Originalmente publicada no Caderno 2, do jornal O Estado de S. Paulo. São Paulo, 06/02/1999
Um cearense de 42 anos, autodidata de formação, assina aquele
que foi, provavelmente, o mais interessante livro de entrevistas lançado no País
em 1998. Escritura Conquistada (Diálogos com
Poetas Latino-Americanos), um respeitável volume de 407 páginas, foi publicado
em complicada, mas eficaz, coedição entre a Fundação Biblioteca Nacional, a Universidade
de Mogi das Cruzes, de São Paulo, e a editora Letra & Música, de Fortaleza.
Traz longos diálogos, densos e bem meditados, do autor, o poeta e crítico literário
cearense Floriano Martins, com 24 poetas do continente, entre eles nomes importantes,
mas absolutamente desconhecidos entre nós, como o nicaraguense Pablo Antonio Cuadra,
o peruano Javier Sologuren, o chileno Pedro Lastra, o cubano José Kozer e o argentino
Leónidas Lamborghini. Há quatro brasileiros na lista de entrevistados: o poeta,
tradutor e crítico Ivan Junqueira, que não é preciso apresentar; Sérgio Lima, um
raro representante do surrealismo na poesia brasileira; Sérgio Campos, poeta falecido
precocemente em 1994, aos 53 anos, que se definia praticamente de uma “arte arcaica”;
e o poeta mineiro radicado em São Paulo Donizete Galvão.
É curioso, primeiro, que um trabalho
de tal qualidade necessite de uma verdadeira operação de guerra editorial para,
finalmente, vir à luz. E depois, mais curioso ainda, que seja um crítico e poeta
de Fortaleza, em ponto tão distante da fronteira hispânica, quem venha a realizar
esse esforço de confronto, mas também conjunção entre as duas Américas.
Floriano Martins é bem um intelectual
nordestino. Vive das críticas que escreve para a imprensa local, de projetos gráficos
(pois é também projetista gráfico autodidata) e de traduções, fazendo verdadeiras
contorções para levar à frente seus projetos literários. É um escritor de luta –
e é isso, antes de qualquer outra coisa, o que causa respeito. Recentemente, aliás,
chegaram ao mercado seus dois mais recentes trabalhos como tradutor: uma antologia
de poemas de Federico García Lorca e um livro de contos do cubano Cabrera Infante,
ambos editados pela Ediouro, do Rio, volumes que também organizou e prefaciou.
Como poeta, Floriano Martins já tem
dez livros publicados, o primeiro em 1979. Livros, reconhece, que como costuma ocorrer
com a poesia brasileira, caíram no esquecimento quase completo, sobretudo por causa
do eterno problema da distribuição. Alma em
Chamas (Letra & Música), o mais recente, acaba de chegar às livrarias nordestinas.
Floriano Martins circula sempre que pode pelo Rio, onde frequenta poetas e críticos
como Marco Lucchesi, Ivan Junqueira e Antonio Carlos Secchin, e por São Paulo, onde
morou entre 1982 e 1987 e deixou amigos e interlocutores assíduos como Claudio Willer
e Donizete Galvão. Mas é, por princípio, um grande solitário – ainda mais agora
que trabalha em casa e vive apenas para escrever.
E não para de escrever. No fim do
ano passado, publicou pela Fundação Memorial da América Latina um belo ensaio, Escrituras Surrealistas, dedicado ao estudo
(bastante desprezado, é bom recordar) do surrealismo na América hispânica. Somado
ao volume de entrevistas, ao livro de poemas e às duas traduções, foram cinco livros
publicados em apenas um semestre. Não satisfeito, Floriano trabalha agora em O Fogo nas Cartas, um volume que reúne entrevistas
com escritores brasileiros e algumas das resenhas críticas que publicou na imprensa.
Em parceria com o poeta chileno Pedro
Lastra, trabalha ainda na organização de uma antologia da obra do poeta chileno,
já falecido, Enrique Lihn – a ser publicada simultaneamente no Chile e no Brasil.
Dedica-se também a traduzir uma novela do escritor costa-riquenho Alfonso Peña.
E faz anotações, já bastante avançadas, para um volume de ensaios sobre os modernistas
na América hispânica. “Nesse caso, em vez de entrevistas, pois todos já morreram,
eu os apresento por meio de ensaios”, explica.
Desde que abandonou um emprego público,
há três anos, para dedicar-se integralmente à literatura, Martins parece tomado
pela febre de escrever. Mas não vê nada demais em seu ritmo avassalador de trabalho.
“São projetos que eu vinha desenvolvendo devagar e agora chegaram à hora de concluir”,
diz. É hora também de falar sobre o que finalmente está concluindo. [JC | ]
JC | Como começou sua paixão pela poesia
hispano-americana?
FM | Isso surgiu pelos idos de 83, 84,
ao receber de um amigo na Espanha, de presente, a Poesia Completa de Cesar Vallejo.
Logo no prólogo encontrei referências ao chileno Vicente Huidobro e ao uruguaio
Julio Herrera y Reissig, poetas que eu desconhecia, ambos da lavra modernista, da
virada do século – o modernismo na América hispânica equivale, aproximadamente,
ao nosso simbolismo. São poetas que me despertaram grande curiosidade e me estimularam
a descobrir as trilhas invisíveis dessa poesia. A partir deles, em um ou dois anos,
estabeleci uma vasta rede de correspondência com escritores do continente. Nas primeiras
cartas, eu me identificava como um autor brasileiro curioso a respeito da literatura
hispânica e me dizia interessado em me corresponder. As respostas foram, no geral,
muito acolhedoras. Em pouco tempo, eu me correspondia com dezenas, centenas, mesmo,
de poetas de todo o continente.
JC | Em que época começou a fazer as primeiras
entrevistas?
FM | Já entre 1985 e 88, comecei a fazer
entrevistas com escritores brasileiros, que publiquei em parte no Suplemento Literário
do Minas Gerais e também no Suplemento do Diário do Nordeste, de Fortaleza. Só agora
eu as estou reunindo em um livro, Fogo nas Cartas, que acabo de organizar. Esse
não é só um livro de entrevistas: é uma seleção dos textos que publiquei na imprensa.
Há também resenhas, comentários e artigos críticos.
JC | Viajou pela América Latina para fazer
as entrevistas?
FM | Todas elas foram feitas por carta.
Em alguns casos, houve um vaivém: eu recebia um lote de respostas e remetia em seguida
novas perguntas, em um diálogo lentíssimo. Com os escritores brasileiros, afora
raras exceções como o Claudio Willer e o Roberto Piva, que foram feitas pessoalmente,
trabalhei da mesma forma. A técnica que passei a exercitar, e que hoje prefiro,
é a da entrevista epistolar. Pode-se pensar que optei por ela só por força das contingências,
mas não é só isso. As entrevistas feitas por cartas proporcionaram-me uma profundidade
maior e as conversas tornaram-se também textos literários.
JC | Quando você começou a trabalhar nas
entrevistas?
FM | As entrevistas com os hispano-americanos
foram feitas entre 1988 e 1995, portanto ao longo de quase oito anos. Foi preciso
ter paciência. Há a demora natural da correspondência internacional. E também houve
outros autores que, por uma razão ou outra, acabaram por recusar-se a responder
minhas perguntas e perdi longo tempo esperando por isso. O livro só ficou pronto
em 1995. Foi entregue à gráfica em julho de 1998 e em agosto estava pronto – uma
década depois da primeira entrevista. Foi uma edição pequena: 2 mil exemplares foram
entregues à própria Biblioteca Nacional e a tiragem restante, não mais que 700 exemplares,
ficou com a editora, que teve de enfrentar as dificuldades de distribuição. Fiz
lançamento em Natal, São Paulo, Rio e Brasília, ocasião em que as pessoas puderam
comprar o livro. São os exemplares que sobraram dessa leva, não sei quantos, que
ainda estão nas livrarias.
JC | Que critérios usou para a escolha
dos entrevistados?
FM | Todos os entrevistados representam,
de alguma maneira, momentos inestimáveis da poesia contemporânea em seus países.
Representam muitos gêneros, estilos, escolas. O chileno Enrique Gómez-Correa, ou
o venezuelano Juan Calzadilla, ou o colombiano Fernando Charry Lara foram, por exemplo,
os fundadores de importantes movimentos literários em seus países. Além disso, há
a importância muito grande que alguns deles deram ao ensaísmo e à tradução, como
é o caso do peruano Javier Sologuren, ou o do chileno Pedro Lastra, ou o do boliviano
Eduardo Mitre. É a multiplicidade que define a existência do poeta em nossa sociedade.
JC | Esses poetas consagrados confirmaram
seu prestígio?
FM | Tive mais confirmações que desilusões.
Tive, sim, algumas frustrações. O chileno Enrique Lihn, por exemplo, às vésperas
de nosso encontro, morreu. Não pude entrevistar o peruano Emilio Adolfo Westphalen,
que, ao lado de Cesar Moro, outro peruano que já morreu, é um dos mais destacados
nomes do movimento surrealista do Peru. Ele queria receber-me, mas está muito velho,
com problemas de saúde, e não foi possível.
JC | Por que estamos tão isolados da poesia
da América hispânica?
FM | Segundo alguns dos entrevistados,
o isolamento dá-se por causa da ineficiência das ações diplomáticas de seus países.
Outros acham que há um desinteresse mútuo, expresso na frase “nós não nos interessamos
por eles porque eles não se interessam por nós”, o que, além de não resolver o problema,
é um argumento falho. Basta pensar que em alguns países como o México, o Peru e
a Venezuela se publicam coleções importantes de autores brasileiros. A Biblioteca
Ayacucho, da Venezuela, por exemplo, tem um programa editorial com obras completas
de autores da a América Latina, entre eles vários brasileiros, como Drummond, José
Lins do Rego e Machado. Além do mais, há o mais inaceitável dos argumentos: o da
falta de mercado. A verdade é que não temos nenhum programa editorial para a publicação
da poesia hispano-americana. E os poucos poetas que chegam até nós, chegam às vezes
de forma bastante estranha. O argentino Enrique Molina, por exemplo, entrou no Brasil
por meio do único romance que escreveu, um romance histórico! Ele morreu há dois
ou três anos, deixando dez excelentes livros de poesia, mas só conhecemos seu único
romance, de menos importância. As editoras parecem, às vezes, trabalhar às cegas.
JC | Isso, provavelmente, produz uma visão
distorcida da poesia hispano-americana contemporânea.
FM | Sim, há um desconhecimento em relação
ao que se passa lá fora e, em consequência, há, como eu costumo chamar, um “desprograma”
editorial. O nicaraguense Ernesto Cardenal, bastante conhecido no Brasil, é, na
verdade, um poeta de menor importância em sua geração. Basta confrontar sua obra
com a de Pablo Antonio Cuadra, um de meus entrevistados em Escritura Conquistada,
e também com a de Luiz Alberto Cabrales, e se verá a diferença. E, no entanto, enquanto
esses dois são absolutamente desconhecidos no Brasil, já temos pelo menos uma antologia
de Cardenal em português. O mesmo se dá em relação ao Chile. Enquanto se disseminam
as traduções do pior Neruda, desconhecemos poetas como Pablo de Rokha, Rosamel del
Valle ou Humberto Díaz-Casanueva, que são da mesma geração de Neruda e muito aclamados
pela crítica chilena. Do mesmo modo, modernistas de importância do mexicano Lopes
Verlarde, ou do peruano José Maria Eguren, ou do argentino Leopoldo Lugones, continuam
desconhecidos no Brasil.
JC | E quais seriam os motivos de tantos
enganos?
FM | Não consigo encontrar nada que justifique
esse isolamento e esses enganos a não ser uma desprezível tendência brasileira de
considerar a América hispânica mais próxima do Terceiro Mundo do que nós. O que
é apenas um efeito cascata no âmbito do colonialismo cultural. Nós somos uma nação
sem paidea, desfigurada culturamente, e aí não aceitamos que possa haver identidade
na cultura peruana, na uruguaia, na mexicana. E cometemos um grave erro. O importante
seria que os escritores brasileiros concordassem em discutir abertamente o que se
passa conosco.
JC | Não persistem também zonas de isolamento
interno? Apesar de todos os avanços das telecomunicações e da informática, uma cidade
como Fortaleza não está ainda culturalmente isolada?
FM | A verdade é que só temos dois grandes
centros editoriais, São Paulo e Rio, e tudo o mais é periferia. E o que se produz
aqui só existe se desaguar e ecoar nesses dois centros. É lamentável, mas é uma
realidade. No caso cearense, por exemplo, temos dois poetas que se poderia mencionar
nacionalmente: Gerardo Mello Mourão e Adriano Espínola. Mas ambos moram no Rio e,
além disso, têm suas obras editadas por grandes editoras do Rio ou de São Paulo,
que fazem seus livros existir. A publicação de um livro já não garante sua existência.
Um livro só existe quando é lido e para isso precisa ser distribuído. No caso do
Ceará, temos poetas como um Francisco Carvalho, e no passado tivemos José Albano
e Américo Facó, já mortos, que foram em seu tempo nomes de grande importância. Mas
eles não tiveram obras reeditadas. Eu mesmo estou cuidando da reedição da obra do
Facó, um poeta esquecido que morreu só há 40 e poucos anos.
JC | Ivan Junqueira diz que os poetas
cearenses brigam muito entre si – e aponta, assim, para um isolamento interno também.
FM | Isso é verdade, mas se dá mais no
plano existencial, até porque a inveja é um dos componentes mais característicos
do perfil do cearense – e ao revelar isso num artigo na imprensa de Fortaleza, certa
vez, eu quase fui apedrejado, mesmo risco que corro agora. A verdade é que no nosso
caso a inveja é um componente forte e não diz respeito só aos artistas. Eu não saberia
dizer qual é a origem desse sentimento, francamente.
JC | Se há pouco espaço, é natural que
a competição se acirre.
FM | De fato, de uma maneira geral, os
poetas são invejosos. Mas é curioso ver até que ponto essa briga se dá entre bons
e maus poetas. Não me vem à memória o caso de nenhum bom poeta que participe desse
tipo de atitude, mas posso estar enganado. O fato é que não nascem bons poetas todo
dia, mas todo dia há alguém querendo ser poeta e isso cria um ambiente propício
para esse tipo de atitude. A poesia que se divulga hoje em raros momentos vai além
de superficialidade, de maneirismo retórico, e o que se vê é uma ausência quase
absoluta de identidade. Os poetas, hoje, são sempre epígonos de alguma determinada
circunstância, escrevem sempre “à maneira de”. Boa parte desses poetas mais divulgados
é, além disso, refém da imagem. Brinco dizendo que se tirassem o vaso de flor da
janela não teriam mais sobre o que escrever.
JC | O contato pessoal com os poetas que
entrevistou não teria sido importante?
FM | De todos os poetas o único que conheci
pessoalmente foi o chileno Rolando Toro. E isso porque ele esteve em Fortaleza e
veio à minha casa. Poetas da América hispânica raramente aparecem no Nordeste. Mas
as cartas permitem uma aproximação muito boa e também que se faça muita coisa a
partir delas. No ano passado, por meio de uma correspondência intensa com a revista
literária Blanco Móvil, do México, fizemos
uma edição da revista inteiramente dedicada à literatura brasileira contemporânea,
organizada e apresentada por mim.
JC | Como é o contato entre os poetas
nordestinos?
FM | A grosso modo, os poetas não se comunicam
entre si. Mais do que a disputa, há o isolamento. Isso é do temperamento dos poetas?
Do meu não é. Não faço parte disso, não entendo, mas os escritores têm dificuldade
de ir à imprensa, acham que a imprensa é que deve ir a eles. Depois reclamam que
não há espaço para eles… Muitas vezes isso é verdade, mas outras vezes vejo o oposto:
o escritor acha que tem de vir alguém atrás dele, a começar pelo próprio colega,
o outro escritor. Isso é pela vaidade, pelo orgulho, ainda muito fortes no temperamento
do escritor brasileiro.
JC | Só do brasileiro?
FM | Nas entrevistas com os hispano-americanos
não transparece esse tema do orgulho. Há, no entanto, alguns casos bem parecidos.
Os colombianos também são um tanto quanto desunidos. De um modo geral, não vejo
esse orgulho e essa vaidade em outros países, não quero dizer que não exista. Vejo,
sim, o inverso disso, como é o caso dos poetas peruanos, que são muito unidos.
JC | Não são as condições adversas, de
mercado, que provocam tanta competição?
FM | Isso pode ser uma boa defesa dos
escritores, mas não é justificativa. Com condições editoriais mais favoráveis, num
local com uma tradição de publicação de revistas poéticas etc., podem competir menos.
Aqui as revistas ainda são sazonais, sem consistência, sem durabilidade. Logo, há
menos espaço para os escritores e os ânimos se acirram. Países pequenos como a República
Dominicana ou Porto Rico têm, ao contrário de nós, grande tradição de revistas literárias.
O México, nesse sentido, é insuperável. Não há mais espaço para a aventura literária,
três amigos juntarem-se para fazer uma revista. Hoje, uma revista é uma empresa,
tem de ser feita em outras bases. E, quando há a oportunidade de uma revista se
firmar, sempre aparece alguém disposto a invalidar o trabalho.
1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]
1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]
1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]
1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]
1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]
1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]
1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]
1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]
1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]
2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]
2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]
2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]
2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]
2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]
2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]
2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]
2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]
2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]
2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]
2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]
2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]
2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]
2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]
2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]
2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]
2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]
2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]
2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]
2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]
2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]
2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]
2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]
2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]
2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]
2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]
2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]
2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]
2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]
2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]
2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]
2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]
2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]
2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes
2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]
OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA
El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.
Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.
Alberto Nepomuceno. Edições FDR. Fortaleza. 2000.
O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.
A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.
Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica. 2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.
Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.
Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.
Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.
Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.
Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.
120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.
TRADUÇÕES
Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.
A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.
Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.
III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.
Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.
Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.
Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.
Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.
Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.
Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.
Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.
O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.
A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.
∞
Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/
1999-2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário