A memória está tomada por dois
assombros:
o batismo e o esquecimento.
Teu coração repousa sobre o meu
como se tivesse saído de uma batalha.
Desnudo tua sombra, tua alma, os
gestos
com que me entregas a flor de tua
paixão,
desvelo em teu corpo uns detalhes
da alquimia mais secreta da vida.
FM
& FH
ENQUANTO TOCAVA A MÚSICA DO SANGUE
Teus olhos são ainda a febre do tempo,
o ensaio da passagem das coisas por sua
memória.
Em seu interior posso recordar fascinado
o mistério das coisas que jamais ocorrerão.
Enquanto evocas e sobes pelo silêncio de sua
íris
e cruzas o frágil estendido no interior de sua
espessura,
comem então as pálpebras o aguerrido da
lembrança
e na sombra de seu escuro rito desprezam o
necessário.
O cativo que se traslada de um ponto a outro
do domicílio de teu corpo. A garrafa
convertida em lâmpada.
O céu desprendido da paisagem, com seu teatro
de riscos.
Assim como eu te escuto dentro de mim,
chamando-me,
com a voz paciente do silêncio e seus
labirintos de sal,
fugindo até mim pelo caminho de um fato
inanimado,
mordendo-me o lábio superior da consciência,
esse que acaba umedecendo o arco da vida.
E são também teus olhos a febre do espaço, o
segredo
do forno e as alturas das pedras que voam até
aqui.
A liberação do sonho que contamos em tua pele.
A vegetação que cobre tuas coxas antes que
seja tarde.
Tão cheios de si e, no entanto, solitários e
sob custódia:
luz do dia que acolhe faminta sua secreta
forma sangrenta.
Um dia haverão de sonhar com a música do
cadafalso!
E então se desfará a enredadeira… Comerão
pedras,
as mesmas que abrem e fecham sempre a mão,
como se fossem garras irmanadas na própria
sede,
garras afogadas em sua tintura que se estende [em
mim, em ti]
como asas de pássaros que se negam a voar.
Porém voam.
ENQUANTO O FOGO DESCOBRE COMO CAMINHAR
EM TEU DORSO
A noite muda de lugar em tuas mãos.
Por vezes busco teu nome em minha
pele.
Teu olhar travesso soletra outros
sabores.
Uma quentura de ervas, uma possessão
de mitos nos manjares de tua cozinha.
O fogo se aproxima de meu armazém de
pólvora.
Com um latejo veloz e uma respiração
cortada com as facas que guardo
debaixo
dessa almofada úmida arqueada na
palavra.
Como se o tempo fosse mais do que
fumaça,
eu me aproximo da cidade sitiada de
tuas coxas.
Muito além de tua lenda, eu te quero,
muito além
do destino que os deuses confiam a
teus pés.
Eu te quero muito além da notícia do
jornal,
da mútua condição de humildes mortais.
Mesmo sem tempo para nos amarmos
demasiado,
dúvida e certeza expiram em nosso
calendário.
E eu te quero muito além do instante
náufrago
onde algum dia vimos rendido nosso
desejo.
ENQUANTO REFAZEMOS O FUTURO QUE
DEIXAMOS PASSAR
O closet está vazio na febre cativa de uma jornada
do fogo.
Arrancou de sua biografia até mesmo as
cortinas mais invisíveis.
As dúvidas previsíveis e as formigas como uma
mesa de estampados.
As tarefas predestinadas às tristeza são
suspensas na saciedade.
Dá-me tua mão que eu te levo a buscar a outra joia
do acaso, a moeda
feita de janelas que conhecem a frequência do
ouro do abismo.
Dá-me tua mão que eu te ensino a ver com os
dedos da noite,
com a transparência das águas e a comunhão do
diáfano.
Porque igualmente vazio está o que alguma vez
cobriu nossa silhueta.
O que assalta agora nossos inseguros estados
do tempo?
Meus lápis comem o vértice dos sonhos de
carvãozinho
e com suas fraldas de lenha deixam escapar
imprescindíveis ondulações.
O amor moderno se enreda nos cabos de sua
pressa
e em sua tinta se afogam os restos deste
passado, as escamas
de uma noite e outra sucessíveis enquanto
suamos de desejo.
O amor é um monstro nascido de uma cópula de
espelhos.
Um pastel de imagens, uma transa de anzóis na
carne vermelha.
Eu te quero em meu ser como uma transfiguração
de quedas.
Um peixe servido nas águas ferventes de tuas
vertigens.
Há que esvaziar tudo, o roupeiro da alma, os
tonéis da dor,
o próprio canto do deserto, antes que alguém
morra de sede.
ENQUANTO A NOITE SE ALIMENTA DO
ESPÍRITO CRIATIVO DE SUAS SOMBRAS
Tenho buscado o fulgor de um mundo
invisível,
o abismo minucioso das quedas, a dor
da aprendizagem
e seus cuidados com as lâmpadas do
passado.
Como nos reconhecemos na cintilação
dessas palpitações?
Até que ponto és um mundo
indescritível para mim?
Os olhos me bastarão para lamber a luz
de um só de teus dias?
Nunca antes me vi com os bolsos tão
repletos de túneis.
Jamais me havia negado a ver a mim
mesmo desde esta silhueta salpicada de sangue. Lápis que encarna um pontilhado
de dúvidas.
E agora tudo cursa um trânsito noturno
em pleno meridiano.
Tudo tem um nome cruzando a fronteira
que nos une.
E já não sabes de mim o que esperei de
ti a vida inteira.
ENQUANTO ESPERO QUE O RELÓGIO COMA
SUAS HORAS OU ESQUEÇA O QUE FAZER COM ELAS
Meu livro de história já não tem
passado,
uma parte de mim comeu suas páginas.
Abro os braços para planejar como voa
a noite
e a subida do pássaro que consome a si
mesmo.
Há em meu livro um caminho de todo
inatingível,
um pouco longe de nós, recordando os
dias
que ainda não chegam com seu sonho
passado a limpo.
A pedra revela o signo do peixe em sua
entranha,
o som da água que agita meus
escombros.
Tudo voa nesta noite, e com a minha
música cega
vou cantando ao silêncio que acolhe
meu cântaro.
Há em meu livro um lombo de besta
agonizante,
um ninho de imagens que destroçam meus
nervos.
Para onde foram todos os beijos que um
dia
peguei com a minha rede de caçar
borboletas?
Para onde foram as aves que se
cansaram
do esplendor do próprio trânsito livro
afora?
Sob a janela do abismo tenho pensado
em ti.
Quando te foste deixaste rasgadas umas
páginas
e muitas outras com suas palavras
desterradas.
Porém o livro volta a escrever-se como
incerto,
costurando as margens, desgalhando a
memória.
ENQUANTO AS ARMAS NEGRAS DO OLHAR TRANSBORDAM
UM PESADELO DE SANGUE
O que houve com a
noite que andou por aqui? Mudou de
lugar, como se agora fosse outra a forma de seu abandono? O que houve com a
linha de tempo que muda de lugar os efeitos alucinógenos do olhar? O que fazer
com as perguntas quando perdem sentido? Elas circulam encerradas em seu signo
de incerteza. Com o fantasma das respostas improváveis em suas costas, elas
circulam como nós em um corpo emprestado. No meio da noite nosso jogo de
sombras despertou seu ruído. É obscuro o prazer quando nos mostra sua ruína? É
inocente a inquietude quando derruba a casa? O que houve com as moedas do
espanto? É outro o som da queda dos erros na máquina de desviar horizontes.
Outro o desvario das horas que chegaram com atraso no desvão de seu esquecimento.
O que fazer com tantos sonhos inundados na vigília? Como desfazer-se das
mentiras inverossímeis?
ENQUANTO A ALMA BUSCA SEUS VULTOS
PERDIDOS SOB A PELE DOS ESPELHOS
Como um labirinto figurado a noite recorre a
teu corpo
repleto de escamas e à prosa oculta em teu
desejo.
Mostra-me a cor das plantas e como tudo no
mundo
equivale a mergulhar em teu caos. Sei que me
queres da forma obscura em que as raízes amam o silêncio,
que me queres ainda mutilada nas extensões do
simulacro.
Todas as minhas linhas úmidas secaram sua
agonia esperando
o olhar do sol. Suas penas máximas, as
conclusões de sua fé, o aroma da dor recém cortada se enfiaram no mais
solitário de todos os meus dedos: esse que te aponta.
Oh me diz com tua possessão, quem sou? Como te
escreves
em meu ser antes que eu mesma perceba o calor
de tuas partes?
Posso recordar a rota de teu pés, o espinhaço
de teus gemidos, as artérias de teus sonhos, da mesma forma como posso caminhar
sobre a pele dos espelhos e o ventre da lua, uma noite mais,
e já não estás. Como um sabujo meu passado
vaga pelas incertezas de tua anarquia.
Salta pelas misérias que servem de teto para
as choupanas da fome cotidiana, consome as notícias dos jornais, aquelas
desenhadas com a forma do osso.
Acaso elas me darão os pés para cruzar da que
sou até a que fui?
Agora não necessito mais do que sair de um
mundo a outro, embora disfarçada de hóspede das vertigens, já não importa.
Preparo o trânsito de tua vivenda, a casca
invisível de tuas premissas,
e a semente com que te fazes meu enquanto a
eternidade se perde em meus braços.
ENQUANTO O ESCÁRNIO ABRE AS PORTAS DO
TEATRO NA NOITE FRIA
Na escuridão o amor parece desigual,
com suas ruas repletas de plágios e as
plumas
impronunciáveis loucas cobiçadas pelas
sombras.
Feito de ritos em desuso, o amor
mascado pela tribo,
esforçado e recostado sobre a
montanha,
com o tambor esgotado de suas
reverências.
Na metade do caminho jaz a parte
escura do amor,
um corpo cansado de lamber seu
horizonte,
um brilho que lustra o abismo de seus
sapatos,
duas mãos feridas esvaziando a noite.
Na metade do caminho o amor já não se
importa com ninguém.
As coisas passam por mim e ainda não
as posso alcançar.
O olhar de um deus rondando a
tempestade,
o cachimbo de outro abortando minhas
ilusões
e uma paliçada de caveiras resenhando
a dor.
ENQUANTO A SOLIDÃO CAÇA SEUS MOTIVOS
PELA CASA VAZIA
Descobri uma noite perdida entre meus sonhos,
uma noite com suas pedras de cores
insuspeitadas
e uma divindade assombrada com seus poderes já
sem significado algum.
Descobri os restos mortais de meus
pensamentos.
Assim como um deus descobriu a maçã na boca da
fome.
Os sonhos alcançados semearam a dor na
escassez dos potes
e desde então os santos e os milagres dormem
em minhas cicatrizes.
Por isto hoje descobri a ausência acumulada
das outras,
os calçados desocupados de corpos perambulando
por um futuro inóspito,
promissor de vazio, como o jornal que anuncia
com suas pompas
a luz sanguinária dos dias que mal abriram os
olhos comeram a ilusão do século.
Por isto a noite caminha pelas ruas como se
fosse um último ato,
e meu pecado talvez seja o de haver
reconhecido os fantasmas
antes mesmo do golpe mortal dos rotineiros
extravios, antes mesmo
que a casa se convertesse em um ninho de
chagas e a dor se fosse de vez, por inútil.
Descobri em minha vida um semblante de vazios
que prosperam.
ENQUANTO OS DETALHES SINCEROS
DESCASCAM A PELE À PROCURA DE OUTROS NOMES PARA O MESMO RITO
Meu coração necessita uma trégua.
Já conheço os fantasmas todos da casa.
Seus truques são como os músculos
mecânicos do acaso.
E o próprio acaso rompe os troncos
flutuantes do horizonte.
As paredes brancas consumiram as
paisagens
que de algum modo nos foram
desenhadas.
Recantos destroçados na inconstância
do latejo.
Me desconheces, casa. Os teus objetos
todos
⎼ mesmo todos
juntos ⎼ não definem
minha forma primogênita.
Me desconheces, casa. As tuas janelas
todas
não são suficientemente amplas para
deixar
que dancem os demônios como em uma
festa muito além do espaço.
Me desconheces, casa. Os teu caminhos
todos
não podem com o abismo das coisas
invisíveis
que nasce por todas as partes de meu
corpo.
Meu coração necessita uma síncope, uma
letra a menos
em seu labirinto de fogos. Eu te
necessito,
sem que saibas a essência de meus
símbolos.
∞
FARAH HALLAL (República Dominicana, 1975). Narradora, poeta, animadora de leitura e escritura. Prêmio Nacional de Literatura Infanto-Juvenil Aurora Tavárez Belliard. Publicou: Sábado de ranas, Los puentes del corazón, Un adiós para mamá, La caja de la esperanza, Número Ocho, El ave perdida y Mi Mariposa quiere volar, entre outros.
∞
A GRANDE OBRA DA CARNE
A poesia de Floriano Martins
1991 Cinzas do sol
1991 Sábias areias
1994 Tumultúmulos
1998 Autorretrato
2003-2017 Floração de centelhas [com Beatriz Bajo]
2004 Antes da queda
2004 Lusbet & o olho do abismo abundante
2004 Prodígio das tintas
2004-2015 Estudos de pele
2004-2017 Mecânica do abismo
2005 A queda
2005 Extravio de noites
2006 A noite em tua pele impressa
2006 Duas mentiras
2006-2007 Autobiografia de um truque
2007 Teatro impossível
2008 Sobras de Deus
2008 Blacktown Hospital Bed 23
2009-2010 Efígies suspeitas
2010 Joias do abismo
2010-2011 Antes que a árvore se feche
2012 O livro invisível de William Burroughs
2012-2014 Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]
2013 Anatomia suspeita da realidade
2013 My favorite things [com Manuel Iris]
2013 Sonho de uma última paixão
2013-2015 Breviário dos animais fabulosos fugidos da memória
2014 Mobília de disfarces
2014 O sol e as sombras
2014-2015 Reflexões sobre o inverossímil
2015 Enigmas circulares
2015 Improviso para dois pianos [com Farah Hallal]
2016 Cine Azteka [com Zuca Sardan]
2016 Circo Cyclame [com Zuca Sardan]
2016 Trem Carthago [com Zuca Sardan]
2016 A vida acidental de Aurora Leonardos
2016 Altares do caos
2016-2017 Convulsiva taça dos desejos [com Leila Ferraz]
2016-2017 Obra prima da confusão entre dois mundos
2017 O livro desmedido de William Blake
2017 Antigas formas do abandono
2017 Manuscrito das obsessões inexatas
2017-2020 A volta da baleia Beluxa [com Zuca Sardan]
2017-2022 Nenhuma voz cabe no silêncio de outra
2018 Atlas revirado
2018 Tabula rasa
2018 Vestígios deleitosos do azar
2021 Las mujeres desaparecidas
2021 Museu do visionário [com Berta Lucía Estrada]
2021 Naufrágios do tempo [com Berta Lucía Estrada]
2022 As sombras suspensas [com Berta Lucía Estrada]
2022 Las resurrecciones íntimas [com Berta Lucía Estrada]
2023 Huesos de los presságios [con Fernando Cuartas Acosta]
2023 Inventário da pintura de uma época
2023 Letras del fuego [con Susana Wald]
2023 Primeiro verão longe de casa
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1991-2023 Mesa crítica [Prefácios, posfácios, orelhas]
2013-2017 Manuscritos
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Poeta, tradutor, ensaísta, artista plástico, dramaturgo, FLORIANO MARTINS (Brasil, 1957) é conhecido por haver criado, em 1999, a Agulha Revista de Cultura, veículo pioneiro de circulação pela Internet e dedicado à difusão de estudos críticos sobre arte e cultura. Ao longo de 23 anos de ininterrupta atividade editorial, a revista ampliou seu espectro, assimilando uma editora, a ARC Edições e alguns projetos paralelos, de que são exemplo “Conexão Hispânica” e “Atlas Lírico da América Hispânica”, este último uma parceria com a revista brasileira Acrobata. O trabalho de Floriano também se estende pela pesquisa, em especial o estudo da tradição lírica hispano-americana e o Surrealismo, temas sobre os quais tem alguns livros publicados. Como artista plástico, desde a descoberta da colagem vem desenvolvendo, com singular maestria, experiências que mesclam a fotografia digital, o vídeo, a colagem, a ensamblagem e outros recursos. Como ele próprio afirma, o magma de toda essa efervescência criativa se localiza na poesia, na escritura de poemas, na experiência com o verso, inclusive a prosa poética, da qual é um dos grandes cultores. A grande obra da carne – título emprestado de um de seus livros, é uma biblioteca desenvolvida como espaço paralelo dentro da Agulha Revista de Cultura, a partir de uma ideia do próprio Floriano Martins, de modo a propiciar acesso gratuito a toda a sua produção poética.
∞
OBRA POÉTICA PUBLICADA
Cinzas do sol. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.
Sábias areias. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1991.
Tumultúmulos. Rio de Janeiro: Mundo Manual Edições, 1994.
Ashes of the sun. Translated by Margaret Jull Costa. The myth of the world. Vol. 2. The Dedalus Book of Surrealism. London: Dedalus Ltd., 1994.
Alma em chamas. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Cenizas del sol [con Edgar Zúñiga]. San José, Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2001.
Extravio de noites. Caxias do Sul: Poetas de Orpheu, 2001.
Estudos de pele. Rio de Janeiro: Lamparina, 2004.
Tres estudios para un amor loco. Trad. Marta Spagnuolo. México: Alforja Arte y Literatura A.C., 2006.
La noche impresa en tu piel. Trad. Marta Spagnuolo. Caracas: Taller Editorial El Pez Soluble, 2006.
Duas mentiras. São Paulo: Edições Projeto Dulcinéia Catadora, 2008.
Sobras de Deus. Santa Catarina: Edições Nephelibata, 2008.
Teatro imposible. Trad. Marta Spagnuolo. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2008.
A alma desfeita em corpo. Lisboa: Apenas Livros, 2009.
Fuego en las cartas. Trad. Blanca Luz Pulido. Huelva, España: Ayuntamiento de Punta Umbría, Colección Palabra Ibérica, 2009.
Autobiografia de um truque. São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2010.
Delante del fuego. Selección y traducción de Benjamín Valdivia. Guanajuato, México: Azafrán y Cinabrio Ediciones, 2010.
Abismanto [com Viviane de Santana Paulo]. Natal: Sol Negro Edições, 2012.
O livro invisível de William Burroughs. Natal: Sol Negro Edições, 2012.
Lembrança de homens que não existiam [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2013.
Em silêncio [com Viviane de Santana Paulo]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Overnight medley [com Manuel Iris]. Trad. ao espanhol (Juan Cameron) e ao inglês (Allan Vidigal). Fortaleza: ARC Edições, 2014.
O sol e as sombras [com Valdir Rocha]. São Paulo: Pantemporâneo, 2014.
A vida inesperada. Fortaleza: ARC Edições, 2015.
Circo Cyclame [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
O iluminismo é uma baleia [com Zuca Sardan]. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Espelho náufrago. Lisboa: Apenas Livros, 2017.
A grande obra da carne. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Tabula rasa [com Valdir Rocha]. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Antes que a árvore se feche (poesia reunida). Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Tríptico da agonia [com Berta Lucía Estrada]. Fortaleza: ARC Edições, 2021.
Las mujeres desaparecidas. Santiago, Chile: LP5 Editora, 2021.
Un día fui Aurora Leonardos. Quito: Línea Imaginaria Ediciones, 2022.
El frutero de los sueños. Wilmington, USA: Generis Publishing, 2023.
Sombras no jardim. Fortaleza: ARC Edições, 2023.
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Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/
1999-2024
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