quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

ESCRITURA CONQUISTADA | Pablo Neruda (Chile, 1904-1973)

  


A POESIA DE PABLO NERUDA

 


Disse certa vez o poeta chileno Enrique Lihn (1929-1988) que não via razão na inclusão de Borges entre os fundadores da poesia hispano-americana, por considerá-lo formalmente conservador, inclusive salientando a previsibilidade de seus recursos métricos e rímicos. O contributo inquestionável de Borges seria pautado por aspectos outros que não o da estruturação do poema. Talvez se pudesse fazer observação bem próxima no tocante ao chileno Pablo Neruda (1904-1973). Em entrevista que fiz ao mexicano Gerardo Deniz (1934), disse-me que Neruda dificilmente resistiria ao tempo não fosse seu vínculo com o comunismo, o que implica em dizer que não há sustentação poética em sua obra, mas antes uma fascinação de natureza ideológica por seu personagem.

Para Deniz: “o prestígio de Neruda” é “um mistério que, por sorte, me é indiferente”, e acrescenta: “estou convencido de que, sem seu comunismo, nem Vallejo nem Neruda seriam tão apreciados”. Em meus diálogos com o crítico espanhol Jorge Rodríguez Padrón, disse-me que “o Neruda dos anos 30, em torno de Residencia en la tierra, vertiginoso e revelador, apagou-se em seu empenho de assumir a impureza como ditado único para sua escritura”. Prossegue: “Este desvio voluntário (eu diria que obrigatório, desde a coerência ideológica que aceita, a partir de então, sua poesia) fechar-lhe-ia todo acesso ao espaço renovador (e verdadeiramente poético) que, nesse mesmo trecho cronológico, abriram e habitaram Lezama e Westphalen e Gorostiza (e não menos Moro, Martín Adán ou Girondo), para configurar essa vanguarda outra que é a que Octavio Paz empenha-se em identificar com o período do segundo pós-guerra, centrado na experiência poética que ele próprio protagoniza.”

Quem situa Neruda entre os “fundadores da nova poesia latino-americana” é o crítico argentino Saúl Yurkievich (1931), em livro homônimo publicado na Espanha em 1971. Antes de tudo, em sua ambição canônica Yurkievich exclui o Brasil da América Latina, ao mesmo tempo em que torna discutível sua noção de fundação ao desambientar cronologicamente sua tese. Um exemplo disso é incluir ali o argentino Oliverio Girondo (1891-1967), quando se sabe que a essencialidade de sua poesia radica em um livro publicado em 1954, En la masmédula. Antes disto, para citar um único exemplo, o mexicano José Gorostiza (1901-1973) já havia publicado, em 1939, seu Muerte sin fin.

O livro de Yurkievich traz dois largos ensaios dedicados ao poeta chileno. São duas abordagens do mito: uma fundada na imaginação e outra de cunho histórico. A primeira refere-se a livros como Crepusculario e Tentativa del hombre infinito, enquanto que a segunda detém-se no estudo de Canto general. Em ambos não se situa a poesia de Neruda à luz de sua contemporaneidade. Uma única passagem estabelece alguma conexão, quando o próprio Neruda compara sua poética à de Huidobro. Diz ele: “apesar da infinita destreza, da divina arte de jogral da inteligência e da luz e do jogo intelectual que eu admirava em Vicente Huidobro, me era totalmente impossível segui-lo nesse terreno, devido a que toda minha condição, todo meu ser mais profundo, minha tendência e minha própria expressão, eram a antípoda da destreza intelectual de Vicente Huidobro”.

O crítico venezuelano Guillermo Sucre (1933) – autor de um dos mais fundamentais estudos sobre a poesia hispano-americana: La mascara, la transparencia (1985) – justifica o que digo ao situar a obra poética de Neruda como um dos “grandes e monumentais solilóquios” da poesia hispano-americana, fazendo falta “vê-la em diálogos com outras”. Na verdade, acrescento, bastaria situá-la no universo chileno correspondente àquela geração que verdadeiramente funda a modernidade no Chile: Gabriela Mistral (1889-1957), Vicente Huidobro (1893-1948) e Pablo de Rokha (1894-1968) – ou seja, sua própria geração – à qual integram-se outros nomes de importância cimeira: Rosamel del Valle (1901-1965) e Humberto Díaz-Casanueva (1907-1994).

Mistral soube dosar com argúcia o espanhol herdado de Castella à linguagem nativa de inúmeros países hispano-americanos. Viajante incansável, tinha por declarada essa intenção de “mesclar vocabulários”, de maneira a contribuir – segundo pensava – para a definição de alguma mínima identidade. De Rokha era, por sua vez, tão impetuoso e irregular quanto Neruda. De escrita delirante e profunda, segundo Díaz-Casanueva “escreveu alguns dos versos mais belos da poesia chilena e também alguns de seus piores e mais vulgares”. Quanto a Huidobro, cuja essência poética tem sido erroneamente drenada entre nós, é o poeta da eficácia dessa multiplicidade expressiva buscada por todos, havendo condensado-a em um universo próprio, intrigante e renovador.

Díaz-Casanueva era um desses entranháveis poetas do obscuro, cuja poesia transbordava imagens as mais insólitas, sem, no entanto, incorrer em uma erupção gratuita das mesmas. Seria interessante por em diálogo o Neruda da série Residencia en la tierra com a escritura abissal de El blasfemo coronado, este último de 1940. Quanto ao Rosamel del Valle, ainda menos difundido fora de seu país, seu largo poema-livro Orfeu (1944) e Fuegos y ceremonias (1952) já seriam suficientes para lhe garantir um lugar de destaque na poesia hispano-americana. Segundo ele próprio, “a poesia obedece a um esforço da inteligência, a um controle vigoroso da sensibilidade e sua expressão extrai o ser do sonho em que se agita”.

Há aí um contraste com a defesa do alheamento estético que pleiteava Neruda. Basta recordar uma carta sua ao amigo Héctor Eandi, datada de 1928, onde diz: “O poeta não deve exercitar-se, há um mandato para ele e é penetrar a vida e torná-la profética: o poeta deve ser uma superstição, um ser mítico… a poesia deve carregar-se de substância universal, de paixões e coisas.” O curiso é observar que Rosamel del Valle escreveu uma poesia verdadeiramente delirante e carregada de uma maior substância poética.

Se ampliarmos o foco e tomarmos a América Hispânica como um todo, veremos que corresponde à mesma geração de Neruda expressões como os peruanos César Vallejo (1892-1938) e César Moro (1903-1956), os colombianos León de Greiff (1895-1976) e Aurelio Arturo (1906-1974), os argentinos Oliverio Girondo e Jorge Luis Borges (1898-1986), os mexicanos José Gorostiza e Xavier Villaurrutia (1903-1950), o equatoriano Jorge Carrera Andrade (1903-1976) e o guatemalteco Luis Cardoza y Aragón (1904-1992). Não seria arriscado ou irresponsável dizer que a poesia de Neruda não resistiria a uma comparação crítica com a de seus pares hispano-americanos.

Neruda era um poeta desmedido, irregular e, sobretudo, obstinado pela enumeração, pela quantificação, o que o tornava essencialmente frívolo. Em sua obsessão por escrever sobre tudo e ao estilo de todas as modas literárias, jamais tratou com profundidade nenhum dos problemas básicos da lírica. Exceto pelo fervor imagético da série Residencia en la tierra (1933, 1935) ou passagens ocasionais de livros como Tentativa del hombre infinito (1926) e El hondero entusiasta (1933) – segundo o crítico espanhol Ángel Pariente, “uma das etapas mais valiosas de sua larga produção”, embora não avaliada corretamente por seus exegetas –, rara substância poética encontramos em uma obra tão extensa quanto desnorteada.

