Posfácio de Um Novo Continente – Poesia e Surrealismo na América
A poesia lavrada pela palavra alumiada do tempo traça a formosura do
sonho nos vitrais reversos da beleza. Todo sonhar é começo de viagem –
travessia do gozo nos confins da linguagem – insônia das promessas por cumprir.
A poesia assuntada pelo canto provisório do
devaneio subverte o paladar da transcendência nas marés do desejo. Todo querer
é ranhura de cânticos – passagem de afeto nas volutas da língua – correnteza
das brevidades por soletrar.
A poesia trancafiada pela ressaca sedutora do
disfarce escancara o improviso da oferenda nas reentrâncias da provisoriedade.
Todo equilíbrio é recorte de fotografias – costura de perdas nos inchaços do
verbo – rugas da posteridade por triturar.
A poesia encompridada pela miragem quixotesca da
barganha vislumbra o movimento da graça nos endiabrados golpes da sorte. Toda
treva é largura de dor – lida de excitações na silhueta da sujeição – ardis do
pensamento por deslizar.
A poesia desarmada pela certeza enviesada da
dúvida azucrina a durabilidade infalível da fé na fervura incandescente do
medo. Toda fisionomia é nódoa de emoções – álbum de açoites no catálogo da
estranheza – confidências do ser por libertar.
Poesia é continente. Universo caleidoscópico
magnetizado e magnetizante que faz aflorar sonhos e desembaraçar realidades.
Poesia é mundo. Vasto hemisfério inteiro em suas fragmentações,
heterogeneidades e multiplicidades: sons, cores e cerimônias pictóricas
balouçando na névoa da razão.
Poesia é continente, sim. Submersas verdades
desempenhadas pela coragem de cumprir, em espraiado solo, prodigiosas
identidades. Poesia é sonho. Genuína mutação à cata de assombros no frio lençol
do real: estilhaços de eras na elíptica natureza dos rumores. A poesia, para o
mínimo dizer, é a cósmica consciência do continente.
Vez a vez, com intenso capricho, os dizeres
poéticos se entrelaçam, numa curva ou noutra. Feito assim um Novalis: Estamos próximos do despertar, quando
sonhamos que sonhamos; ou bem colado a um C. Ronald: O sonho é o acúmulo do que temos; / o sonho é antecedente do resultado.
/ A estrela não se tranca em si mesma para se mostrar. / Dou um salto e…
pronto! Com largueza de voo, lá adiante, as palavras transeuntes do sonhar
atiçam a memória de Floriano Martins: A
poesia é uma caravana cuja beleza é terrível e a agonia é uma joia calcinada.
Tão poucas coisas escondem-se da aventura poética: uma brisa, talvez; uma lua,
quem sabe; um sol, porventura, pudera; um continente, jamais: poesia, tirante
as fronteiras, é o todo do tudo – mundo sem donos, alternâncias das rotas.
Surge assim, um livro maximamente fundamental, esse, pensado, sonhado, vivido e
ofertado por Floriano Martins, Um Novo
Continente – Poesia e Surrealismo na América.
A obra de Floriano Martins é um sol poético a
alumbrar mares de desejos e rios de sonhos. Uma curvatura da lua cravejada por
filamentos de liberdade a cintilar na ossatura inebriante da criação. Um livro
mutuamente interpenetrado por múltiplos lances de beleza: o tempo refinado da
poesia, eis a travessia do ensaísta-poeta-artista determinado a entender as
metamorfoseadas larguezas da poesia e do surrealismo em nosso continente.
Um
Novo Continente traça e retraça o percurso
clandestino da América tatuada pela força da mestiçagem – essa espécie de
colagem de culturas a gerar perplexidade no fremente coração do tempo; a
mestiçagem, irmã hipnotizante do maravilhoso traçado da poesia, povoa os
horizontes cognitivos do humano como espécie de tecido de interações. Cada
parte desse carnudo continente forma uma frondosa árvore com vastos galhos experimentalistas
e subvertedores. Mestiçagem, no espaço da América, em caudalosas latitudes,
coabita com fraturas, transgressões e estranhezas e, desse modo, extravasa os
entrechos, os enredos e os modelos que entorpecem a viva transparência do real
por meio da onírica clarividência das ações. Em resumidas palavras, a
mestiçagem continental da América é o impulso vitalista que materializa o
espaço de um povo.
Floriano Martins, em Um Novo Continente, move-se pela palavra suprema, lâmina ungida
unanimemente pelo sentido das coisas e dos seres, entendimento que suscita
novos sopros para um renovado tempo poético. A feitura tríplice da obra
propicia ao leitor-viajante farto material de navegação: ensaios,
enquetes/depoimentos e entrevistas constituem um todo desse arquipélago desafiador que é o
continente prismático, caleidoscópico da América em sua total grandeza, tantas
vezes mero rosto despercebidamente figurado. Certo, pois, está o autor ao
asseverar: A América ainda hoje é um
precipício cujo fim se desconhece. Sem titubeios, que tal embarcar, com
mapa na mão e ciente das ondulações do tempo e do espaço, nesse livro de
viagens que Floriano Martins tão intenso e inventivamente construiu com poesia
e arte, prazer e saber? Ao livro, então.
Cada parte de Um Novo Continente é um regalo para o espírito livre de todas as
amarras. O texto é uma concentração aguda e enérgica de conhecimento e devir
poético. A palavra crivada de beleza perfila uma a uma as cartografias do gozo
e os alvores do onírico: a semeadura das páginas desse atávico continente
condensa o pleno sentido da poesia como bem comum e da liberdade como ambição
irrefreável do homem. No primeiro portal do livro tem-se a esclarecedora e
reluzente Celebração da memória: Notas de
acesso – um raro, radiante e indispensável guia para se chegar fortalecido
às terras da poesia, da mestiçagem, da invenção delirante do surrealismo e do
tempo espaçado do amor. Essas notas, densa, minuciosa e profunda carta de
navegação cuidadosamente tecida, desenhada e elaborada por Floriano Martins,
são uma espécie de senha que abre todos os portais do Continente.
A porta primeira, Diário de bordo, destrincha confusões, desfaz mistérios e ata as
pontas das diferenças: um sem o outro é nada, um país é sempre a extensão de
outra margem, terceira, quarta, quinta… paragens de universos assemelhados em
suas alternadas alteridades. Uma voz delirante e vertiginosa move o acaso das
estações e fecunda outras vozes de timbres diferentes: um cardume de sonhos é
mais que uma reles realidade. Por isso mesmo, pelos desvãos do surrealismo, na
amurada do silêncio, o poeta e ensaísta Floriano Martins prepara esse diário
que se alberga na exata expressão da matéria explícita da memória: um
continente é sempre uma galáxia de errâncias, candeeiro das contendas.
Na confluência de vozes e nos encadeamentos de
expressões arrojadas da necessária poesia, Floriano Martins, numa enfática
visada crítica, munido por atraentes procedimentos de montagem artística e
tocado pela insubmissa palavra que revela os aspectos, os dialetos, as escritas
e o imaginário de todo um continente, ensaia, no esplendor do texto, a natureza
surrealista do universo americano, e o faz com tal refinamento que cada
trecho-capítulo dessa magnífica obra é uma avalanche de descobertas: uma cosmogonia
poética do espanto e da clarividência metafórica desentranhada da íntima beleza
continental. As primeiras visões, as visões do exílio e as visões da névoa se
alargam e flutuam nas mais distintas e precisas situações da América Latina
& Caribe, dos Estados Unidos e do Brasil, uma incomensurável tríade de
estudos e rumores críticos, de afortunadas buscas e oceânicas pesquisas.
O perdurável surrealismo, típica névoa sem tempo
prefixado, segue firme, abolindo falsas ilusões e ofertando outras formas de ver
o mundo, por isso mesmo, apresenta-se como uma arte tão controversa e
atemporal. Uma longa citação, apenas uma, desentranhada das páginas
continentais de Floriano Martins bem norteia o que aqui se assevera: A arte não é produto de um continuísmo e sim
de uma ruptura. Essa ruptura está essencialmente ligada aos fragmentos da
multiplicidade existencial apontada por ela mesma, não podendo descartar jamais
o acidente, o imprevisível, o indeterminado, o lance de dados, o acaso
objetivo, o súbito desencanto, o amor traído e demais picardias da essência
humana. Não cabe discussão quanto à impossibilidade de haver progresso na
criação artística. Vivemos em uma espécie de vaivém frenético, onde a cada
momento corremos o risco de nos redescobrir como se jamais tivéssemos existido.
Diante de tal prisma, o espírito do Surrealismo segue em frente, alheio às
contaminações de triunfo e fracasso que amiúde determinam nosso tempo.
Agora, depois desse clarão, um salto, curto pulo, para o comentário seguinte.
A poesia surrealista se desdobra no tempo em Um Novo Continente. Desdobrado movimento
que desconhece distâncias, desfigura preconceitos, devasta mediocridades,
afasta hipocrisias, decepa rótulos, inaugura linhagens e lança suas bases,
especialmente sua imprecisa estranheza criativa, seu deslumbramento aparelhado
por choques de novas razões – costura fortuita de alentadas reflexões – o
surrealismo funda uma nova era e revela um jeito, também, novo, de dizer as
coisas entressonhadas e rigorosamente importantes. Floriano Martins, habilmente
poético e dotado de uma versatilidade ensaística, escreve com lúcida paciência
e penetrante acuidade reflexiva a Cartografia
da inquietude (o título é um achado, um tesouro e o que ele descortina é
mais uma alentada viagem quebrantada de maravilhas): tantos labirintos
incessantes povoados pelo conflito entre dois tempos, pelo convívio entre
poetas surrealistas, abordando as restrições ao surrealismo e a sua consequente
atualidade.
De pérola em pérola, novo achado: Caravana de relâmpagos (a formosura do
nome remete igualmente para uma ilha de magnetizante beleza): de Lautréamont
por Juan José Ceselli, Enrique Molina por Armando Romero, Juan Antonio Vasco
por Rodolfo Alonso, Philip Lamantia por Neeli Cherkovski, Roberto Piva por
Floriano Martins, entre outros estudos. Logo, em seguida, A vida imaginária do surrealismo e as brilhantes entrevistas –
conversações substanciosas e substanciais sobre o fazer artístico em todo o
continente. Por essa avenida de diálogos caminham pessoas e países tais como
Enrique Gómez-Correa (Chile), Carlos M. Luis (Cuba), Manuel Mora Serrano
(República Dominicana), Thomas Rain Crowe (Estados Unidos), Beatriz Hausner
(Canadá), Ernest Pepin (Martinica) e Zuca Sardan (Brasil), entre outros.
Imprescindíveis falas de ousadas visões. Cabe, aqui, um rápido registro.
Floriano Martins, de há muito, estabeleceu um estreito vínculo com poetas,
escritores e artistas latino-americanos; em mais de mil páginas publicadas
estão registrados os elos fraternos da cultura – espécie de retrato falado de
todo um continente ainda, infelizmente, pouco conhecido. Pode-se ler Um Novo Continente – Poesia e Surrealismo na
América (2016) bem acompanhado pela Trilogia dos Afetos, composta por Escritura Conquistada – Diálogos com poetas latino-americanos
(Brasil, 1998) e os dois volumes que compõem Escritura Conquistada – Conversaciones
con poetas de Latinoamérica (Venezuela, 2009).
Já próximos do fim – começo de tudo – tem-se o
terceiro capítulo: Vanguarda clandestina.
Todo um continente descoberto, revelado a tempo de tudo saborear: um mundo
constituído por singulares processos de identidades tão diferenciadas, todavia,
irmanado por idêntico sopro de liberdade. Num átimo, a cultura, mutuamente
nômade, apaga divisas, desentorta escudos, contorna estradas, reacende
esperanças e pulveriza bandeiras. Mira-se no outro para melhor compreender a si
mesmo: um continente é a extensão palpável de ajuntadas vontades, do contrário,
pouco proveito tira-se dos encontros. O livro de Floriano Martins, na magnética
vertigem da poesia, celebra a memória do tempo em horizontes de abundante
plasticidade, é grandioso por todas as pistas, últimas e primeiras celebrações
da memória. Um Novo Continente, sem
favor algum, é uma obra ímpar, singular entre as singulares, fundamental entre
as fundamentais, indispensável entre as indispensáveis, única entre as únicas,
primeira entre as primeiras; um livro composto por muitos outros livros, um
cântico poético entre tantos cânticos, uma oferenda do tempo no sem limite do
tempo.
Um breve, brevíssimo, derradeiro registro, para
não perder a viagem: o monumental ensaio de Floriano Martins pode figurar, dada
a luminosidade da escrita e a versatilidade poética, com tamanha importância e
bem juntinho, em boa hora, a três magníficas preciosidades da escrita ensaísta
nacional. Cada uma, a seu modo, trata com especial carinho a palavra, o verbo,
o ser, o sonho, a poesia e as coisas do continente americano, são elas: Aproximações estéticas do onírico (1967)
de Fausto Cunha, A máscara e o enigma
– A modernidade da representação à
transgressão (1986) de Bella Jozef, e O
continente submerso – Perfis e
depoimentos de grandes escritores de Nuestra América (1988) de Leo Gilson
Ribeiro. Por fim, nessas coisas de poesia transportadas pelas representações do
outro na vertente surrealista, melhor ser aprendiz, sempre que puder e desejar:
do começo ao fim, tal como, acertada e provocantemente, registrou, com extrema
perícia e honestidade Eduardo Peñuela Cañizal, em Surrealismo: rupturas expressivas (1986): Afinal, não tive a pretensão de ir muito longe: fiz, na verdade, uma
viagem de principiante e retorno sem ter chegado ao rrealismo […] o que eu aprendi do surrealismo: uma
expressão que se rompe e um conteúdo que se afasta dos sentidos impostos pelo
hábito. Um Novo Continente de
Floriano Martins, por todos os ângulos da poesia lavrada, assuntada,
trancafiada, encompridada e desarmada, é a inteira aventura do tempo rompendo
os mares da mesmice oferecidos pelas ondas débeis e passageiras do hábito: um
livro para mover sonhos e alterar rotas; uma peça literária montada no coração
sagrado da arte.
1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]
1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]
1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]
1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]
1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]
1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]
1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]
1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]
1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]
2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]
2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]
2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]
2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]
2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]
2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]
2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]
2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]
2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]
2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]
2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]
2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]
2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]
2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]
2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]
2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]
2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]
2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]
2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]
2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]
2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]
2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]
2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]
2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]
2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]
2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]
2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]
2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]
2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]
2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]
2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]
2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]
2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]
2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes
2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]
OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA
El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.
Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.
Alberto Nepomuceno. Edições FDR. Fortaleza. 2000.
O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.
A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.
Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica. 2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.
Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.
Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.
Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.
Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.
Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.
120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.
TRADUÇÕES
Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.
A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.
Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.
III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.
Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.
Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.
Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.
Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.
Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.
Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.
Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.
O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.
A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.
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Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/
1999-2024
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