Originalmente publicado em espanhol, tradução não referida, na revista Escáner Cultural, Chile, dezembro de 2000
I – Os tormentos de uma estrutura sinfônica
Conheci a poesia de
Floriano Martins através do ensaio de Ivan Junqueira, Os tormentos da poesia, e logo quis ler este poema que Ivan assim
apresenta: a verdade é que toda a sua
poesia ganha a partir de então um novo impulso. Na aventura hispânica de Los
tormentos miserables se entrelaçam
harmônica e organicamente a sensibilidade métrica, a forma fixa (no caso, a do
soneto, ainda que algo atípico) e a prosa poética com largo fôlego, como desde
sempre, aliás, cultivou o autor. É bom que se advirta, porém, que Los
tormentos miserables não constituem um récueil poético, e sim um núcleo temático (ou problemático)
que se esgalha em 46 fragmentos, ou outros tantos poemas, se assim o
preferirem. É bem de ver, ademais, que o poema se inclui em uma vertente algo
rara da lírica brasileira: aquela que privilegia a poesia (e a metapoesia) do
pensamento, como a exerceram entre nós Carlos Drummond de Andrade, Jorge de
Lima e, talvez mais do que qualquer outro, Dante Milano. Seria assim como a
poesia da poesia, um áspero e pungente esforço de ascese, tal como o vemos no
recente A via estreita, de Alexei
Bueno. E aqui não fia como escapar: toda essa práxis, que em boa hora enfrenta
e afronta a banalidade e o metaludismo em que se converteu considerável parte
de nossa poesia contemporânea, nos remete às matrizes seminais em que esplendem
os nomes de Hõlderlin, Novalis e Leopardi”.
Alma em Chamas, de Floriano Martins, que se insere na vertente do surrealismo de
Breton e dos brasileiros Jorge de Lima e Murilo Mendes, que escreveram Tempo e Eternidade, e privilegiados
como, eu que possuem a primeira edição, sabem perfeitamente que este livro,
dividido em duas partes, está muito mais para a poesia do que para a religião,
e se este não é uma grande realização não se deve ao tema, mas a uma certa
imaturidade dos dois poetas.
A reunião em Alma em Chamas de
um largo poema é um difícil problema estrutural porque os poemas não se
encadeiam em um mesmo movimento onde se percebe que estes chegaram ao seu final
como por exemplo já na primeira sessão de abertura denominada de A Outra Ponta do Homem que não se
interliga com o subsequente Aula de
Pintura porque há ali dois momentos que perspectivam o fazer poéticos bem
particulares que não se encadeiam em uma mesma sequência como em um movimento
de uma sinfonia, se quiser ser mais exato.
Quanto à estrutura de Alma em
Chamas, coloca o autor que concebi
como um largo poema. Não posso determinar como o leitor conviverá com ele, se
com o todo ou se com partes suas. O poema refere-se às diversas maneiras como o
homem relaciona-se consigo mesmo. Do grito de indignação presente em A outra ponta do homem
até o inventário de suas próprias perdas, Colunas
circulares, sem que isto venha a significar resignação. Até pelo
contrário, mostra-se ali uma postura aguerrida diante da morte. Em Os miseráveis tormentos da linguagem
e as seduções do inferno nos instantes trágicos do amor de Barbus e Lozna
o que se mostra, mais do que a aparente relação com o amor impossível, é sua
possibilidade de esgotar-se em si mesmo, ou melhor, ao permitir a leitura de
uma presença andrógina passa a discutir uma outra emissão da relação amorosa.
Em Provas finais,
o que temos é exatamente o que o título sugere, ou seja, a descida vertiginosa
ao reino de todas as possibilidades de lida com a linguagem. E Aula de pintura se vale
do aspecto sensorial, as maneiras como o homem percebe o mundo à sua volta, sua
plasticidade, seu ritmo. Naturalmente, o personagem é um poeta. O livro foi
escrito ao longo de vários anos, sempre pensando em uma estrutura com essa
abrangência mínima. Em Provas
finais, encontramos os poemas mais antigos e também os mais
recentes. Foi o único capítulo composto esparsamente, digamos. Os demais foram
pensados integralmente e escritos geralmente em poucos dias. […] Mas sou afeito
aos grandes painéis. Por exemplo, a soma de vinte canções, com um fio condutor,
reunido em torno de um tema central. Sou, por assim dizer, operístico.
O problema de estrutura de Alma em
Chamas é que cada parte já se situa como uma parte acabada e inspirada em
si mesma e nos lembra um pouco o problema das sinfonias de Gustav Mahler que
quando nós a ouvimos como um todo desconcerta nossa audição justamente por sua
desigualdade no tratamento dessas partes que se auto-concluem e não se
ajustariam como um todo uno ao seu programa camerístico como em um de um largo
poema.
II – Os tormentos da influência surrealista de
Jorge de Lima na poesia brasileira
O ensaio de Murilo
Mendes sobre a Invenção de Orfeu, por
este abarcar, ao meu ver, várias experiências que gerações utilizaram e
Floriano Martins não é nenhuma exceção: Invenção de Orfeu é o máximo documento literário da natureza barroca do Brasil. Esta
obra genial não nasceu na planificação da brasilidade; por isso mesmo, na sua
força caótica e dispersa, é uma poderosa imagem deste país afro-europeu que
carreia uma antiga cultura para enriquecer suas nascentes bárbaras. O texto de Invenção
de Orfeu é extremamente complexo e
erudito. Apresenta diversas técnicas e faturas: poesias metrificadas e rimadas,
outras em metro livre e verso branco, sonetos, canções, baladas, poemas épicos,
líricos, poesias de carne e de sangue, poesias de infância, episódios
surrealistas, esboços de dramas e de farsas. […] É muito provável que dentro em
pouco ele se levante da luta com o Anjo, trazendo-nos novo diamante arrancado
aos abismos. Ou seja, a técnica é da colagem que Floriano Martins o faz
como um grande artista assim como Jorge de Lima o fez. E como o próprio Jorge
de Lima nos coloca em Invenção de Orfeu,
em Poemas Relativos III, o seguinte:
qualquer voz alou-se
muito desejada.
Branco fosse o espaço
e ela ardente cor.
Quis o espaço a voz
a voz veio e ampliou-o.
Mas se não houvesse
propriamente voz…
Vamos nós supô-los:
dois sem seus sentidos.
Desejemos mesmo
dois incompreensíveis.
Bom nos ecoarmos
na voz recebida.
E o espaço esvaziado
povoá-lo de vez.
A reunião de Alma em Chamas em
um único e só poema, como nos versos citados acima de Jorge de Lima, Branco fosse o espaço/e ela ardente cor./Quis o espaço a voz/a voz veio
e ampliou-o, que Floriano
Martins vai a cada bloco de poema-livro fazendo o seu cantar como se cada
sessão fosse um canto que nos fala muito mais da experiência tangível como das
coisas concretas, por exemplo, o corpo:
as dores que crescem em tua
pele
o mistério
de nádegas dançando na
expressão invisível
de umas tristezas fugindo de
teu riso e uns
sorrisos voando a caminho de
tua tristeza
Floriano Martins nega esta influência com Jorge de Lima com propriedade
e nos coloca: Por acaso relia hoje um
artigo de Wilson Martins onde denuncia o mimetismo de Jorge de Lima. Tento
compreendê-lo pelo fato de que Jorge passou por várias fases e não chegou
primeiro a nenhuma delas. Talvez me indagues por minha relação com Jorge tendo
por base o epos
traçado em Invenção de
Orfeu. Por maior que seja meu respeito por Jorge, não vejo ligação.
Teria mais em conta minhas leituras de Milton, Dostoievski e José de Alencar,
que verdadeiramente marcaram a infância, ao lado de histórias em quadrinhos do
Príncipe Valente e os filmes d’O
Gordo e o Magro. De tudo isto vêm aspectos como a criação de
personagens, diálogos, amarração ontológica etc., que são características de
minha poesia. Veja que sou praticamente uma voz isolada na grande tradição
lírica de nossa poesia. Embora isto não queira dizer nada. Mesmo que a
influência de Jorge de Lima não esteja diretamente ligada, faz parte do nosso
inconsciente coletivo poético como a poesia de A. Rimbaud ou as collages anteriormente citadas que dão
este parentesco, e porque ambos são líricos e surrealistas.
III – Os
tormentos do ritmo
Segundo a inquisição que fiz junto a Floriano Martins
sobre a questão do ritmo em sua poesia, este me respondeu que o ritmo de um poema encontra correspondência na
pulsação ulterior de quem o escreve. Sinto a presença de uma plasticidade, o
registro de uma imagem bem definida, assim como seu ritmo, sua modulação
rítmica. Nada disto seria possível sem a sangradura da percepção do mundo à sua
volta. Desta maneira, tudo no poema parte de um diálogo e se encaminha para o
desdobramento desse mesmo diálogo. O poema é o ritmo
do verso martinsiano e seu estado mimético é este entre o eu e o outro como em
uma improvisação jazzística, por exemplo, quando ele próprio indaga: onde há música não há intelecto ou
vice-versa? Não compreendo essas separações, ou melhor, não me alio a elas.
Penso e sinto e gozo e deliro com o mesmo ânimo, com a mesma força interior.
Tenho uma predileção pelo jazz no que permite estabelecer um tema e logo em
seguida improvisar à sua volta, ou seja, quando cria essa relação ambígua entre
razão e sensibilidade, digamos.”.
O ritmo da poesia de Floriano Martins se situa musicalmente no lirismo
da música de um Luciano Bério e de sua sonora Sinfonia ou mesmo em outra obra beriana no momento em que esta
tange no murmúrio das palavras, a exemplo da joyceana Thema (Omaggio a Joyce), mas sem o seu serialismo de programa como
em Coro para instrumentos e vozes
onde este pega os versos de Pablo Neruda e do seu Residencia en la tierra, e os famosos versos surreais e fazendo
beirar ao escatologismo auditivo:
Vinde ver o sangue pelas ruas
O dia pálido surge
O ritmo da poesia é fruto de um ritmo livre nascido pós-Um Lance de Dados, onde este tenta
captar a música em Goya, o teatro em Tom
Waits, a poesia em Keith Jarrett, a pintura em Blake etc. Não somente neles quatro,
mas aí já terias um bom quarteto de afinidades. Aliás, essa relação de
afinidades é de uma variedade estonteante. Tanto no plano estético, quanto no
âmbito do comportamento, das relações com seu tempo, seus pares, rejeições etc.
Uma vez livre do sistema métrico tradicional, sua poesia tange a métrica da
plasticidade das imagens e dos sonhos.
IV – Os
tormentos do inconsciente
Sobre Alma em Chamas, coloca muito bem o poeta Rolando Toro que las mareas
subterráneas del viaje interior, arrastran al poeta hasta los arrecifes donde
todo es posible: el vacío y el éxtasis, un acontecimiento sin redención y pleno
de lucidez. Al conjugar las metáforas del cielo y el infierno, crea el sentido
de una ética y de una estética nuevas ajenas a los dioses y poderosa en el acto
de devoción, e ainda indica que Floriano
Martins comunica en sus poemas la
trayectoria existencial en medio de la suntuosa paradoja de vivir en la ambigüedad
de los hechos cotidianos y la exactitud del infierno; un avanzar por esa
nebulosa de posibilidades entre las tinieblas y el éxtasis. Sus poemas
constituyen una extraordinaria aventura, en torno al misterio del ser. En medio
del laberinto encuentra los carbones aún ardientes de un mítico sacrificio del
comienzo del mundo. La metáfora de Los carbones de Goya alude al proceso
creador: es necesario pasar por el fuego para volver, teñido de negro, al
esplendor de la vida. Mas é preciso se lembrar do que
Ivan Junqueira coloca no início deste ensaio quando comentava sobre Os Miseráveis Tormentos Da Linguagem
e as Seduções Do Inferno Nos Instantes Trágicos Do amor de Barbus e Lozna que
harmônica e organicamente a sensibilidade
métrica, a forma fixa (no caso, a do soneto, ainda que algo atípico) e a prosa
poética com largo fôlego, como desde sempre, aliás, cultivou o autor. Se Alma em Chamas apresenta estes desvios
na construção de sua total harmonia talvez seja por ser parecida demais com o
inconsciente que sempre se respaldou pelo claro e o escuro como nas imagens que
influenciaram Floriano Martins quando coloca: e era também fascinado com Brueguel, Bosch, Goya, os inúmeros catálogos
de suas obras que tínhamos em casa.
V – Os tormentos da identificação de Carlos
Drummond de Andrade
Em Alma em Chamas, na sessão de Os miseráveis tormentos da linguagem
e as seduções do inferno nos instantes trágicos do amor de Barbus e Lozna, este
abre com os seguintes versos:
Onde cresce a árvore de nosso
amor
esfera semeada de sol e vento e
mar
como versos do ar tremem seus
braços
respiração do fogo Por entre os
ramos
onde cresce o amor sobre o
mundo
toda a idade perdida pousa em
teus olhos
mulher acariciada pelo
esquecimento
cujo
corpo se deita sobre a dor do
tempo
e nós de espelhos
silenciosamente caem
de suas sombras no segredo da
paisagem
Segundo a inquisição que fiz junto a
Floriano Martins sobre a questão da influência em sua poesia, este me respondeu
que quanto ao universo das influências, sempre prefiro
tratá-las como identificação, pois as entendo mais como diálogo do que como
padecimento, digamos. O fato é que dialoguei muito pouco com Invenção de Orfeu. Não
foi daqueles livros meus prediletos, que ficava a reler incontavelmente, como o
fazia com Crime e Castigo
ou O tronco do ipê.
Ou, para falarmos de poesia, livros de Drummond, Pessoa e Francisco Carvalho,
que eram devorados com furor na adolescência. Na passagem da infância (onde se
dão os grandes registros que vão definir uma poética) para a adolescência, a
companhia marcante foi a da dramaturgia. Era um apaixonado por Strindberg,
Ibsen, Tchekhov, Genet, Arrabal, Beckett e sobretudo Peter Weiis, que me levava
de volta ao universo do Marquês de Sade que havia lido anos atrás. Creio que a
partir daí foi que enlacei com Artaud, somente depois vindo a conhecer o surrealismo
de Breton. E era também fascinado com Brueguel, Bosch, Goya, os inúmeros
catálogos de suas obras que tínhamos em casa. E nem de longe se pode esquecer
toda a música que marcou parte da infância e da adolescência, a música que meu
pai punha em casa (Dolores Duran, Maysa, Elizeth Cardoso, Nat King Cole, Frank
Sinatra, Pat Boone). Como minha intenção é ensaísta e não a de escrever
uma tese onde tudo isto deveria ser estudado sobre Alma em Chamas, observo que na abertura Floriano Martins nos faz
lembrar o ecoar do mineiro Carlos Drummond quando este coloca, no poema Amar, de Claro Enigma, o seguinte:
Amar solenemente as palmas do
deserto,
o que é entrega ou adoração
expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão
vazio,
e o peito inerte, e a rua vista
em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas
pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa
ingratidão,
e na concha vazia do amor a
procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Em Alma em Chamas, na sessão
de Os miseráveis tormentos
da linguagem e as seduções do inferno nos instantes trágicos do amor de Barbus
e Lozna, Floriano Martins nos dá a visão geográfica do nordeste com seu espaço
aberto e bidimensional muito bem representado por sua métrica livre e aberta
como nos seguintes versos que Onde
cresce a árvore de nosso amor /esfera semeada de sol e vento e mar ou seja,
a possibilidade tangível se dá na plenitude do espaço amplo, enquanto que na
poesia de Carlos Drummond se dá no espaço do limite, quando este nos diz: e amar o inóspito, o áspero,/um vaso sem
flor, um chão vazio,/e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de
rapina em uma visão geográfica do espaço mais delimitado dentro de suas
possibilidades existenciais porque este tinha as montanhas como limite de
espaço.
É nos detalhes que poderemos ver esta identificação entre Floriano
Martins e Carlos Drummond de Andrade que nos instiga com o seguinte axioma que
aos olhos menos atentos poderia ser um mero detalhe em que podemos constatar
aquilo que o poeta Rolando Toro já colocou: en
medio del laberinto encuentra los carbones aún ardientes de un mítico
sacrificio del comienzo del mundo. La metáfora de Los carbones de Goya alude al
proceso creador: es necesario pasar por el fuego para volver, teñido de negro,
al esplendor de la vida, pois acima de tudo é uma declaração sobre a vida e
não sobre a morte:
onde cresce o amor sobre o
mundo
toda a idade perdida pousa em
teus olhos
1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]
1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]
1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]
1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]
1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]
1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]
1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]
1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]
1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]
2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]
2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]
2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]
2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]
2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]
2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]
2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]
2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]
2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]
2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]
2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]
2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]
2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]
2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]
2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]
2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]
2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]
2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]
2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]
2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]
2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]
2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]
2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]
2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]
2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]
2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]
2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]
2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]
2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]
2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]
2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]
2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]
2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]
2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes
2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]
OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA
El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.
Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.
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O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.
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A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.
Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica. 2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.
Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.
Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.
Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.
Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.
Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.
120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.
TRADUÇÕES
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Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.
A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.
Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.
III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.
Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.
Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.
Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.
Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.
Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.
Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.
Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.
O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.
A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.
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Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
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