulação desonesta que separa arte e vida, por
exemplo, porque não há mesmo vida sem forma, existência desgovernada em um
plano estético. Então, a questão não é para que serve a poesia, mas sim para
que servimos nós, seres humanos. E para que servimos nós?
AAF | Os poetas de sua região [o Nordeste] sofrem de preconceitos
especialmente pela região sul do país tropical de tantas alegrias e misérias?
Quais são as dificuldades dos poetas dessa região brasileira?
FM | Não
vamos acentuar caipirismos e regionalismos. As dificuldades do país não afetam
aos poetas mais do que a qualquer outro cidadão. Evidentemente que as
oportunidades de trabalho confluem para o que se chama de eixo Rio-São Paulo,
especialmente, no caso dos escritores, no âmbito editorial. Não é diferente em
outros países, diferenciados por aspectos como dimensão territorial e condições
econômicas e culturais. Trata-se basicamente de uma aposta reincidente, viciada
e desgastada de manutenção de um grande centro produtor, centro de referência,
barreira que requer um esforço maior para ser dissipada, uma atenção no sentido
de não se importar um mesmo modelo, para cada região, digamos, de novo
caipirismo. É difícil, porque a grande imprensa comanda o espetáculo e
distribui a todos, indiscriminadamente, o mesmo santinho, a mesma carta
marcada de seu baralho de futilidades existenciais. Mais difícil ainda porque
todos sonham em virar carta marcada.
AAF | Eu penso que a crítica literária brasileira – honradas
algumas raríssimas exceções – já morreu há muito tempo, ficando no seu lugar um
bando que prima pela desonestidade e pela desinformação cultural. O que você
pensa da crítica literária dos jornais brasileiros, especialmente no trecho
Rio-São Paulo?
FM | Não
te esqueças que as exceções servem apenas para confirmar a regra. Quem se
preocupa com a crítica? Evidente que o leitor é um refém dela, um cliente a
quem o marketing de venda trata com o mesmo desapreço que qualquer outro
consumista. A ausência de reflexão sobre livros e autores em nossa imprensa não
denuncia carência de visão crítica, como se o país estivesse momentaneamente
desprovido de certa falta de argumentação e acuidade. O dilema central é o do
comportamento de nosso intelectual, ou seja, há conivência por toda parte,
todos sonham com o apogeu, a glória, buscam – até com incontrolável exasperação
– um lugar ao sol, confundindo causa e efeito, sempre. Não se trata de
setorizar a questão. Não há uma crítica regional, pois o que se veicula,
a título de crítica – que não passa de um bolsão de resenhas definidas e
apanhadas à pressa, além de mal pagas e com atraso – é assinado por gente de
qualquer credo ou região. Eu sinto a tua preocupação, quase uma zanga, com o
que se passa entre Rio e São Paulo, mas agora mesmo estamos em diálogo aberto
em um jornal no Paraná, o que significa expressivamente que é possível buscar
algo além do que chamei de caipirismo. O exercício da crítica tem a ver com
despojamento, com clara intenção de diálogo, e não com o impositivo. Qual
crítica morreu há muito tempo? Dois grandes estilos de crítica ganharam terreno
no Brasil: o adjudicatório, onde a vítima paga pelos erros de sua eventual
vinculação com o criminoso, seja uma escola literária ou uma mera preferência
declarada em entrevista; e o evocatório, que – mais astuto – dispensa
explicações. Em resumo: aos amigos da corte, tudo; a seus desafetos, nada. Isto
é crítica? Chegou a ser algum dia?
AAF | Por que e para quem escrever poesia? Quem lê poesia no
Brasil?
FM | Isto
me recorda o Fellini. É como se alguém ao final de um filme – e este filme
representasse não apenas a sua vida, mas toda a existência humana – indagasse:
mas afinal, para que serviu este filme? E então se poderia refletir que algo se
passou de errado, de muito errado com o filme, pois ele não deveria suscitar
tal indagação, porque todo o filme havia padecido da pretensão de olhar
o mundo por uma outra lente que não fosse a do sentido histórico. E
então Fellini, numa entrevista a Giovanni Grazzini, nos dá a chave: “Olho para
o cotidiano, enquanto estou vivo. O resto é especulação”.
AAF | Explique o seu trabalho na poesia de vários países
latino-americanos, desenvolvido há tanto tempo, organizando antologias e
eventos, levando a poesia brasileira para fora do país. Por incrível que possa
parecer, ainda existem na literatura pessoas como você.
FM | Não
sou dado a falsas modéstias, mas tampouco me atrai a ideia de ficar a enumerar
feitos. Gostaria que este meu trabalho ao menos provocasse um mal-estar, no
sentido que houvesse uma atenção para a indagação-chave: por que evitamos o
diálogo entre nossas culturas? Por que mesmo escritores, intelectuais,
artistas, jamais promoveram a aproximação dessas culturas? Por que os acordos
recentes entre países latino-americanos desconsideram a cultura desses povos?
Por que reagimos de forma tão apática quando a pauta trata da cultura do país,
em contrapartida à maneira efusiva com que saltam de órbita nossos olhinhos
quando a única peça em questão no tabuleiro é o umbigo? Evidentemente que as
estratégias do mercado artístico, por exemplo – se pensarmos em cinema ou
música – delineiam-se buscando novos clientes, nada mais. Se nos submetemos
todos a essa regra básica, tudo está perfeito. E como em um negócio qualquer, se
a qualidade do produto foi substituída pela eficácia da apresentação do mesmo,
sua retórica, digamos, como esperar da música ou do cinema, que queira voltar a
ser arte? Pelo contrário, toda a arte agora quer ser cinema ou música. É uma
grande enrascada em que nos metemos, e com a plena conivência dos artistas.
AAF | E o seu trabalho de tradutor?
FM | Imaginemos
a cena em que um tradutor tenta obsessivamente evitar o original que está a
traduzir. A todo custo tenta construir ali um objeto outro, o mais longe
possível do original. Este será – segundo pensa – seu grande mérito. A lição –
a não ser repetida por ninguém – é de que a tradução quer fazer com que o
original desapareça por completo. Porém, sua grande perversão consiste no fato
de que, mesmo ausentado, ele esteja sempre presente, com sua nova
máscara, porque afinal a linguagem se transmite de máscara em máscara. Existem
três determinantes estilísticas no trabalho de um tradutor: o estilo comum, o
estilo do tradutor e, finalmente, o estilo do autor. É possível reduzir as transgressões
de um autor a um mero idioma bem escrito, dialogar intensamente com elas ou
destroná-las em nome da hipotética transgressão do tradutor. Teríamos aí os
três estágios em que se movimenta a tradução: sufocação, despojamento,
presunção. Creio que há apenas uma originalidade na tradução: a de
perceber – e jamais será exata essa percepção – o grau de transgressão do que
se está a traduzir. O resto é traquinagem, ou crime de lesa linguagem.
AAF | A poesia brasileira atual, em muitos casos, deprime, tal a
inconsequência de alguns nomes que têm respaldo da festividade do jornalismo
cultural sem compromisso. Isso ocorre também em outros gêneros da literatura,
mas no que diz respeito à poesia essa questão é alarmante. Então, para
concluir, como anda a poesia brasileira hoje?
FM | Desconfio
de que a poesia feita no Brasil sempre levou o que se poderia chamar de uma
vida dupla: de um lado a vertente explícita, encorajada pela crítica acadêmica
e a mídia, ou seja, sua agradável estação formalista, onde Semana de Arte
Moderna e Concretismo, eventos de maior circulação internacional, representam
uma mescla de conservadorismo e alheamento em termos de contato com a
realidade. Observe-se que manifestos de uma tendência e outra se aproximam na
estratégia de não reconhecimento do que está à volta ou atrás. Se o Modernismo
simplesmente apaga as pistas que lhe são mais caras, no caso do Concretismo há
uma presunção em negar tudo o que lhe antecede. Por outro lado, há a gestão
solitária de eclosões que acabam por traçar um mapa mais denso de nossa
cartografia poética. Evidentemente que isto se passa em qualquer parte. Mas por
vezes me impressiona a maneira como um ilusório status quo da poesia
encanta o que há de mais medíocre, catadores de versos que perseguem uma
condição que, a bem da verdade, quem a tem, de fato, se sente incomodado com
ela. Os poetas são uns chatos, que sempre alertam para as tolices cometidas
pela espécie humana. Como alguém pode sentir prazer em ser poeta? É de uma morbidez
impecável. Mas todos querem se sentir poetas. É o lado espetacular da coisa,
onde a sensação tem mais importância do que o poema em si. O personagem ganha a
parada. O poeta em nossos dias não busca senão tornar-se personagem de si
mesmo. Nem precisa escrever versos. É tão simples e ao mesmo tempo todos
parecem felizes com a situação: críticos e editores e poetas se felicitam por
esse acerto de ocasião. Nas outras artes também se passa o mesmo. O que antes
se poderia pensar que era uma fábrica discreta de autores, agora ganha uma
logística mais apurada: trata-se de uma fábrica de leitores. Pensemos no
cinema, por exemplo, naqueles atores que estão sempre a estragar as cenas
porque exibem um patético olhar de quem se sente extasiado com a própria – e suposta,
claro – genialidade: Antonio Banderas e Hally Berry são boas lembranças deste
caso. Para melhor compreensão, misturemos as artes – já não seria sem tempo.
Acabaríamos percebendo que, no geral, uma vez que estamos falando de Brasil, o
poeta tornou-se um grande canastrão.
1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]
1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]
1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]
1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]
1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]
1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]
1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]
1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]
1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]
2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]
2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]
2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]
2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]
2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]
2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]
2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]
2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]
2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]
2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]
2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]
2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]
2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]
2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]
2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]
2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]
2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]
2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]
2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]
2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]
2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]
2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]
2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]
2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]
2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]
2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]
2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]
2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]
2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]
2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]
2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]
2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]
2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]
2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes
2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]
OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA
El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.
Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.
Alberto Nepomuceno. Edições FDR. Fortaleza. 2000.
O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.
A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.
Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica. 2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.
Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.
Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.
Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.
Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.
Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.
120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.
TRADUÇÕES
Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.
A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.
Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.
III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.
Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.
Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.
Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.
Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.
Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.
Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.
Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.
O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.
A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.
∞
Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
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