quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

2000 | OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA | Eric Ponty

Originalmente publicado em espanhol, tradução não referida, na revista Escáner Cultural, Chile, dezembro de 2000

 

I – Os tormentos de uma estrutura sinfônica

Conheci a poesia de Floriano Martins através do ensaio de Ivan Junqueira, Os tormentos da poesia, e logo quis ler este poema que Ivan assim apresenta: a verdade é que toda a sua poesia ganha a partir de então um novo impulso. Na aventura hispânica de Los tormentos miserables se entrelaçam harmônica e organicamente a sensibilidade métrica, a forma fixa (no caso, a do soneto, ainda que algo atípico) e a prosa poética com largo fôlego, como desde sempre, aliás, cultivou o autor. É bom que se advirta, porém, que Los tormentos miserables não constituem um récueil poético, e sim um núcleo temático (ou problemático) que se esgalha em 46 fragmentos, ou outros tantos poemas, se assim o preferirem. É bem de ver, ademais, que o poema se inclui em uma vertente algo rara da lírica brasileira: aquela que privilegia a poesia (e a metapoesia) do pensamento, como a exerceram entre nós Carlos Drummond de Andrade, Jorge de Lima e, talvez mais do que qualquer outro, Dante Milano. Seria assim como a poesia da poesia, um áspero e pungente esforço de ascese, tal como o vemos no recente A via estreita, de Alexei Bueno. E aqui não fia como escapar: toda essa práxis, que em boa hora enfrenta e afronta a banalidade e o metaludismo em que se converteu considerável parte de nossa poesia contemporânea, nos remete às matrizes seminais em que esplendem os nomes de Hõlderlin, Novalis e Leopardi”.

Alma em Chamas, de Floriano Martins, que se insere na vertente do surrealismo de Breton e dos brasileiros Jorge de Lima e Murilo Mendes, que escreveram Tempo e Eternidade, e privilegiados como, eu que possuem a primeira edição, sabem perfeitamente que este livro, dividido em duas partes, está muito mais para a poesia do que para a religião, e se este não é uma grande realização não se deve ao tema, mas a uma certa imaturidade dos dois poetas.

A reunião em Alma em Chamas de um largo poema é um difícil problema estrutural porque os poemas não se encadeiam em um mesmo movimento onde se percebe que estes chegaram ao seu final como por exemplo já na primeira sessão de abertura denominada de A Outra Ponta do Homem que não se interliga com o subsequente Aula de Pintura porque há ali dois momentos que perspectivam o fazer poéticos bem particulares que não se encadeiam em uma mesma sequência como em um movimento de uma sinfonia, se quiser ser mais exato.

Quanto à estrutura de Alma em Chamas, coloca o autor que concebi como um largo poema. Não posso determinar como o leitor conviverá com ele, se com o todo ou se com partes suas. O poema refere-se às diversas maneiras como o homem relaciona-se consigo mesmo. Do grito de indignação presente em A outra ponta do homem até o inventário de suas próprias perdas, Colunas circulares, sem que isto venha a significar resignação. Até pelo contrário, mostra-se ali uma postura aguerrida diante da morte. Em Os miseráveis tormentos da linguagem e as seduções do inferno nos instantes trágicos do amor de Barbus e Lozna o que se mostra, mais do que a aparente relação com o amor impossível, é sua possibilidade de esgotar-se em si mesmo, ou melhor, ao permitir a leitura de uma presença andrógina passa a discutir uma outra emissão da relação amorosa. Em Provas finais, o que temos é exatamente o que o título sugere, ou seja, a descida vertiginosa ao reino de todas as possibilidades de lida com a linguagem. E Aula de pintura se vale do aspecto sensorial, as maneiras como o homem percebe o mundo à sua volta, sua plasticidade, seu ritmo. Naturalmente, o personagem é um poeta. O livro foi escrito ao longo de vários anos, sempre pensando em uma estrutura com essa abrangência mínima. Em Provas finais, encontramos os poemas mais antigos e também os mais recentes. Foi o único capítulo composto esparsamente, digamos. Os demais foram pensados integralmente e escritos geralmente em poucos dias. […] Mas sou afeito aos grandes painéis. Por exemplo, a soma de vinte canções, com um fio condutor, reunido em torno de um tema central. Sou, por assim dizer, operístico.

O problema de estrutura de Alma em Chamas é que cada parte já se situa como uma parte acabada e inspirada em si mesma e nos lembra um pouco o problema das sinfonias de Gustav Mahler que quando nós a ouvimos como um todo desconcerta nossa audição justamente por sua desigualdade no tratamento dessas partes que se auto-concluem e não se ajustariam como um todo uno ao seu programa camerístico como em um de um largo poema.

 

II – Os tormentos da influência surrealista de Jorge de Lima na poesia brasileira

O ensaio de Murilo Mendes sobre a Invenção de Orfeu, por este abarcar, ao meu ver, várias experiências que gerações utilizaram e Floriano Martins não é nenhuma exceção: Invenção de Orfeu é o máximo documento literário da natureza barroca do Brasil. Esta obra genial não nasceu na planificação da brasilidade; por isso mesmo, na sua força caótica e dispersa, é uma poderosa imagem deste país afro-europeu que carreia uma antiga cultura para enriquecer suas nascentes bárbaras. O texto de Invenção de Orfeu é extremamente complexo e erudito. Apresenta diversas técnicas e faturas: poesias metrificadas e rimadas, outras em metro livre e verso branco, sonetos, canções, baladas, poemas épicos, líricos, poesias de carne e de sangue, poesias de infância, episódios surrealistas, esboços de dramas e de farsas. […] É muito provável que dentro em pouco ele se levante da luta com o Anjo, trazendo-nos novo diamante arrancado aos abismos. Ou seja, a técnica é da colagem que Floriano Martins o faz como um grande artista assim como Jorge de Lima o fez. E como o próprio Jorge de Lima nos coloca em Invenção de Orfeu, em Poemas Relativos III, o seguinte:

 

qualquer voz alou-se

muito desejada.

 

Branco fosse o espaço

e ela ardente cor.

 

Quis o espaço a voz

a voz veio e ampliou-o.

 

Mas se não houvesse

propriamente voz…

 

Vamos nós supô-los:

dois sem seus sentidos.

 

Desejemos mesmo

dois incompreensíveis.

 

Bom nos ecoarmos

na voz recebida.

 

E o espaço esvaziado

povoá-lo de vez.

 

A reunião de Alma em Chamas em um único e só poema, como nos versos citados acima de Jorge de Lima, Branco fosse o espaço/e ela ardente cor./Quis o espaço a voz/a voz veio e ampliou-o, que Floriano Martins vai a cada bloco de poema-livro fazendo o seu cantar como se cada sessão fosse um canto que nos fala muito mais da experiência tangível como das coisas concretas, por exemplo, o corpo:

 

as dores que crescem em tua pele

o mistério

de nádegas dançando na expressão invisível

de umas tristezas fugindo de teu riso e uns

sorrisos voando a caminho de tua tristeza

 

Floriano Martins nega esta influência com Jorge de Lima com propriedade e nos coloca: Por acaso relia hoje um artigo de Wilson Martins onde denuncia o mimetismo de Jorge de Lima. Tento compreendê-lo pelo fato de que Jorge passou por várias fases e não chegou primeiro a nenhuma delas. Talvez me indagues por minha relação com Jorge tendo por base o epos traçado em Invenção de Orfeu. Por maior que seja meu respeito por Jorge, não vejo ligação. Teria mais em conta minhas leituras de Milton, Dostoievski e José de Alencar, que verdadeiramente marcaram a infância, ao lado de histórias em quadrinhos do Príncipe Valente e os filmes d’O Gordo e o Magro. De tudo isto vêm aspectos como a criação de personagens, diálogos, amarração ontológica etc., que são características de minha poesia. Veja que sou praticamente uma voz isolada na grande tradição lírica de nossa poesia. Embora isto não queira dizer nada. Mesmo que a influência de Jorge de Lima não esteja diretamente ligada, faz parte do nosso inconsciente coletivo poético como a poesia de A. Rimbaud ou as collages anteriormente citadas que dão este parentesco, e porque ambos são líricos e surrealistas.

 

III – Os tormentos do ritmo

Segundo a inquisição que fiz junto a Floriano Martins sobre a questão do ritmo em sua poesia, este me respondeu que o ritmo de um poema encontra correspondência na pulsação ulterior de quem o escreve. Sinto a presença de uma plasticidade, o registro de uma imagem bem definida, assim como seu ritmo, sua modulação rítmica. Nada disto seria possível sem a sangradura da percepção do mundo à sua volta. Desta maneira, tudo no poema parte de um diálogo e se encaminha para o desdobramento desse mesmo diálogo. O poema é o ritmo do verso martinsiano e seu estado mimético é este entre o eu e o outro como em uma improvisação jazzística, por exemplo, quando ele próprio indaga: onde há música não há intelecto ou vice-versa? Não compreendo essas separações, ou melhor, não me alio a elas. Penso e sinto e gozo e deliro com o mesmo ânimo, com a mesma força interior. Tenho uma predileção pelo jazz no que permite estabelecer um tema e logo em seguida improvisar à sua volta, ou seja, quando cria essa relação ambígua entre razão e sensibilidade, digamos.”.

O ritmo da poesia de Floriano Martins se situa musicalmente no lirismo da música de um Luciano Bério e de sua sonora Sinfonia ou mesmo em outra obra beriana no momento em que esta tange no murmúrio das palavras, a exemplo da joyceana Thema (Omaggio a Joyce), mas sem o seu serialismo de programa como em Coro para instrumentos e vozes onde este pega os versos de Pablo Neruda e do seu Residencia en la tierra, e os famosos versos surreais e fazendo beirar ao escatologismo auditivo:

 

Vinde ver o sangue pelas ruas

O dia pálido surge

 

O ritmo da poesia é fruto de um ritmo livre nascido pós-Um Lance de Dados, onde este tenta captar a música em Goya, o teatro em Tom Waits, a poesia em Keith Jarrett, a pintura em Blake etc. Não somente neles quatro, mas aí já terias um bom quarteto de afinidades. Aliás, essa relação de afinidades é de uma variedade estonteante. Tanto no plano estético, quanto no âmbito do comportamento, das relações com seu tempo, seus pares, rejeições etc. Uma vez livre do sistema métrico tradicional, sua poesia tange a métrica da plasticidade das imagens e dos sonhos.

 

IV – Os tormentos do inconsciente

Sobre Alma em Chamas, coloca muito bem o poeta Rolando Toro que las mareas subterráneas del viaje interior, arrastran al poeta hasta los arrecifes donde todo es posible: el vacío y el éxtasis, un acontecimiento sin redención y pleno de lucidez. Al conjugar las metáforas del cielo y el infierno, crea el sentido de una ética y de una estética nuevas ajenas a los dioses y poderosa en el acto de devoción, e ainda indica que Floriano Martins comunica en sus poemas la trayectoria existencial en medio de la suntuosa paradoja de vivir en la ambigüedad de los hechos cotidianos y la exactitud del infierno; un avanzar por esa nebulosa de posibilidades entre las tinieblas y el éxtasis. Sus poemas constituyen una extraordinaria aventura, en torno al misterio del ser. En medio del laberinto encuentra los carbones aún ardientes de un mítico sacrificio del comienzo del mundo. La metáfora de Los carbones de Goya alude al proceso creador: es necesario pasar por el fuego para volver, teñido de negro, al esplendor de la vida. Mas é preciso se lembrar do que Ivan Junqueira coloca no início deste ensaio quando comentava sobre Os Miseráveis Tormentos Da Linguagem e as Seduções Do Inferno Nos Instantes Trágicos Do amor de Barbus e Lozna que harmônica e organicamente a sensibilidade métrica, a forma fixa (no caso, a do soneto, ainda que algo atípico) e a prosa poética com largo fôlego, como desde sempre, aliás, cultivou o autor. Se Alma em Chamas apresenta estes desvios na construção de sua total harmonia talvez seja por ser parecida demais com o inconsciente que sempre se respaldou pelo claro e o escuro como nas imagens que influenciaram Floriano Martins quando coloca: e era também fascinado com Brueguel, Bosch, Goya, os inúmeros catálogos de suas obras que tínhamos em casa.

 

V – Os tormentos da identificação de Carlos Drummond de Andrade

Em Alma em Chamas, na sessão de Os miseráveis tormentos da linguagem e as seduções do inferno nos instantes trágicos do amor de Barbus e Lozna, este abre com os seguintes versos:

 

Onde cresce a árvore de nosso amor

esfera semeada de sol e vento e mar

como versos do ar tremem seus braços

respiração do fogo Por entre os ramos

onde cresce o amor sobre o mundo

toda a idade perdida pousa em teus olhos

mulher acariciada pelo esquecimento

cujo

corpo se deita sobre a dor do tempo

e nós de espelhos silenciosamente caem

de suas sombras no segredo da paisagem

 

Segundo a inquisição que fiz junto a Floriano Martins sobre a questão da influência em sua poesia, este me respondeu que quanto ao universo das influências, sempre prefiro tratá-las como identificação, pois as entendo mais como diálogo do que como padecimento, digamos. O fato é que dialoguei muito pouco com Invenção de Orfeu. Não foi daqueles livros meus prediletos, que ficava a reler incontavelmente, como o fazia com Crime e Castigo ou O tronco do ipê. Ou, para falarmos de poesia, livros de Drummond, Pessoa e Francisco Carvalho, que eram devorados com furor na adolescência. Na passagem da infância (onde se dão os grandes registros que vão definir uma poética) para a adolescência, a companhia marcante foi a da dramaturgia. Era um apaixonado por Strindberg, Ibsen, Tchekhov, Genet, Arrabal, Beckett e sobretudo Peter Weiis, que me levava de volta ao universo do Marquês de Sade que havia lido anos atrás. Creio que a partir daí foi que enlacei com Artaud, somente depois vindo a conhecer o surrealismo de Breton. E era também fascinado com Brueguel, Bosch, Goya, os inúmeros catálogos de suas obras que tínhamos em casa. E nem de longe se pode esquecer toda a música que marcou parte da infância e da adolescência, a música que meu pai punha em casa (Dolores Duran, Maysa, Elizeth Cardoso, Nat King Cole, Frank Sinatra, Pat Boone). Como minha intenção é ensaísta e não a de escrever uma tese onde tudo isto deveria ser estudado sobre Alma em Chamas, observo que na abertura Floriano Martins nos faz lembrar o ecoar do mineiro Carlos Drummond quando este coloca, no poema Amar, de Claro Enigma, o seguinte:

 

Amar solenemente as palmas do deserto,

o que é entrega ou adoração expectante,

e amar o inóspito, o áspero,

um vaso sem flor, um chão vazio,

e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.


Este o nosso destino: amor sem conta,

distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,

doação ilimitada a uma completa ingratidão,

e na concha vazia do amor a procura medrosa,

paciente, de mais e mais amor.

 

Em Alma em Chamas, na sessão de Os miseráveis tormentos da linguagem e as seduções do inferno nos instantes trágicos do amor de Barbus e Lozna, Floriano Martins nos dá a visão geográfica do nordeste com seu espaço aberto e bidimensional muito bem representado por sua métrica livre e aberta como nos seguintes versos que Onde cresce a árvore de nosso amor /esfera semeada de sol e vento e mar ou seja, a possibilidade tangível se dá na plenitude do espaço amplo, enquanto que na poesia de Carlos Drummond se dá no espaço do limite, quando este nos diz: e amar o inóspito, o áspero,/um vaso sem flor, um chão vazio,/e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina em uma visão geográfica do espaço mais delimitado dentro de suas possibilidades existenciais porque este tinha as montanhas como limite de espaço.

É nos detalhes que poderemos ver esta identificação entre Floriano Martins e Carlos Drummond de Andrade que nos instiga com o seguinte axioma que aos olhos menos atentos poderia ser um mero detalhe em que podemos constatar aquilo que o poeta Rolando Toro já colocou: en medio del laberinto encuentra los carbones aún ardientes de un mítico sacrificio del comienzo del mundo. La metáfora de Los carbones de Goya alude al proceso creador: es necesario pasar por el fuego para volver, teñido de negro, al esplendor de la vida, pois acima de tudo é uma declaração sobre a vida e não sobre a morte:

 

onde cresce o amor sobre o mundo

toda a idade perdida pousa em teus olhos

 

 


 

1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]

1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]

1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]

1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]

1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]

1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]

1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]

1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]

1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]

2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]

2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]

2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]

2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]

2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]

2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]

2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]

2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]

2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]

2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]

2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]

2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]

2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]

2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]

2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]

2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]

2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]

2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]

2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]

2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]

2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]

2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]

2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]

2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]

2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]

2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]

2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]

2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]

2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]

2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]

2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]

2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]

2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]

2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]

2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]

2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]

2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]

2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]

2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]

2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]

2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes

2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]


 


OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA

 

El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.

Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.

Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.

Alberto Nepomuceno. Edições FDR. Fortaleza. 2000.

O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.

Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.

Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra AméricaCaracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.

A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.

Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.

Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.

Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.

Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.

Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.

Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.

Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.

Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.

Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.

Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.

120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.

 

TRADUÇÕES

 

Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.

Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.

Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.

A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.

Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.

A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.

III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.

Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.

Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.

Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.

Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.

Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.

Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.

Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.

O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.

A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.

 

 

 

 

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