The Piano Has Been
Drinking. Not Me.
TOM WAITS
ALBERT AYLER
algum erro houve na
entrada talvez no ingresso
ainda tenho comigo
o bilhete que reza
todos são bem-vindos
o verbo que era a
princípio foi perdendo a argamassa do desejo
a pronúncia do
mundo desconhecendo o lábio de quem a ele ofertara a vida
espíritos crianças fantasmas mágicos
quando cruzo a
soleira de certos mitos seus vultos angelicais se tingem com uma obscura tinta
que não reconhece a firma da inocência
a carne dos santos
não apodrece as mães são uma prece
inconfundível
eu fui doado a
tantos enganos como um sermão perdendo a crença
as pernas que dei a
meus sonhos me puseram no Egito de Sun Ra
fiz ali com que
minhas vozes fossem o choro mais agônico
e quando
desacreditei no que vi não era ainda uma mordaça
o mundo se renova e
seguiremos todos bem-vindos
como uma lua para
dois ou o fantasma de Charles Ives me visitando no teatro de meus improvisos
não houve nunca
como decifrar o erro incógnita voraz
da existência
ainda suponho que
seja o bilhete
e que eu tenha ido
parar em outra fábula
ALBERTA HUNTER
cave cave bem fundo mesmo sem encontrar nada continue cavando
não há como
devolver riso ao choro
ou como guardar a
vida na algibeira do morto
certas vozes nunca
se encontram
sinais de
fumaça lendas ensopadas lanternas vesgas cave mais fundo
nunca se sabe onde
o amor pode acabar
os primeiros
rascunhos comidos pela terra
não importa quanto
custe a alma sem ela o corpo nada
vale
jamais confie na
memória com os olhos devorados pela
névoa
quem pode ler o que
o amor soprou no interior de seus globos?
quem pode ouvir os
rasgos do silêncio?
tráfico de planos pernas escritas de trás para a frente siga cavando
ninguém sabe onde a
terra cavada se esconde
não há o fim certo
ou a espera justa nem dor mais
profunda que o tempo perdido
no piano de Eubie
Blake soletrei essas máximas
quem sabe um dia
elas brotassem nos dedos de Keith Jarrett
todas as fontes
ressequidas contas quebradas modinhas gastas não ficaram para trás estão bem ali à frente onde eu teimo
sozinha
cave mais
ART TATUM
o peixe queria mais
boca por onde lhe beijasse o mar
queria um trevo de
estrelas um pandeiro de
alegorias queria
um céu transcrito
na pele a pedra flutuante sorridente quimera
nada que o mar
pudesse lhe dar continha o mesmo segredo que a boca sabia acalantar
o peixe tocava como
um banquete de azuis
uma rua repleta de
sonhos
a luva inquieta
deixada sobre o piano a lua
cantarolando em seu dorso
quem ficaria ali
até que a noite se fosse?
o peixe com seu
museu de sombras náuticas na esfera metálica dos argumentos
duelo de pássaros
na coxa de um deus
tudo foi sendo
deixado pela manhã até que o amor não mais distinguisse corpo e alma
o peixe ria desse
emaranhado de conflitos e ideais perdidos
recordava antigo
endereço da vertigem onde residira Jelly Roll Morton
ninho de
acidentes sortilégios polêmicas
e antes que se
pusesse a improvisar elegias nos lábios do mar sentou-se para um piano com Ben
Webster
fizesse sol ou
chuva a intuição dilatasse até onde o
acorde a suportasse
a perda vibrasse
com a intensidade de um mundo por aprender
nem céu nem mar
a emoção não
saberia que nome dar a si mesma
nem sei onde
estaríamos agora
quem ficaria aqui
até que a dúvida se fosse?
ASTOR PIAZZOLLA
qual música tocamos
no deserto?
como emprestamos a
deus uma alma despida de presságios?
pobre alma tão
gentil que o abençoe
o silêncio
indecifrável nos aguarda detrás de cada olhar
aquele tipo de
silêncio que não deixa sobre a mesa qualquer displicência
que possa ser usada
como transporte para longe daqui
qual música
dedicamos à amplidão do que nos falta?
talvez possamos
começar com alguns milagres pela manhã
alguém anotará as
passagens ilegíveis no livro de areia
tumulto de corpos
desencontrados passagens que
imaginamos possam levar de um tomo a outro o livro sagrado e seu catálogo de avarias
alguém dirá ao meu
coração que nunca tenha forças para me abandonar
desertos podem
saltar páginas todo um capítulo
dedicado à melancolia
cadáveres
desenterrados pela ventania cenários
congelados dentro do sonho
mesmo algo
impossível de se aprender antes de uma boa refeição
quando as dores se
foram não pude escutar senão as cores delicadas de uma antiga profecia
um dia eu viria
aqui e apenas o deserto saberia que estive bebendo lágrimas a noite inteira
quem suporta esses
calafrios da alma emprestada a deus?
quem toca a própria
pele e por toda ela identifica a música de Coleman Hawkins?
desertos despertam
transfigurados
alguém espere meu
coração adormecer até que ele respire
os acordes que nos levarão à última página do livro
à ressurreição da
ampulheta
BEN WEBSTER
coisas para chamar
dentro de si antes que a realidade mude de planos
eu chamo a folhagem
do sol ela chama um vislumbre
prolongado quem chama um ramo de
palavras desconexas?
lavatório de
signos nada de adeus apenas a mímica da semelhança
tu bem que poderias
chamar a ilusão para um jogo de adivinha
nós chamaríamos o nome coberto de azinhavre para que se esquecesse de
si falta um pronome aqui?
alguém bate à porta
à procura da fatalidade
nenhuma perda
suporta o abismo que evocou uma
prenda na margem iluminada outra
talvez nas pernas trêmulas do beijo que se foi
toque o trevo toque a treva um trago saltita a escala ampliada de Art
Tatum onde a alegria guarda consigo
nome espírito reza e desvario
a noite alcançada
longe não a encontrei pensando em céu ou inferno
improvisava
interlúdios enquanto dormia
teatro
luminoso charada vista através da
água miragem elétrica
o mistério não sabe
evitar a si mesmo como a chama do
candeeiro eu chamo a chave de tua
música
CANNONBALL ADDERLEY
o que amo não se
repete ou busca ser entendido
o fruto de sua
avidez serena não vê motivo no regresso
o destino melhor se
reconhece em uma sala de espelhos
o que amo não
envelhece ou formula fragmentos fixos da viagem ardente do instante e sua
árvore de ecos
quando o encontro
está no interior da centelha
inesperada visita
que faz a mim mesmo
transfigurado
diálogo do orgasmo mergulho na tempestade corpo e espírito reconciliados a noite queimando em sonhos
o que amo descarna
o estrondo do silêncio e o risco de escutá-lo
queda dedicada ao
abismo em todas as direções
o que amo não tem
uma única verdade possível
percorro a origem
das desfigurações a areia submersa
dos desastres
desconheço o número
total de estátuas mortas não sei como
tais símbolos poderiam viver de outro modo
talvez no palco com
as sombras renegadas pudesse Frank Zappa encarná-los em risível esgar
supliciado a imaginação roendo as próprias unhas ele saberia
o que amo é uma
alegoria irrequieta um pronome
desprendido da linguagem
o que amo é uma
conta de risos e não exige nada de mim
o que amo por sorte
não sei onde se encontra
livro que começa no
epílogo
a salvo de si mesmo
COLEMAN HAWKINS
o teu olho me
espera no centro da noite
cravejado de lume
improvisado na capela dos ventos onde rezo um mistério lacrado na pedra como um
autorretrato
o teu olho eu não
esqueço
a ventania com que
lapida cada pétala de seus truques
a pequena rosita
azul que fulmina a visão como um disparo a seco
a pele delicada no
varal do desejo
body and soul cocktails for two lover man poor butterfly
quando o teu olho
começa não se pode alcançá-lo
eu o vi certa vez
em uma das meninas de Picasso
a outra estrela
sussurrava como se um véu a descerrasse
o olho ao revés
deixava entrever a silhueta de Gato Barbieri mesclada à folhagem
alma para dois
coquetel de espelhos sombras
submersas
minhas memórias
foram rabiscando teu olho no escuro até que ouvimos a estrada chamar
o que houve depois
é impossível dizer a quem pertence
FRANK ZAPPA
como abrir o olho
da noite a história do olho cravejado
de visões
o espetáculo da
lágrima tropeçando na verdade de seus mitos
olimpo desgarrado
pranto de máscaras
recriadas a partir das cicatrizes o
olho que faz rir
o olho que cobra em
riso a função teatral a cada noite debruçada na corcova do mistério
nada está fora do
precipício da balança da lixeira de pedra o olho implacável diz que tudo é
humano que ele próprio é humano que o humano não faz ideia do que não seja
humano
que o homem chora e
ri no deserto de suas indagações
aparência é renúncia
a lâmpada crescendo
no centro do olho é a essência pendular de todas as ilusões
os músicos recortam
o cenário para estimular a ironia o
olho transbordando fagulhas
pérola em
chamas bosque recostado em cada
pupila chora a terra o húmus de sua
dor
o homem mastigando
a raiz do desvario besta recriada por
si mesma
deus protetor
apenas do chapéu do invisível
olá minhas
musas por onde andaram com seus
romances de falos enlutados?
minhas carolinas que graças ao segredo da pilha nunca
souberam o que é ficar sem nada na vida
facho de luz
cacarejando como uma velha índia bêbada que rasga as entranhas do destino e
dali retira ainda quente o instante em que o homem se perde de si e se põe a rir fatigada
não há música fora
do palco
trevo de
angústia trevo de remorsos trevas mordidas
não há café
expresso camisinha com sabor
framboesa música de Albert Ayler nada fora do empório da relutante espécie
perdida
os deuses se riem
de suas potências obscuras
o rock não me ouviu
muito bem o blues muito menos jazz por onde andei
a caixa de luzz deixada na soleira do fabricante de
fogos de artifícios
o sexo tem uma
pontinha preta de orgulho onde fica? onde fica? no olho sagrado da noite que planeja os
melhores furtos
ao contrário do que
possam pensar todos vocês eu sou
mesmo daqui
GATO BARBIERI
espíritos
assobiando nas árvores somente um
cego pode revê-los
enquanto a lua
traquina se agita na pele do rio
novena de
encantos mandrágora insepulta manto de enigmas
sítio sem nome onde
apenas um de nós poderá vir beber as lágrimas do mundo
templo onde a pedra
saiba cantar
dia passado em
muitas águas
febre em que o mito
possa gastar-se
somente assim todo
oposto será possível espelho
sangrando até a morte
esquecimento com
seu cálice inesgotável
feitiço reescrito
enquanto percorres a floresta o cego
a guiar teus passos
eu sou a noite
escancarada na vastidão de tua mente
eu sou o cego e a serpente
cuspindo a si mesma
pranto
inevitável colmeia de conflitos porção de tudo quanto temes
eu sou o deus que
Morgana jamais encontrou
a adaga desfigurada
do caos
a música que
escondi dentro da voz de Alberta Hunter
antes que um outro
presságio pusesse o mundo novamente fora de esquadro
antes que as
lágrimas se escondessem em outro charco
antes que a névoa
voltasse a ser apenas dor
e eu recobrasse o
que jamais tive
HERMETO PASCOAL
o tocador quer
beber
um chá de
vísceras as entranhas do mito passarinho aboiando nuvens
franzindo a testa
do acaso eu juro que vi o que ninguém podia
o universo soprado ao revés a
tarde costurada na boca do sapo silhueta
do som que só podemos fazer juntos
eu fico assim só de
ver o céu desfolhado por dentro
o trevo de quatro
quimeras que era para ser e não foi
escondeu a pastagem dentro do bolso
onde eu fui te
buscar a surpresa havia encantado outro nome
um tufo de luz
matutando na escuridão
a festa peneirando
ritmos por todo o casario
eu criei os meus
meninos para que a viagem devore a própria cauda
a flauta que soprei
no coração indo embora de Cannonball Adderley foi para dizer que ele se
sentisse livre para ir ou ficar
e dizem que deus é
intocável
quem quer uma
capelinha plantada no varal que venha beber o sol na palma da minha mão
eu toquei tuba
dentro da escaleta a chaleira
imitando um coreto místico cigarras
solfejando o milagre da existência
eu fui pegando os
pedaços do mundo que ninguém soube mascar
soletrando o pavio
dos desencontros ouvindo a sinfonia
que alguém deixara de escrever
nunca soube amar a
vida de outro jeito ela sempre me
dizendo toque mais um pouquinho
eu fui o seu bebê em tudo
irredutível
sede não sei parar de nascer
KEITH JARRETT
dar ao tempo o que
mais lhe fadiga espaço
sinais de fumaça em
uma cordilheira sonora
quem mais saberia o
que está além das palavras?
nada que nos faça
encontrar o que apenas está perdido
rostos de água máscaras de fogo furtivo desembarque de pétalas
a partitura do
abismo anota os movimentos com a mais invisível das tintas
onde se lê que ela
não gostaria jamais de ser surpreendida pela memória
adágio mantra
fuga o outro nome de cada
notação falar com os pássaros
dar à luz um gole
da própria vertigem
ao tempo o
inesperado espaço
deixá-lo à deriva
até que desaprenda a relatividade de seu curso
dizer o nome
daquele que saiba ler o feitiço embaralhando as letras de Astor Piazzolla para
que o dia volte a ser noite
teu piano alimenta
as chances do caos dissipa suas
impossibilidades
insinua com quantos
enigmas desorientar velhos hábitos
sempre uma tecla
com a qual ninguém contava
SUN RA
dez pianos
esquisitos e um cadáver egípcio
uma marimba de
plumas e a famosa navalha de sete notas
batuque de
arco-íris eclipsado e a escolha de faces para o avulso epigrama da noite
deus do sol da queda da flâmula de vertigens
por onde averbas a
dança a conversão o sacrifício
tambor de nuvens
um verso em nome de
outro
uma sombra inversa
taquigrafando sonhos
sete vozes na chuva
e uma dançarina escada abaixo
mezanino do abismo
em suas horas privadas
escuto o teu piano
como se fosses meu
Hermeto Pascoal de outras eras
tema recoberto de
enigmas e o cadarço do delírio tropeçando nota adentro
uma orquestra de
orgasmos e as cinco estrelas de teu nome secreto
deus da ilusão
primitiva do pronome encoberto da cadência do imprevisível
oremos
∞
A GRANDE OBRA DA CARNE
A poesia de Floriano Martins
1991 Cinzas do sol
1991 Sábias areias
1994 Tumultúmulos
1998 Autorretrato
2003-2017 Floração de centelhas [com Beatriz Bajo]
2004 Antes da queda
2004 Lusbet & o olho do abismo abundante
2004 Prodígio das tintas
2004-2015 Estudos de pele
2004-2017 Mecânica do abismo
2005 A queda
2005 Extravio de noites
2006 A noite em tua pele impressa
2006 Duas mentiras
2006-2007 Autobiografia de um truque
2007 Teatro impossível
2008 Sobras de Deus
2008 Blacktown Hospital Bed 23
2009-2010 Efígies suspeitas
2010 Joias do abismo
2010-2011 Antes que a árvore se feche
2012 O livro invisível de William Burroughs
2012-2014 Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]
2013 Anatomia suspeita da realidade
2013 My favorite things [com Manuel Iris]
2013 Sonho de uma última paixão
2013-2015 Breviário dos animais fabulosos fugidos da memória
2014 Mobília de disfarces
2014 O sol e as sombras
2014-2015 Reflexões sobre o inverossímil
2015 Enigmas circulares
2015 Improviso para dois pianos [com Farah Hallal]
2016 Cine Azteka [com Zuca Sardan]
2016 Circo Cyclame [com Zuca Sardan]
2016 Trem Carthago [com Zuca Sardan]
2016 A vida acidental de Aurora Leonardos
2016 Altares do caos
2016-2017 Convulsiva taça dos desejos [com Leila Ferraz]
2016-2017 Obra prima da confusão entre dois mundos
2017 O livro desmedido de William Blake
2017 Antigas formas do abandono
2017 Manuscrito das obsessões inexatas
2017-2020 A volta da baleia Beluxa [com Zuca Sardan]
2017-2022 Nenhuma voz cabe no silêncio de outra
2018 Atlas revirado
2018 Tabula rasa
2018 Vestígios deleitosos do azar
2021 Las mujeres desaparecidas
2021 Museu do visionário [com Berta Lucía Estrada]
2021 Naufrágios do tempo [com Berta Lucía Estrada]
2022 As sombras suspensas [com Berta Lucía Estrada]
2022 Las resurrecciones íntimas [com Berta Lucía Estrada]
2023 Huesos de los presságios [con Fernando Cuartas Acosta]
2023 Inventário da pintura de uma época
2023 Letras del fuego [con Susana Wald]
2023 Primeiro verão longe de casa
∞
1991-2023 Mesa crítica [Prefácios, posfácios, orelhas]
2013-2017 Manuscritos
∞
Poeta, tradutor, ensaísta, artista plástico, dramaturgo, FLORIANO MARTINS (Brasil, 1957) é conhecido por haver criado, em 1999, a Agulha Revista de Cultura, veículo pioneiro de circulação pela Internet e dedicado à difusão de estudos críticos sobre arte e cultura. Ao longo de 23 anos de ininterrupta atividade editorial, a revista ampliou seu espectro, assimilando uma editora, a ARC Edições e alguns projetos paralelos, de que são exemplo “Conexão Hispânica” e “Atlas Lírico da América Hispânica”, este último uma parceria com a revista brasileira Acrobata. O trabalho de Floriano também se estende pela pesquisa, em especial o estudo da tradição lírica hispano-americana e o Surrealismo, temas sobre os quais tem alguns livros publicados. Como artista plástico, desde a descoberta da colagem vem desenvolvendo, com singular maestria, experiências que mesclam a fotografia digital, o vídeo, a colagem, a ensamblagem e outros recursos. Como ele próprio afirma, o magma de toda essa efervescência criativa se localiza na poesia, na escritura de poemas, na experiência com o verso, inclusive a prosa poética, da qual é um dos grandes cultores. A grande obra da carne – título emprestado de um de seus livros, é uma biblioteca desenvolvida como espaço paralelo dentro da Agulha Revista de Cultura, a partir de uma ideia do próprio Floriano Martins, de modo a propiciar acesso gratuito a toda a sua produção poética.
∞
OBRA POÉTICA PUBLICADA
Cinzas do sol. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.
Sábias areias. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.
Tumultúmulos. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1994.
Ashes of the sun. Translated by Margaret Jull Costa. The myth of the world. Vol. 2. The Dedalus Book of Surrealism. London: Dedalus Ltd., 1994.
Alma em chamas. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Cenizas del sol [con Edgar Zúñiga]. San José, Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2001.
Extravio de noites. Caxias do Sul: Poetas de Orpheu, 2001.
Estudos de pele. Rio de Janeiro: Lamparina, 2004.
Tres estudios para un amor loco. Trad. Marta Spagnuolo. México: Alforja Arte y Literatura A.C., 2006.
La noche impresa en tu piel. Trad. Marta Spagnuolo. Caracas: Taller Editorial El Pez Soluble, 2006.
Duas mentiras. São Paulo: Edições Projeto Dulcinéia Catadora, 2008.
Sobras de Deus. Santa Catarina: Edições Nephelibata, 2008.
Teatro imposible. Trad. Marta Spagnuolo. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2008.
A alma desfeita em corpo. Lisboa: Apenas Livros, 2009.
Fuego en las cartas. Trad. Blanca Luz Pulido. Huelva, España: Ayuntamiento de Punta Umbría, Colección Palabra Ibérica, 2009.
Autobiografia de um truque. São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2010.
Delante del fuego. Selección y traducción de Benjamín Valdivia. Guanajuato, México: Azafrán y Cinabrio Ediciones, 2010.
Abismanto [com Viviane de Santana Paulo]. Natal: Sol Negro Edições, 2012.
O livro invisível de William Burroughs. Natal: Sol Negro Edições, 2012.
Lembrança de homens que não existiam [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2013.
Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Overnight medley [com Manuel Iris]. Trad. ao espanhol (Juan Cameron) e ao inglês (Allan Vidigal). Fortaleza: ARC Edições, 2014.
O sol e as sombras [com Valdir Rocha]. São Paulo: Pantemporâneo, 2014.
A vida inesperada. Fortaleza: ARC Edições, 2015.
Circo Cyclame [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
O iluminismo é uma baleia [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Espelho náufrago. Lisboa: Apenas Livros, 2017.
A grande obra da carne. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Tabula rasa [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Antes que a árvore se feche (poesia reunida). Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Tríptico da agonia [com Berta Lucía Estrada]. Fortaleza: ARC Edições, 2021.
Las mujeres desaparecidas. Santiago, Chile: LP5 Editora, 2021.
Un día fui Aurora Leonardos. Quito: Línea Imaginaria Ediciones, 2022.
El frutero de los sueños. Wilmington, USA: Generis Publishing, 2023.
Sombras no jardim. Fortaleza: ARC Edições, 2023.
∞
Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/
1999-2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário