Originalmente publicada na Revista Triplov de Artes, Religiões e
Ciências # 01, Lisboa, maio de 2010.
Floriano Martins (Brasil, 1957) é um dos poetas mais
interessantes atualmente em atividade na cena cultural do país. Com um discurso
consistente e ampla erudição, escapa dos lugares comuns e vem minando vícios
reflexivos consolidados em nosso panorama cultural. Sempre disposto ao diálogo,
não recuou quando aproveitei uma de nossas trocas eletrônicas de mensagens para
crivá-lo de questionamentos, na esperança de extrair um pouco deste escuro ouro
incendiado que escorre dos mananciais poéticos das existências vívidas e
liricamente demarcadas. [MS]
MS | Diante deste panorama que
lucidamente você aponta (desigualdades sociais e culturais marcantes, ao lado
de uma massificação cabalmente realizada, torpeza nas relações humanas,
necessidade de um conhecimento mais plural e detalhado do mundo e do próprio
país pelos escritores etc.), ainda é possível um papel na “sociedade” para a
poesia e o poeta? Seria preciso ou possível fomentar, mesmo que em embrião, uma
“microssociedade” ou “cultura” paralela, alheia ao comércio e vaidades
literárias?
FM | Talvez caiba rever os conceitos
de sociedade e poeta, a ver se no Brasil nos encaixamos em algo que possa assim
ser chamado. A sociedade brasileira, do ponto de vista cultural, está
constituída de forma acidental e irregular. Seja pela perversão com que
traçamos o mapa urbano do país, ao longo de nossa história – o acentuado
desprezo pelo interior contrastando com a fascinação irrefletida pelo litoral
–, seja pela maneira calhorda com que praticamente todos os nossos governantes
trataram da educação. Por outro lado, nossos poetas raramente reclamaram para
si um papel a ser desempenhado nessa sociedade. Evidente que não me refiro
àquele equívoco papel que deforma a estética em nome de uma frustrante atuação
política. A linguagem poética, por exemplo, jamais foi pensada como um elemento
constituinte de uma sociedade, como um valor cultural a enriquecer sua
formação. De maneira que em meio ao comércio das vaidades eu não sei se
sobrevive algo de humano na poesia ou na sociedade no Brasil.
MS | Tendo em mente algumas linhas de
pensamento correntes, você acredita que a literatura, numa sociedade
massificada, injusta e muito pouco ética, vem correndo o risco de se tornar,
por um lado, apenas repetição, subproduto destes fatores e mera reprodutora dos
valores ostensivos do sistema vigente? E, por outro, espécie de “realismo” que
a torna “esgoto” para onde confluem a expressão dos “recalques e podridões” do
humano?
FM | Eu penso que há muito estamos
produzindo uma série infinita e despreocupada de relançamentos – e não me
refiro aqui a reedições e sim ao caráter reciclável da escrita. Não se trata de
literatura, mas antes de cultura de massas. Envolve as demais artes,
colocando-as todas na condição de passatempo. É muito curioso observar que
escritores sempre se sentiram uma entidade à parte, e que agora se encontrem,
como artistas que são, porque afinal o que produzimos todos – poetas, músicos,
pintores, dramaturgos – é arte, que agora se encontrem todos reunidos pelo
pior, como títeres de uma indústria cultural que subverte a lógica e todos
aceitamos tacitamente não haver distinção entre produção artística e produção
industrial, como se escrever um romance, por exemplo, fosse apenas fase de um
processo industrial. O indivíduo desaparece duplamente, como criador e como
espécie humana.
MS | Ainda é viável um sentido de
resistência e crítica no trabalho literário, uma vez que o próprio poeta – como
se ouve dizer – está forçosamente inserido nesta estrutura social para sua
sobrevivência e atuação?
FM | Este é um dos argumentos mais
torpes a que alguém pode recorrer. Artistas sempre comeram, casaram, compraram
instrumentos de trabalho e todos sobreviveram e seguem sobrevivendo. Se uns
foram mais felizes ou desafortunados que outros, creiamos em destino ou não,
esta balança ou funil sempre fez parte da vida dos criadores. No caso dos
escritores, a história está repleta dos que trabalham em bancos, dão aulas,
receberam heranças familiares, tiveram livros adaptados para o cinema ou
simplesmente recorreram ao mais comum dos truques de sobrevivência: buscaram
uma parceria amorosa que os sustentasse. Aqueles que se renderam facilmente que
não me venham com o argumento de que a sociedade os forçou a tanto. A vida
nunca é fácil, por mais que aparente sê-lo.
MS | As
ideias de rebeldia e desregramento – oriundas da poesia – esgotaram-se ao se
tornarem produtos – se pensarmos na indústria da música e no modismo envolvendo
a cultura das drogas, cada vez mais afastada de qualquer sentido e valor, bem como
na “institucionalização” dessas atitudes, relacionadas a uma faixa etária – ou
ainda é possível uma rebeldia e um desregramento autênticos como meios viáveis
para o poético, uma vez que, segundo dizes “vivemos numa sociedade
domesticada”?
FM | É verdade, nos convertemos em um
imenso zoológico, que é o melhor exemplo de sociedade domesticada. Agora, as
ideias se esgotam e talvez este seja um de nossos dilemas, o de que queremos
aplicar ao dia de hoje ideias que foram valiosas em outra circunstância. Eu
sinceramente não gosto dessa leitura da arte como fonte de rebeldia e
desregramento da forma datada como estes conceitos são interpretados. É puro
saudosismo. Não tem cabida querer povoar o século XXI com Baudelaire, Rimbaud,
Artaud, Pasolini, Jim Morrison. Românticos, simbolistas, surrealistas, beatniks, tiveram um papel inestimável e
valem como balizas, como referenciais substanciosos da cultura. Em uma de
minhas viagens ao exterior, alguém indagou sobre Paulo Coelho. É comum esse
tipo de clichê, o sujeito vem do Brasil, terra de samba, carnaval, futebol,
Paulo Coelho e corrupção. Eu estava sem muito apetite para a polêmica neste dia
e me saí com a frase: houve uma época em
que o Paulo Coelho era o maior problema da literatura brasileira; hoje é o
menor. Depois mastiguei bem o que disse de rompante e vejo que é exatamente
isto. Sorte dele que inventamos uma tolice maior. Todo grande criador em
qualquer tempo é naturalmente rebelde e rompe com as regras que são as
características de sua época.
MS | Você escreveu que acredita que
“a realidade se expressa de maneira mais viva e desimpedida quanto mais lhe
permitimos multiplicar-se em infinitas e transbordantes máscaras”. Em que
medida esta realidade de que você fala se relaciona com a realidade construída e
reafirmada cotidianamente pelos meios de comunicação de massa, por exemplo?
FM | O termo está perfeito:
“realidade construída”. É outra forma de ficção, estou certo? O argentino
Borges disse certa vez que não há melhor exemplo de literatura fantástica do que
a Bíblia. A mídia representa este papel em nosso tempo, o de construção de uma
realidade fantástica em substituição à vida cotidiana. E o faz com tamanha
propriedade justamente anulando a diversidade. E com tremendo sarcasmo se
reporta a alguns profetas da ficção científica como palpites sem maior
expressividade do ponto de vista real. Voltamos ao tema da arte convertida em
passatempo.
MS | Ainda sobre as “máscaras”,
Octavio Paz afirmou que “se a ficção do poeta devora a pessoa real, o que resta
é um personagem: a máscara devora o rosto. Se a pessoa real se sobrepõe ao
poeta, a máscara se evapora e com ela o poema mesmo, que deixa de ser uma obra
para converter-se
FM | Começo pelo mexicano Octavio
Paz, que curiosamente acabou por se converter em um tipo repleto dos maus
hábitos que sempre criticou nos outros. O poeta acabou devorado por uma máscara
que construiu: a soberba com que situou a si mesmo como figura magistral e
insuperável na lírica mexicana. Não fosse por esse deslize de caráter, teria
hoje um lugar mais tranquilo na tradição poética de seu país. Entre poetas
portugueses, é comum conversarmos sobre a demasiada presença de Fernando Pessoa
na lírica de Portugal, ele, Pessoa, um desses monstros sagrados que chegam a
preocupar pelo grau de influência de sua obra. No caso do poeta mexicano, a
influência foi determinada por uma questão de poder literário, o que é bem
distinto. Não nego que não tenha abordado, no ensaio literário, aspectos
fundamentais para a lírica em nosso tempo, embora suas ideias não tenham de
autorais senão no aspecto do regente que soube melhor reunir o que estava no
ar.
Mas vamos às tuas reflexões. Não creio que seja o caso de
perda. O poeta sabe com que elementos deve lidar e a proporção com que deve
situá-los em sua obra. A resultante disto é que vai definir se houve perda ou
não. Isto de querer inventar um mundo distinto, uma querela entre poesia e
literatura, é outra pequena falácia. Eu não tenho a minha vida um minuto que
seja fora do que crio, querido. Insisto no termo criação porque é disto que se
trata. Lido com uma boa variedade de pincéis, que passam pelos assuntos
literários, onde muitos têm dificuldades de inserir a letra de canção popular,
a fotografia como recurso plástico que pode enriquecer meu poema, as atividades
dadas como intelectuais de tradutor, ensaísta, as incursões jornalísticas etc.
O meu projeto, a rigor muito espontâneo, não é poético, e sim intensamente
visceral.
MS | Parece ser impossível hoje o
trabalho poético sem um largo substrato reflexivo, no entanto, o poeta não pode
reduzir-se ao pensador, como você equaciona a racionalização e a necessidade de
entrega aos impulsos no momento da escrita? Como se desenrola seu processo
criativo?
FM | Sempre foi. Não se cria
irrefletidamente, ao mesmo tempo em que nenhuma criação deve se limitar
unicamente aos esboços, às anotações de intenção. É uma tolice criar uma
impossibilidade de diálogo entre essas duas instâncias. Eu poderia simplesmente
dizer que crio vivendo, que no fluxo diário de minha vida os poemas vão
jorrando. Não é bem verdade. Busco certa disciplina, fico atento a leituras que
se inter-relacionam, como estar vendo um filme e de repente aquilo lhe puxa
para um verso lido em um poema e este poema traz consigo a recordação de que
foi lido sobre os seios de uma mulher enquanto o vinho que tomavam por acaso
era o mesmo que a cena no filme menciona. O trabalho fotográfico que venho
fazendo agora – e adoro que uma amiga, Tânia Tomé, poeta de Moçambique, o tenha
percebido como “um entranhar de carnes entre os
versos” – é uma sequência do verso, seu desdobramento que poderia ser na
forma de um filme. Aprendi isto muito com a relação entre poema e colagem que
encontrei no chileno Ludwig Zeller. A rigor a arte não para quieta. Por vezes,
quem não sai do canto é o artista.
MS | Pensando numa distinção em voga
na historiografia literária, que propõe a separação entre uma poesia
“cerebral”, “meditada” e outra “de inspiração” e “entusiasmo” (na qual se
inseriria o surrealismo), faz sentido a separação, ou seria um mero maniqueísmo
esquemático?
FM | Uma tolice que não tem mais
tamanho. Mas que agrada aos poetas, por situá-los em uma condição superior. O
que o surrealismo propunha era livrar-se dos excessos da razão e não
estabelecer tal maniqueísmo.
MS | Você
tem sido um dos responsáveis pela reformulação do que se entende na
historiografia literária por surrealismo, ao mesmo tempo em que aponta a
“falácia conceitual” e a “derrocada do sentido” como elementos definidores do
nosso tempo. Acredita que há relação entre as duas coisas? Crê que no meio da
confusão generalizada uma voz coerente e independente possa ser mais facilmente
ouvida? Qual o papel da Internet neste contexto, uma vez que suas ações vêm
ganhando visibilidade por esse meio?
FM | Eu sinceramente creio que este
papel é ainda muito pequeno nessa releitura da atuação do surrealismo em nosso
continente. Não se trata propriamente de reformulação. Como disse em seminário
na Universidade de Cincinnati (primeiro trimestre de 201o), e que consta do
livro que escrevi e que serviu de base para este evento, a ausência de um
estudioso que fosse criterioso em relação aos desdobramentos do surrealismo em
todo o continente, sem situar as perspectivas estéticas do movimento, agravou a
percepção de sua real influência em nossa cultura. O surrealismo no continente
americano deixou de ser visto como um aspecto fundamental na construção de uma
vanguarda americana, e passou a ser visto como amém ao espírito vanguardista
europeu. E agora o cuidado é também no sentido de evitar que o tema não caia na
malha enganosa da história como algo que pertence ao passado, nada mais. A
Internet é todo um capítulo à parte, estamos apenas ao princípio de uma
impressionante expansão de meios e aos poucos vamos nos livrando da pior
armadilha de qualquer inovação tecnológica aplicada à arte e à cultura, a de
confundir meio e mensagem.
MS | Você
pode falar um pouco de sua trajetória? Você estreia precocemente aos 21 anos,
em 1978, mas sua poesia atual surge com o início da década de 90, o que
aconteceu nesse entremeio? Foram anos de amadurecimento?
FM | O amadurecimento não é uma
estação de águas. Está aqui presente o tempo todo. O buraco de tempo entre 1978
e 1992 foi preenchido por muitas coisas, inclusive a publicação de livros. Sim,
livros
MS | Sua
poesia concentra sua inventividade no plano semântico e expressivo, enquanto
sintática e morfologicamente parece ser mais linear, articulando-se inclusive
em torno do “tu”, praticamente ausente da linguagem oral no Brasil, não há aí o
risco de artificialização da linguagem, afastando-a das modulações do português
falado e ouvido neste canto do mundo?
FM | Um poeta mexicano recentemente
me disse que era curioso um cara falando em vanguardas, destacando-se como
estudioso das vanguardas, ao mesmo tempo com um poema clássico. Eu não sei se o
problema está na linguagem da escrita ou em sua correspondência cotidiana.
Lembro que o Henri Matisse certa vez observou uma coisa brilhante, algo mais ou
menos assim: se eu não posso enriquecer a
fala popular, por que tenho então que empobrecê-la? Acho que nós artistas
estamos caminhando em um mundo muito curioso, que estima pela pobreza
espiritual, pela pobreza estética, enfim, por toda sorte de pobreza. É o que
parece, que cultuamos a pobreza como a grande riqueza de nossa época.
MS | Em
entrevista, você afirmou que “se não há poesia, temos que entender que isto se
dá pela ausência do elemento humano”. Nesse sentido, sua atuação tem sido
pautada tanto pela prática como pela cobrança de “honestidade intelectual” por
parte de pesquisadores e escritores, crês que valor humano e envergadura de
pensamento são, de maneira geral, fatores desconsiderados na apreciação atual
de literatura?
FM | Sinceridade, sobretudo. Eis a
palavra temida. Claro, claro, não há música ou poema ou teatro, sem a atuação
do humano em seu sentido radical, na presença sanguínea do criador. Agora,
inventamos uma sociedade desonesta em que os artistas não são vítimas e sim
parte dela. Acabamos com tudo, nossa época é de pura prevaricação de mercado,
agenda de passatempos, somos todos coniventes disto. Meu antigo parceiro na
editoria da Agulha – Revista de Cultura
discordava de mim quando eu dizia que somos todos responsáveis pelo estado
atual de pobreza espiritual em que nos encontramos no Brasil e que nos faz
refém de toda investida vagabunda, seja na política, na cultura, já não
importa. Vamos piorar. Estamos a meio passo de um desastre. Não se trata de
campanha política, e sim da vergonhosa ausência de um norte, de algo em que
acreditar. Nunca a política e a cultura no Brasil estiveram tão sócias da mesma
fraude de circunstância.
1989 A POÉTICA DO PARADOXO [Entrevista concedida a Sérgio Campos]
1996 A FAVOR DO CONTRA [Entrevista concedida a Lira Neto]
1997 O TEATRO E O ATENEU: Breve introdução à poesia de Floriano Martins [Carlos Felipe Moisés]
1998 A MODERNIDADE NÃO É UM CADERNO DE RECEITAS [Entrevista concedida a Rodrigo de Souza Leão]
1998 A NECESSIDADE DA POESIA [Entrevista concedida a Emmanuel Nogueira]
1998 CONTINENTE DE POETAS [Wilson Martins]
1998-2010 FRAGMENTOS ROUBADOS AO TEMPO [Preparado por Márcio Simões]
1999 FLORIANO MARTINS TRAZ POETAS HISPANO-AMERICANOS AO BRASIL [Entrevista concedida a José Castello]
1999 UN LIBRO QUE UNE Y ESCUDRIÑA [Carlos Germán Belli]
2000 OS TORMENTOS DO VERBO E DA IMAGEM NA ESTRUTURA DA ALMA [Eric Ponty]
2002 AS MANIFESTAÇÕES SURREALISTAS NA AMÉRICA LATINA [José Castello]
2002 HUMANISMO POÉTICO [Entrevista concedida a Fabrício Carpinejar]
2002 MÉXICO Y BRASIL BUSCAN ACERCARSE A TRAVÉS DE LA POESÍA CONTEMPORÁNEA [Rodrigo Flores]
2002 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Rodrigo Petronio]
2002 UM OLHAR NA POESIA [Entrevista concedida a Carmen Virginia Carrillo]
2002 VOZES EM CONFLUÊNCIA [Maria Esther Maciel]
2003 O MERGULHO EM TODAS AS ÁGUAS [Entrevista concedida a Rodrigo Petronio]
2003 PALAVRAS PRELIMINARES [Entrevista concedida a Jorge Ariel Madrazo]
2004 SÁBIO IMPREVISTO [Entrevista concedida a Álvaro Alves de Faria]
2004 UMA AGULHA NA REDE DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2005 SOMOS O QUE BUSCAMOS [Entrevista concedida a Ana Marques Gastão]
2005 VERTIGENS DO OLHAR: autorretratos [Floriano Martins por Floriano Martins]
2006 A OUTRA MÁQUINA DO MUNDO [Entrevista concedida a Belkys Arredondo]
2008 FESTA DA MESTIÇAGEM [Entrevista concedida a José Anderson Sandes]
2008 UMA CONVERSA COM O CURADOR DA 8ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁ [Entrevista concedida a Lira Neto]
2009 A INOCÊNCIA DE FLORIANO MARTINS. INOCÊNCIA? [Jacob Klintowitz]
2010 ÀS VOLTAS COM O LIVRO-OBJETO E SUAS SOMBRAS [Entrevista concedida a Madeline Millán]
2010 CIBERCULTURA EN TIEMPOS DE ANALFABETISMO GLOBAL [Entrevista concedida a José Ángel Leyva]
2010 NASCENDO TODOS OS DIAS [Entrevista concedida a Manuel Iris]
2010 OPÇÃO PELA DISSIDÊNCIA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2010 TODAS AS COISAS À MINHA VOLTA [Entrevista concedida a Adlin Prieto]
2011 CRÍTICA E RUPTURA: a inocência de pensar de Floriano Martins [Teresa Ferrer Passos]
2011 PARTICIPAÇÃO POÉTICA [Entrevista concedida a Márcio Simões]
2013 QUE HOMEM É ESSE? [Entrevista concedida a Oleg Almeida]
2015 O LUGAR QUASE LASCIVO DE UMA AMBIGUIDADE [Entrevista concedida a Renata Sodré Costa Leite]
2016 AVENTURAS DA POESIA NO TEMPO: o inteiro continente revelado [R. LeontinoFilho]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 01 [Alfonso Peña & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 02 [Omar Castillo & Floriano Martins]
2016 LA INUTILIDAD DE LAS FUENTES, 03 [José Ángel Leyva & Floriano Martins]
2016 LOS NAVEGANTES DE LA PARADOJA [Entrevista concedida a Alfonso Peña]
2016 UM NOVO CONTINENTE [Marco Lucchesi]
2017 À LUZ DO PARADOXO [Entrevista concedida a Leila Ferraz]
2017 FLORIANO MARTINS, POETA E DEMIURGO [Claudio Willer]
2020 | DIÁLOGO CON FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Berta Lucía Estrada]
2020 | FLORIANO MARTINS: Todos somos marginados a la sombra de lo desconocido | [Entrevista concedida a Elys Regina Zils]
2020 UMA CONVERSA COM FLORIANO MARTINS [Entrevista concedida a Anna Apolinário & Demetrios Galvão]
2021 UNA PRESENTACIÓN DE LA OBRA DE FLORIANO MARTINS [José Alcántara Almánzar]
2021 VOCAÇÃO DIALOGANTE [Entrevista concedida a Maria Estela Guedes]
2022 DE ITARARÉ A UMA DEAMBULAÇÃO CONTÍNUA: Conversa com Floriano Martins sobre o Surrealismo no Brasil [Entrevista concedida a Anderson Costa & Elys Regina Zils]
2023 | FLORIANO MARTINS E O MARAVILHOSO TUMULTO DE SUA VIDA | Roda de imprensa, várias vozes
2023 A OUTRA VOZ DO TEMPO: Cronologia de vida e obra [Preparada por Floriano Martins & Márcio Simões]
OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA
El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.
Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.
Alberto Nepomuceno. Edições FDR. Fortaleza. 2000.
O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.
A inocência de Pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.
Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica. 2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.
Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.
Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.
Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.
Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.
Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.
120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.
TRADUÇÕES
Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.
A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.
Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.
III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.
Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.
Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.
Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.
Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.
Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.
Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.
Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.
O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.
A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.
∞
Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/
1999-2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário