domingo, 21 de janeiro de 2024

2006 | A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO | Entrevista concedida a Belkys Arredondo

Originalmente publicada na revista Imagen #5 – año 39. Caracas, Venezuela, maio-junho de 2006

 

Dentro de la era de la globalización, los poetas se leen en Internet. Están los muertos y los vivos, los conocidos y los que se descubren, los trascendidos y los que podrían trascender. Una buena cantidad de revistas entregan sus preferencias. Entre las de habla ibérica, destacan la Agulha Revista de Cultura junto con el Proyecto Banda Hispánica que dirigen los poetas Claudio Willer y el entrevistado Floriano Martins. Descrito como iconoclasta, prestidigitador, de espíritu libertario, es decir, surrealista. Múltiple en sus haceres literarios y entregado de cuerpo entero, nos expresa sus pareceres sobre diferentes tópicos del mundo de las letras. [BA]

 

BA | De todas tus actividades relacionadas al mundo literario quisiera en este dialogar que tratemos tu asimilación a la filosofía de vida del Surrealismo, la particular, y el oficio del traductor para relacionarlo con la publicación en diciembre de la Fundación Biblioteca Ayacucho de tu traducción del trabajo del valioso poeta Carlos Drummond de Andrade.

 

FM | Não vejo a menor relação possível entre as três referências, ou seja, de maneira alguma minha aproximação do Surrealismo se vincula diretamente com meu trabalho de tradutor e menos ainda as duas coisas têm em comum com a obra de Drummond. O trabalho de tradução se inicia nos anos 80, buscando apresentar aos leitores brasileiros poetas de várias latitudes. Traduzi livremente para periódicos literários poemas de autores como Pasolini, Blake, Huidobro, Borges, Lezama Lima, Pablo Antonio Cuadra, dentre inúmeros outros. Curiosamente nestes primeiros momentos não havia nenhum poeta surrealista. E jamais cheguei a traduzir nenhum poeta surrealista francês. A rigor o Surrealismo entrou primeiramente em minha vida pelo mundo plástico. Drummond, por sua vez, foi poeta fundamental em minha adolescência. Um largo volume intitulado Reunião (1969), que recolhia seus primeiros 10 livros, foi uma das aventuras mais presentes e valiosas neste momento inicial de minha descoberta da poesia. Posteriormente, quando inicia a fase memorialista, a série intitulada Boitempo, afasto-me de sua poesia. É bem possível que o fato da FBA haver me procurado para organizar justamente a obra poética de Drummond possa ser visto como um caso típico de acaso objetivo [risos]. De qualquer maneira, acho que a seriedade com que tenho pautado minha vida sugere essas valiosas aproximações e desdobramentos.

 

BA | ¿Podrías contarnos cuándo te interesaste en el surrealismo, cómo fue, cómo se dio la lectura del Conde de Lautréamont y la de los manifiestos, qué edad tenías, qué pasó?

 

FM | Ainda na infância eu li autores como Dostoievski e Sade, que me marcaram acentuadamente. Lautréamont eu fui ler já na plena adolescência, juntamente com Blake e Rimbaud. São fontes distintas de impactos, que se somavam a uma experiência de vida itinerante, afeita a viagens, nesta época eu já havia largado a escola e percorria diversas partes do Brasil à moda hippie, mais interessado em viver o surrealismo do que a estudá-lo. Li os manifestos posteriormente, o mesmo se dando com a poesia de Breton, Char, Éluard, dentre outros.

 

BA | ¿Cuál poema surrealista viene a tu memoria y cuáles anécdotas recuerdas significativas?

 

FM | Não tenho a memória de poemas. Tenho sempre que andar com os meus impressos, se os quero ler em público. Minha memória se inclina por outros rumos, por assim dizer, o que lamento, uma vez que a atividade teatral muito me fascina e foi mesmo uma das minhas grandes fontes de leitura nos primeiros momentos. Mas recordo aqui um momento em torno do poema Union libre, de André Breton, lido em off, por mim, André Coyné e Ricardo Martinez, em versos saltados em português, francês e espanhol, respectivamente, enquanto em cena aberta dançava a atriz Norma Suzal. Isto se deu em 1996, em um espaço expositivo da Universidade de São Paulo, em evento que comemorava o centenário de nascimento do próprio Breton.

 

BA | ¿Cómo vinculas esa postura de vida que surgió para oxigenar una sociedad golpeada en la Europa de los 40? ¿Cómo la vinculas o relacionas, o la propones con la latinoamericana y en qué fundamenta en la actualidad su vigencia?

 

FM | A rigor, o que era renovação na Europa dos anos 20, na América assume a característica de uma carta de fundação. E se considerarmos o ambiente diverso, em termos de continente americano, em que se dão as relações com o Surrealismo, seria falso e quando menos ingênuo evocar uma condição tardia de sua presença em alguns países. Acerca da atualidade do Surrealismo, certa vez respondi a uma pergunta similar considerando esse princípio irredutível de liberdade que orienta o Surrealismo, não sem destacar ser “também possível que se veja aí algum artifício de certo facilismo da criação poética; daí a leitura equívoca de que tudo o que não faz sentido é surreal, como se costuma ouvir com relativa frequência”. Enfim, a atualidade do Surrealismo está ligada aos mesmos parâmetros de expansão da realidade, de afirmação da essencialidade da imaginação e de uma indispensável liberdade para criação, sem que estabeleçam aí barreiras ou abismos que separem arte e vida, sonho e realidade, razão e loucura. Não há como pensar que tais perspectivas não influam diretamente nas relações entre ética e estética. O colombiano Carlos Martín disse em um importante estudo sobre o Surrealismo que “a única via que conduz a um novo humanismo, capaz de restituir ao homem sua dignidade perdida, é a que mescla e identifica em si mesma poesia e vida”. Daí que o argentino Enrique Molina se referia ao Surrealismo como um “humanismo poético”. Trato agora apenas de reafirmar o que disse antes.

 

BA | ¿Cómo definirías el oficio del traductor?

 

FM | Em boa hora faço menção a este belo livro preparado por Chefi Borzacchini sobre Alfredo Silva Estrada (Eclepsidra, 2005), em que o poeta e tradutor chama a atenção para o que considera o perigo máximo da tradução, ou seja, que a mesma “não seja fiel à voz do poeta”. Cabe ao tradutor, portanto, tratar de evitar a sedução de sobrepor ao subjetivismo da obra o seu próprio. Desnecessário mencionar as exigências técnicas, pois de outra maneira este trabalho não se realizaria. Objetivar ao máximo a função prática desta atividade, sem incorrer em autolatria de espécie alguma. No Brasil, por exemplo, alguns notórios tradutores não resistem à presunção de querer melhorar o original.

 

BA | Habiendo realizado la traducción al portugués de poetas españoles como Federico García Lorca, cuentos de Guillermo Cabrera Infante, ensayos sobre el estudio de dos poetas cubanos y otros, ¿qué ha significado llevar al español el trabajo poético de uno de los poetas más significativos e importantes de Latinoamérica, Carlos Drummond de Andrade?

 

FM | São duas perspectivas distintas, porque não estou traduzindo Drummond para o espanhol, como o fiz, no ano passado, com a portuguesa Ana Marques Gastão (Nudos, Ed. Gótica, 2004). De qualquer maneira, sinto-me honrado de estar podendo contribuir para a circulação, nos dois idiomas, das obras de autores fundamentais. Cabrera Infante está muito bem traduzido no Brasil, graças a Stela Leonardos e João Silvério Trevisan. O mesmo não se passa com García Lorca, havendo uma imensa oscilação de qualidade nas traduções oferecidas a público. No caso do Drummond se passa algo interessante: ao escrever o estudo introdutório desta edição de Ayacucho tomei por base o papel central que desempenha em sua poesia o poema “La máquina del mundo” e, após observar que nenhuma das edições da obra poética de Drummond, em país algum, havia utilizado este poema para título geral da publicação, feliz com a descoberta, defini: eis o título perfeito para a edição venezuelana. Didier Lamaison havia publicado, em 1990, a poesia de Drummond pela Gallimard, sob o título simples de Poésie. 25 anos depois Gallimard surge com uma 2ª edição deste livro, e curiosamente muda seu título para A máquina do mundo. Trata-se de uma afinação mágica onde importa apenas que a obra de Drummond seja reforçada em dois valiosos âmbitos editoriais.

 

BA | En la poesía de Drummond de Andrade ¿cuáles rasgos consideras de su poesía lo enlazan con este presente tan complejo y le dan su permanencia, su universalidad?

 

FM | Tenho bem presente uma observação de Paulo Rónai com que trato de concluir o estudo introdutório de La máquina del mundo, no sentido de que Drummond “carregava consigo uma sentença de origem desconhecida, que o condenava ao mesmo tempo à estranheza e a viver entre os homens”. Este tenso equilíbrio alcançado é o que lhe deu a fabulosa dimensão humana de sua poética.

 

BA | ¿Qué poetas consideras necesario traducir para llevar a los lectores hispanos?

 

FM | Há que planejar editorialmente autores que já estão publicados em alguns países e quais perspectivas geracionais podem ser abrangidas, por exemplo, se tratamos de uma antologia mais ampla. Eu já organizei pequenas mostras de poesia brasileira para revistas mexicanas, chamando a atenção para alguns de nossos principais nomes dentre aqueles nascidos dos anos 40 para cá. Algo idêntico deve estar saindo na revista Poesía, da Universidad de Carabobo. Agora mesmo estou preparando para editoras no Chile e na Espanha antologia de brasileiros nascidos a partir de 1950. Fazer circular bastante essas antologias me parece uma boa estratégia para se despertar interesse editorial em antologias pessoais e mesmo, em alguns casos, na publicação de obras completas.

 

BA | ¿Cómo organiza su vida cotidiana un poeta hiperquinético como tú, que busca siempre estar conectado con el mundo y con lo que él acontece?

 

FM | Esta é minha vida cotidiana. É o que faço. Como um mergulhador ou um arqueólogo, é isto o que faço, toda a vida, a vida inteira. Não há mistério algum. Organizo minha vida no estabelecimento de horas dedicadas à pesquisa, ao diálogo, às viagens. É o que sou. Apenas isto.

 

BA | ¿Existe una literatura feminina? ¿Qué poetas femeninas te gustaría traducir para llevar a los lectores hispanos cuyo trabajo se desconoce?

 

FM | Eu não penso jamais na poesia em termos de gênero, mas é evidente que temos algumas vozes femininas cuja difusão internacional se impõe. Penso em nomes como Dora Ferreira da Silva, Hilda Hilst e Astrid Cabral, dentre outras.

 

BA | ¿Por qué en los diccionarios de hacedores de poesía abundan los nombres masculinos, habiendo mujeres con un valioso trabajo realizado y que se desconoce? En el caso de Brasil podríamos nombrar a la poeta Hilda Hilst que murió recientemente el año pasado.

 

FM | Não dá para generalizar, porque há tanto um fator bastante comum, a presença do machismo, postura arbitrária do homem em relação à mulher, quanto a ausência, em determinadas tradições líricas, de uma presença mais constante e substanciosa de vozes femininas. No Uruguai, por exemplo, onde há uma riquíssima tradição neste sentido, é impossível não constar o nome de mulheres poetas em quaisquer listas.

 

BA | ¿Son necesariamente negativas las dificultades que obstruyen la labor del escritor? ¿Es preferible que el acto de escribir tenga la serenidad de un río cristalino? ¿Haz tenido y cómo has resuelto el bloqueo ante la página en blanco?

 

FM | Jamais experimentei nenhum tipo de bloqueio diante da criação. Em geral, penso em meus livros como um corpo único e raramente me ponho a escrever poemas esparsos. De qualquer maneira, não acho que a serenidade de um rio cristalino possa ser entendida sempre como uma condição positiva. Tal serenidade pode trazer em si demasiado conforto. E há um mínimo de combate na criação, o que por muitas vezes torna bem vindas essas eventuais dificuldades traçadas pelo cotidiano do poeta.

 

BA | ¿Qué consideras qué es un poema vivo y cuál uno muerto?

 

FM | Do modo mais simples, diria que todo poema deve fundar um diálogo com seu leitor. Talvez não esteja demais dizer que o leitor é uma invenção do poema. Resta saber qual a capacidade de proliferação dos poemas mortos.

 

BA | ¿Quién es el peor enemigo de un poema?

 

FM | Se acaso houver algum, decerto que será o próprio poeta, ao incorrer em excessos de ansiedade, atropelos estilísticos, insuficiência existencial, ou seja, todos os males tradicionais de fundo e forma.

 

BA | ¿Cuáles poetas venezolanos han llamado tu atención y cuáles llevarías al portugués para entregarlos a la audiencia brasileña?

 

FM | O Brasil desconhece por completo a poesia venezuelana. Duas breves antologias de Gerbasi e Montejo publicadas há mais de 10 anos não tiveram circulação devida e em nada alteraram este lastimável quadro. Sempre lastimo que isto aconteça justamente com a Venezuela, e por duas razões: por sua valiosa tradição lírica e pelo fato de que através da Fundación Biblioteca Ayacucho há inúmeros brasileiros publicados em teu país. Por editora de grande circulação acaba de sair uma antologia de Juan Calzadilla, que não deixa de ser um início valioso, por se tratar de voz poética tão rica e atual. Eu traria ao Brasil com urgência antologias de Gerbasi, Peláez, Silva Estrada, dentre muitos outros, mas me parece que o mais acertado, editorialmente, é que se publicasse uma ampla antologia de toda uma trajetória desta tradição ao longo do século XX.

 

BA | ¿Cuál es tu opinión en relación a la poesía que se está publicando en Latinoamérica?

 

FM | É um painel demasiado amplo para se abarcar aqui. Nos lugares em que ainda sobrevivem, por exemplo, as apostas malogradas em um neobarroco, o cenário é infértil e enfadonho. Há poetas que vivem à sombra das vanguardas, outros que se movimentam dentro de um espectro bastante antiquado. Uma coisa que me chama bastante a atenção, em nossos países, é esta filiação forçada ao oriente, sobretudo no que diz respeito ao hai-kai. Nossa realidade é outra e há que descobrir a medida certa de sua expressão.

 

BA | ¿Podrías nombrarme tres poetas latinoamericanos del cincuenta para acá que te gusten?

 

FM | Sim, há muitos poetas que vêm construindo uma obra à margem dos vícios geracionais e das induções de turno. Resumi-los a três nomes pode soar como algo precário, mas tenho uma particular consideração pela poesia do brasileiro Contador Borges (1954), do mexicano José Angel Leyva (1958) e do equatoriano Edwin Madrid (1961).

 

BA | Háblanos un poco sobre cómo percibes la función actual de las revistas en Internet y lo que ha llevar adelante junto con el poeta Claudio Willer un proyecto como Agulha Revista de Cultura que ya tiene más de cuatro años de creada con una actividad constante de intercambio literario con escritores de todas partes del mundo.

 

FM | As revistas sempre cumpriram um nobre e audacioso papel de aproximação cultural, hoje facilitado pela eficácia da circulação através da Internet. Há que aproveitar este momento, buscando ampliar os vasos comunicantes, elos, conexões etc. Agulha não se limita a um intercâmbio literário, por se tratar de uma revista de cultura, possivelmente a única que sobrevive hoje em um Brasil desafortunadamente disperso, desagregado. Eu tenho que mencionar que a Agulha soma-se ao projeto da Banda Hispânica, do Jornal de Poesia, e que esta parceria nos torna a maior fonte de referência no que diz respeito à poesia de língua portuguesa e espanhola em todo o mundo. Isto naturalmente nos anima – a mim, a Claudio Willer e Soares Feitosa – a dar continuidade a um projeto que nos últimos 5 anos vem se dedicando a estabelecer elos entre diversas culturas, no âmbito dos dois idiomas.

 

BA | ¿Consideras tu poesía marcada con los signos surrealistas, es decir, el encuentro de imágenes contrarias que al juntarse iluminan el entendimiento y amplían el universo del poema?

 

FM | Os signos surrealistas não se limitam ao plano das aproximações insólitas. Há também a perspectiva onírica, o humor, as fontes do maravilhoso. Na minha poesia, por exemplo, certa exaltação lírica incorpora elementos do humor negro e da tragédia, e o automatismo não deixa de dialogar com a complexa estrutura bem pensada que desenho para os livros. Trata-se de surrealismo, sim, porém sem limitar-se a ortodoxias de espécie alguma. Eu diria que um surrealismo que se mescla com uma ontologia muito particular que inclusive difere de toda a tradição lírica de meu país.

 

BA | Una característica cada vez más pronunciada es de cómo los diferentes géneros, literarios o plásticos, poesía, narrativa, imagen ya sea fija o en movimientos tienden a borrar sus límites mezclándose, el artista los utiliza de acuerdo a lo que desea testimoniar. Tengo entendido que realizas unos collages, háblame de ellos.

 

FM | Lembro que em minha infância havia na casa de meus pais aquelas fotonovelas, que eram adaptações para quadrinhos de clássicos da literatura universal. Eu tinha comigo uma série de comics, outra leitura fundamental para mim, juntamente com uma coleção de peças de teatro. Isto sem falar na música e nas artes plásticas, algo que sempre esteve presente em minha vida, não esquecendo ainda o fato de que assisti à chegada da televisão no Brasil, com os desenhos animados e o cinema mudo, que me provocou grande impacto. Posteriormente descobriria a ópera, que consolidaria essa mescla de gêneros que hoje se verifica indiscriminadamente. O trabalho com as colagens é um desdobramento natural de tudo isto.

 

BA | En una entrevista concedida al mexicano José Ángel Leyva esbozaste que en el acto de escribir imaginabas al poema-libro como algo que se construía tridimensionalmente. ¿Podrías ampliarnos la idea?

 

FM | Eu me referia justamente a esta soma de elementos, onde o livro pudesse saltar de suas páginas para um palco, e a trama viesse ter conosco em um cenário vibrante, intenso, onde o componente lírico andasse de mãos dadas com a plasticidade e a representação figurativa. A rigor, toda a minha poesia caminha para o teatro.

 

BA | ¿Actualmente escribes un nuevo libro?

 

FM | Estou sempre escrevendo, mas confesso que não gosto de adiantar projetos de livro, pois eles costumam ser caprichosos e por vezes tomam um curso distinto daquele que planejamos.

 

BA | ¿En tu participación en la XII Semana Internacional de la poesía que impresiones te llevaste del evento?

 

FM | Defendo que eventos desta natureza devem se multiplicar, consolidando essa irradiação mágica da poesia, que nos leva a inúmeras formas de convívio. Perceber eventuais falhas e lidar com sua correção faz parte da trama, como os demais obstáculos à produção. O trabalho realizado pela Casa de la Poesía Pérez Bonalde possui já um lugar de destaque em nosso continente e deve ser respaldado por todos nós e ampliado em seu vigor valioso.

 

 


 

1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]

1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]

1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]

1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]

1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]

1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]

1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]

1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]

1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]

2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]

2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]

2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]

2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]

2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]

2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]

2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]

2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]

2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]

2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]

2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]

2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]

2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]

2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]

2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]

2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]

2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]

2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]

2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]

2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]

2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]

2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]

2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]

2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]

2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]

2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]

2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]

2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]

2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]

2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]

2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]

2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]

2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]

2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]

2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]

2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]

2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]

2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]

2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]

2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]

2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes

2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]


 


OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA

 

El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.

Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.

Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.

Alberto Nepomuceno. Edições FDR. Fortaleza. 2000.

O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.

Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.

Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra AméricaCaracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.

A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.

Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.

Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.

Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.

Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.

Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.

Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.

Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.

Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.

Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.

Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.

120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.

 

TRADUÇÕES

 

Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.

Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.

Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.

A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.

Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.

A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.

III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.

Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.

Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.

Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.

Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.

Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.

Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.

Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.

O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.

A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.

 

 

 

 

Agulha Revista de Cultura

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