terça-feira, 25 de abril de 2023

A GRANDE OBRA DA CARNE | Enigmas circulares

 

 

A noite vem docemente descansar no jardim.

PAUL NOUGÉ

 

1.

 

Eu leio nos teus lábios que a noite não virá.

A noite não se deixa molestar por ti.

A violência com que te resguardas de ti mesmo.

Tática jurídica ou religiosa para que permaneças entre nós.

O teu êxito precário e a evidência desproporcional de seu vazio.

 

Saímos contigo inocentados para a noite.

Não há negação de nada em nossa convivência.

Perdemos uma boa razão para nos educarmos a todos.

A noite revelada como um sacrário de conveniências.

Nossas preocupações desaparecem ao minguar do dia.

 

Não vemos vantagem alguma em nos atingirmos.

Somos uma desordem guardada em vantagens.

Eu quero rir de tudo à noite inteira.

O teu silêncio não me recupera senão o riso.

A tua ausência me estimula a rir por todos nós.

 

A sombra é como uma morte acidentada em frases.

Aos poucos te alimentas da tragédia que há em ti.

O teu corpo cansado de rir de si mesmo.

A tua noite querendo ser a negação de teus sentidos.

A máscara de êxitos de uma noite envergonhada.

 

2.

 

Eu estou diretamente caindo em ti e não sei como evitá-lo.

É tão rápido o movimento que identificá-lo me é impossível.

Nós todos precisamos de uma vida mais lenta para saber que é nossa.

Estamos sempre à espreita de nossas falhas.

Um perigo comum a todas as angústias.

 

A sorte desfalecida.

 

Por onde as linhas de tua lucidez começam a se desentender.

A noite sem saber ao certo se é falta ou excesso.

Em que parte de tua harmonia pode haver um inferno.

Eu rio de tuas noites de horror que se imaginam esplêndidas.

Seguimos caindo porque não encarnamos a queda.

Como alguém que não consegue matar-se.

 

A ideia da morte como um refúgio onde o riso não tem abrigo.

A morte se ri ante a preocupação de leito ou túmulo.

 

Eu beijo a tua noite sem repouso.

Tuas lágrimas riem da tempestade de meus anseios.

A noite não exige para si nenhum poder.

Eu não sei por onde passas com tua queda desatada em sorte.

Não conheço senão o infortúnio e sua falsa glória.

Os versos com que cobres o olhar.

A miserável alegria com que te renovas.

 

Cair por um momento.

Rezar além das forças.

Tomar armas.

Meter-se no cultivo mesquinho de piedades.

Desfigurar a ingenuidade.

 

Nenhum de nós sabe quantas noites pode morrer esta noite.

Temos esta dificuldade milenar.

Jamais eliminaremos todos os inimigos.

 

O homem está composto pelo que sabe e o que não sabe de si.

Não há outra ciência.

 

3.

 

O idealismo da morte de Deus é um bom verso.

A metáfora do retorno perene se confunde com a do eterno pecador.

Agora eu não quero senão beijar-te.

Tua morte cai por terra a cada beijo meu.

Por onde a noite cai já não se pode amá-la e em meio a tantas quedas não há triunfo da parte de obra alguma.

 

O equilíbrio é sempre uma maneira de negar-se.

Como quem intimamente salta de uma ruína a outra e não se satisfaz com os espectros de sua derrota que lhe vão corroendo a alma inteira.

 

O inferno nunca foi uma boa temporada para nenhum de nós.

 

Eu pude ver a agonia encharcando teu olhar enquanto meu corpo explodia e se misturava aos destroços de tudo quanto me cercava.

Eu vi a tarde toda refletida aos bagaços em teu olhar.

O lugar inteiro sendo refeito em estilhaços.

A loucura de um gesto arruinando as nossas vidas.

Meu corpo mil vezes abrindo crateras de ódio.

 

Vítimas por traduzir.

 

Não haverá uma única pergunta.

Nenhuma obra jamais soube remontar os retalhos daquilo que destruiu.

Muitos nem sabem a qual espécie de sacrifício aludir quando ostentam os símbolos de sua arte.

 

Eu vi o meu corpo detonado por dentro e nenhuma visão foi mais íntima daquela tarde se extinguindo em multiplicadas explosões.

Nenhum fragmento percebeu a dimensão do sacrifício.

Nenhuma tarde se reergueu dos escombros de meu corpo.

 

Nós somos os pedaços de Deus retalhados dentro da linguagem.

Nenhuma farsa consegue destruir-se por completo.

Ainda carregamos conosco o resíduo de toda fé.

 

4.

 

Enquanto escreves me ponho no interior de teu corpo inacabado.

Vejo como me corróis por dentro em meio à vitalidade da crença nas imagens.

Teu pensamento se ocupa de sacrificar minhas convicções.

Habito-me em plena consumição de princípios.

Nenhuma evidência se livra de suas faíscas de agonia.

 

Em tuas anotações percebo o quanto te perturba riscar os pontos trágicos em que a escrita não se realiza como uma saída além da assiduidade do presente.

Talvez por isto não me reconheças em ardis que ainda imaginas poder suprimir.

As vertigens se multiplicam a lotar comboios em tua imaginação.

Eu tenho que te sufocar por dentro até que divises o abismo a que nos entregamos.

Não terás como ignorar meu esforço enquanto segues escrevendo em espantoso frenesi as tuas supostas ciladas.

 

Eu grito um nome enquanto escavo o horror de tantas crônicas.

Uma estranha palavra que repercute como quem se desgarra de si mesmo como se fôssemos elucidados por tudo aquilo que nos falta.

Já não se trata de uma simples bordoada do acaso e sim da intrigante rede de sofrimentos que o jogo requer.

Nenhum de nós pode mais simplesmente dizer o próprio nome.

 

O que escreves aos poucos se revela como sendo a morte de nossa secreta identidade.

Um punhado de imagens debilita tua relação com o mundo e já não te encontras aqui para confirmar quem.

 

5.

 

Se não estás aqui eu já não tenho como desamparar-te.

A astúcia é uma lancinante categoria da linguagem.

Confundir a imensidão com um pequeno tumulto.

E agora abrigar teus escritos em meu corpo enquanto a solidão se precipita sobre tua garganta a ponto de rasgar-te o vozeio dos nomes.

Deito meu corpo para que sondes o que nele faz sentido.

 

Qualquer um riria de nós agora que se descobre que não temos o que dizer.

Ensaiamos a miséria humana até que ela se estenda ao sol e dissimulada anote os assuntos que jamais entenderemos.

A singeleza de meu corpo nu pode ser um atrativo para a escrita sem que desesperes e queiras me transformar em método de tua solidão.

Nós somos os nossos diferentes erros sempre conciliados da pior maneira.

Meus olhos correm por dentro da falsa imagem que fazes de ti.

 

Eu não posso beijar-te agora porque me evitas.

Os corpos saltam de uma presunção a outra e as dores resvalam por um corredor sem fim onde a vontade é sempre negada em nome da natureza.

A dor não vai acabar nunca e não me dirás teu nome.

Eu não passo de uma vida explosiva que te acoberta.

Adormecerás entre uma deformação e outra de teus sentidos e seguirás sem me dizer teu nome.

 

6.

 

Bater e bater e esganar segredos e espancar infortúnios e arrasar pequenos ideais e violentar e arrombar e retorcer e avariar angústias e depredar tolices e torcer o sentido de miudezas e sequer rir de tudo isto como se fosse um requerimento da ordem local.

O meu corpo gélido não passa de uma evidência.

A memória se mostrará imprevisível sob tortura.

 

O meu corpo se encontra dizimado por reticências.

Um instante que seja eu não me poria de pé senão para saudar-te a dedicação ao extravio.

Mensagens são transmitidas de uma fonte a outra e já ninguém pode dizer que não sabe o que pensar a respeito.

 

Estás diante da pobre sociedade de teu corpo vitimado.

Os teus meninos fora de cena.

Longe de tudo, a dor do mapa foragido de suas dimensões.

 

O desastre noturno de gemidos vigiados e gritos derramados na mesa dos limites.

Aqui se pode morrer à exaustão e compartilhar a morte como um estranho vício.

O olhar se arrasta por uma imensidão voraz que escama vícios como peixes migratórios que alimentam a sofreguidão do mundo.

 

Quando o mapa se esvazia das marcas de tua perversão então podemos tatear as pequenas sombras fatigadas que espantosamente resistem.

 

7.

 

O mundo progride por um efeito de perspectiva.

De onde me vês eu posso garantir tua revolução ou quebrar a banca de apostas ou denunciar-te a alguma agência de notícias ou tornar-me comparsa de teu fingimento ou.

 

Trata-se de uma roupa sinuosa a da perspectiva e quando me despes teus olhos imensos podem não me encontrar mais em parte alguma.

Não é certo que jamais sabemos para onde caminham nossos mortos

Estamos devastando tudo dentro de nós.

 

As tuas ilusões se deixaram impregnar por imagens plantadas.

Um mesmo catálogo de bustos anônimos e o esplendor da miséria com suas igrejas sepultadas no descampado da memória.

 

Um fósforo à espera do incêndio.

Um beijo à espera da conspiração.

Árvore cujas folhas são olhos de serpente.

 

Um novo cenário de vísceras pré-moldadas estimado para que todos nos sintamos bem.

A câmara focando o rosto desfocado dela – meu nome é rosa eu fui espancada aover três homens um deles colocava algo no carro pipa que veio abastecer o bairro outro me batia muito e espalhava sal por onde me doía o corpo e nem precisava me dizer nada eu fui afligida pelo que compreendi – um rosto de evidências quebradiças.

 

Não há um eu sublime.

Identificamos crimes pelos quais não podemos responsabilizar ninguém, nem nos cabe amenizá-los.

Não há justiça sem justiceiro ou regime político sem a saciedade de seus métodos.

 

Eu tenho um nome um eco um fala-me e ninguém me diz nada.

Há um relógio que brota de cada suspiro e me distrai com horas suspeitas como se a minha vida estivesse por um fio.

 

8.

 

Há uma cobiça de gozos degenerando um jeito mais livre de ser.

Uma fiação de regras que são a base de todo constrangimento e fonte de aliciamento.

Teus mortos esperam em longas filas por pequenos volumes indecifráveis e suas pétalas de racismo e genocídio.

Prosperam à espera desses pacotes de vômitos e ejaculações ressecadas.

                                                                                                                             

Flores famintas mastigam os restos calcários de tua memória.

Corpos arrastados sob medida.

Calvário de pratos concebidos com seus lamentos elétricos.

A miséria ressumando como um abismo acidental.

 

Ninguém sabe mais por que nome chamar a si mesmo.

Nem mesmo escavando em escombros encontraríamos a transparência perdida.

A dor multiplicada por mares descorados que se agitam em casarões de formas emudecidas.

 

Lugares que se desfalecem aterrorizados por apenas soletrarem teu nome.

Postos de comando e faixas de greve e cercos policiais.

A humanidade já não guarda segredo de si.

 

9.

 

A memória se reparte ao visitar escombros negros e índios em seu paiol metafísico.

Habituada à sedutora condição de modelo vivo acabou por desterrar efeitos contrários.

 

De que lado a carne se espelha no real sentido de tudo quanto toca é algo que não se sabe.

O que foi repartido devorou a metade que ingenuamente aceitou tal condição.

Falso dualismo que orienta a existência quer tenhamos ou não razão [e não a teremos nunca].

Toda razão perdida se transfigura em deplorável quando reabilitada.

É alto o preço que pagamos por haver sempre esperado alguém que indicasse o caminho.

 

Eu espero.

Tu esperas.

As vísceras passam por aqui.

O morticínio bate à porta invisível.

 

A angústia afia seus estiletes e sonha com safenas fantásticas.

Nós espreitamos a espera perder o controle das horas.

Em um mundo assim até os relógios oscilam entre a insônia e o pesadelo.

 

10.

 

Desfigurados pelo nome e sua circunstância.

Lições de abismo com endereço certo.

Ensinar aos filhos que a história se faz assim.

 

Um enxame de deuses aguardando a noite.

Eu queimo de vislumbres que me descrevem com uma minúcia de desapontamentos.

A noite não foi parar em parte alguma enquanto estivemos aqui.

 

Eu tenho essas marcas em meu corpo que são as tuas palavras queimadas em vão.

Revelar o teu nome já não resolve nada.

Não há código civil ou justiça divina.

 

O flagrante sempre foi o grande prestidigitador.

Morremos exatamente aqui: dissidentes: relutantes: indecisos:

As versões cinematográficas se expandem.

 

O grande negócio das quedas.

Jurisdição de trevas.

O Estado sou eu em qualquer estado.

 

Eu olho em teus olhos buscando meu erro.

Não nos molestamos mais.

Destilamos uma frialdade absoluta.

 

Qualquer que seja a metáfora desenhada por um de nós.

Um resquício último de humanidade.

Eu leio nos teus lábios que a noite não virá.

 

 


 

 



A GRANDE OBRA DA CARNE

A poesia de Floriano Martins

  

1991 Cinzas do sol 

1991 Sábias areias 

1994 Tumultúmulos 

1998 A outra ponta do homem 

1998 Autorretrato 

1998 Os miseráveis tormentos da linguagem e as seduções do inferno nos instantes trágicos do amor de Barbus & Lozna 

2003-2017 Floração de centelhas [com Beatriz Bajo]

2004 Antes da queda 

2004 Lusbet & o olho do abismo abundante 

2004 Prodígio das tintas 

2004 Rastros de um caracol 

2004 Sombras raptadas [Coroa] 

2004 Sombras raptadas [Cara] 

2004-2015 Estudos de pele 

2004-2017 Mecânica do abismo 

2005 A queda 

2005 Extravio de noites 

2006 A noite em tua pele impressa 

2006 Duas mentiras 

2006-2007 Autobiografia de um truque 

2007 Teatro impossível  

2008 Sobras de Deus

2008 Blacktown Hospital Bed 23 

2009-2010 Efígies suspeitas 

2010 Joias do abismo 

2010-2011 Antes que a árvore se feche 

2012 O livro invisível de William Burroughs

2012-2014 Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]

2013 Anatomia suspeita da realidade 

2013 My favorite things [com Manuel Iris]

2013 O piano andou bebendo 

2013 Sonho de uma última paixão 

2013-2015 Breviário dos animais fabulosos fugidos da memória 

2014 Mobília de disfarces 

2014 O sol e as sombras 

2014-2015 Reflexões sobre o inverossímil 

2015 Enigmas circulares 

2015 Improviso para dois pianos [com Farah Hallal]

2016 Cine Azteka [com Zuca Sardan]

2016 Circo Cyclame [com Zuca Sardan]

2016 Trem Carthago [com Zuca Sardan]

2016 A mais antiga das noites 

2016 A vida acidental de Aurora Leonardos 

2016 Altares do caos 

2016 Breve história da magia 

2016-2017 Convulsiva taça dos desejos [com Leila Ferraz]

2016-2017 Obra prima da confusão entre dois mundos 

2017 O livro desmedido de William Blake

2017 Antigas formas do abandono 

2017 Labirintos clandestinos 

2017 Manuscrito das obsessões inexatas  

2017 O mais antigo dos dias 

2017-2020 A volta da baleia Beluxa [com Zuca Sardan]

2017-2022 Nenhuma voz cabe no silêncio de outra 

2018 Atlas revirado 

2018 Tabula rasa 

2018 Vestígios deleitosos do azar 

2021 Las mujeres desaparecidas

2021 Museu do visionário [com Berta Lucía Estrada]

2021 Naufrágios do tempo [com Berta Lucía Estrada]

2022 As sombras suspensas [com Berta Lucía Estrada]

2022 Las resurrecciones íntimas [com Berta Lucía Estrada]

2023 A casa de Lenilde Fablas

2023 Caligrafias do espírito

2023 Huesos de los presságios [con Fernando Cuartas Acosta]

2023 Inventário da pintura de uma época

2023 Letras del fuego [con Susana Wald]

2023 Representação consentida

2023 Primeiro verão longe de casa 


 

 

1991-2023 Mesa crítica [Prefácios, posfácios, orelhas]

2013-2017 Manuscritos


 

 

Poeta, tradutor, ensaísta, artista plástico, dramaturgo, FLORIANO MARTINS (Brasil, 1957) é conhecido por haver criado, em 1999, a Agulha Revista de Cultura, veículo pioneiro de circulação pela Internet e dedicado à difusão de estudos críticos sobre arte e cultura. Ao longo de 23 anos de ininterrupta atividade editorial, a revista ampliou seu espectro, assimilando uma editora, a ARC Edições e alguns projetos paralelos, de que são exemplo “Conexão Hispânica” e “Atlas Lírico da América Hispânica”, este último uma parceria com a revista brasileira Acrobata. O trabalho de Floriano também se estende pela pesquisa, em especial o estudo da tradição lírica hispano-americana e o Surrealismo, temas sobre os quais tem alguns livros publicados. Como artista plástico, desde a descoberta da colagem vem desenvolvendo, com singular maestria, experiências que mesclam a fotografia digital, o vídeo, a colagem, a ensamblagem e outros recursos. Como ele próprio afirma, o magma de toda essa efervescência criativa se localiza na poesia, na escritura de poemas, na experiência com o verso, inclusive a prosa poética, da qual é um dos grandes cultores. A grande obra da carne – título emprestado de um de seus livros, é uma biblioteca desenvolvida como espaço paralelo dentro da Agulha Revista de Cultura, a partir de uma ideia do próprio Floriano Martins, de modo a propiciar acesso gratuito a toda a sua produção poética.


 

 

OBRA POÉTICA PUBLICADA

 

Cinzas do sol. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.

Sábias areias. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.

Tumultúmulos. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1994.

Ashes of the sun. Translated by Margaret Jull Costa. The myth of the world. Vol. 2The Dedalus Book of Surrealism. London: Dedalus Ltd., 1994.

Alma em chamasFortaleza: Letra & Música, 1998.

Cenizas del sol [con Edgar Zúñiga]. San José, Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2001.

Extravio de noites. Caxias do Sul: Poetas de Orpheu, 2001.

Estudos de pele. Rio de Janeiro: Lamparina, 2004.

Tres estudios para un amor loco. Trad. Marta Spagnuolo. México: Alforja Arte y Literatura A.C., 2006.

La noche impresa en tu pielTrad. Marta Spagnuolo. Caracas: Taller Editorial El Pez Soluble, 2006.

Duas mentiras. São Paulo: Edições Projeto Dulcinéia Catadora, 2008.

Sobras de Deus. Santa Catarina: Edições Nephelibata, 2008.

Teatro imposible. Trad. Marta Spagnuolo. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2008.

A alma desfeita em corpoLisboa: Apenas Livros, 2009.

Fuego en las cartas. Trad. Blanca Luz Pulido. Huelva, España: Ayuntamiento de Punta Umbría, Colección Palabra Ibérica, 2009.

Autobiografia de um truque. São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2010.

Delante del fuego. Selección y traducción de Benjamín Valdivia. Guanajuato, México: Azafrán y Cinabrio Ediciones, 2010.

Abismanto [com Viviane de Santana Paulo]. Natal: Sol Negro Edições, 2012.

O livro invisível de William Burroughs. Natal: Sol Negro Edições, 2012.

Lembrança de homens que não existiam [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2013.

Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.

Overnight medley [com Manuel Iris]. Trad. ao espanhol (Juan Cameron) e ao inglês (Allan Vidigal). Fortaleza: ARC Edições, 2014.

O sol e as sombras [com Valdir Rocha]. São Paulo: Pantemporâneo, 2014.

A vida inesperada. Fortaleza: ARC Edições, 2015.

Circo Cyclame [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.

O iluminismo é uma baleia [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.

Espelho náufrago. Lisboa: Apenas Livros, 2017.

A grande obra da carne. Fortaleza: ARC Edições, 2017.

Tabula rasa [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2018.

Antes que a árvore se feche (poesia reunida). Fortaleza: ARC Edições, 2018.

Tríptico da agonia [com Berta Lucía Estrada]. Fortaleza: ARC Edições, 2021.

Las mujeres desaparecidas. Santiago, Chile: LP5 Editora, 2021.

Un día fui Aurora Leonardos. Quito: Línea Imaginaria Ediciones, 2022.

El frutero de los sueñosWilmington, USA: Generis Publishing, 2023.

Sombras no jardim. Fortaleza: ARC Edições, 2023.


 

 

Agulha Revista de Cultura

Criada por Floriano Martins

Dirigida por Elys Regina Zils

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/

1999-2024 

 


 

 

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