Ao longo do
rio
não vi uma
ponte.
Este dia é
sem fim.
MASSAOKA SHIKI
I
A tua alma me conduz até o
Inferno,
mas eu não sei o seu
significado.
Desconheço os caprichos de teu
mundo,
as sombras ardilosas de tua
escritura.
Quantas palavras eleges para
erguer a dúvida
e deixar-me detrás de seus
corpos.
Uma pedra falante e tu és a
cortesã de meus sonhos.
Eu escuto o modo como a tua
pintura se agita em meu ser.
Como um rio em que se banham as
ninfas e as águas não se cansam.
Eu canto e posso pintar tua
nudez.
Uma caligrafia de nuvens
florescendo a descoberta de novos formatos:
as gorjetas do olhar,
as cicatrizes da memória,
as pinceladas que tornam
possível o teu nome.
Eu posso ser a luta justa pela
cópia de teu futuro,
a iconografia útil de teus
gozos,
as cartas que levas contigo em
tua viagem para o Ocidente.
Deixa-me a pele na capital de
tuas lembranças.
Eu também quero ser a
atualidade de teus jardins
e partir o meu nome em tantas
pedras comovidas com que possas erguer a tua casa,
para que saibas a importância
do monastério de minha solidão,
Enquanto aguardo a visita de tua
representação em tudo o que crio.
Os teus animais de argila estão
chorando por mim.
Eu lhes digo que a noite é um
regaço que desconhece a aurora.
Passeios em meu corpo com uma
caravana de devaneios.
Ninguém em mim pensa em chegar
em lugar algum.
Os símbolos são conselheiros de
um abismo que te envolve.
Eu me desfiz de todas as
janelas porque não quero saber quando voltas.
Há um comércio de pássaros em
teu olhar.
Eu leio as tuas variações em
meu interior,
o teu olhar enfeitiçado profana
os biombos do acaso,
como pérolas que ingressam em
minhas suspeitas
ou como misturas as tintas de
meu desejo
e tenho que atravessar a
consequência dessa miragem.
Eu te vejo onde não estás.
Aprendi o quanto é falível o
invisível.
Os bambus que simulam as
sílabas fragmentadas de teus impulsos.
O nanquim da lua em seu
desterro.
Os véus de uma pele sobre a
outra.
As árvores circulando a
paisagem.
A mesma tigela de milagres
servida noite após noite há décadas.
Eu pintei um quadro em que te
escondes até hoje.
As tuas cidades, subúrbios,
pátios descobertos, o piano silvestre
que celebra a tua renúncia ao
meu nome de porcelana.
Eu escrevo que não sabes mais
voltar,
como um abismo na prateleira e
o salmão ostentando seu luxo.
Não sabemos mais voltar.
O mundo se perdeu de si no
verniz das máscaras da indústria do amor.
II
Quantas noites podem ser
escritas no braseiro de teu corpo?
Eu li o meu futuro em tua
excitação,
mas alguns crepúsculos pareciam
lacrados pela tempestade.
O teu olhar projetado na
cerâmica de objetos perdidos.
Eras assim tão meu como um país
contido em uma caixa venerada por um verniz de chumbo.
Eu te fiz nômade de toda a
minha extensão.
Os meus domínios de pureza e
retiro.
A escala devotada de esferas
silenciosas.
Quando me vias nua o teu palácio
era uma pintura chinesa.
Em meio a tantas cenas de
dinastias refeitas,
em tua mesa de marfim eu deitei
o meu retrato,
e me fizeste abandonar os
conflitos da moldura.
Em quantas noites imperfeitas
nós fomos os últimos mistérios
e a intimidade proporcional dos
séculos aquarelados?
III
Agora é a
vez das folhas de cardos e orquídeas migrarem de um ideograma
para outro
de meus lábios murmurando tua ausência.
Há quatro
mil anos elas refazem o caminho do chá em minha pele.
Ainda me
encontras nas ruínas de suas xícaras sagradas.
Sete passos
em minhas dunas, sete passos em meus salões,
sete
origens deixadas para trás em seus ciclos de
vaporização e secagem.
Não contamos
os monges acordando bem cedo para lavar os pés da estrada.
Mal
soletramos os refúgios penosos de tantas montanhas azuis,
os iaques negros de chifres longos pastando em diferentes
analogias.
Quantas
nuvens podemos adivinhar em nossos olhares?
O mistério
das tendas nômades rodeadas de lagartas mágicas.
A forma da
luz do sol empenhada em reconstruir os mitos.
Quem me
ajuda a debulhar os grãos desses ritos que o tempo esqueceu?
Talvez
ainda possas ler nas folhas de meu orgasmo
os
aforismas borbulhantes de um cardume de peixes desaparecidos.
Eu lido com
as folhas soltas de um negro chá que me acompanha a solidão.
Nunca me
prendi aos detalhes e resíduos de teus planos de me deixar.
IV
Estás bem longe de minhas faltas.
As gestações lunares com suas ânsias proverbiais.
O lampejo de corpos taciturnos apalpando a origem do
desejo.
Uma lâmpada sob o lençol perfumado.
Eu queria as tuas larvas conjugadas nos estreitos
labirintos que invento
para que saibas que posso estar em qualquer lugar
não importam os soluços normativos de tanta distância.
Um acidente rasgando o espaço de outras saliências.
As cidades devastadas ao longo de dois milênios
rezam por seus corpos entulhados na memória decadente.
Quantas foram a história jamais as unificará.
Como as frutas imaginárias de uma galáxia que nos
desconhece.
Estás tão longe e não sei como me comportar.
Como as covas decompostas em algarismos de vísceras,
multidão de anjos com as muletas empenadas
e as velhas árvores colossais que não sabem mais
dançar.
Onde estás talvez seja apenas um dia após o meu,
mas de uma hora para outra isto parece não mais
importar.
V
Os céus não
sugerem quando vão cair
ou as
geleiras em que cama dormirão.
As trevas
não decifram os urros do caos,
nem é meu o
teu coração suadouro sombrio.
A
melancolia não quer livrar-se da arte
com que
pesas os dias e a distância.
Eu levo o
trigo, canções e páginas de um mundo
tão
sensível quanto a dor que o desfigura.
Temos todos
um estranho jeito de beijar
a antiguidade
de nossos pecados mais cruéis.
Nem mesmo
as fronteiras anunciam seus mitos.
Os juncos
trapaceiros em que nos deitamos.
O esplendor
de cavernas que um dia se foram,
com um
furor fugitivo de chaves e profecias.
Os deuses
desconhecem o próprio arbítrio,
enquanto
nos forçam a matar por liberdade.
Agora que
estás em alguma parte do Ocidente,
talvez
reconheças os disfarces da verdade.
O indivíduo
é um terrível refúgio da multidão,
essa
humanidade há muito desaparecida
e que
ninguém mais é capaz de ganhá-la.
Os céus não
sugerem quando vão cair
ou as
geleiras em que cama dormirão.
VI
Esta é a
primeira noite de um blefe. Os navegantes
estão de
olho na tempestade sobre a mesa.
As âncoras
foram corroídas por uma tinta invisível.
As cartas
pronunciadas como golpes elétricos
e o anúncio
solene de que ninguém sabe o que houve.
Os dias são
passados ao contrário, com suas grossas sobrancelhas.
Uma espécie
de nariz raro descreve as cicatrizes da terra.
Ao pedir
novas cartas alguém perde a noção do destino
do chapéu
das estátuas ao redor. Os ídolos sobrecarregados
ainda
acreditam na tradição. Nasci em uma cidade que se perdeu
porque
ninguém mais sabia como pronunciar seu nome.
A terra
está povoada de crimes coloquiais.
Quando o
Budismo chegou no Sião o comércio
já havia
aprendido novos truques, a Europa
desfigurara
o mundo inteiro. A geografia perdeu elevações.
Os homens
foram em busca de outras consequências.
A realidade
não ia a todo instante cair no conto do dilúvio.
VII
Noite coroada pelas guerras e os trabalhos
interrompidos das forças de paz.
Quantos ídolos destinamos a cada tarefa de emancipar o
mundo de sua ilusão de arbítrios?
As noites não voltarão nunca a ser noites sem que as
feras deem início a um novo ciclo de sacrifícios.
Tu sabes quantas regiões misteriosas guardei para ti,
acreditando que um dia retornes.
Tecidos de uma intimidade regurgitada, o afluxo de
crimes excitando nova onda de mistérios.
Quem sabe quantas vezes o amor representa uma
comunidade de expatriados?
As minhas sedas foram iniciadas pelos toques de tuas
mãos.
Deste a meu corpo um senso luminoso de dedicação às
mais esfomeadas visões.
Eu sempre fui o curso de teus rios, a tua alma florida,
o oceano esquecido de tantos mitos.
Os santos podem ser falsos, mas não herdarão a terra.
Não governarás meus sonhos.
Nossos antepassados se encharcaram de ópio e erraram
até que tudo desmoronasse.
Quantas vértebras arrepiamos como uma sagração de nosso
amor, e tu me dizias:
Os teus olhos jamais
serão atrofiados pela realidade,
e tanto acreditei que jamais pensei
que um dia pudesses vir a ser a lágrima que não
consegue entrar no cérebro.
A todo instante nós nos substituímos por outros. O
mundo é essa ilusão de trocas.
VIII
Quero te amar como se fosses um fantasma.
Transcrever a nossa distância como o prólogo
de um abismo que seja o símbolo da noite.
Verbo, meu verbo descarnado, pena de ave,
Nirvana, Quaresma, cascas de árvores,
a terra queimando, bispos com seus incensos,
governos erguendo cruzes, o milagre da vida.
Meu corpo chamando por ti quando durmo.
Tudo o que tenho é amor, ritual confiscado.
Água-mãe do inacreditável, foco das diferenças.
Grande obra da radioatividade, museu de tudo.
Os teus males não caminham sobre as águas.
O meu corpo te espera com as suas cicatrizes.
Nenhum de nós quer o batismo de seus males.
IX
Eu fui embora para um idioma onde não poderias me
encontrar.
Gramática de cultos inalcançáveis, linguagem onde as
castas
não se encontram. Cada verbo meu deverá se surpreender
com a descoberta do teu em nome de meu desejo. A Europa
matou
as línguas e o mistério, e tu só poderás sobreviver ao
tratado
múltiplo de meu corpo. A transcrição de tua alma será o
ativo
gozoso de cada verbo. A pluma fogo, as sílabas
profundas, o melro
indicando o acento de cada palavra. Não é tão bom
assim?
As noites prolongadas em tudo o que nos dissemos. Um
beijo,
a nervura de algo incompreendido, a luz que teimas em
apagar.
O amor marca o início de tudo quanto as religiões
teimam em findar.
Não deveríamos estar aqui e há muito já estávamos. Os
desvios
dos primeiros corpos são a vantagem das caravelas,
tinta dos ardis,
empório de luzes preparadas para o final dos tempos.
Depois é mar.
A vastidão do acaso. O ritmo imperecível do orgasmo. A
terra
onde nenhum de nós um dia poderia negar o que viríamos
a ser.
X
O mar deve renascer a cada sussurro teu.
Como as caldeiras aquecidas com que cruzas as
distâncias.
Como as pérolas que desenham fundos falsos em todas as
conchas.
Como a mais antiga de todas as previsões do fim dos
tempos.
Eu descobri as terras atribuídas a outros povos.
Os minérios com suas fissuras inexplicáveis.
A pangeia onírica que continua emitindo um curioso
relato de maremotos.
Eu deixo as tuas provas de vida habitarem o meu íntimo.
A extração dos vestígios de tuas expedições mais
frutíferas.
Somos as pedras deitadas ao relento.
O espírito da terracota navegando por tuas águas de
fogo.
As vezes que enrolamos pirâmides para presentear o
futuro.
Eu quero um milagre a bordo da arquitetura de teu
corpo.
Que sejas o misterioso caminho de minhas estátuas.
Que sejas o meu homem-pássaro.
Não importa de onde venhas.
Talvez o Ocidente não tenha passado de uma rota
naufragada.
∞
A GRANDE OBRA DA CARNE
A poesia de Floriano Martins
1991 Cinzas do sol
1991 Sábias areias
1994 Tumultúmulos
1998 Autorretrato
2003-2017 Floração de centelhas [com Beatriz Bajo]
2004 Antes da queda
2004 Lusbet & o olho do abismo abundante
2004 Prodígio das tintas
2004-2015 Estudos de pele
2004-2017 Mecânica do abismo
2005 A queda
2005 Extravio de noites
2006 A noite em tua pele impressa
2006 Duas mentiras
2006-2007 Autobiografia de um truque
2007 Teatro impossível
2008 Sobras de Deus
2008 Blacktown Hospital Bed 23
2009-2010 Efígies suspeitas
2010 Joias do abismo
2010-2011 Antes que a árvore se feche
2012 O livro invisível de William Burroughs
2012-2014 Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]
2013 Anatomia suspeita da realidade
2013 My favorite things [com Manuel Iris]
2013 Sonho de uma última paixão
2013-2015 Breviário dos animais fabulosos fugidos da memória
2014 Mobília de disfarces
2014 O sol e as sombras
2014-2015 Reflexões sobre o inverossímil
2015 Enigmas circulares
2015 Improviso para dois pianos [com Farah Hallal]
2016 Cine Azteka [com Zuca Sardan]
2016 Circo Cyclame [com Zuca Sardan]
2016 Trem Carthago [com Zuca Sardan]
2016 A vida acidental de Aurora Leonardos
2016 Altares do caos
2016-2017 Convulsiva taça dos desejos [com Leila Ferraz]
2016-2017 Obra prima da confusão entre dois mundos
2017 O livro desmedido de William Blake
2017 Antigas formas do abandono
2017 Manuscrito das obsessões inexatas
2017-2020 A volta da baleia Beluxa [com Zuca Sardan]
2017-2022 Nenhuma voz cabe no silêncio de outra
2018 Atlas revirado
2018 Tabula rasa
2018 Vestígios deleitosos do azar
2021 Las mujeres desaparecidas
2021 Museu do visionário [com Berta Lucía Estrada]
2021 Naufrágios do tempo [com Berta Lucía Estrada]
2022 As sombras suspensas [com Berta Lucía Estrada]
2022 Las resurrecciones íntimas [com Berta Lucía Estrada]
2023 Huesos de los presságios [con Fernando Cuartas Acosta]
2023 Inventário da pintura de uma época
2023 Letras del fuego [con Susana Wald]
2023 Primeiro verão longe de casa
∞
1991-2023 Mesa crítica [Prefácios, posfácios, orelhas]
2013-2017 Manuscritos
∞
Poeta, tradutor, ensaísta, artista plástico, dramaturgo, FLORIANO MARTINS (Brasil, 1957) é conhecido por haver criado, em 1999, a Agulha Revista de Cultura, veículo pioneiro de circulação pela Internet e dedicado à difusão de estudos críticos sobre arte e cultura. Ao longo de 23 anos de ininterrupta atividade editorial, a revista ampliou seu espectro, assimilando uma editora, a ARC Edições e alguns projetos paralelos, de que são exemplo “Conexão Hispânica” e “Atlas Lírico da América Hispânica”, este último uma parceria com a revista brasileira Acrobata. O trabalho de Floriano também se estende pela pesquisa, em especial o estudo da tradição lírica hispano-americana e o Surrealismo, temas sobre os quais tem alguns livros publicados. Como artista plástico, desde a descoberta da colagem vem desenvolvendo, com singular maestria, experiências que mesclam a fotografia digital, o vídeo, a colagem, a ensamblagem e outros recursos. Como ele próprio afirma, o magma de toda essa efervescência criativa se localiza na poesia, na escritura de poemas, na experiência com o verso, inclusive a prosa poética, da qual é um dos grandes cultores. A grande obra da carne – título emprestado de um de seus livros, é uma biblioteca desenvolvida como espaço paralelo dentro da Agulha Revista de Cultura, a partir de uma ideia do próprio Floriano Martins, de modo a propiciar acesso gratuito a toda a sua produção poética.
∞
OBRA POÉTICA PUBLICADA
Cinzas do sol. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.
Sábias areias. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.
Tumultúmulos. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1994.
Ashes of the sun. Translated by Margaret Jull Costa. The myth of the world. Vol. 2. The Dedalus Book of Surrealism. London: Dedalus Ltd., 1994.
Alma em chamas. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Cenizas del sol [con Edgar Zúñiga]. San José, Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2001.
Extravio de noites. Caxias do Sul: Poetas de Orpheu, 2001.
Estudos de pele. Rio de Janeiro: Lamparina, 2004.
Tres estudios para un amor loco. Trad. Marta Spagnuolo. México: Alforja Arte y Literatura A.C., 2006.
La noche impresa en tu piel. Trad. Marta Spagnuolo. Caracas: Taller Editorial El Pez Soluble, 2006.
Duas mentiras. São Paulo: Edições Projeto Dulcinéia Catadora, 2008.
Sobras de Deus. Santa Catarina: Edições Nephelibata, 2008.
Teatro imposible. Trad. Marta Spagnuolo. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2008.
A alma desfeita em corpo. Lisboa: Apenas Livros, 2009.
Fuego en las cartas. Trad. Blanca Luz Pulido. Huelva, España: Ayuntamiento de Punta Umbría, Colección Palabra Ibérica, 2009.
Autobiografia de um truque. São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2010.
Delante del fuego. Selección y traducción de Benjamín Valdivia. Guanajuato, México: Azafrán y Cinabrio Ediciones, 2010.
Abismanto [com Viviane de Santana Paulo]. Natal: Sol Negro Edições, 2012.
O livro invisível de William Burroughs. Natal: Sol Negro Edições, 2012.
Lembrança de homens que não existiam [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2013.
Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Overnight medley [com Manuel Iris]. Trad. ao espanhol (Juan Cameron) e ao inglês (Allan Vidigal). Fortaleza: ARC Edições, 2014.
O sol e as sombras [com Valdir Rocha]. São Paulo: Pantemporâneo, 2014.
A vida inesperada. Fortaleza: ARC Edições, 2015.
Circo Cyclame [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
O iluminismo é uma baleia [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Espelho náufrago. Lisboa: Apenas Livros, 2017.
A grande obra da carne. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Tabula rasa [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Antes que a árvore se feche (poesia reunida). Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Tríptico da agonia [com Berta Lucía Estrada]. Fortaleza: ARC Edições, 2021.
Las mujeres desaparecidas. Santiago, Chile: LP5 Editora, 2021.
Un día fui Aurora Leonardos. Quito: Línea Imaginaria Ediciones, 2022.
El frutero de los sueños. Wilmington, USA: Generis Publishing, 2023.
Sombras no jardim. Fortaleza: ARC Edições, 2023.
∞
Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/
1999-2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário