sábado, 22 de abril de 2023

A GRANDE OBRA DA CARNE | Sombras raptadas [Coroa]

  

 

Branco e negro e branco e negro e negro e branco,

se nossas almas mudassem seus corpos,

nada mudaria,

portanto não me falem mais de corpos e almas.

RENÉ DAUMAL

 

TAMBOR DE VOZES (ESTER)

 

Ao acolher-me o fez deixando claro que não me persuadiria a nada. No entanto, algo parecia dizer-me que nada faria por mim sem que o adorasse. Pude ficar ali por muitos dias, a refazer-me da perda do filho e das injúrias do pai a acusar-me de incesto e assassinato. Como encontrar lugar no mundo tomada por uma dor tamanha? Meu afável hospedeiro mantinha-se discreto, limitando-se a me trazer alimentos. Certa vez pensei ouvir: aqui nenhum mal virá ter contigo, mas decerto era a voz de um capricho meu. Já em sonhos, lavrada em ânsias, era minha a voz que percutia os tambores da noite: o que pretendes fazer comigo? E todo um silêncio desesperava à minha volta quando de súbito despertava. Encolhia-me em um canto do leito, a memória do corpo ainda mencionando as carícias do filho, sussurrando seus beijos e afagos, deixando-se marcar por aflitivas delícias. Não sei se lastimo o que houve ou a ausência. Terríveis as províncias desse silêncio com que a noite me atormenta. E durante os dias resíduos de uma penitência desatinavam-me: nada escapa à crueldade do desejo, por repetidas vezes eu ouvia, sempre que de mim se afastava meu benfeitor. Aos poucos fui notando como seu corpo era coberto de folhas. Sob um manto fino aveludado parecia haver um bosque inteiro a caminhar solene assegurando-me a guarida. Senti-me inundada por uma nova autoridade do destino. Junto à porta de minhas dores outro rigor fascinava-me. Haveria que vencer as etapas da indiferença ou desvendar-lhe uma tática de sedução. Quem era aquela indulgente criatura que me recebera como uma metade aguardada? E sem que lhe prometesse nada por que me sinto agora tão atraída? Decerto nos une um mistério recíproco. Não me confessas, mas sei o que fizeste a teu filho. – de tanto parecer ouvir aquela voz cheguei a desconfiar que punha algo em minha comida. Nada se pode esperar de um drama que não seja complexo. Voltava a despertar apequenada em uma ponta da cama, suando imprecisões, violada por uma angústia que me dilacerava toda a harmonia do ser. Em uma dessas noites gritei um de que me acusam? cuja ressonância deixou-me esvaziada por algum incalculável tempo. Sequer conseguia refletir sobre a piedosa ou terrificante ausência de tudo. Aos poucos a única evidência restante era a da fome, cercada por uma fraude de quimeras, todas com o rosto do filho, meu corpo entregue a seus lábios, a generosidade extensiva da luxúria, rostos que são mãos que são falos que me abrem como se todas as visões buscassem aperfeiçoar-se na violência oh meu anjo que persiste em mil formas ressuscitadas, tu és a semelhança buscando devoção, o cárcere, a estalagem, a obra recuperada sem fim, um mar de folhas em que me desalento seduzida pela ilusão. O que fiz de mim ao sangrar-te senão buscar toda a volúpia do mundo em um só gesto?

 

 

FLAGRANTES DA FÉ (MADALENA)

 

Ela andou por aqui diversas vezes. Comentávamos acerca de seu vulto de marfim. Movia-se em gestos bem medidos e o olhar nos desafiava sempre a revelar algum segredo. Meu marido dizia que diante dele sentia uma curiosa disposição por revelar um que outro detalhe de sua vida. Falava quase nada e já sabíamos o que vinha buscar: parafina, óleo, barbantes. Nunca lhe perguntamos nada. Apesar do semblante sigiloso, não era de nossa conta o que iria fazer com tudo aquilo. Uns comentários nos levavam a crer que era pessoa muito religiosa, sempre trancada na velha casa da Rua dos Passos. Os moços negros que foram encontrados lá não os conhecíamos. Ela deve tê-los trazido de outro lugar. Ainda não sei se acredito que alguém possa ser capaz de tanto. Tenho dito a meu marido que levamos uma vida que se desvanece sob todos os aspectos, quase sempre um sinal de despedida. Acho que a vida requer uma hospitalidade. Cada um tem que estar disposto a receber a si mesmo. Outro dia um menino presenciou um engalfinhado de corpos, uma mulher que resistia a um safado que a tentara currar e, vendo a arma ali ao lado de ambos, disparou assustado, matando-a. A maldade é quase sempre mais fácil acusar do que remediar. Eu bem entendo essas pessoas que estão sempre a duelar com a vida. É muito simples dizer que a mulher morreu pelas mãos do garoto como uma prova da fatalidade. Igual condição teria levado um daqueles dois negros a entornar o braseiro provocando um incêndio na cela em que viviam, destruindo praticamente todo o local? Eu não sei. Quando vimos as fotos todas publicadas, disse a meu marido que encontrava algo de cúmplice no olhar dominado das vítimas. Uma espécie de sondagem de limites. Até onde iria aquela mulher? E o que dela esperavam eles? Um dos dois poderia ter provocado o incêndio, a qualquer momento, segundo entendi. Esperaram, no entanto, que ela não estivesse presente e que já houvesse um acervo de fotos o bastante não para a denúncia, mas para a afirmação de um pendor. De onde surge a voz inocente senão de uma circunstância que a ilumina? As fotos encontradas são reveladoras de uma perversão daquele vulto de marfim. Mas havia certo equilíbrio de tensão. Há mais ênfase no gozo de Gustavo quando o faço cativo. Parece-me que os elementos em uma vida se misturam, nem mesmo o flagrante pode afiançar o real valor da cena. Algum tempo depois ainda conversávamos a respeito. Não há nada mais fabuloso do que a ambição humana.

 

 

PLANOS DE FUGA (MARIA)

 

Eu vi o anjo vermelho sobre a mesa, como me olhava a pedir que lhe contasse tudo enquanto me soprava uma canção que indagava para onde eu poderia ir. O anjo derramando-se no copo assustava-me ao dizer o quanto a vida pode ser outra quando não se tem para onde ir dentro de nós. Mas não será outra a vida que busco em mim? O que o anjo acaso não sabe é que já não suporto a vida que sou, o pobre anjo liquefeito sequer imagina o quanto me dói o acúmulo de tantas mentiras, essa variação demente de algo que não consigo evitar: a morte de uma irmã em cujos lábios vivi um primeiro devaneio amoroso – eu mesma rio ao escrever isto, como se tivesse buscado tantos homens em minha vida apenas para punir-me, como se escondesse de mim a lua com que sempre sonhei, e esse maldito anjo vermelho me faz ver agora o quanto menti, uma trama de passagens ocultas em tudo o que fica de mim no estar com os outros. Não tenho uma única pessoa a quem possa confiar minha vida inteira. Todos aqueles que eu conheço são parte de uma farsa e faço um esforço imenso para que o anjo não venha a ser como os demais. Cai o tempo e tenho que me levar a algum lugar seguro, algum instante onde possa traçar um dilema que envolva aquele rapaz que me olha tanto, um novo aluno, uma nova mulher que desperta em mim, e quando peço que leia Hesse – vibras os membros, o corpo estremece, enquanto a tua imagem dura –, todo o meu ser afunda na aflição de viver com ele mais um fragmento de mim… É tão inevitável ter-me assim, não poder falar com meu filho do amor que sinto por outro homem embora esteja vivendo com seu pai, não haver descoberto ainda a maneira de dizer o que sinto a mim mesma e culpar-me, culpar-me de tudo, levar uma vida de culpas e planos de fuga… Oh meu anjo, embriago-me de ti com apenas o bater de tuas asas que me levam a qualquer parte de mim que há muito não revejo. Bem sabes que o que está se desfazendo aqui é tão-somente teu corpo. Logo estarei só uma vez mais, sóbria talvez ou ainda tonta, mas sempre solitária e sem ter a quem contar algumas pequenas verdades que sejam ou mesmo disposta a destruir-me por inteira.

 

 

ESPELHOS FLAMEJANTES (MARTA)

 

Há um derrame de noites à espera da pequena Sofia. Mesmo quando a vejo tão deliciada entre amigas, pressinto que algo se lhe agita no íntimo, que não corresponde à soltura visível de seus dias. É possível isto? Ela está caminhando agora de um lado a outro desse cubículo em que se tornou minha memória. Debate-se contra o lacre das paredes. Não tem como sair de mim. Mesmo assim as amigas lhe visitam. Sofridas a observam de fora do vidro, mas ela lhes abraça imersa em contagiante contentamento. O que, de fato, em nossa vida já vivemos? Eu a vejo tão cercada por uma volumosa escuridão e, no entanto, parece tão feliz. O que está dentro, o que está fora de mim? Talvez essa criança seja eu, enfim domesticada pelo previsível.

 

 

CEIA DE ABISMOS (RAQUEL)

 

Olho tua pele como uma estamparia do infinito. Dou-lhe como se doravante me tocassem todos os clamores da existência. Tua pele caída em minhas mãos: uma celebração de regozijos. E quero-a comigo em viscosidade surpreendida e anúncio triunfante de tudo o que passa: tua pele exaltada como portas que levam de um desmaio a outro. Variação de melancolias que são a chave do que mais amo. Um rasgo bem dentro do abismo, onde o coração dispara e ninguém pode conter a presença do indizível. Com uma faca percorro o labirinto de tua pele. Descanso meus olhos no insondável de pequenas dobras. Um talho se inicia e tua nudez admirável me envaidece. És meu melhor capricho. Cuido bem de estirar essa pele, uma vez extraída do corpo, e com ela dançar pela sala, gritando salve a riqueza do mundo, salve a canção com que se acende o fogo, salve o rito precipitado sobre todas as ações. Assim é que teu corpo me escapa e contemplo o despertar do que sequer imaginavas.

 

 

CORTEJO DE ABANDONOS (RUTE)

 

Por que estavam todas elas me olhando daquela maneira? Acaso vivemos presos a um espetáculo. Já não somos primordiais em nada. Tudo é abismo, por mais imóvel. Eu estive com todas essas mulheres, centelhas-ímã do que nem imaginam tenham despertado, sequer vim a ter meus cabelos grisalhos, como hoje sei que tanto agrada ao filho mais velho, porque me fui entregue aos cuidados com o mais novo, privado de alguns sentidos, desfazendo-se a cada momento em que se buscava, mágica impura, impossibilidade de um retorno à clarividência. Meus dois filhos foram minha maneira de tocar as extremidades da vida. Entreolhamo-nos infinitas vezes, estavam sempre ali – irmã, mãe, cunhadas, primas –, ligadas por um peso que hoje sei apenas eu lhes proporcionava. Não havia uma dor comum. Há um itinerário em nossa vida que não é traçado propriamente por indecisão, temor ou ignorância. Jornada a que se tem acesso apenas através da intuição. Deixei-me visitar por todas as centelhas. Enquanto cuidava de um filho cuja morte sabia inevitável, um outro tateava em busca de si mesmo sem que eu lhe pudesse dar abrigo. Mas aquelas mulheres conheciam o percurso. Quando enterrei um deles o outro se foi. Tudo se desfazia em casa e já não havia motivo para manter-se ali. Ao contrário do irmão, devia ter sentidos demais. Já na volta do cemitério comecei a perceber o ausentar-se de olhares. Aquelas mulheres todas como que se sentiam aliviadas. Eu simplesmente não tinha ao que retornar. A única intensidade possível era a da perda. O marido recolheu-se à própria dor. O filho mais velho se foi em viagens. Restaram-me aquelas mulheres que se sentiam libertas de um dilema familiar. Não era preciso adivinhar nada. Estava a ser arrastada a um novo limbo. Em minha vida só conheci as formas da ausência, os caminhos do não-tido. Que espécie de fome eu poderia ter após uma tamanha sensação de abandono? Meu corpo foi queimando suas lâmpadas, desfazendo-se de pálpebras e ponteiros. Já não havia carinho ou presságio naquelas mulheres. Não significávamos mais nada entre si. Mesmo minha mãe não compreendia de fato o que se passava comigo. Como apagar a si mesma em plena luz do dia? Por uma ausência brutal de vida própria. Morri-me. Marido e filho mais velho visitaram-me o túmulo uma ou duas vezes. São duas incógnitas e, mesmo morta, encontro dificuldades em revelar-lhes o paradeiro.

 

 

VÍTIMAS DO NOME (SARA)

 

Ao tocar em quem fosse as visões me arrastavam a seu encontro. Transportavam-me de um domínio a outro. Chamas viciadas de vidas com as quais jamais sonhei e que agora me pareciam tão íntimas. O mais intrigante é que talvez não haja mesmo um elo entre elas. Durante horas estive sentada à espera de meu pai, até que um último barco partiu e senti que não teríamos mais para onde ir. Como jamais voltei a vê-lo, talvez não tenha sido tragado pela luxúria da mesma miséria que eu. É comum se dizer que vidas desgraçadas se atraem. Isto me faz crer que algum momento de felicidade meu pai deve ter alcançado. Luzes quebradas fazem as imagens à sua semelhança. Migalhas do ser almejam a divindade. Em algum lugar a vida guarda consigo uma primazia. A quem dará? Nova descarga de visões. Sinto que agora também me devoram quando sou tocada por alguém. Interrompida por aparições, vislumbres petrificados, vozes frias, agonias refugiadas, tudo fazendo crer no enigma que se aproxima entre exibido e temeroso. Não há loucura maior do que a sobrevivência. Somente os obsessivos devem ser considerados criminosos. Os que matam uma única vez não passam de pobres vítimas.




 

 



A GRANDE OBRA DA CARNE

A poesia de Floriano Martins

  

1991 Cinzas do sol 

1991 Sábias areias 

1994 Tumultúmulos 

1998 A outra ponta do homem 

1998 Autorretrato 

1998 Os miseráveis tormentos da linguagem e as seduções do inferno nos instantes trágicos do amor de Barbus & Lozna 

2003-2017 Floração de centelhas [com Beatriz Bajo]

2004 Antes da queda 

2004 Lusbet & o olho do abismo abundante 

2004 Prodígio das tintas 

2004 Rastros de um caracol 

2004 Sombras raptadas [Coroa] 

2004 Sombras raptadas [Cara] 

2004-2015 Estudos de pele 

2004-2017 Mecânica do abismo 

2005 A queda 

2005 Extravio de noites 

2006 A noite em tua pele impressa 

2006 Duas mentiras 

2006-2007 Autobiografia de um truque 

2007 Teatro impossível  

2008 Sobras de Deus

2008 Blacktown Hospital Bed 23 

2009-2010 Efígies suspeitas 

2010 Joias do abismo 

2010-2011 Antes que a árvore se feche 

2012 O livro invisível de William Burroughs

2012-2014 Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]

2013 Anatomia suspeita da realidade 

2013 My favorite things [com Manuel Iris]

2013 O piano andou bebendo 

2013 Sonho de uma última paixão 

2013-2015 Breviário dos animais fabulosos fugidos da memória 

2014 Mobília de disfarces 

2014 O sol e as sombras 

2014-2015 Reflexões sobre o inverossímil 

2015 Enigmas circulares 

2015 Improviso para dois pianos [com Farah Hallal]

2016 Cine Azteka [com Zuca Sardan]

2016 Circo Cyclame [com Zuca Sardan]

2016 Trem Carthago [com Zuca Sardan]

2016 A mais antiga das noites 

2016 A vida acidental de Aurora Leonardos 

2016 Altares do caos 

2016 Breve história da magia 

2016-2017 Convulsiva taça dos desejos [com Leila Ferraz]

2016-2017 Obra prima da confusão entre dois mundos 

2017 O livro desmedido de William Blake

2017 Antigas formas do abandono 

2017 Labirintos clandestinos 

2017 Manuscrito das obsessões inexatas  

2017 O mais antigo dos dias 

2017-2020 A volta da baleia Beluxa [com Zuca Sardan]

2017-2022 Nenhuma voz cabe no silêncio de outra 

2018 Atlas revirado 

2018 Tabula rasa 

2018 Vestígios deleitosos do azar 

2021 Las mujeres desaparecidas

2021 Museu do visionário [com Berta Lucía Estrada]

2021 Naufrágios do tempo [com Berta Lucía Estrada]

2022 As sombras suspensas [com Berta Lucía Estrada]

2022 Las resurrecciones íntimas [com Berta Lucía Estrada]

2023 A casa de Lenilde Fablas

2023 Caligrafias do espírito

2023 Huesos de los presságios [con Fernando Cuartas Acosta]

2023 Inventário da pintura de uma época

2023 Letras del fuego [con Susana Wald]

2023 Representação consentida

2023 Primeiro verão longe de casa 


 

 

1991-2023 Mesa crítica [Prefácios, posfácios, orelhas]

2013-2017 Manuscritos


 

 

Poeta, tradutor, ensaísta, artista plástico, dramaturgo, FLORIANO MARTINS (Brasil, 1957) é conhecido por haver criado, em 1999, a Agulha Revista de Cultura, veículo pioneiro de circulação pela Internet e dedicado à difusão de estudos críticos sobre arte e cultura. Ao longo de 23 anos de ininterrupta atividade editorial, a revista ampliou seu espectro, assimilando uma editora, a ARC Edições e alguns projetos paralelos, de que são exemplo “Conexão Hispânica” e “Atlas Lírico da América Hispânica”, este último uma parceria com a revista brasileira Acrobata. O trabalho de Floriano também se estende pela pesquisa, em especial o estudo da tradição lírica hispano-americana e o Surrealismo, temas sobre os quais tem alguns livros publicados. Como artista plástico, desde a descoberta da colagem vem desenvolvendo, com singular maestria, experiências que mesclam a fotografia digital, o vídeo, a colagem, a ensamblagem e outros recursos. Como ele próprio afirma, o magma de toda essa efervescência criativa se localiza na poesia, na escritura de poemas, na experiência com o verso, inclusive a prosa poética, da qual é um dos grandes cultores. A grande obra da carne – título emprestado de um de seus livros, é uma biblioteca desenvolvida como espaço paralelo dentro da Agulha Revista de Cultura, a partir de uma ideia do próprio Floriano Martins, de modo a propiciar acesso gratuito a toda a sua produção poética.


 

 

OBRA POÉTICA PUBLICADA

 

Cinzas do sol. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.

Sábias areias. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.

Tumultúmulos. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1994.

Ashes of the sun. Translated by Margaret Jull Costa. The myth of the world. Vol. 2The Dedalus Book of Surrealism. London: Dedalus Ltd., 1994.

Alma em chamasFortaleza: Letra & Música, 1998.

Cenizas del sol [con Edgar Zúñiga]. San José, Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2001.

Extravio de noites. Caxias do Sul: Poetas de Orpheu, 2001.

Estudos de pele. Rio de Janeiro: Lamparina, 2004.

Tres estudios para un amor loco. Trad. Marta Spagnuolo. México: Alforja Arte y Literatura A.C., 2006.

La noche impresa en tu pielTrad. Marta Spagnuolo. Caracas: Taller Editorial El Pez Soluble, 2006.

Duas mentiras. São Paulo: Edições Projeto Dulcinéia Catadora, 2008.

Sobras de Deus. Santa Catarina: Edições Nephelibata, 2008.

Teatro imposible. Trad. Marta Spagnuolo. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2008.

A alma desfeita em corpoLisboa: Apenas Livros, 2009.

Fuego en las cartas. Trad. Blanca Luz Pulido. Huelva, España: Ayuntamiento de Punta Umbría, Colección Palabra Ibérica, 2009.

Autobiografia de um truque. São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2010.

Delante del fuego. Selección y traducción de Benjamín Valdivia. Guanajuato, México: Azafrán y Cinabrio Ediciones, 2010.

Abismanto [com Viviane de Santana Paulo]. Natal: Sol Negro Edições, 2012.

O livro invisível de William Burroughs. Natal: Sol Negro Edições, 2012.

Lembrança de homens que não existiam [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2013.

Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.

Overnight medley [com Manuel Iris]. Trad. ao espanhol (Juan Cameron) e ao inglês (Allan Vidigal). Fortaleza: ARC Edições, 2014.

O sol e as sombras [com Valdir Rocha]. São Paulo: Pantemporâneo, 2014.

A vida inesperada. Fortaleza: ARC Edições, 2015.

Circo Cyclame [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.

O iluminismo é uma baleia [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.

Espelho náufrago. Lisboa: Apenas Livros, 2017.

A grande obra da carne. Fortaleza: ARC Edições, 2017.

Tabula rasa [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2018.

Antes que a árvore se feche (poesia reunida). Fortaleza: ARC Edições, 2018.

Tríptico da agonia [com Berta Lucía Estrada]. Fortaleza: ARC Edições, 2021.

Las mujeres desaparecidas. Santiago, Chile: LP5 Editora, 2021.

Un día fui Aurora Leonardos. Quito: Línea Imaginaria Ediciones, 2022.

El frutero de los sueñosWilmington, USA: Generis Publishing, 2023.

Sombras no jardim. Fortaleza: ARC Edições, 2023.


 

 

Agulha Revista de Cultura

Criada por Floriano Martins

Dirigida por Elys Regina Zils

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/

1999-2024 

 


 

 


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