quarta-feira, 26 de abril de 2023

A GRANDE OBRA DA CARNE | Primeiro verão longe de casa

 

 

Ao longo do rio

não vi uma ponte.

Este dia é sem fim.  

MASSAOKA SHIKI

 

I

 

A tua alma me conduz até o Inferno,

mas eu não sei o seu significado.

Desconheço os caprichos de teu mundo, 

as sombras ardilosas de tua escritura. 

Quantas palavras eleges para erguer a dúvida 

e deixar-me detrás de seus corpos.

Uma pedra falante e tu és a cortesã de meus sonhos.

 

Eu escuto o modo como a tua pintura se agita em meu ser.

Como um rio em que se banham as ninfas e as águas não se cansam.

Eu canto e posso pintar tua nudez.

Uma caligrafia de nuvens florescendo a descoberta de novos formatos:
as gorjetas do olhar,

as cicatrizes da memória,

as pinceladas que tornam possível o teu nome.

 

Eu posso ser a luta justa pela cópia de teu futuro,

a iconografia útil de teus gozos,

as cartas que levas contigo em tua viagem para o Ocidente. 

Deixa-me a pele na capital de tuas lembranças. 

 

Eu também quero ser a atualidade de teus jardins 

e partir o meu nome em tantas pedras comovidas com que possas erguer a tua casa,

para que saibas a importância do monastério de minha solidão, 

Enquanto aguardo a visita de tua representação em tudo o que crio.

Os teus animais de argila estão chorando por mim.

Eu lhes digo que a noite é um regaço que desconhece a aurora.

Passeios em meu corpo com uma caravana de devaneios.

Ninguém em mim pensa em chegar em lugar algum. 

 

Os símbolos são conselheiros de um abismo que te envolve.

Eu me desfiz de todas as janelas porque não quero saber quando voltas.

Há um comércio de pássaros em teu olhar.

Eu leio as tuas variações em meu interior,

o teu olhar enfeitiçado profana os biombos do acaso,

como pérolas que ingressam em minhas suspeitas

ou como misturas as tintas de meu desejo

e tenho que atravessar a consequência dessa miragem.

 

Eu te vejo onde não estás. 

Aprendi o quanto é falível o invisível. 

Os bambus que simulam as sílabas fragmentadas de teus impulsos. 

O nanquim da lua em seu desterro.

Os véus de uma pele sobre a outra.

As árvores circulando a paisagem. 

A mesma tigela de milagres servida noite após noite há décadas. 

 

Eu pintei um quadro em que te escondes até hoje.

As tuas cidades, subúrbios, pátios descobertos, o piano silvestre

que celebra a tua renúncia ao meu nome de porcelana.

 

Eu escrevo que não sabes mais voltar,

como um abismo na prateleira e o salmão ostentando seu luxo. 

Não sabemos mais voltar.

O mundo se perdeu de si no verniz das máscaras da indústria do amor. 

 

II

 

Quantas noites podem ser escritas no braseiro de teu corpo?

Eu li o meu futuro em tua excitação, 

mas alguns crepúsculos pareciam lacrados pela tempestade.

O teu olhar projetado na cerâmica de objetos perdidos. 

Eras assim tão meu como um país contido em uma caixa venerada por um verniz de chumbo.

Eu te fiz nômade de toda a minha extensão. 

Os meus domínios de pureza e retiro.

A escala devotada de esferas silenciosas.

Quando me vias nua o teu palácio era uma pintura chinesa.

Em meio a tantas cenas de dinastias refeitas,

em tua mesa de marfim eu deitei o meu retrato,

e me fizeste abandonar os conflitos da moldura.

Em quantas noites imperfeitas nós fomos os últimos mistérios

e a intimidade proporcional dos séculos aquarelados?

 

III

 

Agora é a vez das folhas de cardos e orquídeas migrarem de um ideograma

para outro de meus lábios murmurando tua ausência.

Há quatro mil anos elas refazem o caminho do chá em minha pele.

Ainda me encontras nas ruínas de suas xícaras sagradas.

Sete passos em minhas dunas, sete passos em meus salões,

sete origens deixadas para trás em seus ciclos de vaporização e secagem.

Não contamos os monges acordando bem cedo para lavar os pés da estrada.

Mal soletramos os refúgios penosos de tantas montanhas azuis,

os iaques negros de chifres longos pastando em diferentes analogias.

Quantas nuvens podemos adivinhar em nossos olhares?

O mistério das tendas nômades rodeadas de lagartas mágicas.

A forma da luz do sol empenhada em reconstruir os mitos.

Quem me ajuda a debulhar os grãos desses ritos que o tempo esqueceu?

Talvez ainda possas ler nas folhas de meu orgasmo

os aforismas borbulhantes de um cardume de peixes desaparecidos.

Eu lido com as folhas soltas de um negro chá que me acompanha a solidão.

Nunca me prendi aos detalhes e resíduos de teus planos de me deixar.

 

IV

 

Estás bem longe de minhas faltas.

As gestações lunares com suas ânsias proverbiais.

O lampejo de corpos taciturnos apalpando a origem do desejo.

Uma lâmpada sob o lençol perfumado.

Eu queria as tuas larvas conjugadas nos estreitos labirintos que invento

para que saibas que posso estar em qualquer lugar

não importam os soluços normativos de tanta distância.

Um acidente rasgando o espaço de outras saliências.

As cidades devastadas ao longo de dois milênios

rezam por seus corpos entulhados na memória decadente.

Quantas foram a história jamais as unificará.

Como as frutas imaginárias de uma galáxia que nos desconhece.

Estás tão longe e não sei como me comportar.

Como as covas decompostas em algarismos de vísceras,

multidão de anjos com as muletas empenadas

e as velhas árvores colossais que não sabem mais dançar.

Onde estás talvez seja apenas um dia após o meu,

mas de uma hora para outra isto parece não mais importar.

 

V

 

Os céus não sugerem quando vão cair

ou as geleiras em que cama dormirão.

As trevas não decifram os urros do caos,

nem é meu o teu coração suadouro sombrio.

A melancolia não quer livrar-se da arte

com que pesas os dias e a distância.

Eu levo o trigo, canções e páginas de um mundo

tão sensível quanto a dor que o desfigura.

Temos todos um estranho jeito de beijar

a antiguidade de nossos pecados mais cruéis.

Nem mesmo as fronteiras anunciam seus mitos.

Os juncos trapaceiros em que nos deitamos.

O esplendor de cavernas que um dia se foram,

com um furor fugitivo de chaves e profecias.

Os deuses desconhecem o próprio arbítrio,

enquanto nos forçam a matar por liberdade.

Agora que estás em alguma parte do Ocidente,

talvez reconheças os disfarces da verdade.

O indivíduo é um terrível refúgio da multidão,

essa humanidade há muito desaparecida

e que ninguém mais é capaz de ganhá-la.

Os céus não sugerem quando vão cair

ou as geleiras em que cama dormirão.

 

VI

 

Esta é a primeira noite de um blefe. Os navegantes

estão de olho na tempestade sobre a mesa.

As âncoras foram corroídas por uma tinta invisível.

As cartas pronunciadas como golpes elétricos

e o anúncio solene de que ninguém sabe o que houve.

Os dias são passados ao contrário, com suas grossas sobrancelhas.

Uma espécie de nariz raro descreve as cicatrizes da terra.

Ao pedir novas cartas alguém perde a noção do destino

do chapéu das estátuas ao redor. Os ídolos sobrecarregados

ainda acreditam na tradição. Nasci em uma cidade que se perdeu

porque ninguém mais sabia como pronunciar seu nome.

A terra está povoada de crimes coloquiais.

Quando o Budismo chegou no Sião o comércio

já havia aprendido novos truques, a Europa

desfigurara o mundo inteiro. A geografia perdeu elevações.

Os homens foram em busca de outras consequências.

A realidade não ia a todo instante cair no conto do dilúvio.

 

VII

 

Noite coroada pelas guerras e os trabalhos interrompidos das forças de paz.

Quantos ídolos destinamos a cada tarefa de emancipar o mundo de sua ilusão de arbítrios?

As noites não voltarão nunca a ser noites sem que as feras deem início a um novo ciclo de sacrifícios.

Tu sabes quantas regiões misteriosas guardei para ti, acreditando que um dia retornes.

Tecidos de uma intimidade regurgitada, o afluxo de crimes excitando nova onda de mistérios.

Quem sabe quantas vezes o amor representa uma comunidade de expatriados?

As minhas sedas foram iniciadas pelos toques de tuas mãos.

Deste a meu corpo um senso luminoso de dedicação às mais esfomeadas visões.

Eu sempre fui o curso de teus rios, a tua alma florida, o oceano esquecido de tantos mitos.

Os santos podem ser falsos, mas não herdarão a terra. Não governarás meus sonhos.

Nossos antepassados se encharcaram de ópio e erraram até que tudo desmoronasse.

Quantas vértebras arrepiamos como uma sagração de nosso amor, e tu me dizias:

Os teus olhos jamais serão atrofiados pela realidade, e tanto acreditei que jamais pensei

que um dia pudesses vir a ser a lágrima que não consegue entrar no cérebro.

A todo instante nós nos substituímos por outros. O mundo é essa ilusão de trocas.

 

VIII

 

Quero te amar como se fosses um fantasma.

Transcrever a nossa distância como o prólogo

de um abismo que seja o símbolo da noite.

Verbo, meu verbo descarnado, pena de ave,

 

Nirvana, Quaresma, cascas de árvores,

a terra queimando, bispos com seus incensos,

governos erguendo cruzes, o milagre da vida.

Meu corpo chamando por ti quando durmo.

 

Tudo o que tenho é amor, ritual confiscado.

Água-mãe do inacreditável, foco das diferenças.

Grande obra da radioatividade, museu de tudo.

 

Os teus males não caminham sobre as águas.

O meu corpo te espera com as suas cicatrizes.

Nenhum de nós quer o batismo de seus males.

 

IX

 

Eu fui embora para um idioma onde não poderias me encontrar.

Gramática de cultos inalcançáveis, linguagem onde as castas

não se encontram. Cada verbo meu deverá se surpreender

com a descoberta do teu em nome de meu desejo. A Europa matou

as línguas e o mistério, e tu só poderás sobreviver ao tratado

múltiplo de meu corpo. A transcrição de tua alma será o ativo

gozoso de cada verbo. A pluma fogo, as sílabas profundas, o melro

indicando o acento de cada palavra. Não é tão bom assim?

As noites prolongadas em tudo o que nos dissemos. Um beijo,

a nervura de algo incompreendido, a luz que teimas em apagar.

O amor marca o início de tudo quanto as religiões teimam em findar.

Não deveríamos estar aqui e há muito já estávamos. Os desvios

dos primeiros corpos são a vantagem das caravelas, tinta dos ardis,

empório de luzes preparadas para o final dos tempos. Depois é mar.

A vastidão do acaso. O ritmo imperecível do orgasmo. A terra

onde nenhum de nós um dia poderia negar o que viríamos a ser.

 

X

 

O mar deve renascer a cada sussurro teu.

Como as caldeiras aquecidas com que cruzas as distâncias.

Como as pérolas que desenham fundos falsos em todas as conchas.

Como a mais antiga de todas as previsões do fim dos tempos.

Eu descobri as terras atribuídas a outros povos.

Os minérios com suas fissuras inexplicáveis.

A pangeia onírica que continua emitindo um curioso relato de maremotos.

Eu deixo as tuas provas de vida habitarem o meu íntimo.

A extração dos vestígios de tuas expedições mais frutíferas.

Somos as pedras deitadas ao relento.

O espírito da terracota navegando por tuas águas de fogo.

As vezes que enrolamos pirâmides para presentear o futuro.

Eu quero um milagre a bordo da arquitetura de teu corpo.

Que sejas o misterioso caminho de minhas estátuas.

Que sejas o meu homem-pássaro.

Não importa de onde venhas.

Talvez o Ocidente não tenha passado de uma rota naufragada.

 

 

 


 

 



A GRANDE OBRA DA CARNE

A poesia de Floriano Martins

  

1991 Cinzas do sol 

1991 Sábias areias 

1994 Tumultúmulos 

1998 A outra ponta do homem 

1998 Autorretrato 

1998 Os miseráveis tormentos da linguagem e as seduções do inferno nos instantes trágicos do amor de Barbus & Lozna 

2003-2017 Floração de centelhas [com Beatriz Bajo]

2004 Antes da queda 

2004 Lusbet & o olho do abismo abundante 

2004 Prodígio das tintas 

2004 Rastros de um caracol 

2004 Sombras raptadas [Coroa] 

2004 Sombras raptadas [Cara] 

2004-2015 Estudos de pele 

2004-2017 Mecânica do abismo 

2005 A queda 

2005 Extravio de noites 

2006 A noite em tua pele impressa 

2006 Duas mentiras 

2006-2007 Autobiografia de um truque 

2007 Teatro impossível  

2008 Sobras de Deus

2008 Blacktown Hospital Bed 23 

2009-2010 Efígies suspeitas 

2010 Joias do abismo 

2010-2011 Antes que a árvore se feche 

2012 O livro invisível de William Burroughs

2012-2014 Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]

2013 Anatomia suspeita da realidade 

2013 My favorite things [com Manuel Iris]

2013 O piano andou bebendo 

2013 Sonho de uma última paixão 

2013-2015 Breviário dos animais fabulosos fugidos da memória 

2014 Mobília de disfarces 

2014 O sol e as sombras 

2014-2015 Reflexões sobre o inverossímil 

2015 Enigmas circulares 

2015 Improviso para dois pianos [com Farah Hallal]

2016 Cine Azteka [com Zuca Sardan]

2016 Circo Cyclame [com Zuca Sardan]

2016 Trem Carthago [com Zuca Sardan]

2016 A mais antiga das noites 

2016 A vida acidental de Aurora Leonardos 

2016 Altares do caos 

2016 Breve história da magia 

2016-2017 Convulsiva taça dos desejos [com Leila Ferraz]

2016-2017 Obra prima da confusão entre dois mundos 

2017 O livro desmedido de William Blake

2017 Antigas formas do abandono 

2017 Labirintos clandestinos 

2017 Manuscrito das obsessões inexatas  

2017 O mais antigo dos dias 

2017-2020 A volta da baleia Beluxa [com Zuca Sardan]

2017-2022 Nenhuma voz cabe no silêncio de outra 

2018 Atlas revirado 

2018 Tabula rasa 

2018 Vestígios deleitosos do azar 

2021 Las mujeres desaparecidas

2021 Museu do visionário [com Berta Lucía Estrada]

2021 Naufrágios do tempo [com Berta Lucía Estrada]

2022 As sombras suspensas [com Berta Lucía Estrada]

2022 Las resurrecciones íntimas [com Berta Lucía Estrada]

2023 A casa de Lenilde Fablas

2023 Caligrafias do espírito

2023 Huesos de los presságios [con Fernando Cuartas Acosta]

2023 Inventário da pintura de uma época

2023 Letras del fuego [con Susana Wald]

2023 Representação consentida

2023 Primeiro verão longe de casa 


 

 

1991-2023 Mesa crítica [Prefácios, posfácios, orelhas]

2013-2017 Manuscritos


 

 

Poeta, tradutor, ensaísta, artista plástico, dramaturgo, FLORIANO MARTINS (Brasil, 1957) é conhecido por haver criado, em 1999, a Agulha Revista de Cultura, veículo pioneiro de circulação pela Internet e dedicado à difusão de estudos críticos sobre arte e cultura. Ao longo de 23 anos de ininterrupta atividade editorial, a revista ampliou seu espectro, assimilando uma editora, a ARC Edições e alguns projetos paralelos, de que são exemplo “Conexão Hispânica” e “Atlas Lírico da América Hispânica”, este último uma parceria com a revista brasileira Acrobata. O trabalho de Floriano também se estende pela pesquisa, em especial o estudo da tradição lírica hispano-americana e o Surrealismo, temas sobre os quais tem alguns livros publicados. Como artista plástico, desde a descoberta da colagem vem desenvolvendo, com singular maestria, experiências que mesclam a fotografia digital, o vídeo, a colagem, a ensamblagem e outros recursos. Como ele próprio afirma, o magma de toda essa efervescência criativa se localiza na poesia, na escritura de poemas, na experiência com o verso, inclusive a prosa poética, da qual é um dos grandes cultores. A grande obra da carne – título emprestado de um de seus livros, é uma biblioteca desenvolvida como espaço paralelo dentro da Agulha Revista de Cultura, a partir de uma ideia do próprio Floriano Martins, de modo a propiciar acesso gratuito a toda a sua produção poética.


 

 

OBRA POÉTICA PUBLICADA

 

Cinzas do sol. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.

Sábias areias. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.

Tumultúmulos. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1994.

Ashes of the sun. Translated by Margaret Jull Costa. The myth of the world. Vol. 2The Dedalus Book of Surrealism. London: Dedalus Ltd., 1994.

Alma em chamasFortaleza: Letra & Música, 1998.

Cenizas del sol [con Edgar Zúñiga]. San José, Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2001.

Extravio de noites. Caxias do Sul: Poetas de Orpheu, 2001.

Estudos de pele. Rio de Janeiro: Lamparina, 2004.

Tres estudios para un amor loco. Trad. Marta Spagnuolo. México: Alforja Arte y Literatura A.C., 2006.

La noche impresa en tu pielTrad. Marta Spagnuolo. Caracas: Taller Editorial El Pez Soluble, 2006.

Duas mentiras. São Paulo: Edições Projeto Dulcinéia Catadora, 2008.

Sobras de Deus. Santa Catarina: Edições Nephelibata, 2008.

Teatro imposible. Trad. Marta Spagnuolo. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2008.

A alma desfeita em corpoLisboa: Apenas Livros, 2009.

Fuego en las cartas. Trad. Blanca Luz Pulido. Huelva, España: Ayuntamiento de Punta Umbría, Colección Palabra Ibérica, 2009.

Autobiografia de um truque. São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2010.

Delante del fuego. Selección y traducción de Benjamín Valdivia. Guanajuato, México: Azafrán y Cinabrio Ediciones, 2010.

Abismanto [com Viviane de Santana Paulo]. Natal: Sol Negro Edições, 2012.

O livro invisível de William Burroughs. Natal: Sol Negro Edições, 2012.

Lembrança de homens que não existiam [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2013.

Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.

Overnight medley [com Manuel Iris]. Trad. ao espanhol (Juan Cameron) e ao inglês (Allan Vidigal). Fortaleza: ARC Edições, 2014.

O sol e as sombras [com Valdir Rocha]. São Paulo: Pantemporâneo, 2014.

A vida inesperada. Fortaleza: ARC Edições, 2015.

Circo Cyclame [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.

O iluminismo é uma baleia [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.

Espelho náufrago. Lisboa: Apenas Livros, 2017.

A grande obra da carne. Fortaleza: ARC Edições, 2017.

Tabula rasa [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2018.

Antes que a árvore se feche (poesia reunida). Fortaleza: ARC Edições, 2018.

Tríptico da agonia [com Berta Lucía Estrada]. Fortaleza: ARC Edições, 2021.

Las mujeres desaparecidas. Santiago, Chile: LP5 Editora, 2021.

Un día fui Aurora Leonardos. Quito: Línea Imaginaria Ediciones, 2022.

El frutero de los sueñosWilmington, USA: Generis Publishing, 2023.

Sombras no jardim. Fortaleza: ARC Edições, 2023.


 

 

Agulha Revista de Cultura

Criada por Floriano Martins

Dirigida por Elys Regina Zils

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/

1999-2024 

 


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