Originalmente publicada no Diário do Nordeste, Caderno 3. Fortaleza, 09/11/2008
A Oitava Bienal Internacional do Livro do Ceará abordará o
tema Aventura Cultural da Mestiçagem. No entanto, diante de sua vasta
programação o evento será múltiplo. Múltiplo e repleto de sentidos. São setenta
convidados estrangeiros e mais de 100 participantes do campo editorial
brasileiro. Ao todo virão escritores de 23 países. Talvez, seja o maior número
de convidados já reunidos numa Bienal no Ceará. O curador do evento, escritor
Floriano Martins, afirma que a formatação da Bienal tem uma nova lógica. Sua
configuração é “essencialmente cultural de defesa da produção, circulação,
difusão do livro e estímulo geral à leitura”. Leia a seguir entrevista que o
curador da Bienal, Floriano Martins, concedeu ao Caderno 3. [JAS]
JAS | Como surgiu a ideia de fazer a
bienal reunindo escritores de países de língua portuguesa e espanhola? O
desconhecimento por parte do público de grande parte dos escritores não vai
gerar certo estranhamento?
FM | A ideia surgiu da necessidade de
dar uma orientação mais consistente ao panorama cultural deste nosso tempo. O
Brasil é o único país da América Ibérica que fala português. É injustificável,
para dizer o mínimo, a nossa ausência em relação aos temas culturais que
configuram esta comunidade ibero-americana. Eu defendo a urgência desse
“estranhamento”, pois tê-lo adiado acarreta uma reserva crescente de prejuízos
culturais. Tomaremos um imenso susto diante da saborosa diversidade cultural
que encontraremos na Bienal, de tal forma que o “estranhamento” nos dirá o
seguinte: mas como pudemos passar tanto tempo sem conhecer tudo isto? Como é
possível? Esta é a minha convicção, que é também a de todos – no Ceará, no
Brasil e nos demais países envolvidos – os que trabalham para que esta Bienal
alcance um alto padrão de qualidade, visitação e reação de público e crítica.
JAS | Como se desenvolverá este
diálogo? A barreira da língua – já que teremos vários escritores de língua
espanhola – não será um problema?
FM | Eu tenho conversado
frequentemente com todos os convidados e nenhum deles manifesta preocupação a
este respeito. As mesas estão formadas mesclando autores nos dois idiomas e os
mediadores são todos bilíngues. Sugeri a todos que conversassem entre si, para
estabelecer um plano de diálogo para cada mesa. Além disto, o público terá à
sua disposição um sistema de tradução simultânea. Por último, temos a mais
plena convicção de que este aparente obstáculo será vencido pelo sentido
envolvente de integração cultural que define a Bienal em si.
JAS | O que diferencia esta Bienal das
anteriores? Por exemplo, a última reuniu escritores da Espanha e de Portugal,
mas também brasileiros como Moacir Scliar e Nélida Piñon, entre muitos outros.
Tivemos, também, uma Bienal sobre as Mil e Uma Noites. Mas sempre com
escritores nacionais de renome tendo uma dimensão maior dentro do evento. Como
se deu a escolha tanto de escritores brasileiros, quanto de estrangeiros, ou
seja, qual foi o critério adotado?
FM | Atendemos primeiramente à
necessidade de se estabelecer um conceito que revelasse uma determinação da
cultura e não do mercado. O passo seguinte seria dar a esse conceito uma
configuração consistente em termos de abrangências de temas, particularidades
que poderiam funcionar como traços de união entre alguns países e/ou entre
gerações etc. Por último, buscar os nomes e não renomes, ou seja, saímos em
busca do substantivo e não do adjetivo, o que não significa dizer que tenhamos
rejeitado este ou aquele autor por se tratar de um nome “conhecido”.
JAS | Todos os países da América
Latina foram contemplados? E os da África e Europa de língua portuguesa e
espanhola?
FM | A representação não se dará em
todos os casos com a presença física de escritores. Há alguns países que
estarão presentes através de suas revistas ou através de vídeos. Ao todo virão
escritores de 23 países, porém em termos de representação ficaram ausentes
apenas uns poucos países, a exemplo de Honduras, El Salvador e Macau.
JAS | Na sua concepção, quais os
escritores, entre todos convidados, têm maior representatividade?
FM | Há destaques em áreas distintas
e complementares: a criação literária, a tradução, a edição, a pesquisa
acadêmica, a gestão cultural. Cada um de nossos convidados está aqui na
condição de altos representantes de suas áreas de atuação, de maneira que não
haveria justiça ou eficácia em tal julgamento.
JAS | Quase todos são desconhecidos
dos brasileiros. As editoras brasileiras não têm interesse em publicar
escritores da América Ibérica?!
FM | Conhecemos muito bem o
comportamento do mercado editorial brasileiro, cuja rejeição ao risco se enlaça
com certa subserviência a cânones viciados, fazendo com que a oferta seja no
mínimo oscilante em termos de qualidade e coerência editorial. Tem havido nos
últimos anos editoras interessadas na publicação de autores de língua
portuguesa, de Portugal e da África, porém isto graças a um convênio
estabelecido pelo governo português que investe recursos na divulgação dessa
literatura no Brasil. Eu sei de algumas editoras que começam a manifestar
interesse na publicação de autores hispano-americanos. A minha expectativa é de
que este cenário comece a tornar-se mais frequente e que descubramos maneiras
de anularmos este indesculpável hiato existente entre essas literaturas.
JAS | Foi criada para a Bienal a “Ilha
dos Continentes”, um espaço que reunirá pequenos estandes de editoras que
jamais teriam oportunidade de participar de bienais fora de seus países.
Explique melhor este espaço.
FM | Uma das grandes dificuldades das
pequenas e médias editoras diz respeito ao muro invisível que separa nossos
países: os altíssimos custos de traslado, impostos etc. Pensando nisso,
tentamos minimizar este obstáculo cedendo estandes para editoras individuais ou
representações de editoras em cada país envolvido com a Bienal. Também buscamos
o apoio das embaixadas, solicitando a utilização de sua mala diplomática para o
traslado dos livros. Estas foram tentativas que na prática permitiram a vinda
de estandes de apenas 10 países, o que significa que persistiram alguns
obstáculos e que o apoio diplomático é algo ainda não de todo factível em
âmbito cultural. De qualquer forma, teremos aqui um espaço amplo e pioneiro
envolvendo 24 estandes com uma variedade comovente de editores que se reuniram
e virão ao Brasil representar seus países.
JAS | Tanto a Bienal de São Paulo,
quanto a do Rio se transformaram em grandes feiras de livros. os preço
praticados geralmente são os mesmos das livrarias. Ou seja, o mercado editorial
tem grande força nestes eventos. A Bienal Internacional do Livro do Ceará segue
o mesmo padrão?
FM | Não há como estabelecer regras
para a marcação de preços. O mercado deve ser livre nesse sentido. Evidente que
deveria falar mais alto o bom senso. No caso da Ilha dos Continentes nós
sugerimos aos seus coordenadores que viessem com preços bem abaixo do mercado,
o que certamente provocará um valioso confronto. O que tratamos de fazer é com
que a Bienal Internacional do Livro do Ceará não se restrinja unicamente à área
de vendas, dando-lhe uma configuração essencialmente cultural de defesa da
produção, circulação, difusão do livro e estímulo geral à leitura em todo o
Ceará.
JAS | Por falar em “Ilha dos
Continentes”, quais são os demais espaços da Bienal?
FM | Ao contrário da Bienal de Artes
Plásticas de São Paulo, não teremos nenhum espaço dedicado ao vazio. Ou seja,
atividades é o que não nos falta. Porém não entendamos isto como uma overdose
desenfreada de atrações. O roteiro de atividades foi desenhado de tal forma que
esta é a sua principal característica: a estruturação consciente e coesa de um
conjunto de ações culturais que possam envolver a diversidade do público que
certamente teremos. O nosso principal espaço chama-se a Bienal como um todo.
JAS | Aliás, foram criadas várias
salas para conferências, debates, oficinas e exposições. Exemplifique melhor
cada espaço.
FM | É fato que o Centro de
Convenções tornou-se insuficiente do ponto de vista de espaço e até mesmo de
formatação deste espaço. Graças ao apoio da Universidade de Fortaleza podemos
então ampliar a Bienal, o que significa poder lhe dar uma configuração mais
ousada e diversificada. Neste sentido, estabelecemos espaços próprios para a
realização de mesas reflexivas, tanto de conferências e debates quanto também
de leitura de textos, considerando que estas envolverão também o comentário
sobre obras e a participação do público. Na ala expositiva criamos uma série de
salas dedicadas à mostra de vídeos, revistas, gravuras, arte postal, cordel
etc. São ambientes que permitirão ao público um convívio mais íntimo com a realidade
cultural dos países convidados. A sala de vídeos, por exemplo, possui uma
programação intensa de exibição de quase 200 títulos (entre curtas de ficção e
animação e documentários) de um total de 18 países. A sala de revistas é um
espaço de convívio, de leitura, onde o visitante conta com centenas de revistas
de vários países. A sala de música possui uma particularidade fascinante, ao
abrir-se para o espontâneo, criando uma programação aberta, que permite uma
maior participação do público e um elenco variado e, por vezes, inesperado de
presenças que inclusive virão de outras áreas. Aliás, esta é também uma ideia
nossa, a de criar um enlace possível entre as diversas áreas, cuja costura será
feita por duas outras salas, a de rádio e a de imprensa, no sentido de se
estimular troca de experiências não somente entre público e convidados, mas
também entre os próprios convidados.
JAS | O tema da Bienal é Aventura
Cultural da Mestiçagem. Quer dizer, um tema que foi bastante discutido no
início do século passado por pensadores como Oliveira Viana e Gilberto Freire.
Por que retomá-lo?
FM | Não estamos propondo nenhuma
revisão sociológica do termo. Não se trata de uma leitura científica do tema. A
mestiçagem é um traço de união que marca toda a história ibérica. Nossa
pretensão é a de chamar a atenção para a perspectiva de uma nova dimensão
cultural com uma harmonia intensa entre essas culturas todas.
JAS | Vocês homenagearão Chico Anísio.
Cearense, autor de vários livros, mas um escritor não canônico. Por que Chico
Anísio? A Feira do Livro de Porto Alegre, por exemplo, homenageou Pernambuco
com uma exposição de Gilberto Freyre e Ariano Suassuna…
FM | O fato de não ser canônico,
porém ter obra consistente, já seria uma valiosa razão. A mítica Macondo da
obra do colombiano Garcia Márquez, por exemplo, é uma aparentada da Chico City
criada por Chico Anísio, cada uma com suas peculiaridades e dimensões próprias,
porém unidas pela genialidade de seus criadores. Chico é um fantástico criador
de tipos diversos e marcantes. É preciso lançar sobre ele este olhar, como algo
que nos deveria encher de orgulho. Como brasileiros, também nos sentimos
orgulhosos por Gilberto Freyre e Ariano Suassuna. Mas esta é a Bienal de uma
especialíssima galeria de personagens que reunidos conformam um satisfatório
exemplo de nossa diversidade cultural, dando um sentido muito particular à
nossa mestiçagem. Refiro-me naturalmente à galeria dos tipos criados por Chico
Anísio.
JAS | Vocês elaboraram uma extensa
programação de debates e palestras. O senhor não acha que poderá haver um
esvaziamento de público com tantas atividades e também por envolver autores
desconhecidos no Brasil?
FM | Em termos quantitativos a
programação não é tão intensa em relação a outras Bienais. As atividades não se
chocarão em termos de horários, o que permitirá ao público um aproveitamento
maior das mesmas. O tema do desconhecimento nos preocupa em outro sentido, o da
constatação do abismo existente no Brasil em relação a essas culturas. É uma
situação tão alarmante que há que entender como meritória e inestimável a
ousadia do Governo do Estado em busca solução para tanto.
JAS | Mesmo assim a programação
envolvendo palestras, debates e oficinas é bastante vasta e pode cansar o
público. Vocês não estão correndo o risco de promoverem tantas atividades entre
debates e palestras?
FM | O termo “correr o risco” precisa
deixar de ser visto sob a ótica de um aspecto negativo. Eu prefiro falar em
ousadia, não esquecendo de afirmar que se trata de ousadia consciente. A
diversidade de opções que estamos dando ao público, considerando o universo
cultural que abrange a Bienal, teria mesmo que ser pautado por este
desconhecimento tão aludido pela imprensa. Por outro lado, a própria imprensa
sabe que desempenhará um papel importante ao situar-se como parceira essencial
da Bienal no que diz respeito à divulgação de nosso projeto.
JAS | Os temas também são inúmeros –
vão dos debates sobre suplementos literários, passando pelas questões
envolvendo pequenas editoras até problemas mais complexos de mercado. Temas
acadêmicos também serão debatidos como a Perspectiva de Mestiçagem da Obra de
José de Alencar. Isso não tirará um pouco o foco central da Bienal?
FM | Mas o foco central da Bienal é
justamente essa múltipla aventura da busca de integração entre nossas culturas.
Diversificar o diálogo, expor os conflitos de cada um, destacar suas
excelências. Também aqui ouviremos sobre temas que são pertinentes à cultura de
cada um dos países presentes. Tudo isso será novo para nós, novo e fascinante.
Quanto mais intensa a irradiação e envolvimento alcançados, mais nítida será a
constatação de que atingimos o alvo.
JAS | Aliás, quais foram as principais
linhas mestras que conduziram as escolhas para esta Bienal?
FM | O Alvo? Estamos conversando a
respeito dele o tempo todo. O sinal de alerta para a urgência, inadiável, de
uma integração cultural entre esses povos que ultrapasse a fronteira da
retórica política ou oportunismo do mercado de entretenimento. É isto o que
perseguimos: a descoberta real de uma Ibéria que ainda estamos por inventar.
1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]
1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]
1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]
1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]
1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]
1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]
1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]
1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]
1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]
2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]
2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]
2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]
2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]
2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]
2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]
2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]
2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]
2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]
2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]
2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]
2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]
2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]
2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]
2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]
2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]
2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]
2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]
2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]
2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]
2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]
2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]
2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]
2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]
2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]
2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]
2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]
2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]
2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]
2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]
2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]
2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]
2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]
2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes
2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]
OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA
El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.
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Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.
A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.
Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica. 2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.
Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.
Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.
Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.
Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.
Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.
120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.
TRADUÇÕES
Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.
A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.
Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.
III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.
Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.
Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.
Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.
Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.
Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.
Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.
Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.
O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.
A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.
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Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
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