A
POESIA DE GONZALO ROJAS
Tudo pode
chegar a ser Um. Isto me disse sempre a poesia.
GONZALO ROJAS
Como ele
próprio nos dirá, “pertenço à geração literária chilena de 1938”, ressaltando
que distingue-se esse momento “por uma maior consciência crítica da linguagem e
certo projeto de diálogo com o mundo talvez mais coerente e lúcido, ainda que sem
dúvida menos criador que o dos grandes vulcões da década de vinte: Huidobro, de Rokha, Neruda e – um pouco antes – la
Mistral“[1]. A estes somaríamos
Rosamel del Valle, Humberto Díaz-Casanueva, Enrique Gómez-Correa, seguidos de outros como
Ludwig Zeller, Enrique Lihn, Pedro Lastra, Oscar Hahn, que nos dão conta da
consubstanciação de uma densa tradição poética.
Vinculados
à geração de 38, especificamente, surgiram dois importantes momentos da
literatura chilena: os grupos Angurrientos e Mandrágora. O primeiro, em grande
parte formado por prosadores, deixou-se influenciar talvez excessivamente pelo
marxismo, incorrendo naqueles já conhecidos equívocos de uma panfletização da
arte. No entanto, deu à literatura chilena dois grandes autores: Juan Emar – embora seu nome tenha
sido já vinculado à geração anterior – e María Luisa Bombal. Quanto ao segundo,
Mandrágora, no que pese o registro de um surrealismo ortodoxo – que acabaria
levando Rojas a desvincular-se de seus
integrantes –, devemos ter em conta que buscaram a todo custo romper com a
tradição reinante, procurando fazer com que “o heterogêneo irrompesse com toda
sua força no presente, querendo assim torcer seu curso em direções
inesperadas”, como nos lembra o crítico Marcelo Coddou. De qualquer maneira, tanto
é válido notar que a geração de 38 produziu um dos momentos de maior polêmica
da literatura chilena, quanto afirmar que Gonzalo Rojas, ultrapassando os
limites definidos pela geração, tornou-se não simplesmente seu nome mais
mencionado internacionalmente mas sobretudo um dos mais altos representantes da
tradição poética de seu país, de cujas origens ecoam ainda hoje as vozes de
Pablo de Rokha e Vicente Huidobro.
Desde a
publicação de Oscuro (1977), quando ali traçou três linhas aparentemente
de ordem temática – vertentes da escrita, essenciais porém não mais que
vertentes –, reconheceu certa parcela da crítica que Gonzalo Rojas estava propondo uma
tríplice leitura de sua poesia, e a isto apegou-se como um corpo carente de
história. Ao organizar outros livros seus, uma vez mais ali nos encontramos
diante do 3, número que representa a unidade e não uma sequência de natureza
temática. Há um tema único e chama-se Soma, Totalidade, Um. E não define-se
exatamente como tema, visto que busca algo além, uma instância metafísica que
reconheça o homem em seu todo. A poesia não fraciona realidades.
O curioso
é que uma poesia intrinsecamente marcada pela circularidade como o é a de
Gonzalo Rojas seja confundida com o lugar
comum das circunstâncias temáticas. O relâmpago de que nos fala esta poesia não
é um simples recurso metafórico. Trata-se do fenômeno físico em si, ou seja,
não de sua ideia de velocidade e destruição, mas sim do efeito real da ação de
um ritmo e sua ambientação em nossa vida comum. Trata-se do inesperado, assim
como da relação entre visível e invisível.
É curioso
que tratemos o mundo no sentido de um progresso linear. Agimos por oscilação e
não por progressão rítmica. Quando desaprendemos certas técnicas atestamos o
jogo de intermitências de nosso conhecimento. Nos esgotamos em nós mesmos e não
em uma ideia linear do tempo. E a partir desse constante esvair-se é que nos
reafirmamos. Já vivemos em sociedades em piores e melhores condições que a
atual. Então que fique bem claro: a noção de circularidade não pertence à
pós-modernidade. Portanto, a palavra não quer exatamente dizer, no sentido de
uma retórica que determine a existência de uma época, mas simplesmente dar-se
como prova do espírito, como presença do ser. As palavras são o alimento
terrestre do poeta. São a raiz de todo entendimento. Mistério da origem, ao
mesmo tempo em que origem do mistério. Comunicação sem receitas, linguagem do
sagrado, alheia ao latejo esquizoide dos ideais.
Mas, e a
realidade por detrás de cada palavra? Como podemos seguir chamando de realidade
esse convívio estreito com a contemplação intelectual, essa aceitação de um
relicário escolástico, alheio ao relâmpago das sensações, alheio ao próprio
sentido de uma recorrência artificiosa da imagem poética? Já disse: ao
desfazer-se o corpo não busca senão uma melhor definição de seu tronco. Me
parece que esta é a chave da palavra poética. Decifrando-se a si mesmo o poeta
desvela a palavra com que se expõe e permite decifrar-se em outro, por outro,
sendo ainda a trilha que leva a caminho daquele outro que não se mostrara a si
mesmo até então.
Podemos
falar de uma erótica, uma política ou uma metafísica ao abordarmos a poesia de
Gonzalo Rojas? Claro,
sempre podemos ir buscar classificações em todas as atividades humanas. Mas não
podemos esquecer que o tratamento a ser dado a tais abordagens deverá funcionar
como se tratássemos de letras impressas no relâmpago, visto que não configuram
um sistema poético, ainda que relacionado com um sistema visionário usualmente
atribuído à sua poesia. A própria circularidade em que age a poesia de Gonzalo
Rojas denuncia a arbitrariedade desses enfoques. Seria algo da mesma ordem que
dissecar a tríade “amor, poesia e liberdade”, tão cara ao Surrealismo, buscando
ali apenas uma avaliação de categorias temáticas. Tanto em Rojas quanto no
Surrealismo importam menos os apontamentos sistêmicos do que o exercício de
alcançar a respiração do efêmero, essa luta empreendida pelo homem para
reconquistar sua própria liberdade de ser. Age a poesia como uma entrada no
caos e sua consequente reorganização do tempo e do espaço, condição única para
que aprendamos a conviver com as diferenças, por sua vez fonte inesgotável da
multiplicidade da existência. Se observarmos um pouco à nossa volta, lidamos
com os horrores máximos da anulação dos contrários, artifício sagaz dos mecanismos
publicitários postos a serviço de uma grande indústria de sacrifício da
identidade do ser. Aqui sim, o mundo restringe-se a categorias falseadas: uma
erótica, uma política, uma metafísica.
O
surpreendente em Rojas é o sopro originário da
poesia em si, o estremecimento do verbo em sua origem. Não é em vão que seu
primeiro livro se chame La miseria del hombre (1948), menos ainda que
tenha escrito um belíssimo poema dedicado a William Blake (“Trotando a Blake”). Igualmente
visionários, é curioso observar que não se pode verificar um desdobramento
estético linear na obra destes dois poetas. Cada um preencheu o tempo em que
agiu com o oxigênio de sua visão singular. Seguiram em seu exercício
respiratório, mas com uma galáxia já fundamentada no primeiro sopro de sua
poesia.
Deteve-se
Blake a traçar uma filosofia
contemporânea, observando seus aspectos vinculados aos prazeres do amor, à
revolução social e a uma epopeia cósmica. Irmanam-se Blake e Rojas no arbítrio do destino –
basta pensar que Yeats afirmava que Blake havia
anunciado a “religião da arte”, somando a isto a defesa que Rojas faz da poesia
como canto, território do sagrado, raiz profundíssima do mistério. Enquanto um
pensava em sua poesia como “cantos de inocência e de experiência”, o outro
centrava seu enfoque em torno da “miséria do homem”. Surgiram, portanto, de uma
mesma ideia da poesia, de sua ação. Em ambos, o que Russel Cluff observa com sendo
característico de Rojas: “uma indagação muito profunda de múltiplas
ambiguidades ou anomalias da vida humana”. Ao seguir o curso das profecias,
Blake destinou a elas um tratamento de natureza histórica, ao passo que Rojas
percorreu a trilha de uma metafísica do instante. Em ambos a rejeição ao religare
como instituição.
Claro, a
história os distancia. O próprio Rojas refere-se hoje ao
“excessivo por ignição necessária” de seu La miseria del hombre. As
partituras extensas – segundo ele próprio – de seu primeiro livro correspondem
a uma cifra concentrada na poesia inicial de Blake, talvez interferência da
torrente estética do instante em que a história os recebia. Fundamentaram uma
voz única, cada um a seu tempo, plasmada por um sentido de decifração e
questionamento dos enigmas dilacerantes de cada época. Consciência do ser a partir
de sua respiração original. Se um cultivou a parábola, o outro buscou a
abordagem agônica dos contrastes. Diz o que diz e busca em seu dizer um ritmo
que nos sintonize, ao dilacerar o entendimento em busca de sua fração motriz,
“para ser e mais ser”, como sugere um poema de Rojas. Tudo nos leva ao
Surrealismo, e a crítica deteve-se com insistência em considerar sempre os anos
iniciais de Rojas vinculados ao grupo Mandrágora.
Se em
André Breton vamos
buscar uma configuração do enigma, a necessidade de encarnação do abismo, ali
estamos também com Rojas em seus
desenhos das tábuas terríveis da dissolução do ser. Uma vez mais aqueles
parâmetros iniciais em torno da poesia de Rojas são entendidos aqui apenas como
fatias de uma linguagem que somente se realiza como testemunho da inocência
original. Ao dedicar um poema a Breton (“A la salud de André Breton”), salienta
uma vez mais que a poesia é ritmo, instância verbal destinada à tradução do
ser, chave do nascimento. Segue importando a conduta do poeta em relação à
linguagem. Breton falava em uma magia verbal e não creio ser outra a busca de
uma respiração fecundante que caracteriza a poesia de Gonzalo Rojas. Ambos
desconsideram a obsessão pela novidade. Agiram turbulentos na turbulência. Se
em Breton o sentido fluido das correspondências não constitui exatamente um
pacto verbal, inclina-se Rojas por uma ideia do que Rubén Darío já
chamava de palavra viva, e a desfia a partir de uma das mais ricas tradições
poéticas da América Latina. Buscar a verdade como consciência da mudança, e não
a partir de sua cristalização em nome de um ideal.
Em um
poema dedicado a José Lezama Lima (“Y nacer es aquí una
fiesta innombrable”) refere-se ao “pássaro verbal” que voa na língua do poeta
cubano. Conduz-nos ao sentido de uma respiração através das palavras, que não
se distancia da formulação de um logos
da imaginação expressa por Lezama Lima. Se um purifica sua realidade a partir
da gravitação em torno do movimento, o outro não busca senão a configuração do
múltiplo a partir de sua imobilidade física. Em ambos a potencialidade poética
rejeita a encarnação retórica. O fundamental segue sendo que a imagem é reflexo
de si mesma. Não conta o decantado hermetismo de Lezama Lima, não muito
distante, como recurso estilístico, da aparente simplicidade de Gonzalo Rojas, ou seja: termos imprecisos
baseados em utilizações incorretas dos mesmos. Interessa-nos a metamorfose, a
imagem que cada um cria a partir de seu desterro, a visão da realidade como
deformidade que se pretende conciliada a partir de uma existência comum. Busca
do impulso do conhecimento, ao mesmo tempo em que consciência de uma
ressurreição irrisória.
O número é 3. Nisto não erra a crítica. E com base nele é que recorri a Blake, Breton, Lezama. Aproximações singulares de uma plasmação do verbo. Não lhes interessa senão o zumbido do caos. A partir dele a respiração do essencial no ser. Na insistência de uma tríade, igual diálogo se dá com Huidobro, Quevedo, Celan. Também com Hölderlin, Pound, Vallejo. Vozes vindas na ventania da poesia, torrenciais e contidas, porém jamais vozerio sem o ouro da reflexão. Vertentes que agem como “cordas de fundamento”, segundo o próprio Rojas, fundamentos de uma unidade “que faz este pensamento que respiro, que vivo, que sonho, que me totaliza poeticamente e, ao mesmo tempo, me unifica”. Tudo é ar: larva que nos conduz à cidade de nossos assombros, êxtase, caudaloso rio, lâmpada do pensamento. Vertentes iluminadas de sua respiração múltipla que vislumbra e toca a unidade, dimensão do ritmo que flui, arde e diz, majestade do canto, espinhaço da poesia. As árvores de seu “Torreão do Renegado” que são as letras que lhe ditam a poesia e as emanações de sua existência. Estamos para o abismo. Não fia outra coisa senão a torrente do Absoluto a poesia em Gonzalo Rojas. Age. É o princípio do verbo. Não encontrei melhor definição a seu respeito do que o achado de Marcelo Coddou: “poética da poesia ativa”. É esta sua razão de ser, o testemunho de sua inocência original: o potens da existência humana convertido em linguagem poética.
[1] Fragmento inicial de uma introdução a uma leitura de poesia realizada por Gonzalo Rojas na Universidade Livre de Berlim, em 28/06/88, texto posteriormente incluído como prólogo de seu livro Materia de testamento (1988).
1874-1942 José María Eguren (Perú) A POESIA DE JOSÉ MARÍA EGUREN
1893-1948 Vicente Huidobro (Chile) LA COSECHA VERTIGINOSA DE LA IMAGEN POÉTICA
1899-1986 Jorge Luis Borges (Argentina) AS ENTREVISTAS COM JORGE LUÍS BORGES
1903-1958 César Moro (Perú) CÉSAR MORO ENTRE AMIGOS
1903-1973 Aldo Pellegrini (Argentina) SOBRE SURREALISMO
1904-1973 Pablo Neruda (Chile) A POESIA DE PABLO NERUDA
1910-1996 Enrique Molina (Argentina) OS COSTUMES ERRANTES DE ENRIQUE MOLINA
1912-2002 Pablo Antonio Cuadra (Nicaragua) POESÍA: EL ENSAYO DE LO INEFABLE
1915-1995 Enrique Gómez-Correa (Chile) TESTIMONIOS DE UN POETA EXPLOSIVO
1915-2001 Juan Liscano (Venezuela) LA EXPRESIÓN DE LO ESENCIAL
1917-2011 Gonzalo Rojas (Chile) A POESIA DE GONZALO ROJAS
1919-1974 Eunice Odio (Costa Rica) LAS VERTIENTES DEL FUEGO
1920-1994 Freddy Gatón Arce (República Dominicana) LA HUMANIDAD SECRETA DE LOS ABISMOS
1920-1999 Olga Orozco (Argentina) RETRATO-RELÂMPAGO DE OLGA OROZCO
1920-2004 Fernando Charry Lara (Colombia) PASIÓN Y REFLEXIÓN DE LA POESÍA
1921-2004 Javier Sologuren (Perú) UNA POÉTICA DE LA LEVEDAD
1921-2007 Otto-Raúl González (Guatemala) GUATEMALA Y SUS VOCES OCULTAS
1921-2010 Amanda Berenguer (Uruguay) VIAJES INCESANTES DEL LENGUAJE
1923-2013 Álvaro Mutis (Colombia) A POESIA DE ÁLVARO MUTIS
1924-2018 Claribel Alegría (Nicaragua) RECUERDOS DE LA REALIDAD
1924-2021 Manuel de la Puebla (Puerto Rico) MEMORIA POÉTICA DE UN PAÍS
1927 Carlos Germán Belli (Perú) PRECIOSOS MISTERIOS DE LA EXPERIENCIA POÉTICA
1927-2000 Francisco Madariaga (Argentina) “SOY SÓLO UN PEÓN DEL PLANETA”
1927-2010 Rolando Toro (Chile) A POESIA DE ROLANDO TORO
1927-2019 Ludwig Zeller (Chile) EL SURREALISMO EN LA MESA (Part. Susana Wald)
1928 Graciela Maturo (Argentina) LAS VANGUARDIAS EN ARGENTINA
1929-2016 Américo Ferrari (Perú) EL RECORTE SAGRADO DE LAS PALABRAS
1930-2011 Roberto Sosa (Honduras) HONDURAS EN SU AMBIENTE POÉTICO
1930-2018 José Guillermo Ros-Zanet (Panamá) ENCUENTROS Y DESENCUENTROS
1931 Juan Calzadilla (Venezuela) HUMOR Y SÍNTESIS EN EL ACTO CREADOR
1931-2016 Jorge Ariel Madrazo (Argentina) EL POEMA COMO CUERPO VIVO
1932 Circe Maia (Uruguay) UNA VOZ A TRAVÉS DEL TIEMPO
1932 Pedro Lastra (Chile) DEL ESPEJO A LA MULTIPLICACIÓN DE LAS VOCES
1932-2004 Marosa di Giorgio (Uruguay) DIÁLOGO SIN PAUSA
1932-2013 Carlos M. Luis (Cuba) DOS ENCUENTROS
1932-2019 Thelma Nava (México) SOBRE LA REVISTA PÁJARO CASCABEL
1933-2009 Alfredo Silva Estrada (Venezuela) INSCRIPCIONES EN EL ESPACIO POÉTICO
1933-2023 Manuel Mora Serrano (República Dominicana) DOS ENCUENTROS
1934-2014 Gerardo Deniz (México) RECORTES DE UNA IRONÍA APASIONADA
1934-2021 Rodolfo Alonso (Argentina) LA RIQUEZA ABANDONADA DE LA POESÍA
1937 Miguel Grinberg (Argentina) UNA MIRADA EN LAS VANGUARDIAS
1937-2020 Rodrigo Pesántez-Rodas (Ecuador) EL ECUADOR DE LAS LUCES
1938 Fernando Palenzuela (Cuba) CONVERSA SOBRE LA REVISTA ALACRÁN AZUL
1938-2008 Eugenio Montejo (Venezuela) ANOTACIONES DE LA PERMANENCIA DEL CANTO
1939 José Roberto Cea (Honduras) CASI UN TESTAMENTO POÉTICO
1939-2014 Ulises Estrella (Ecuador) SOBRE LAS REVISTAS PUCUNA E LA BUFANDA DEL SOL
1940 Francisco Morales Santos (Guatemala) DOS ENCUENTROS
1940 Gustavo Pereira (Venezuela) “AL DIABLO LOS VERSOS”
1940 José Kozer (Cuba) DOIS ENCONTROS
1940 Jotamario Arbeláez (Colombia) EXTRAVAGANCIAS POÉTICAS DEL NADAÍSMO
1941 Hildebrando Pérez Grande (Perú) LAS VANGUARDIAS EN EL PERÚ
1941 Luis Alberto Crespo (Venezuela) RESONANCIAS DEL ESPÍRITU POÉTICO
1943 Eduardo Mitre (Bolivia) LA RAZÓN ARDIENTE DE LA POESÍA
1944 Armando Romero (Colombia) DOS POETAS, CUATRO ENCUENTROS
1944 Francisco Proaño Arandi (Ecuador) DOS ENCUENTROS
1944 Renée Ferrer (Paraguay) DOS ENCUENTROS
1945 Harold Alvarado Tenorio (Colombia) POESIA & OUTRAS ESPÉCIES
1946 Carlos Vásquez-Zawadzki (Colombia) LAS VANGUARDIAS EN COLOMBIA
1946 Guido Rodríguez Alcalá (Paraguay) LAS VANGUARDIAS EN PARAGUAY
1947 Juan Cameron (Chile) LAS VANGUARDIAS EN CHILE
1947 Juan Carlos Mieses (República Dominicana) DETRÁS DE LAS PALABRAS Y LOS RITMOS
1947 Susana Giraudo (Argentina) LA POESÍA Y SUS NOMBRES INFINITOS
1948 Helen Umaña (Honduras) LAS VANGUARDIAS EN HONDURAS
1948 Miguel Espejo (Argentina) LAS VANGUARDIAS EN ARGENTINA
1948-2022 Alfredo Fressia (Uruguay) EN LAS FISURAS DE LA MIMESIS
1950 Alfonso Velis Tobar (El Salvador) LAS VANGUARDIAS EN EL SALVADOR
1950 Soledad Alvarez (República Dominicana) LAS VANGUARDIAS EN LA REPÚBLICA DOMINICANA
1950-2018 Enrique Verástegui (Perú) O MOTOR DO DESEJO
1951 Carlos Francisco Monge (Costa Rica) DOS ENCUENTROS
1951 Jesús David Curbelo (Cuba) LAS VANGUARDIAS EN CUBA
1952 David Cortés Cabán (Puerto Rico) LAS VANGUARDAS EN PUERTO RICO
1952 Julio del Valle-Castillo (Nicaragua) LAS VANGUARDIAS EN NICARAGUA
1952 Martin Jamieson (Panamá) LAS VANGUARDIAS EN PANAMÁ
1952 Orlando José Hernández (Puerto Rico) LAS VANGUARDAS EN PUERTO RICO
1954 Ernestina Elorriaga (Argentina) DOS POETAS EN UNA MESA DE LUZ
1955 Berta Lucía Estrada (Colombia) UNA MESA VERTICAL
1955 Carlos Barbarito (Argentina) A POESIA DE CARLOS BARBARITO
1955 Mónica Salinas (Uruguay) LAS VANGUARDIAS EN EL URUGUAY
1956 Gary Daher Canedo (Bolivia) SITIO DONDE AGUARDA UN CÁNTARO
1957 Alejandro Bruzual (Venezuela) LAS VANGUARDIAS EN VENEZUELA
1957 Homero Carvalho Oliva (Bolívia) LAS VANGUARDIAS EN BOLIVIA
1957 Luis Bravo (Uruguay) LAS VANGUARDIAS EN EL URUGUAY
1958 Adriano Corrales Arias (Costa Rica) LAS VANGUARDIAS EN COSTA RICA
1958 Beatriz Hausner (Chile) CAMINHOS DO SURREALISMO
1958 José Ángel Leyva (México) DOS ENCUENTROS
1958 José Carr (Panamá) LAS VANGUARDIAS EN PANAMÁ
1958 Nicasio Urbina (Nicaragua) LAS VANGUARDIAS EN NICARAGUA
1958 Omar Castillo (Colombia) DIÁLOGO ENTRE DOS POETAS
1958 Rodolfo Häsler (Cuba) EN BUSCA DE LO IMPOSIBLE
1960 José Mármol (República Dominicana) LA OTREDAD SORPRENDIDA DEL POETA
1960 Vilma Tapia Anaya (Bolivia) DOS ENCUENTROS
1961 Enrique de Santiago (Chile) LAS VANGUARDIAS EN CHILE
1962 Arturo Gutiérrez Plaza (Venezuela) LAS VANGUARDIAS EN VENEZUELA
1962 Raúl Serrano Sánchez (Ecuador) LAS VANGUARDIAS EN ECUADOR
1963 Pedro Xavier Solis (Nicaragua) LAS VANGUARDIAS EN NICARAGUA
1963-2016 Gonzalo Márquez Cristo (Colombia) CORRESPONDENCIAS ENTRE POESÍA Y ACCIÓN
1965 Jorge Fernández Granados (México) LAS VANGUARDIAS EN MÉXICO
1969 Luis Alvarenga (El Salvador) LAS VANGUARDIAS EN EL SALVADOR
1972 Gabriel Chávez Casazola (Bolívia) LAS VANGUARDIAS EN BOLIVIA
1972 Xavier Oquendo Troncoso (Ecuador) DIÁLOGO EN EL CENTRO DEL MUNDO
1973 Carolina Zamudio (Argentina) LA ILUSIÓN TRANSITORIA DE LOS ESPACIOS
1973 Ricardo Venegas (México) LA POESÍA DE RICARDO VENEGAS
1974 Fabricio Estrada (Honduras) LAS VANGUARDIAS EN HONDURAS
1974 Javier Payeras (Guatemala) LAS VANGUARDIAS EN GUATEMALA
1983 Manuel Iris (México) LAS VANGUARDIAS EN MÉXICO
1984 Alex Morillo Sotomayor (Perú) LAS VANGUARDIAS EN PERÚ
OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA
El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.
Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.
Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.
Alberto Nepomuceno. Edições FDR. Fortaleza. 2000.
O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.
Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. Caracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.
A inocência de pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.
Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica. 2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.
Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.
Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.
Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.
Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.
Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.
Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.
Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.
Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.
Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.
120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.
TRADUÇÕES
Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.
Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.
A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.
Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.
A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.
III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.
Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.
Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.
Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.
Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.
Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.
Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.
Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.
O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.
A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.
Agulha Revista de Cultura
Criada por Floriano Martins
Dirigida por Elys Regina Zils
https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/
1999-2024
Nenhum comentário:
Postar um comentário