Dele disse com exatidão o ensaísta porto-riquenho Joserramón Melendes: “Esse poeta enciclopédico limitou-se à quantidade. Neruda escreveu um poema de cada coisa. O universo tradicional que lhe legaram foi assumido por ele como repertório ou roupeiro, alternadamente: ou vestia uma escola ou mentalizava um objeto.” No epílogo à 2ª edição de Laurel, antologia da poesia moderna em língua espanhola organizada por Xavier Villaurrutia e Octavio Paz, este último, ao situar a recusa de Neruda em participar de tal projeto, observa: “Como tantos, Neruda padeceu o contágio do estalinismo”, acrescentando que “essa lepra apoderou-se de seu espírito porque se alimentava de sua egolatria e de sua insegurança psíquica”.

Sobre a personalidade de Neruda, podemos ler o capítulo a ele destinado no livro O continente submerso (1988), de Leo Gilson Ribeiro. Embora haja um excesso passional no relato da situação, este texto nos informa acerca de exibicionismos e mesquinhezes, não deixando de mencionar o ideário de maquinações do chileno para garantir sua nomeação ao Nobel, o que se deu em 1971. Neruda não possuía o mínimo apreço por seus pares. Pode-se dizer dele que era um cafajeste exemplar – com sua ambiguidade retórica: adorável e indesejável. Pouco entendia de poesia e menos ainda nela estava interessado. No Chile se conhece bem a acusação – tratada como verdadeiro epitáfio – de Pablo de Rokha, que evidenciava os equívocos ideológicos de Neruda.

A publicação recente de Cadernos de Temuco não passa de um acontecimento editorial, sem nenhuma importância poética. Pode fazer a festa entre biógrafos, mas nunca despertar interesse entre os cultores de uma grande poesia. São versos de “um rapaz que somente tem quinze anos” e que os escreve “mordido de amargura”, como diz o próprio autor, constituindo uma tediosa sequência de vulgaríssimo romantismo. Encanta mais o périplo que lhe foi destinado: Neruda pediu à irmã que guardasse seus manuscritos e esta os presenteou a um sobrinho que, por sua vez, os vendeu a um colecionador, que os revendeu a uma editora que os acabaria leiloando a seguir, encontrando na viúva do poeta a recusa em adquiri-los, desfazendo a cadeia que seria retomada posteriormente graças ao enigmático aparecimento de uma cópia dos originais. Uma a mais entre as inúmeras histórias em torno desse “grande mau poeta”, como a ele referia-se o espanhol Juan Ramón Jiménez. 





    

 


Poeta, tradutor, ensaísta, artista plástico, dramaturgo, FLORIANO MARTINS (Brasil, 1957) é conhecido por haver criado, em 1999, a Agulha Revista de Cultura, veículo pioneiro de circulação pela Internet e dedicado à difusão de estudos críticos sobre arte e cultura. Ao longo de 23 anos de ininterrupta atividade editorial, a revista ampliou seu espectro, assimilando uma editora, a ARC Edições e alguns projetos paralelos, de que são exemplo “Conexão Hispânica” e “Atlas Lírico da América Hispânica”, este último uma parceria com a revista brasileira Acrobata. O trabalho de Floriano também se estende pela pesquisa, em especial o estudo da tradição lírica hispano-americana e o Surrealismo, temas sobre os quais tem alguns livros publicados. Como artista plástico, desde a descoberta da colagem vem desenvolvendo, com singular maestria, experiências que mesclam a fotografia digital, o vídeo, a colagem, a ensamblagem e outros recursos. Como ele próprio afirma, o magma de toda essa efervescência criativa se localiza na poesia, na escritura de poemas, na experiência com o verso, inclusive a prosa poética, da qual é um dos grandes cultores. Escritura Conquistada é um complemento aos projetos: Atlas Lírico da América Hispânica (revista Acrobata) – poemas traduzidos para o português – e Conexão Hispânica (Agulha Revista de Cultura) – estudos críticos sobre poetas. Nesta terceira linha, também dedicada à tradição lírica na América Hispânica, encontramos juntos os ensaios, entrevistas e prólogos assinados por Floriano Martins. Parte significativa desse material – as entrevistas – compõe o volume homônimo, Escrita Conquistada, publicado em 2018.


1874-1942 José María Eguren (Perú) A POESIA DE JOSÉ MARÍA EGUREN

1893-1948 Vicente Huidobro (Chile) LA COSECHA VERTIGINOSA DE LA IMAGEN POÉTICA

1899-1986 Jorge Luis Borges (Argentina) AS ENTREVISTAS COM JORGE LUÍS BORGES

1903-1958 César Moro (Perú) CÉSAR MORO ENTRE AMIGOS

1903-1973 Aldo Pellegrini (Argentina) SOBRE SURREALISMO

1904-1973 Pablo Neruda (Chile) A POESIA DE PABLO NERUDA

1910-1996 Enrique Molina (Argentina) OS COSTUMES ERRANTES DE ENRIQUE MOLINA

1912-2002 Pablo Antonio Cuadra (Nicaragua) POESÍA: EL ENSAYO DE LO INEFABLE

1915-1995 Enrique Gómez-Correa (Chile) TESTIMONIOS DE UN POETA EXPLOSIVO

1915-2001 Juan Liscano (Venezuela) LA EXPRESIÓN DE LO ESENCIAL

1917-2011 Gonzalo Rojas (Chile) A POESIA DE GONZALO ROJAS

1919-1974 Eunice Odio (Costa Rica) LAS VERTIENTES DEL FUEGO

1920-1994 Freddy Gatón Arce (República Dominicana) LA HUMANIDAD SECRETA DE LOS ABISMOS

1920-1999 Olga Orozco (Argentina) RETRATO-RELÂMPAGO DE OLGA OROZCO

1920-2004 Fernando Charry Lara (Colombia) PASIÓN Y REFLEXIÓN DE LA POESÍA

1921-2004 Javier Sologuren (Perú) UNA POÉTICA DE LA LEVEDAD

1921-2007 Otto-Raúl González (Guatemala) GUATEMALA Y SUS VOCES OCULTAS

1921-2010 Amanda Berenguer (Uruguay) VIAJES INCESANTES DEL LENGUAJE

1923-2013 Álvaro Mutis (Colombia) A POESIA DE ÁLVARO MUTIS

1924-2018 Claribel Alegría (Nicaragua) RECUERDOS DE LA REALIDAD

1924-2021 Manuel de la Puebla (Puerto Rico) MEMORIA POÉTICA DE UN PAÍS

1927 Carlos Germán Belli (Perú) PRECIOSOS MISTERIOS DE LA EXPERIENCIA POÉTICA

1927-2000 Francisco Madariaga (Argentina) “SOY SÓLO UN PEÓN DEL PLANETA”

1927-2010 Rolando Toro (Chile) A POESIA DE ROLANDO TORO

1927-2019 Ludwig Zeller (Chile) EL SURREALISMO EN LA MESA (Part. Susana Wald)

1928 Graciela Maturo (Argentina) LAS VANGUARDIAS EN ARGENTINA

1929-2016 Américo Ferrari (Perú) EL RECORTE SAGRADO DE LAS PALABRAS

1930-2011 Roberto Sosa (Honduras) HONDURAS EN SU AMBIENTE POÉTICO

1930-2018 José Guillermo Ros-Zanet (Panamá) ENCUENTROS Y DESENCUENTROS

1931 Juan Calzadilla (Venezuela) HUMOR Y SÍNTESIS EN EL ACTO CREADOR

1931-2016 Jorge Ariel Madrazo (Argentina) EL POEMA COMO CUERPO VIVO

1932 Circe Maia (Uruguay) UNA VOZ A TRAVÉS DEL TIEMPO

1932 Pedro Lastra (Chile) DEL ESPEJO A LA MULTIPLICACIÓN DE LAS VOCES

1932-2004 Marosa di Giorgio (Uruguay) DIÁLOGO SIN PAUSA

1932-2013 Carlos M. Luis (Cuba) DOS ENCUENTROS

1932-2019 Thelma Nava (México) SOBRE LA REVISTA PÁJARO CASCABEL

1933-2009 Alfredo Silva Estrada (Venezuela) INSCRIPCIONES EN EL ESPACIO POÉTICO

1933-2023 Manuel Mora Serrano (República Dominicana) DOS ENCUENTROS

1934-2014 Gerardo Deniz (México) RECORTES DE UNA IRONÍA APASIONADA

1934-2021 Rodolfo Alonso (Argentina) LA RIQUEZA ABANDONADA DE LA POESÍA

1937 Miguel Grinberg (Argentina) UNA MIRADA EN LAS VANGUARDIAS

1937-2020 Rodrigo Pesántez-Rodas (Ecuador) EL ECUADOR DE LAS LUCES

1938 Fernando Palenzuela (Cuba) CONVERSA SOBRE LA REVISTA ALACRÁN AZUL

1938-2008 Eugenio Montejo (Venezuela) ANOTACIONES DE LA PERMANENCIA DEL CANTO

1939 José Roberto Cea (Honduras) CASI UN TESTAMENTO POÉTICO

1939-2014 Ulises Estrella (Ecuador) SOBRE LAS REVISTAS PUCUNA E LA BUFANDA DEL SOL

1940 Francisco Morales Santos (Guatemala) DOS ENCUENTROS

1940 Gustavo Pereira (Venezuela) “AL DIABLO LOS VERSOS”

1940 José Kozer (Cuba) DOIS ENCONTROS

1940 Jotamario Arbeláez (Colombia) EXTRAVAGANCIAS POÉTICAS DEL NADAÍSMO

1941 Hildebrando Pérez Grande (Perú) LAS VANGUARDIAS EN EL PERÚ

1941 Luis Alberto Crespo (Venezuela) RESONANCIAS DEL ESPÍRITU POÉTICO

1943 Eduardo Mitre (Bolivia) LA RAZÓN ARDIENTE DE LA POESÍA

1944 Armando Romero (Colombia) DOS POETAS, CUATRO ENCUENTROS

1944 Francisco Proaño Arandi (Ecuador) DOS ENCUENTROS

1944 Renée Ferrer (Paraguay) DOS ENCUENTROS

1945 Harold Alvarado Tenorio (Colombia) POESIA & OUTRAS ESPÉCIES

1946 Carlos Vásquez-Zawadzki (Colombia) LAS VANGUARDIAS EN COLOMBIA

1946 Guido Rodríguez Alcalá (Paraguay) LAS VANGUARDIAS EN PARAGUAY

1947 Juan Cameron (Chile) LAS VANGUARDIAS EN CHILE

1947 Juan Carlos Mieses (República Dominicana) DETRÁS DE LAS PALABRAS Y LOS RITMOS

1947 Susana Giraudo (Argentina) LA POESÍA Y SUS NOMBRES INFINITOS

1948 Helen Umaña (Honduras) LAS VANGUARDIAS EN HONDURAS

1948 Miguel Espejo (Argentina) LAS VANGUARDIAS EN ARGENTINA

1948-2022 Alfredo Fressia (Uruguay) EN LAS FISURAS DE LA MIMESIS

1950 Alfonso Velis Tobar (El Salvador) LAS VANGUARDIAS EN EL SALVADOR 

1950 Soledad Alvarez (República Dominicana) LAS VANGUARDIAS EN LA REPÚBLICA DOMINICANA

1950-2018 Enrique Verástegui (Perú) O MOTOR DO DESEJO

1951 Carlos Francisco Monge (Costa Rica) DOS ENCUENTROS

1951 Jesús David Curbelo (Cuba) LAS VANGUARDIAS EN CUBA

1952 David Cortés Cabán (Puerto Rico) LAS VANGUARDAS EN PUERTO RICO

1952 Julio del Valle-Castillo (Nicaragua) LAS VANGUARDIAS EN NICARAGUA

1952 Martin Jamieson (Panamá) LAS VANGUARDIAS EN PANAMÁ

1952 Orlando José Hernández (Puerto Rico) LAS VANGUARDAS EN PUERTO RICO

1954 Ernestina Elorriaga (Argentina) DOS POETAS EN UNA MESA DE LUZ

1955 Berta Lucía Estrada (Colombia) UNA MESA VERTICAL

1955 Carlos Barbarito (Argentina) A POESIA DE CARLOS BARBARITO

1955 Mónica Salinas (Uruguay) LAS VANGUARDIAS EN EL URUGUAY

1956 Gary Daher Canedo (Bolivia) SITIO DONDE AGUARDA UN CÁNTARO

1957 Alejandro Bruzual (Venezuela) LAS VANGUARDIAS EN VENEZUELA

1957 Homero Carvalho Oliva (Bolívia) LAS VANGUARDIAS EN BOLIVIA

1957 Luis Bravo (Uruguay) LAS VANGUARDIAS EN EL URUGUAY

1958 Adriano Corrales Arias (Costa Rica) LAS VANGUARDIAS EN COSTA RICA

1958 Beatriz Hausner (Chile) CAMINHOS DO SURREALISMO

1958 José Ángel Leyva (México) DOS ENCUENTROS

1958 José Carr (Panamá) LAS VANGUARDIAS EN PANAMÁ

1958 Nicasio Urbina (Nicaragua) LAS VANGUARDIAS EN NICARAGUA

1958 Omar Castillo (Colombia) DIÁLOGO ENTRE DOS POETAS

1958 Rodolfo Häsler (Cuba) EN BUSCA DE LO IMPOSIBLE

1960 José Mármol (República Dominicana) LA OTREDAD SORPRENDIDA DEL POETA

1960 Vilma Tapia Anaya (Bolivia) DOS ENCUENTROS

1961 Enrique de Santiago (Chile) LAS VANGUARDIAS EN CHILE

1962 Arturo Gutiérrez Plaza (Venezuela) LAS VANGUARDIAS EN VENEZUELA

1962 Raúl Serrano Sánchez (Ecuador) LAS VANGUARDIAS EN ECUADOR

1963 Pedro Xavier Solis (Nicaragua) LAS VANGUARDIAS EN NICARAGUA

1963-2016 Gonzalo Márquez Cristo (Colombia) CORRESPONDENCIAS ENTRE POESÍA Y ACCIÓN

1965 Jorge Fernández Granados (México) LAS VANGUARDIAS EN MÉXICO

1969 Luis Alvarenga (El Salvador) LAS VANGUARDIAS EN EL SALVADOR

1972 Gabriel Chávez Casazola (Bolívia) LAS VANGUARDIAS EN BOLIVIA

1972 Xavier Oquendo Troncoso (Ecuador) DIÁLOGO EN EL CENTRO DEL MUNDO

1973 Carolina Zamudio (Argentina) LA ILUSIÓN TRANSITORIA DE LOS ESPACIOS

1973 Ricardo Venegas (México) LA POESÍA DE RICARDO VENEGAS

1974 Fabricio Estrada (Honduras) LAS VANGUARDIAS EN HONDURAS

1974 Javier Payeras (Guatemala) LAS VANGUARDIAS EN GUATEMALA

1983 Manuel Iris (México) LAS VANGUARDIAS EN MÉXICO

1984 Alex Morillo Sotomayor (Perú) LAS VANGUARDIAS EN PERÚ


 


 

 

OBRA ENSAÍSTICA PUBLICADA

 

El corazón del infinito. Tres poetas brasileños. Trad. Jesús Cobo. Toledo: Cuadernos de Calandrajas, 1993.

Escritura conquistada. Diálogos com poetas latino-americanos. Fortaleza: Letra & Música, 1998.

Escrituras surrealistas. O começo da busca. Coleção Memo. Fundação Memorial da América Latina. São Paulo. 1998.

Alberto Nepomuceno. Edições FDR. Fortaleza. 2000.

O começo da busca. O surrealismo na poesia da América Latina. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2001.

Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra América. San José de Costa Rica: Ediciones Andrómeda, 2004.

Un nuevo continente. Antología del Surrealismo en la Poesía de nuestra AméricaCaracas, Venezuela: Monte Ávila Editores, 2008.

A inocência de pensar. Coleção Ensaios Transversais. São Paulo: Escrituras, 2009.

Escritura conquistada. Conversaciones con poetas de Latinoamérica2 tomos. Caracas: Fundación Editorial El Perro y La Rana. 2010.

Invenção do Brasil – Entrevistas [edição virtual]. São Paulo: Editora Descaminhos, 2013.

Esfinge insurrecta – Poesía en Chile [edição virtual, em coautoria com Juan Cameron]. Fortaleza: ARC Edições, 2014.

Un poco más de surrealismo no hará ningún daño a la realidad. México: UACM – Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2015.

Sala de retratos. São Paulo: Opção Editora, 2016.

Um novo continente – Poesia e Surrealismo na América. Fortaleza: ARC Edições, 2016.

Valdir Rocha e a persistência do mistério. Fortaleza: ARC Edições, 2017.

Laudelino Freire. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2018.

Escritura conquistada – Poesía hispanoamericana. Fortaleza: ARC Edições, 2018.

Visões da névoa: o Surrealismo no Brasil. Natal: Sol Negro Edições, 2019.

120 noites de Eros. Fortaleza: ARC Edições, 2020.

 

TRADUÇÕES

 

Poemas de amor, de Federico García Lorca. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.

Delito por dançar o chá-chá-chá, de Guillermo Cabrera Infante. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 1998.

Nós/Nudos, de Ana Marques Gastão (edição bilíngue). Lisboa: Gótica, 2004.

A condição urbana, de Juan Calzadilla (edição bilíngue). Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2005.

Dentro do poema – Poetas mexicanos nascidos entre 1950 e 1959, Org. Eduardo Langagne. Fortaleza: Edições UFC, 2009.

A aventura literária da mestiçagem, de Pablo Antonio Cuadra (em parceria com Petra Ramos Guarinon). Fortaleza: Edições UFC, 2010.

III novelas exemplares & 20 poemas intransigentes, de Vicente Huidobro & Hans Arp. Natal: Sol Negro Edições/São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2012.

Sobre Surrealismo, de Aldo Pellegrini (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2013.

Memória de Borges – Um livro de entrevistas (2 volumes). São Pedro de Alcântara: Edições Nephelibata, 2013.

Bronze no fundo do rio, de Miguel Márquez (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2014.

Tremor de céu, de Vicente Huidobro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2015.

Costumes errantes ou a redondeza da terra, de Enrique Molina (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2016.

Reino de silêncio, de Mía Gallegos (edição bilíngue). Teresina: Kizeumba Edições, 2019.

Traduções do universo, de Vicente Huidobro. Natal: Sol Negro Edições, 2016.

O álcool dos estados intermediários, de Gladys Mendía. Santiago: LP5 Editora, 2020.

A tartaruga equestre, de César Moro (edição bilíngue). Natal: Sol Negro Edições, 2021.

 

  

 

Agulha Revista de Cultura

Criada por Floriano Martins

Dirigida por Elys Regina Zils

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/

1999-2024 




Um comentário: