A noite vem docemente descansar no jardim.
PAUL NOUGÉ
1.
Eu
leio nos teus lábios que a noite não virá.
A
noite não se deixa molestar por ti.
A
violência com que te resguardas de ti mesmo.
Tática
jurídica ou religiosa para que permaneças entre nós.
O
teu êxito precário e a evidência desproporcional de seu vazio.
Saímos
contigo inocentados para a noite.
Não
há negação de nada em nossa convivência.
Perdemos
uma boa razão para nos educarmos a todos.
A
noite revelada como um sacrário de conveniências.
Nossas
preocupações desaparecem ao minguar do dia.
Não
vemos vantagem alguma em nos atingirmos.
Somos
uma desordem guardada em vantagens.
Eu
quero rir de tudo à noite inteira.
O
teu silêncio não me recupera senão o riso.
A
tua ausência me estimula a rir por todos nós.
A
sombra é como uma morte acidentada em frases.
Aos
poucos te alimentas da tragédia que há em ti.
O
teu corpo cansado de rir de si mesmo.
A
tua noite querendo ser a negação de teus sentidos.
A
máscara de êxitos de uma noite envergonhada.
2.
Eu
estou diretamente caindo em ti e não sei como evitá-lo.
É
tão rápido o movimento que identificá-lo me é impossível.
Nós
todos precisamos de uma vida mais lenta para saber que é nossa.
Estamos
sempre à espreita de nossas falhas.
Um
perigo comum a todas as angústias.
A
sorte desfalecida.
Por
onde as linhas de tua lucidez começam a se desentender.
A
noite sem saber ao certo se é falta ou excesso.
Em
que parte de tua harmonia pode haver um inferno.
Eu
rio de tuas noites de horror que se imaginam esplêndidas.
Seguimos
caindo porque não encarnamos a queda.
Como
alguém que não consegue matar-se.
A
ideia da morte como um refúgio onde o riso não tem abrigo.
A
morte se ri ante a preocupação de leito ou túmulo.
Eu
beijo a tua noite sem repouso.
Tuas
lágrimas riem da tempestade de meus anseios.
A
noite não exige para si nenhum poder.
Eu
não sei por onde passas com tua queda desatada em sorte.
Não
conheço senão o infortúnio e sua falsa glória.
Os
versos com que cobres o olhar.
A
miserável alegria com que te renovas.
Cair
por um momento.
Rezar
além das forças.
Tomar
armas.
Meter-se
no cultivo mesquinho de piedades.
Desfigurar
a ingenuidade.
Nenhum
de nós sabe quantas noites pode morrer esta noite.
Temos
esta dificuldade milenar.
Jamais
eliminaremos todos os inimigos.
O
homem está composto pelo que sabe e o que não sabe de si.
Não
há outra ciência.
3.
O
idealismo da morte de Deus é um bom verso.
A
metáfora do retorno perene se confunde com a do eterno pecador.
Agora
eu não quero senão beijar-te.
Tua
morte cai por terra a cada beijo meu.
Por
onde a noite cai já não se pode amá-la e em meio a tantas quedas não há triunfo
da parte de obra alguma.
O
equilíbrio é sempre uma maneira de negar-se.
Como
quem intimamente salta de uma ruína a outra e não se satisfaz com os espectros
de sua derrota que lhe vão corroendo a alma inteira.
O
inferno nunca foi uma boa temporada para nenhum de nós.
Eu
pude ver a agonia encharcando teu olhar enquanto meu corpo explodia e se
misturava aos destroços de tudo quanto me cercava.
Eu
vi a tarde toda refletida aos bagaços em teu olhar.
O
lugar inteiro sendo refeito em estilhaços.
A
loucura de um gesto arruinando as nossas vidas.
Meu
corpo mil vezes abrindo crateras de ódio.
Vítimas
por traduzir.
Não
haverá uma única pergunta.
Nenhuma
obra jamais soube remontar os retalhos daquilo que destruiu.
Muitos
nem sabem a qual espécie de sacrifício aludir quando ostentam os símbolos de
sua arte.
Eu
vi o meu corpo detonado por dentro e nenhuma visão foi mais íntima daquela
tarde se extinguindo em multiplicadas explosões.
Nenhum
fragmento percebeu a dimensão do sacrifício.
Nenhuma
tarde se reergueu dos escombros de meu corpo.
Nós
somos os pedaços de Deus retalhados dentro da linguagem.
Nenhuma
farsa consegue destruir-se por completo.
Ainda
carregamos conosco o resíduo de toda fé.
4.
Enquanto
escreves me ponho no interior de teu corpo inacabado.
Vejo
como me corróis por dentro em meio à vitalidade da crença nas imagens.
Teu
pensamento se ocupa de sacrificar minhas convicções.
Habito-me
em plena consumição de princípios.
Nenhuma
evidência se livra de suas faíscas de agonia.
Em
tuas anotações percebo o quanto te perturba riscar os pontos trágicos em que a
escrita não se realiza como uma saída além da assiduidade do presente.
Talvez
por isto não me reconheças em ardis que ainda imaginas poder suprimir.
As
vertigens se multiplicam a lotar comboios em tua imaginação.
Eu
tenho que te sufocar por dentro até que divises o abismo a que nos entregamos.
Não
terás como ignorar meu esforço enquanto segues escrevendo em espantoso frenesi
as tuas supostas ciladas.
Eu
grito um nome enquanto escavo o horror de tantas crônicas.
Uma
estranha palavra que repercute como quem se desgarra de si mesmo como se
fôssemos elucidados por tudo aquilo que nos falta.
Já
não se trata de uma simples bordoada do acaso e sim da intrigante rede de
sofrimentos que o jogo requer.
Nenhum
de nós pode mais simplesmente dizer o próprio nome.
O
que escreves aos poucos se revela como sendo a morte de nossa secreta
identidade.
Um
punhado de imagens debilita tua relação com o mundo e já não te encontras aqui
para confirmar quem.
5.
Se
não estás aqui eu já não tenho como desamparar-te.
A
astúcia é uma lancinante categoria da linguagem.
Confundir
a imensidão com um pequeno tumulto.
E
agora abrigar teus escritos em meu corpo enquanto a solidão se precipita sobre
tua garganta a ponto de rasgar-te o vozeio dos nomes.
Deito
meu corpo para que sondes o que nele faz sentido.
Qualquer
um riria de nós agora que se descobre que não temos o que dizer.
Ensaiamos
a miséria humana até que ela se estenda ao sol e dissimulada anote os assuntos
que jamais entenderemos.
A
singeleza de meu corpo nu pode ser um atrativo para a escrita sem que
desesperes e queiras me transformar em método de tua solidão.
Nós
somos os nossos diferentes erros sempre conciliados da pior maneira.
Meus
olhos correm por dentro da falsa imagem que fazes de ti.
Eu
não posso beijar-te agora porque me evitas.
Os
corpos saltam de uma presunção a outra e as dores resvalam por um corredor sem
fim onde a vontade é sempre negada em nome da natureza.
A
dor não vai acabar nunca e não me dirás teu nome.
Eu
não passo de uma vida explosiva que te acoberta.
Adormecerás
entre uma deformação e outra de teus sentidos e seguirás sem me dizer teu nome.
6.
Bater
e bater e esganar segredos e espancar infortúnios e arrasar pequenos ideais e
violentar e arrombar e retorcer e avariar angústias e depredar tolices e torcer
o sentido de miudezas e sequer rir de tudo isto como se fosse um requerimento
da ordem local.
O
meu corpo gélido não passa de uma evidência.
A
memória se mostrará imprevisível sob tortura.
O
meu corpo se encontra dizimado por reticências.
Um
instante que seja eu não me poria de pé senão para saudar-te a dedicação ao
extravio.
Mensagens
são transmitidas de uma fonte a outra e já ninguém pode dizer que não sabe o
que pensar a respeito.
Estás
diante da pobre sociedade de teu corpo vitimado.
Os
teus meninos fora de cena.
Longe
de tudo, a dor do mapa foragido de suas dimensões.
O
desastre noturno de gemidos vigiados e gritos derramados na mesa dos limites.
Aqui
se pode morrer à exaustão e compartilhar a morte como um estranho vício.
O
olhar se arrasta por uma imensidão voraz que escama vícios como peixes
migratórios que alimentam a sofreguidão do mundo.
Quando
o mapa se esvazia das marcas de tua perversão então podemos tatear as pequenas
sombras fatigadas que espantosamente resistem.
7.
O
mundo progride por um efeito de perspectiva.
De
onde me vês eu posso garantir tua revolução ou quebrar a banca de apostas ou
denunciar-te a alguma agência de notícias ou tornar-me comparsa de teu
fingimento ou.
Trata-se
de uma roupa sinuosa a da perspectiva e quando me despes teus olhos imensos
podem não me encontrar mais em parte alguma.
Não
é certo que jamais sabemos para onde caminham nossos mortos
Estamos
devastando tudo dentro de nós.
As
tuas ilusões se deixaram impregnar por imagens plantadas.
Um
mesmo catálogo de bustos anônimos e o esplendor da miséria com suas igrejas
sepultadas no descampado da memória.
Um
fósforo à espera do incêndio.
Um
beijo à espera da conspiração.
Árvore
cujas folhas são olhos de serpente.
Um
novo cenário de vísceras pré-moldadas estimado para que todos nos sintamos bem.
A
câmara focando o rosto desfocado dela – meu
nome é rosa eu fui espancada aover três homens um deles colocava algo no carro
pipa que veio abastecer o bairro outro me batia muito e espalhava sal por onde
me doía o corpo e nem precisava me dizer nada eu fui afligida pelo que
compreendi – um rosto de evidências quebradiças.
Não
há um eu sublime.
Identificamos
crimes pelos quais não podemos responsabilizar ninguém, nem nos cabe amenizá-los.
Não
há justiça sem justiceiro ou regime político sem a saciedade de seus métodos.
Eu
tenho um nome um eco um fala-me e
ninguém me diz nada.
Há
um relógio que brota de cada suspiro e me distrai com horas suspeitas como se a
minha vida estivesse por um fio.
8.
Há
uma cobiça de gozos degenerando um jeito mais livre de ser.
Uma
fiação de regras que são a base de todo constrangimento e fonte de aliciamento.
Teus
mortos esperam em longas filas por pequenos volumes indecifráveis e suas
pétalas de racismo e genocídio.
Prosperam
à espera desses pacotes de vômitos e ejaculações ressecadas.
Flores
famintas mastigam os restos calcários de tua memória.
Corpos
arrastados sob medida.
Calvário
de pratos concebidos com seus lamentos elétricos.
A
miséria ressumando como um abismo acidental.
Ninguém
sabe mais por que nome chamar a si mesmo.
Nem
mesmo escavando em escombros encontraríamos a transparência perdida.
A
dor multiplicada por mares descorados que se agitam em casarões de formas
emudecidas.
Lugares
que se desfalecem aterrorizados por apenas soletrarem teu nome.
Postos
de comando e faixas de greve e cercos policiais.
A
humanidade já não guarda segredo de si.
9.
A
memória se reparte ao visitar escombros negros e índios em seu paiol metafísico.
Habituada
à sedutora condição de modelo vivo acabou por desterrar efeitos contrários.
De
que lado a carne se espelha no real sentido de tudo quanto toca é algo que não
se sabe.
O
que foi repartido devorou a metade que ingenuamente aceitou tal condição.
Falso
dualismo que orienta a existência quer tenhamos ou não razão [e não a teremos
nunca].
Toda
razão perdida se transfigura em deplorável quando reabilitada.
É
alto o preço que pagamos por haver sempre esperado alguém que indicasse o
caminho.
Eu
espero.
Tu
esperas.
As
vísceras passam por aqui.
O
morticínio bate à porta invisível.
A
angústia afia seus estiletes e sonha com safenas fantásticas.
Nós
espreitamos a espera perder o controle das horas.
Em
um mundo assim até os relógios oscilam entre a insônia e o pesadelo.
10.
Desfigurados
pelo nome e sua circunstância.
Lições
de abismo com endereço certo.
Ensinar
aos filhos que a história se faz assim.
Um
enxame de deuses aguardando a noite.
Eu
queimo de vislumbres que me descrevem com uma minúcia de desapontamentos.
A
noite não foi parar em parte alguma enquanto estivemos aqui.
Eu
tenho essas marcas em meu corpo que são as tuas palavras queimadas em vão.
Revelar
o teu nome já não resolve nada.
Não
há código civil ou justiça divina.
O
flagrante sempre foi o grande prestidigitador.
Morremos
exatamente aqui: dissidentes: relutantes: indecisos:
As
versões cinematográficas se expandem.
O
grande negócio das quedas.
Jurisdição
de trevas.
O
Estado sou eu em qualquer estado.
Eu
olho em teus olhos buscando meu erro.
Não
nos molestamos mais.
Destilamos
uma frialdade absoluta.
Qualquer
que seja a metáfora desenhada por um de nós.
Um
resquício último de humanidade.
Eu
leio nos teus lábios que a noite não virá.
∞
A GRANDE OBRA DA CARNE
A poesia de Floriano Martins
1991 Cinzas do sol
1991 Sábias areias
1994 Tumultúmulos
1998 Autorretrato
2003-2017 Floração de centelhas [com Beatriz Bajo]
2004 Antes da queda
2004 Lusbet & o olho do abismo abundante
2004 Prodígio das tintas
2004-2015 Estudos de pele
2004-2017 Mecânica do abismo
2005 A queda
2005 Extravio de noites
2006 A noite em tua pele impressa
2006 Duas mentiras
2006-2007 Autobiografia de um truque
2007 Teatro impossível
2008 Sobras de Deus
2008 Blacktown Hospital Bed 23
2009-2010 Efígies suspeitas
2010 Joias do abismo
2010-2011 Antes que a árvore se feche
2012 O livro invisível de William Burroughs
2012-2014 Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]
2013 Anatomia suspeita da realidade
2013 My favorite things [com Manuel Iris]
2013 Sonho de uma última paixão
2013-2015 Breviário dos animais fabulosos fugidos da memória
2014 Mobília de disfarces
2014 O sol e as sombras
2014-2015 Reflexões sobre o inverossímil
2015 Enigmas circulares
2015 Improviso para dois pianos [com Farah Hallal]
2016 Cine Azteka [com Zuca Sardan]
2016 Circo Cyclame [com Zuca Sardan]
2016 Trem Carthago [com Zuca Sardan]
2016 A vida acidental de Aurora Leonardos
2016 Altares do caos
2016-2017 Convulsiva taça dos desejos [com Leila Ferraz]
2016-2017 Obra prima da confusão entre dois mundos
2017 O livro desmedido de William Blake
2017 Antigas formas do abandono
2017 Manuscrito das obsessões inexatas
2017-2020 A volta da baleia Beluxa [com Zuca Sardan]
2017-2022 Nenhuma voz cabe no silêncio de outra
2018 Atlas revirado
2018 Tabula rasa
2018 Vestígios deleitosos do azar
2021 Las mujeres desaparecidas
2021 Museu do visionário [com Berta Lucía Estrada]
2021 Naufrágios do tempo [com Berta Lucía Estrada]
2022 As sombras suspensas [com Berta Lucía Estrada]
2022 Las resurrecciones íntimas [com Berta Lucía Estrada]
2023 Huesos de los presságios [con Fernando Cuartas Acosta]
2023 Inventário da pintura de uma época
2023 Letras del fuego [con Susana Wald]
2023 Primeiro verão longe de casa
∞
1991-2023 Mesa crítica [Prefácios, posfácios, orelhas]
2013-2017 Manuscritos
∞
Poeta, tradutor, ensaísta, artista plástico, dramaturgo, FLORIANO MARTINS (Brasil, 1957) é conhecido por haver criado, em 1999, a Agulha Revista de Cultura, veículo pioneiro de circulação pela Internet e dedicado à difusão de estudos críticos sobre arte e cultura. Ao longo de 23 anos de ininterrupta atividade editorial, a revista ampliou seu espectro, assimilando uma editora, a ARC Edições e alguns projetos paralelos, de que são exemplo “Conexão Hispânica” e “Atlas Lírico da América Hispânica”, este último uma parceria com a revista brasileira Acrobata. O trabalho de Floriano também se estende pela pesquisa, em especial o estudo da tradição lírica hispano-americana e o Surrealismo, temas sobre os quais tem alguns livros publicados. Como artista plástico, desde a descoberta da colagem vem desenvolvendo, com singular maestria, experiências que mesclam a fotografia digital, o vídeo, a colagem, a ensamblagem e outros recursos. Como ele próprio afirma, o magma de toda essa efervescência criativa se localiza na poesia, na escritura de poemas, na experiência com o verso, inclusive a prosa poética, da qual é um dos grandes cultores. A grande obra da carne – título emprestado de um de seus livros, é uma biblioteca desenvolvida como espaço paralelo dentro da Agulha Revista de Cultura, a partir de uma ideia do próprio Floriano Martins, de modo a propiciar acesso gratuito a toda a sua produção poética.
∞
OBRA POÉTICA PUBLICADA
Cinzas do sol. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.
Sábias areias. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.
Tumultúmulos. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1994.
Ashes of the sun. Translated by Margaret Jull Costa. The myth of the world. Vol. 2. The Dedalus Book of Surrealism. London: Dedalus Ltd., 1994.
Alma em chamas. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Cenizas del sol [con Edgar Zúñiga]. San José, Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2001.
Extravio de noites. Caxias do Sul: Poetas de Orpheu, 2001.
Estudos de pele. Rio de Janeiro: Lamparina, 2004.
Tres estudios para un amor loco. Trad. Marta Spagnuolo. México: Alforja Arte y Literatura A.C., 2006.
La noche impresa en tu piel. Trad. Marta Spagnuolo. Caracas: Taller Editorial El Pez Soluble, 2006.
Duas mentiras. São Paulo: Edições Projeto Dulcinéia Catadora, 2008.
Sobras de Deus. Santa Catarina: Edições Nephelibata, 2008.
Teatro imposible. Trad. Marta Spagnuolo. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2008.
A alma desfeita em corpo. Lisboa: Apenas Livros, 2009.
Fuego en las cartas. Trad. Blanca Luz Pulido. Huelva, España: Ayuntamiento de Punta Umbría, Colección Palabra Ibérica, 2009.
Autobiografia de um truque. São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2010.
Delante del fuego. Selección y traducción de Benjamín Valdivia. Guanajuato, México: Azafrán y Cinabrio Ediciones, 2010.
Abismanto [com Viviane de Santana Paulo]. Natal: Sol Negro Edições, 2012.
O livro invisível de William Burroughs. Natal: Sol Negro Edições, 2012.
Lembrança de homens que não existiam [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2013.
Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Overnight medley [com Manuel Iris]. Trad. ao espanhol (Juan Cameron) e ao inglês (Allan Vidigal). Fortaleza: ARC Edições, 2014.
O sol e as sombras [com Valdir Rocha]. São Paulo: Pantemporâneo, 2014.
A vida inesperada. Fortaleza: ARC Edições, 2015.
Circo Cyclame [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
O iluminismo é uma baleia [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Espelho náufrago. Lisboa: Apenas Livros, 2017.
A grande obra da carne. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Tabula rasa [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Antes que a árvore se feche (poesia reunida). Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Tríptico da agonia [com Berta Lucía Estrada]. Fortaleza: ARC Edições, 2021.
Las mujeres desaparecidas. Santiago, Chile: LP5 Editora, 2021.
Un día fui Aurora Leonardos. Quito: Línea Imaginaria Ediciones, 2022.
El frutero de los sueños. Wilmington, USA: Generis Publishing, 2023.
Sombras no jardim. Fortaleza: ARC Edições, 2023.
∞
Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/
1999-2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário