Originalmente publicada em Agulha Revista de Cultura # 47. Fortaleza, São Paulo. Setembro de 2005
Caminhava por uma dessas ruas virtuais, pescando fragmentos
de imagens em pontos distintos da paisagem e recordava uma conversa com o amigo
Nicolau Saião, na qual fizera uma acertada observação: Dizia ele: “As tuas
colagens, tal como a tua poesia e – arriscaria dizer – até a tua pessoa, são
demonstrativas de uma mente diversificada, imaginativa e com uma alegria que
classificaria de surreal. Há sempre nas colagens que compões, mesmo as que são
percorridas por um halo dramático, uma espécie de música, diria, de joie de
vivre perceptível até nas cores que lhe são próprias.” Serão duas alegrias,
a de viver e a de criar? Não, não há motivo para disfarçar o que é idêntico.
Mas no que diz respeito às colagens, certa fragmentação do viver ocasionou uma
debandada de ideias, dispersou as conexões que bem poderiam ser estabelecidas
com outras facetas criativas. E a volúpia da recuperação desta paixão perdida
talvez realce o que Nicolau segue acertando: “Mais do que uma estória, a
meu ver as tuas colagens descrevem um fragmento de existência”. Por mais que o
fragmento se mostre como uma poética, se atentarmos para um conjunto de
colagens, sugere também o fragílimo despedaçar da existência. Risco, sim, ao
mesmo tempo em que vitalidade, de quem busca a intensa alegria de viver de uma
pincelada única. A conversa com Nicolau Saião, sendo ele um artista tão
sensível, trouxe ao meu espírito este pequeno zelo, com o cuidado de não
convertê-lo em veleidade, de montar breve entrevista, um tipo de autorretrato,
não de todo incomum. Algumas indagações são frutos de observações de outros
cúmplices valiosos e muitas das colagens aqui apresentadas foram preparadas a
partir da elucidação obtida por este diálogo que, à maneira de cada um dos
interlocutores – Claudio Willer, Hélio Rola, Mário Montaut, Rosa Alice Branco,
Soares Feitosa, Susana Giraudo, Vicente Franz Cecim –, soube recobrar a paixão
perdida a que me referi. Quando mostrei ao Nicolau Saião o conjunto de colagens
que pretendia publicar nesta edição da Agulha, ele logo observou: “estas são
colagens diferentes das clássicas, digamos. Refletem um mundo aparentemente
estático, na verdade cheio de movimentos interiores.” Eu acho que a distinção
básica está naquilo que ele próprio chamou de alegria de viver. Há quem seja
possuído pela mesma alegria sem que lhe preocupe ligar os pontos entre um gesto
e outro, entre uma viagem e outra, entre um movimento interior e outro. É como
observar o movimento do estilo em dois poetas: independente do caráter estético
que define a cada um, eles se distinguem pela maneira como se deixam tocar pela
vida: um deles escreve um poema que se concentra em si mesmo, enquanto que o
outro vai preparando poemas com base em um cenário mais amplo. Eu sou um filho
do teatro, da tragédia, de crença ontológica, e mesmo neste palco ressarcido da
paixão dispersa, não veremos outra coisa senão a mesma obsessão por dissipar de
vez qualquer distinção entre arte e vida. [FM]
P | Por onde a colagem entra
em teus planos de criação?
FM | O encantamento plástico não se
inicia propriamente pela colagem. O mundo da imagem, a maneira como a
vida invade nosso olhar, o modo como a imagem nos encara, de alguma maneira nós
também somos vistos fragmentariamente por ela, pois devolvemos ao mundo toda a
sensação que temos diante dele. Há certa reciprocidade que naturalmente reflete
a percepção esfacelada da realidade. Somos devotos da interpretação, para o
homem nada no mundo existe sem motivo. Claro que há nuanças, que vão das
experiências capitais às notas de rodapé. Mas somos essencialmente tópicos. Nos
identificamos às custas dos lugares-comuns, pois sempre nos incomoda não saber
precisamente do que se trata esta ou aquela coisa. Evidente que tamanha
exigência delata um desconforto imenso, e não há criação artística que não o
acentue, espreitada de qualquer margem, pois o homem acaba sendo a medida de
seu desconsolo, de sua aflição. A colagem entra como recurso, o recurso
que naturalmente é: de enfrentamento com a imagem e nossa obsessão pelo
comentário.
P | Isto quer dizer que já escrevias
antes de começar a fazer colagem. Agora, a colagem está
intrinsecamente ligada ao Surrealismo. Até que ponto há coincidências nessas
descobertas para ti?
FM | Quando garoto, texto e imagem
eram uma grande mescla na biblioteca de meu pai, que tinha um pouco de tudo,
uma espécie de sublevação de qualquer método de leitura ou pesquisa. A desordem
plena. Então eu fui criado no leito dessa algazarra interpretativa. Sutilmente
instado a… interpretá-la (risos). Curiosamente, havia muito pouca poesia ali. Recordo
o Paraíso perdido de Milton ou aquele volume dos sonetos que compunha a
obra completa de Shakespeare. Fecho os olhos e não me lembro de mais nada, além
disto. Mas havia um sem número de histórias em quadrinhos, de adaptações de
romances para fotonovelas, que na ocasião era uma novidade imensa em termos de
popularizar a literatura. Isto sem falar no fato de que eu peguei os primórdios
da televisão, onde o recorte estático das revistas em quadrinhos era
substituído por uma dinâmica frenética. Como a fotografia em si nunca me atraiu
– reafirmo o que disse certa vez de que não a vejo senão como um recurso para a
colagem –, a imagem em movimento exerceu sobre mim um fascínio imenso,
ou seja, foi graças ao gibi, à televisão e ao cinema que cheguei à colagem,
à ideia de fotograma que aquilo representava, de desdobramento de um mesmo
sentido, um saboroso caldo de vertigens, digamos. A interpretação para mim
tinha um ritmo próprio, era este o acento que a distinguia entre si, as
infinitas maneiras de comentar o mundo.
P | Especificamente como se
relacionam surrealismo e tuas colagens?
FM | Os mesmos sinais vitais que
encontramos em minha poesia, a busca por iluminar certas zonas obscuras do ser,
o choque entre realidades aparentemente distantes entre si, os entrelaçamentos
entre o onírico e o desperto, o recurso ao desconcertante como algo que pode
nos permitir uma visão menos preconcebida do mundo etc. Substituir o método da
interpretação pelo do conhecimento. Não aprendi isto exclusivamente com o
Surrealismo, mas é claro que esta preocupação se encontra em sua raiz, assim
como igualmente claro que a liberdade de espírito para deixar-se tocar por tudo
à volta foi a fonte maior desse conhecimento que, a rigor, não se dá sem
convívio. Este é exatamente o dilema da arte em nosso tempo, quando
lastimavelmente volta a desaparecer a ideia essencial de convívio entre vida e
obra.
P | Remetendo a esta “desordem
plena” a que te referes, em entrevista com o Moacir Amâncio mencionas que
talvez tenhas sido menos influenciado pela leitura do que por qualquer outra
situação.
FM | Não é bem assim. Eu disse que os
estímulos à criação não vieram tanto da leitura do poema quanto de outras
instâncias, aí incluindo a leitura de romances, gibis, ensaios. Na ocasião
comentávamos sobre esse vício de limitar à leitura o mundo do escritor. A vida
me entra por todos os sentidos, assim como meu diálogo com ela se manifesta de
diversas maneiras e não apenas através do que escrevo, ou do poema que escrevo,
o que é ainda mais redutor.
P | E com as colagens?
FM | Exatamente a mesma coisa. Não se
pode restringir à audição a maneira como o mundo invade a vida de um músico.
Isto me lembra aquela defesa do argentino Aldo Pellegrini, de que “em toda
verdadeira poesia está latente ou manifesto um protesto do homem contra sua
condição”, o que vale para toda a criação artística.
P | Mas de alguma maneira se pode
localizar alguma influência, em teu caso, oriunda da poesia ou da colagem?
FM | Claro. O que eu não saberia
detectar é uma presença marcante de um determinado autor, até mesmo pela
maneira pouco sistemática com que fui tendo contato com uma e outra obra. Todos
aqueles pintores do século XVII que lidavam com naturezas mortas sempre me impressionaram
muito, principalmente o velho Jan Brueghel – e também Rembrandt, Velázquez,
Pieter Aertsen. Mas quando comecei a fazer colagem não pensei exatamente
neles e de muitos ainda nem identificava o nome à obra. No final dos anos 80,
fiz algumas poucas colagens que estavam impregnadas de entrelaçamentos
com gibis e fotos de jornal. Tudo em preto e branco. Mas foi quando o poeta
Sérgio Campos (1941-1994) me convidou para fazer a capa de seu livro O lobo
e o pastor (1990), que me senti verdadeiramente desafiado a uma aventura
plástica mais contundente. E ali então se revela aquele apetite por uma fuga
constante que me parece ser um traço de minha colagem, uma espécie de
sensualidade incessante descoberta nas brechas, nos pontos de fuga, no
imprevisível latente. Também a minha poesia está repleta dessas zonas de
escape, onde tudo se dá de forma dissimulada.
P | É curioso que faças uma colagem
que remete à ideia clássica da pintura e que, ao mesmo tempo, tenha pouco a ver
com as colagens surrealistas assim identificadas.
FM | Não estou bem certo disto. Há um
equívoco em pensar que a maneira de dialogar com o mundo que lhe é
contemporâneo implica em adaptação ou mesmo subordinação a determinada
linguagem. Assim aceita, o que temos é uma linearidade plena. A criação – e não
apenas a colagem – age por incisão, muito mais do que por ajuste ou
hábito. Veja bem no que foi dar a ideia de natureza morta do século XVII, num still
life completamente apreendido pelo design e que hoje causa mais
bocejo do que encantamento. Pela mesma razão, toda a arte contemporânea
desfigurou-se. Um notável artista que trabalha com colagem é o chileno
Ludwig Zeller, e nunca recorreu ao que se possa chamar de utilitário
contemporâneo, se me permites a ironia. Mesmo Max Ernst mantinha uma relação
intensamente abissal no que diz respeito à idade do material empregado em seus recortes.
P | Mas utilizas material ligado ao design
em algumas de tuas colagens…
FM | Até mesmo o presente está ao
dispor do artista, ao que parece. Em meio a tantos videntes e passadistas, é
possível somá-los sem criar ojeriza pelo instante em que vivemos, com suas
aberrações lapidares, sua hipocrisia manifesta, as alegorias da vaidade que
acabam mesclando os tempos. A arte é um detalhe da lâmina com que ponho em dúvida
a imortalidade da cena. Minha colagem é tão epigramática quanto minha poesia.
Divertem-se juntas em tornar mais picante o molho de cada imagem. Qual a idade
daquela caveira em um Pieter Claesz do século XVII? Qual a idade da lagartixa
presente na colagem identificada como logo da Agulha? A arte contemporânea
perdeu essa relação ampliada com o que se pode chamar de pan-tempo, e acabou se
tornando pontual, reduzida a uma única e recorrente maneira, em depreciativa
constância. Constatar a lamentável resultando deste processo é fácil: a visita
a um Museu de Arte Contemporânea mais próximo.
P | E assim utilizas recursos
técnicos atuais para negar teu próprio tempo?
FM | Não, não. Dito assim parece que
perco meu tempo a me indispor com a volubilidade diária. Confesso que sinto
mais tesão em uma mescla de colagem e poema do que propriamente em um ou outro
em separado. Pelo aspecto teatral de minha poética, certamente me articularia
bem na montagem de uma peça onde texto e cenário fossem meus. Já tive duas
experiências neste sentido, mas tenho um volume muito grande de trabalho que
chamei para mim em relação à poesia, e isto dificulta, em parte, atuar em
outras áreas. O recurso técnico a que te referes imagino que seja a foto
digitalizada tratada em computador. Sim, venho trabalhando com ela.
P | Com isto propões uma nova
modalidade de colagem?
FM | A ideia é chamar atenção para o
fato de que os recursos – que são infinitos – estão ao nosso dispor e não o
contrário. A ficção científica tende a tornar o homem refém da máquina, mas em
grande parte, quando deve ser considerada séria, é um alerta para o fato de que
não podemos abrir mão do que somos, da paixão exaltada que nos leva ao sublime
e ao erótico, e que jamais faz de nós seres mordazes e vingativos. Não se trata
de recurso novo – sim, sim, claro, há essa mescla de recortes de fotografias
tratados em computador –, mas de chamar a atenção para o fato de que não
importa, se através de um romance, um crime, uma frustração, um acidente, a
vida nos escapa de todas as maneiras.
P | A arte não pode nada, então?
FM | Pode nos lembrar isto a todo
instante, que ela não pode nada e que essencialmente estamos por nossa conta.
Chega dessa ideia de salvação de algo, já de todo avacalhada por Hollywood e
deturpada pela violência inquestionável da Casa Branca. Ou a salvação prometida
por essas igrejas abjetas que infestam o país de uma ponta a outra.
P | Vejo que misturas tudo em tua fala,
talvez por uma compulsão de montagem. Não fantasias demasiado o mundo?
FM | Não há arte sem imaginação, está
claro. Mas tampouco há imaginação sem realidade. Ou seja, uma coisa está
enfiada na outra. Até que ponto a realidade segue modelos fixos, que ela se
mantém fiel a determinados padrões? Somos sobreviventes da fantasia ou da
realidade? Que estranha mitologia vem inventariando nosso tempo? O fato de que
a grande indústria do entretenimento se confunda com outra não menos
totalitária, a da violência, da guerra, do terror, não nos preocupa em nada? A
rigor, a imaginação no artista não o devia confundir com um mitômano, mas
sabemos que não é bem assim, ou seja, com tantas luzes, cenas, atrações, egos
inflamados, não há como não perder a noção da realidade. No mais dos casos, a
noção de sua fantasia. Penso que a arte, e não somente a colagem,
deveria alertar para a necessidade desse paralelo, entre real e imaginário.
P | E até que ponto a colagem o faz?
FM | Toda a arte meteu-se em um beco
sem saída, aparentemente pelo volume estonteante de propostas estéticas
surgidas com as vanguardas, mas essencialmente pela usurpação de inúmeras
técnicas pelo design, a propaganda e alguns mercados novos que incluem
tanto a cenografia teatral ou cinematográfica quanto os gibis e as capas de
disco, por exemplo. Neste sentido, o artista plástico deve ter sido muito mais
atordoado do que o músico ou o escritor, embora não tenha se mostrado mais
deslumbrado que os demais. Os artistas que lidam com a colagem estão
muito apensados ao Surrealismo, ou seja, são observados criticamente como uma
decorrência. Desnecessário remontar à ideia de fusão de arte & vida que
permeava o Surrealismo. O fato é que a técnica acabou sendo caudatária do
Surrealismo. Mesmo novos artistas que a cultuam, o fazem à maneira surrealista,
o que dá a todos os trabalhos um certo ar déjà vu, um tipo de epilepsia
artística, sem que desgrudem de algumas matrizes hoje dadas como clássicas. A
técnica, de certa maneira, ficou a reboque de uma visão historicista do
Surrealismo.
P | Todo este jogo de corta &
cola não foi se embrenhando em novas formas de criação, onde tanto se pode
falar no romance de um William Burroughs quanto nessas utilizações que
mencionas?
FM | Sim, claro. Houve uma percepção
acentuada do recorte, do rasgo na pele do tempo como grande recurso narrativo,
que acabou dando no flashback abusivo do cinema e do romance. Mas estes
são elementos colados – ainda que recortados – à pele de uma narrativa, digamos.
Não são a subversão da própria. Sob este aspecto, penso que a colagem
está para as artes plásticas como o verso livre está para a poesia. Incluindo
todos os seus vícios, deturpações e acomodações estéticas.
P | Segundo Claudio Willer, é
“acadêmica a distinção entre collage e colagem, além de lexicalmente
insustentável (uma colagem, c'est une collage, c'est ça)”, não cabendo
argumentar que em Picasso e Braque, por exemplo, ela fosse ilustrativa. Segundo
ele, “se o parâmetro fosse esse, teriam que mudar o nome de todos
os demais procedimentos: gravura, óleo, desenho, etc.” Estás de acordo?
FM | Completamente de acordo, embora
eu próprio tenha usado o termo por diversas vezes, fazendo-o, sobretudo, para
situar a colagem como uma técnica, para que não fosse confundida com uma
simples operação de aderir objetos entre si. Mas evidente que atende a um
capricho acadêmico de lidar com estrangeirismos como se atestassem inteligência
superior, ou seja, estrangeirismos ajudam a detectar caipirismo do mundo acadêmico.
P | Há um testemunho sobre teu
trabalho dado por Rosa Alice Branco que eu gostaria aqui de reproduzir. Diz a
poeta portuguesa: “As colagens de Floriano Martins articulam-se com a
sua poética escrita de uma forma inesperada, já que naquelas a dimensão
estética se sobrepõe aos seus demônios, oferecendo-nos um universo mais
pacificado. À primeira vista esta constatação surpreende-me, no sentido em
que se trata de um trabalho que compõe, desconstruindo, através de
associações livres, mas não podemos esquecer que se trata também de um trabalho
de apuramento rigoroso. A partir de um suporte literalmente imagético, Floriano
Martins deixa-se cativar pela singularidade do fragmento e pela harmonia sempre
imprevisível da composição. Em cada colagem há um universo em
miniatura, delimitado pela moldura e infinito pela fractalização das inserções
figura/fundo. Desta forma, as texturas justapostas e sobrepostas
conjugam-se para o encantamento do olhar entre o todo e o pormenor, sem lugar
para a crueldade nua e para o profano desencarnado que habitam vários dos seus
textos poéticos. Aqui, o jogo entre o profano e o sagrado apaga-se na redenção
de tão humana beleza.” Gostaria de um comentário teu a respeito.
FM | Uma delícia de leitura. É bom
que o acasalamento entre sagrado e profano não se converta em um desses
processos de reprodução em cativeiro. A que mais pode aspirar a arte senão a
criar possibilidades de uma “harmonia sempre imprevisível”? Olha, nisto da
relação com os demônios, eu não sei se está correta a versão do crime aqui
apresentada. Por vezes desconfio que o efeito aparente seja resultante apenas
do fato de que o poema me domina mais do que a colagem. Evidente que não
falo em domínio técnico, mas sim naquele sentido de entrega absoluta que nos
leva a um conhecimento interior. E o que extraímos bem de dentro de nós, no
mais fundo de nosso íntimo, não se restringe apenas ao indivíduo. Ali bem
dentro entranhada e envolta em máscaras infinitas se encontra a natureza humana
que, por mais perversa e raramente bela que seja, é sempre humana.
1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]
1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]
1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]
1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]
1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]
1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]
1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]
1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]
1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]
2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]
2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]
2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]
2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]
2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]
2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]
2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]
2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]
2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]
2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]
2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]
2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]
2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]
2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]
2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]
2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]
2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]
2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]
2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]
2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]
2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]
2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]
2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]
2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]
2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]
2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]
2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]
2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]
2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]
2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]
2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]
2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]
2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]
2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes
2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]
OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA
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Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.
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Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.
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A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.
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Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.
Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.
Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.
120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.
TRADUÇÕES
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Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.
A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.
Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.
III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.
Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.
Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.
Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.
Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.
Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.
Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.
Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.
O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.
A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.
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Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
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