Originalmente publicada em https://abraxasflorianomartins.blogspot.com/2015/04/renata-costa-leite-uma-conversa-com.html
A poesia do
Floriano Martins é o luar quase lascivo de uma ambiguidade. Desfrutar dessa
ambiguidade é um privilégio que, em definitivo, não é para todo mundo. Sua
escrita é como uma trilha de pedras: na medida em que caminha por ela o leitor
se sente seguro, até mesmo deslumbrado com o horizonte que se descortina; porém
o segredo é encontrar as pedras que estão solidamente apoiadas para não cair,
pois ele sempre põe uma ou outra que nos faz escorregar. Ele é perigoso. [RSCL]
RSCL | Eu queria saber como começou
esta sua conexão com a escrita e com a arte. Não de influências, leituras e
tal, mas em que momento você escreveu o seu primeiro texto e para que foi. Você
pensava em viver de arte?
FM | Eu sempre pensei em viver
como algo incondicional. A ideia de viver de algo jamais me atraiu. Acho que
qualquer tipo de sucesso na vida de um criador é uma consequência normal,
embora não seja exatamente indispensável. O que não se pode ter, mesmo, é o
sucesso como meta, como razão de ser daquilo que se faz. Eu fui copista, antes
de ser criador. Copiava com guache capas de livros do José de Alencar em papel
cartão, e copiava breves relatos eróticos. Neste caso eu copiava da
transbordante e luxuriosa imaginação da adolescência.
RSCL | Quantos anos neste momento?
FM | Não tenho bem certeza, mas
imagino que algo em torno de uns 14 anos. Meus pais haviam mudado de casa.
Saímos do centro da cidade para um bairro típico de classe média ascendente.
Isto mudou a minha convivência e certamente dessa mudança vieram as primeiras
tentações da criação.
RSCL | Com 14 anos você já sentia o
ímpeto criador? Isso estava claro na época?
FM | Quando morávamos no centro,
na casa de meus pais havia uma biblioteca que era ao mesmo tempo ampla e
caótica, uma mistura de tudo quanto se possa imaginar em termos de ambiente de
leitura. Nesta época também se ouvia uma variedade incrível de música em casa,
porque divergiam muito os gostos musicais de pai e mãe. Na escola e, sobretudo,
a partir dos novos amigos que me foram presenteados com a mudança de bairro eu
completei o caudal de diversidade dessa minha fonte de formação. Então aos 14
eu já vivia esse fervilhar de espírito que nos torna um criador. Eu podia não
saber em que labirinto estava me metendo, mas certamente me sentia bem
identificado com ele.
RSCL | Eu sei que seu pai gostava de
jazz. Qual a música de que gostava sua mãe?
FM | Minha mãe gostava de um
cancioneiro brasileiro mais sentimental, algo em torno de Sílvio Caldas e
Orlando Silva. Ela tocava piano na adolescência. No entanto, em grande parte
pela doença de meu irmão, ela teve uma vida muito sacrificada. Após a sua
morte, eu acho que ela não conseguiu retornar de seu mundo de ausência de tudo.
Coincidiu com a minha entrada na adolescência, minhas primeiras andanças por
outros ares e logo em seguida ela morreu.
RSCL | Quantos anos havia de
diferença entre vocês? Como ele se chamava?
FM | Seu nome era Marcos Vinicius,
quatro anos mais novo do que eu. Teve problemas em decorrência do parto e
perdeu por completo sua atividade motora. Isto exigiu de minha mãe dedicação
integral, de modo que eu acabei sendo um pouco criado pela avó materna.
RSCL | E como foi esta criação
paralela?
FM | Minha mãe representa aquele
mistério maior que suponho cada um tenha em sua vida. Segundo me revela uma
foto minha diante dela, em meu primeiro ano de vida, era uma mulher dotada de
imensa delicadeza e transbordava alegria de viver. Eu convivi muito pouco com
ela, tenho fragmentos de memória que se impõem dentro do possível. Foi uma
relação interditada. Não me interessa falar em fatalidade. Esta sempre soa como
um infortúnio garantido, o que é ridículo. A vida de uma pessoa está repleta de
um conjunto tão variado de assonâncias e dissonâncias que é impossível prever o
desdobramento até mesmo de um sorriso. Os acertos ocasionais, com ares de
misticismo de quermesse, são fagulhas de uma crendice vulgar, mais do que
evidências de alguma conexão entre dois pontos. De qualquer modo, eu tive uma
infância repleta de incômodos inexplicáveis, todos da ordem do espaço por
habitar, até hoje não sei diferir certos escassos momentos de memória se
tiveram por cenário a casa de minha avó ou de meus pais. Além da curiosidade de
que não tenho uma única lembrança do caminho percorrido de uma casa à outra ⎼ distavam entre si umas seis
quadras ⎼,
se o fazia a pé ou de carro. Sequer recordo a frente dessas casas. Em uma
novela que escrevi eu identifiquei na biblioteca existente na casa dos pais o
portal secreto que me conduzia à casa da avó. Uma espécie de moto perpétuo de um rito de passagem. Eu
ia e vinha, de um ponto a outro, ainda sem dar por conta do que viria a ser.
RSCL | Eu gostaria que me dissesse
algo sobre essa ponte energética entre seu irmão e sua avó.
FM | Eu já cheguei a pensar que
meu irmão sequer tenha existido. A fotografia não é uma prova da realidade. A
memória menos ainda. Existir é a incógnita de uma equação cujas duas variáveis
se chamam resistir e desistir. Que não caiba dúvida quanto à fatalidade do
personagem que cada um de nós representa na vida, não sei. Acho que a
formulação está errada, dado que sempre que não coincide com o estabelecido
crucificamos o pensador e não o pensamento. Eu me sinto impregnado de meu irmão
e de minha avó, porque eles de algum modo representaram o papel de pai e mãe,
mesclando as impossibilidades de cada função. Já sei, é como salpicar estrelas
em um céu nublado. Mas não é fácil acordar diariamente sem as suas referências mais
primárias. Eu fui acordando assim, durante pelo menos a primeira década de
vida, eu tive que tornar o mundo disciplinado por uma magia lúdica. A intuição ⎼ talvez meu sentido de
resistência ⎼
foi redefinindo os parâmetros de minha relação com o mundo.
RSCL | Me deu vertigem ao incorporar
as suas falas, vertigem em estar em seu lugar, em ser você…
FM | …Um arrepio na alma? (risos)
Eu já tive isto várias vezes. Há um momento em que a gente se ilude, achando
que domina essa volúpia, esse transbordamento. A vertigem melhora quando
incorporamos mais elementos a um acervo de técnicas ou quando aprendemos a
lidar com a ansiedade. Houve uma época em que eu me dizia que havia algo de
estratégico em tudo isto: eu lidava com tantas coisas, atirava para tantos lados,
criava tantas perspectivas de trabalho, que era impossível sentir o baque das
inevitáveis respostas negativas. De algum modo deu certo, pois jamais tive
crise de angústia ou identidade diante das recusas de produção e/ou promoção de
minha criação.
RSCL | Mas havia uma base, um ponto
em que alguma referência literária lhe desperta e então você percebe que seu
caminho era o de um escritor, de um poeta.
FM | A vida é brincalhona e se
esconde nesses intervalos em que não se deixa sequer entrever. Creio que muito
de nossas referências descobrimos ao acaso. Recordo que ali pelos 16 anos reuni
uns primeiros poemas e um amigo me levou à mesa de um decano destacado de nossa
poesia. Ao ler aquelas não mais do que umas 20 páginas, me falou de O guardador de rebanhos, do Alberto
Caeiro. Eu fiquei caladinho, passando a impressão de ser tímido, porque jamais
havia lido Fernando Pessoa. A minha infância foi marcada pela leitura de José
de Alencar, Dostoievski, Shakespeare e Milton. O poeta cearense que leu meus
poemas se chama Francisco Carvalho, de quem me aproximei muito posteriormente,
mas até hoje acho que ele foi não propriamente generoso, mas sim astuto, ao me
indicar um caminho. Sabia que eu sairia daquele nosso encontro à procura de
todos os livros de Pessoa. De qualquer modo, permaneceu uma inquietude: como
posso sofrer a influência de quem jamais li? Um dia compreendi que a razão
disto tem menos a ver com o ambiente limitado de quem se dedica a identificar
influências do que com o fato de que a vida se encontra definida por um vultoso
e diverso traço de afinidades com o que nos é visível ou invisível, não
importa. Aos poucos fui aprendendo que as mínimas experiências de vida são
postas na panela da criação como ingredientes que sabem ser tão indispensáveis
ao prato final quanto os grãos de conhecimento, as pedras de referência, o
diapasão, as hortaliças do mistério, os truques da memória.
RSCL | Mas algo o perturbava de um
modo que até aqui me passa a impressão de que em seu momento você não sabia
identificar.
FM | É verdade. Fui apanhado por
algo maior do que eu, naquele instante, dava conta ao menos de entender. Não se
trata de destino, de fatalidade. Creio que é uma espécie de disposição para o
crime, de reciprocidade de sinais entre causa e efeito. De algum modo eu estava
ali prontinho para ser aquele menino que não se encaixava em parte alguma de
sua vida. Eu vivia aquele momento em que uma janela não significa o espaço por
onde algo entra, mas sim a chance de escapar. E por vários anos eu tratei de
escapar e escapar e escapar… Demorou até eu compreender que a janela poderia
funcionar de outro modo. Eu me excedi em ser fugitivo de muitas coisas em minha
vida.
RSCL | Eu queria retornar à sua
família, os seus pontos de fuga, se assim os podemos chamar, são referidos como
umas zonas incômodas que necessitavam ajuste ou simplesmente exclusão de um
mapa existencial. Como você distinguia o papel que ocupavam aí o pai, a mãe, a
avó, o irmão, quem mais?
FM | Naquele momento eu queria
apenas ir para o mais longe possível. O único que consegui foi abafar a atuação
externa de um espectro que seguiu pulsando. Os tempos se deram em uma cascata
de vertigens. Havia uma religiosidade informal na família, disfarçada pela
aceitação tácita do tema. Eu fui semanalmente levado a duas igrejas por minha
avó. A minha memória se atém às quermesses de uma – ela quase sempre arrematava
um frango assado envolto em celofane azul –, incluindo seu trágico incêndio.
Então passamos à outra igreja, para mim sem muito atrativo. Recordo que ela
recebeu ocasionalmente a visita de um bispo, e que tive que beijar-lhe o anel.
Esta cena de algum modo redigiu em meu espírito uma bula antepapal (risos). Meu
irmão vivia em seu mundo de ausência perene. Era algo indecifrável para a minha
infância. Eu queria tocar-lhe e que reagisse como qualquer pessoa. Eu talvez
não entendesse o que aquele silêncio completo significasse. Minha mãe era
devotada a ele, era seu sacerdócio. Meu pai era uma figura ausente no ambiente
doméstico, aos meus olhos, eu me lembro dele ouvindo sua música, quando surgiu
a televisão nos aproximamos muito, fascinados pelo espectro em si, mas lembro
bem que ele me levava ao cinema, nas manhãs de domingo eu me deliciava com
filmes como os de Carlitos, mas
especialmente com O gordo e o magro.
Já a avó, ela era a coluna central, o pé direito, quem garantia o fiel de uma
família que deu de cara com a morte do pai quando o filho mais velho tinha
apenas 18 anos. Lilia – era seu nome – ficou viúva muito jovem, de um
comerciante bem-sucedido e muito mais velho do que ela. Tinha então, diante de
si, um desafio enorme. Esta foi a minha avó-mãe.
RSCL | O que acho mais interessante
em nossa conversa é que ao responder você não se limita a encerrar o assunto,
pelo contrário, está sempre abrindo novas perspectivas. A sua poesia também é
assim. Você cria um mundo alucinante em que se misturam sonho e vigília. As
drogas alguma vez estiveram presentes em sua vida?
FM | Eu jamais tive problema moral
com as drogas. Meu dilema com a maconha é que ela me deixava letárgico. Eu
precisava calibrar a voltagem de meus sentidos e a maconha me deixava
preguiçoso. Caso eu cheirasse cocaína, o efeito seria inverso e igualmente
danoso. O álcool permitia então concentrar e equilibrar a energia necessária à
criação. O poeta Enrique Molina, que também pintava, disse que uma distinção
entre ambas – a poesia e a pintura – é que o pintor, ao contrário do poeta,
pode pintar o dia inteiro. A energia acumulada em função da criação do poema se
esvai de um jato, e nos deixa momentaneamente vazios. Eu tinha muita
dificuldade em me concentrar, de modo que houve uma época em que eu necessitava
de uma ajuda neste sentido, o de acumular em meu íntimo a soma dos seis
sentidos, a carga total de sua apreensão do mundo.
RSCL | De qualquer modo, é muito
difícil ter acesso ao frasco de sua essência. Talvez ele se esconda por trás
dessas prateleiras tão múltiplas que vemos ao adentrar a sua oficina de
criação. Quem, por exemplo, é a mulher que fala em você?
FM | Não chega a ser um truque,
não há intencionalidade nisto. Tocaste bem a escala mais alta de meus sentidos,
não a mulher, propriamente, mas o que está por trás do feminino e que nos
escapa, ao homem e à mulher, de um modo desastroso. Um dia alguém me disse que
não há como fugir de uma coisa na vida: sempre, em algum momento, acabamos por
precisar irremediavelmente do outro. E me disse como se aí radicasse alguma
tragédia. Mas esta é a maravilha da vida. A mulher que fala em mim, e não
através de mim, é a voz de uma compreensão desse falseamento da essência do
ser. Não se trata de uma evocação, seria uma visão simplória e marcada por
certo machismo. Tampouco é uma encarnação, porque não há transferência de
mirador, eu não empresto meu olhar à mulher. O que me atrai é esta confiança em
uma irmanação de sentidos, uma alquimia da percepção de que o mundo não se dá
em isolado senão como mercado ou usufruto religioso.A mulher que fala em mim é
a única que tem acesso a esse frasco de essências, assim mesmo, no plural, sem
truques, insisto. Eu não tenho interesse no criador como um intelectual. São
dois planos distintos, que se encontram como um acidente geográfico. Uma vez
publiquei um livro de ensaios chamado A
inocência de pensar e uma resenha, após elogiar o livro, disse ser inaceitável
que o pensamento fosse inocente. O mundo acadêmico está tão habituado a
justificar ou contradizer um pensamento já existente que por vezes esquece o
frasco de essência do mesmo. Isto nos leva a Goya e sua entranhável compreensão
de que "os sonhos da razão produzem monstros".
RSCL | Às vezes eu acho que você é
um pensador que, ao procurar algo para se expressar, encontrou a poesia por
acidente.
FM | É uma perspectiva fascinante.
Tenho por autores que sempre me inquietaram a mesma impressão, independente de
serem poetas ou não. Penso em Milan Kundera, Francis Bacon, Duke Ellington,
Jorge Luis Borges, Clarice Lispector, Keith Jarrett… Impossível estar com eles
sem entender o quanto há de expressão, digamos, filosófica em sua criação. Ao
mesmo tempo, dá-nos uma sensação de vazio o que se exibe como produto da arte
contemporânea, justamente por esta ausência de um pensamento. Houve um momento
talvez pior, em que essa figura do pensador era entendida como um libelo
ideológico. Revestir a criação artística de um preceito ideológico ou de um
roteiro de entretenimento, acaba por fazer com que o monstro criado se volte
contra seu fabricante e cuspa em nós, como o faz a arte em nossos dias, as
cinzas de sua angústia. O século XXI se encontra em uma espécie de sinuca de
bico, ainda sem aceitar o fato de que os dilemas de sua engrenagem (não importa
se na religião, na ciência, na arte) são frutos não do acaso, mas sim de
desvios de jogo, ou mais claramente: são resultados da prevaricação da
religião, da ciência, da arte, em relação ao mercado.
RSCL | Criação e pensamento se
irmanam…
FM | Este é o ponto. Perdemos a
ideia de que o criador é parte do mundo. Estou lendo a correspondência ativa do
García Lorca a diversos amigos, escritores, editores, diretores de teatro, ele
sempre a manifestar preocupações em relação à presença de sua arte em seu
tempo. Vivemos em uma época em que a correspondência – em todos os sentidos,
não apenas na troca de cartas – se converteu em algo dispensável ou então
marcado por um carteado de troca de interesses. O homem então teria criado um
alto padrão tecnológico de comunicação para não comunicar-se mais consigo mesmo
e o outro que o definiria em essência? O que chamamos hoje de comunicação é uma
imposição de valores e não uma troca de percepções do mundo. Este é o tablado
em que viemos dar, onde quanto mais perto mais longe. O homem evita
reconhecer-se em si mesmo. Não importa a extensão da tragédia humana.
1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]
1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]
1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]
1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]
1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]
1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]
1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]
1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]
1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]
2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]
2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]
2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]
2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]
2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]
2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]
2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]
2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]
2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]
2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]
2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]
2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]
2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]
2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]
2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]
2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]
2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]
2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]
2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]
2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]
2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]
2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]
2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]
2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]
2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]
2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]
2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]
2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]
2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]
2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]
2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]
2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]
2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]
2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes
2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]
OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA
El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.
Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.
Alberto Nepomuceno. Edições FDR. Fortaleza. 2000.
O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.
A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.
Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica. 2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.
Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.
Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.
Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.
Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.
Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.
120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.
TRADUÇÕES
Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.
A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.
Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.
III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.
Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.
Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.
Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.
Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.
Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.
Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.
Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.
O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.
A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.
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Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
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